POV: AVRIL
O espelho emoldurava o reflexo de uma noiva, e a imagem quase parecia uma ilusão. Minha mãe sempre dizia que o casamento era o momento mais próximo da magia que a realidade nos permitia viver, e naquele instante, enquanto eu olhava o vestido branco rendado, tão perfeito contra minha pele, senti a verdade de suas palavras. O tecido suave caía delicadamente, moldando meu corpo e se espalhando em uma cauda longa, enquanto o véu fluía como uma névoa fina, adornado com minúsculas pérolas que cintilavam sob a luz.
A porta do quarto se abriu suavemente, e meu pai entrou. Nossos olhares se encontraram, e por um segundo ele parou, como se tentasse absorver aquele momento. Seus olhos se encheram de um brilho que eu conhecia bem, um misto de orgulho e emoção que transbordava sem palavras.
— Você está... — ele começou, ma
POV: ARCHERQuando a vi caminhando em minha direção, senti meu coração parar por um instante. Tudo ao redor pareceu se silenciar, como se o próprio tempo tivesse decidido nos dar aquele momento. Lá estava minha Avy, os olhos dela presos aos meus, uma conexão intensa e profunda que só nós compartilhávamos. Ela estava deslumbrante, mais do que eu poderia descrever, e naquele momento, eu soube que estava prestes a me casar com a mulher que sempre amei. A mulher que, mesmo nos momentos mais difíceis, me deu forças, mesmo quando, por fraqueza ou medo, eu a havia afastado.Ao lado dela, meu sogro caminhava com o semblante carregado de emoção. Ao chegar ao altar, ele encontrou meu olhar e, em um gesto silencioso, assentiu, como se me confiasse o maior tesouro de sua vida, pedindo apenas que eu cuidasse dela. Repeti o gesto, prometendo que nada nem ninguém jam
POV: AVRILA noite parecia envolta em uma aura quase mágica enquanto Archer me carregava para fora do salão, a brisa noturna trazendo um frescor que contrastava com o calor crescente entre nós. O mundo ao nosso redor foi desaparecendo conforme nos afastávamos, e a antecipação do que viria a seguir fazia meu coração bater ainda mais rápido.Ao chegarmos ao nosso quarto, Archer abriu a porta e me colocou no chão com a delicadeza que só ele tinha. No entanto, seus olhos, escuros e intensos, me diziam que esta noite seria tudo, menos delicada. Ele fechou a porta, e imediatamente o ambiente ao nosso redor se transformou em um espaço só nosso, onde nada mais existia além de nós dois.Eu sorri, caminhando lentamente em direção ao espelho, desfazendo o cabelo que ainda estava parcialmente preso, e Archer permaneceu ali, obser
POV: AVRILDespertei no meio da noite com um resmungo suave vindo do quarto ao lado. Ainda sonolenta, estendi a mão para o lado e senti o calor de Archer ao meu lado, seu sono tranquilo e profundo. Sentei-me devagar, tentando entender o que tinha ouvido. Era um som baixo, como um murmúrio distante, mas o suficiente para despertar o instinto materno em mim. Levantei-me da cama, puxando o robe sobre os ombros e caminhando em silêncio até o quarto de Noah.Quando entrei, a visão me fez parar, o coração acelerando em uma batida tensa e aflita. Neandra estava ali, inclinada sobre o berço de Noah, os braços envolvendo meu filho em um aperto estranho e possessivo. Seu rosto estava parcialmente oculto pela sombra, mas pude ver o brilho febril em seus olhos, uma intensidade que eu nunca havia presenciado antes. Ela sussurrava palavras desconexas, como se estivesse em um diálogo com outra pessoa.<
POV: ARCHERAnos se passaram, estava em meio ao jardim da nossa nova casa, construída exatamente como sonhamos, eu e Nicolas brincávamos com arminhas de água junto à fonte, rindo e disparando jatos para todos os lados. O som das risadas de meu filho enchia o ar, e a alegria do momento parecia transformar cada canto daquele lugar em um pedaço de paraíso. Foi então que vi Avril se aproximando devagar, seus olhos brilhando de amor e admiração enquanto nos observava. Não resisti e, com um sorriso travesso, peguei uma das arminhas e apontei para ela, atirando água de surpresa.— Archer! — exclamou ela, fingindo estar irritada e tentando desviar do jato, mas com um sorriso nos lábios. — Você me molhou!— Quem mandou espionar a nossa brincadeira? — respondi com um sorriso provocativo, mas ao ver a expressão pensativa
POV: AVRIL— Você está terminando comigo? — Gritei, chamando a atenção de todos no campo da faculdade. — Que brincadeira de mau gosto é essa?— Pare com o escândalo, Avril. Você sabe que não posso me envolver em polêmicas. — Ele coçou os olhos, olhando preocupado ao redor. — Vamos conversar em um lugar mais reservado, está bem?— Não! Quero que você me diga o motivo pelo qual simplesmente quer terminar comigo... E o nosso plano de fugir e construir nossa vida juntos? — Comecei a andar de um lado para o outro, tentando conter as lágrimas que se acumulavam em meus olhos. — Que droga, é porque estou grávida, não é? Você vai ser um desses bilionários babacas que abandona a pobre namorada da faculdade grávida.— Você sabe que não sou assim! — Cerrando os punhos, ele me puxou pelo braço até o estacionamento, que estava vazio naquele horário em que deveríamos estar em aula. — Meu pai descobriu sobre a gente, ameaçou destruir sua vida e sua família, eu não posso permitir.— Então enfrente-o, n
POV: AVRILOs sons ao fundo eram um turbilhão confuso de ruídos. Forcei meus olhos a se abrirem, sentindo o sangue pulsando em minha cabeça e percebendo, com dificuldade, que estava de cabeça para baixo dentro do carro. Um líquido quente escorria pela minha testa, seu odor ferroso invadindo minhas narinas. Ao meu lado, o som do vidro sendo puxado bruscamente com as mãos chamou minha atenção. Olhei para o lado e lá estava o maldito responsável por minha dor e mágoa.— Eu vou te tirar daqui Avril... Você vai ficar bem! — Ele disse, enquanto meus olhos se fechavam novamente.Ao longe, ouvi alguém o repreendendo.— Senhor, precisa se afastar para que possamos fazer nosso trabalho. Ela está presa nas ferragens e perdendo muito sangue. Vamos tirá-la rapidamente. — A voz masculina e profissional soou autoritária.— Senhor Stone, precisamos tirá-lo daqui agora. Daqui a pouco os jornalistas estarão aqui, e não podemos permitir que se envolva em escândalos. — Alguém falou firmemente. — Ela ficar
POV: ARCHER— Senhoras e senhores, é com imenso prazer que recebemos a todos os convidados aqui esta noite em nossa empresa. Este é um marco muito importante para o nosso império Stone, e somos gratos por cada um de vocês fazerem parte dessa história. Chamaremos ao palco o homem por trás do nosso sucesso, que não só elevou nosso faturamento, mas também trouxe prestígio ao nosso legado. Aplausos para o renomado CEO, senhor Archer Stone.O salão se encheu com os sons dos aplausos frenéticos. Subi ao palco com uma postura ereta, aproximando-me do microfone. Os convidados estavam eufóricos, aguardando o pronunciamento que faria naquela noite, o motivo pelo qual havíamos organizado a maior festa já vista em Seattle, enchendo as manchetes dos jornais.— Boa noite! — Ressoei firme, com o tom gélido ao qual estavam acostumados. — Obrigado a todos por estarem presentes. Como mencionamos no convite, esta festa vai além das comemorações por nossos grandes ganhos financeiros.Todos riram animados.
POV: ARCHER— Tirem o investigador daqui! — Ordenei aos seguranças com raiva, caminhando a passos largos até Willow em meio ao salão. — Chamem uma ambulância, rápido! — Ordenei, mantendo a compostura, embora por dentro soubesse que está confusão estaria estampada em todos os jornais e após a especulação do detetive, teria uma enxurrada de conspiração em meu nome. Os seguranças arrastaram Henry para fora, enquanto eu me ajoelhava ao lado de Willow, tentando reanimá-la. Seu rosto estava pálido, ela não respondia, sua mãe se aproximou ajoelhando-se do outro lado.— Filha? O que houve? Acorde. — Dizia Neandra Collen, a renomada cofundadora da indústria Collen. — Archer, sabe o que houve?— Willow, querida, acorde! — Murmurei, segurando sua mão fria. O médico da festa se aproximou rapidamente, verificando seus sinais vitais.— Ela vai ficar bem, mas precisamos levá-la ao hospital para exames mais detalhados. — Disse o médico, levantando-se e sinalizando para os paramédicos que acabavam de c