"O som alto e rítmico do machado ecoava por toda a floresta, espantando os animais que buscavam abrigo. Os musculosos braços do incansável guerreiro tremiam ante a força dos seus próprios golpes. E apesar de toda a sua truculência, a criatura permanecia imóvel, firme e aparentemente inabalável. O inimigo era gigante, muitas vezes maior e parecia ser bem mais forte. Era evidente que travava uma batalha desigual. Mas então alguns potentes golpes acompanhados de grunhidos pareceram surtir algum efeito. O monstro balançou, primeiro quase que imperceptivelmente. Mas mesmo aquela sutil fraquejada foi suficiente para que o guerreiro reunisse toda a força que lhe restava em um último golpe devastador. Foi o suficiente para seu imenso inimigo gemer e tombar vagarosamente como qualquer gigante que se preze. E então ele finalmente encontrou o chão, fazendo toda floresta tremer e os pássaros mais distantes partirem em revoada, sob o alto grito do vitorioso guerreiro:"
- MADEIRAAAA!!!
Apenas mais um dia de trabalho. Assim era para Honor Den’ador e seu afiado machado. Derrubar a árvore, cortar em tocos e reunir a lenha. Mas era só olhar para os olhos da pequena Ane, sentada confortavelmente a poucos metros entre as flores altas da floresta, para saber que aos olhos de sua filha as árvores eram mais do que um pedaço de madeira. Era um inimigo recém derrubado em uma batalha de vida ou morte. E o sorriso no rosto do lenhador vinha do fato de saber que neste “faz de conta” infantil ele era um grande herói.
- Mais um monstro vencido, filhote! – Alimentou a fantasia da garota enquanto se aproximava dela com um amontoado de lenha.
- Viva! Ninguém pode derrotar o papai! – A criança aplaudia sorridente.
Ane Den’Ador havia completado sua sétima primavera há poucos dias. Os cabelos negros e cumpridos permaneciam parcialmente amarrados com um laço vermelho, alvoroçados ao sopro da brisa primaveril como um fardo de trigo sacudido pelo vento. O vestido amarelo salpicado de flores vermelhas e com uma barra branca bailavam no ar enquanto a menina saltitava e girava, comemorando a vitória do seu imbatível guerreiro.
- Isso mesmo! Papai é invencível! – Bradou Honor afagando os cabelos da garota e quase soltando os poucos fios que o laço resistia em prender.
Cuidado, papai! – O repreendeu tentando sem sucesso ajeitar o cabelo e apertar o laço. – Mamãe disse que se eu perder outro laço vai cortar todo o meu cabelo.
De fato, Dora já havia perdido as contas de quantas tiras de tecido a criança perdera no trajeto de ida e volta junto ao pai. Advertira fortemente que aquela era a última tira. Pois “dadas as tantas perdidas, era bem capaz de encontrarem alguns pés-de-tiras-vermelhas brotados pelo caminho”, dizia em pura ironia. Mal sabia dona Dora que aquelas palavras foram tomadas por verdade pela pequena menina. Tanto que desde então, a cada dia em que ia e voltava, observava atentamente as árvores da floresta tentando encontrar o falado “pé-de-tira”, mencionado pela mãe. Chegou ao ponto de enterrar uma das tiras na inocência de que dali nascesse a famigerada árvore.
- É verdade, minha querida. – Respondeu o lenhador. – Amarra bem esta tira ou ficaremos sem almoço.
Enquanto tomavam o caminho de volta a menina esperançosa continuava a correr, de árvore em árvore. Pouco atrás seu pai a chamava sempre que a jovem se distanciava, tentando acompanha-la enquanto carregava o amarrado de lenhas e seu velho machado. Foi então que Alicia parou bem diante de uma das árvores. A cabeça erguida e os olhos arreglados voltados para sua copa. Apontou eufórica para o alto gritando pelo pai:
- Papai! Papai! Eu encontrei! – A euforia incontida evidenciava-se nos pulinhos. – Encontrei o pé-de-tiras-vermelhas!
- Não pode ser verdade! – Honor esboçou um sorriso incrédulo. – Deixa-me ver!
O homem chegou junto a filha, largou as lenhas e prendeu o machado em sua cintura enquanto observava o alto da árvore.
- Veja se não é verdade! – Exclamou cofiando sua barba escura e espessa. – Quem poderia imaginar? Nasceu mesmo um pé-de-tiras-vermelhas!
No alto da árvore frondosa, pendendo entre os galhos verdes, era possível observar claramente uma enorme quantidade de tiras vermelhas a sacudirem ao vento junto das folhas largas. O vermelho das tiras misturava-se ao verde, encantando a menina que saltitava alegre.
- Peque uma, papai! – Gritou a menina enquanto puxava o macacão que o homem vestia. – Vamos levar uma para a mamãe!
- Não sei se podemos arrancá-las antes de amadurecerem, filha. – Respondeu o homem ainda observando ao alto. – Acho que ainda estão verdes.
- Não seja bobo, papai. – Retrucou a menina. – Não vê que estão vermelhas.
O homem gargalhou e, após muita insistência, retirou da árvore uma fita e entregou para a filha.
Os dois percorriam felizes o caminho de volta para casa. A pequena Ane feliz por sua árvore de fitas. E seu pai satisfeito por seu feito acertado. Certamente fora trabalhoso sair na noite anterior enquanto a filha dormia e amarrar todas aquelas fitas na árvore, mas ver a alegria de sua pequena fazia qualquer esforço valer a pena.
Já na entrada da floresta, pai e filha já podiam ver ao longe sua casa. Encrustada em meio ao verde da relva projetava-se uma construção de madeira muito bem projetada. As paredes de grossas tábuas castigadas pelo tempo carregavam um envelhecer sadio de aparente robustez. Apesar do aspecto velho, seu bom projeto era resistente e ainda duraria muitos anos. No alto o telhado firme abria espaço para uma chaminé protuberante que cuspia uma fumaça densa arrastada pelo vento, carregando consigo o aroma apetitoso do almoço que os esperava.
Por alguma insistência Ane conseguiu, como sempre, uma carona no ombro do pai. Não tinha como desagrado o suor do homem cansado, muito menos o cheiro típico do odor de uma manhã de trabalho pesado. Antes, atinha-se apenas a sua fita vermelha, erguida ao ar pela mão esticada que oscilava viva embalada pela refrescante brisa.
Honor parou um instante para tomar fôlego quando repentinamente um grito estridente alertou seus sentidos. Grito vindo de sua casa, no timbre de sua esposa. Alicia, que também ouvira, gelou segurando fortemente o pescoço do pai:
- Mamãe... – Sussurrou a menina assustada.
Imediatamente o homem a desceu dos seus ombros, largou a lenha e abaixou-se encarando a menina:
- Ane, eu quero que me espere aqui. Não saia daqui até que eu volte! – Ordenou enquanto empunhava seu machado. E o aceno positivo da menina foi o suficiente para que ele disparasse a largas passadas.
O lenhador parou diante da casa. O punho firme de dedos calejados envolvia fortemente o cabo do machado. Os cabelos longos de fios dourados e uns poucos grisalhos cobriam parcialmente seu rosto. Os olhos de um verde faiscante perscrutavam cada detalhe, procurando o que pudesse justificar o grito de horror de sua esposa. O silêncio, porém, permitia que apenas sua respiração ofegante e seu coração acelerado pudessem ser ouvidos, enquanto sentia suas veias saltarem e seus instintos gritarem: “Há algo de errado”.
Honor caminhou lentamente até a porta da entrada, encontrando-a arrombada com talhos de garras cruzando a madeira. Seu raciocínio ágil buscava as possibilidades do que teria provocado aquelas marcas. “Grandes demais até mesmo para um urso”, pensou enquanto empurrava a porta buscando a visão de sua amada. Encontrou-a caída, para seu desespero, imóvel sobre uma poça de sangue recém-formada.
- Dora! – Gritou antes que pudesse pensar em temer por qualquer risco que ainda estivesse ali. Um instinto afetuoso sobrepôs a auto preservação, fazendo com que o homem corresse para o corpo de sua esposa. Debruçou-se sobre ela, erguendo a parte superior do dorso e acomodando-a em seu colo.
- Oh, Deus! Por favor, não! Dora! Dora! – Sacudia a mulher que com muito esforço abriu os olhos. O rosto descorado e os lábios roxos, trêmulos e vagarosos balbuciando algo.
- Não fale, meu amor! Você vai ficar bem!
Honor não podia dizer, àquela altura, se estava tentando convencer a esposa ou a si mesmo. Havia olhado seus ferimentos: o dorso rasgado por um único e profundo golpe pelo qual o sangue vertia em profusão, como um frasco quebrado a derramar seu precioso líquido. Então ele soube que ela não ficaria bem. Já havia sangrado animais demais pela floresta para saber que um ferimento daquele era mortal. Ainda que tentasse conter o sangramento com um tecido caído por perto, no fundo sabia que sua esposa não tinha muito tempo de vida.
Os lábios, tantas vezes delicadamente beijados, agora esforçavam-se a mover na tentativa de proferir algo abafado demais enquanto as forças da mulher esvaiam. Ele então aproximou o ouvido agarrando-se á tentativa de ouvir o que sabia, seriam suas últimas palavras.
- Pro-teja... Proteja... Ane...
As palavras fizeram os olhos já marejados derramarem as lágrimas que escorreram quentes pelo rosto do homem, misturando-se com o suor e perdendo-se entre os fios de sua barba.
- Eu juro, meu amor! Juro que a protegerei com minha vida! – As frases saíram embargadas pelo choro retido na garganta. Ela sorriu, confortada pela promessa que naquele momento, era seu último acalento. Então ele viu o último sorriso desfazer-se a medida que a vida esvaia dos olhos ainda abertos. Abraçou-a com força, o corpo tremendo em um soluço incontido. E enquanto apertava-a contra seu corpo sentiu o grito crescer dentro de si até finalmente eclodir, ecoando pelas paredes afora. Um grito cheio de dor e de raiva. Um urro que atingiu toda a floresta como um trovão, fazendo as aves próximas voarem para longe.
Foi somente quando o grito cessou e o silêncio retornou que o lenhador sentiu que não estava sozinho. O cheiro de pelo molhado como um cachorro sujo saído da chuva denunciou sua presença. Mas não era um cachorro, nem mesmo um urso. Ele já havia sentido aquele cheiro antes, impregnado pelas árvores mais distantes da floresta como que um aviso para que aventureiros não fossem adiante. Os olhos percorreram primeiro para o machado, deixado ao chão longe de si. Então buscaram a origem daquele baixo rosnado e assim, pela primeira vez, pôde observar aquela monstruosa e gigantesca criatura. Parado envolto pelas sombras que enegreciam um dos cantos da casa estava aquele que era não apenas um Lican – o predador lobo-hominídio mais temido de toda a Fábula – mas também o assassino de sua amada esposa.
Consciente de que havia sido finalmente notado o Lican caminhou lentamente para fora das trevas que o encobriam. Sua pelugem negra ostentava respingos vermelhos do sangue da mulher caída entre eles. A criatura era imensa, quase atingindo o teto. As garras, longas e afiadas, gotejavam o espesso líquido vermelho. Os olhos amarelos e furiosos fitavam o homem enquanto mostrava suas presas, emitindo um rosnado que começava a aumentar.
Honor parecia letargo, incomodamente calmo. Ergueu-se devagar, sem ainda encarar seu inimigo. Caminhou lentamente até seu machado, abaixou-se e envolveu-o em suas mãos, apertando-o com tanta força que parecia querer quebra-lo em pedaços. Virou-se novamente para a criatura, mantendo os olhos fixos no corpo da esposa, já sem vida aos seus pés. E ainda a olhando proferiu em tom firme, porém baixo:
- Espero que de alguma forma possa entender minhas palavras. Eu juro que este metal clamará de ti o sangue que ousou derramar. Gota por gota.
A fresta de luz que entrava pela porta aberta iluminava o corpo sem vida de Dora, fazendo cintilar a poça de sangue sob ele. Uma visão quase poeticamente bela, não fosse aquela sua esposa. Uma fúria crescente ascendia do peito do lenhador, que olhava fixamente seu inimigo.Do outro lado, a criatura grotesca de pelugem negra emitia um crescente som cavernoso. Ergueu lentamente as garras, evidenciando o sangue da mulher que as banhava até encharcar os pelos das patas. Súbito uma gota escorreu projetando-se e morrendo ao chão, produzindo um som que precedeu o início da batalha.emitindo um alto grito, Honor saltou contra o Lican com seu machado estendido, procurando-lhe o peito. A criatura avançou em confronto em uma velocidade surpreendente. Agarrou o aço afiado do machado despreocupado em cortar-se e com a outra garra desferiu um golpe que passou a milímetros do rosto do lenhador, tendo este de
Um raio cintilante cruzou o céu, rasgando a cortina celeste onde nuvens pesadas e negras se projetavam. Um trovão fez o solo tremer, ecoando longe. Ane ergueu o rosto. Os olhos úmidos refletiram o monstro acima dela. As garras em riste a rasgariam ao meio, cada uma do tamanho da sua pequena cabeça. O peito da menina inflou e paralisou, retendo o ar. Os olhos percorreram os pelos alvoroçados, presas afiadas, olhos famintos e continuaram, rumo ao alto. Então viu algo planando descendente: Uma faixa vermelha caindo serena, dançando no ar. As mãos da menina tatearam a árvore onde se recostava. Sentiu a carapaça, rígida como uma armadura. Então seus olhos viram. No alto, bem no alto, cada fita vermelha estava lá. Jogadas ao vento, tentavam se desprender da árvore. Da sua árvore.- Papai... – sussurrou a menina.“Papai mentiu. Papai não era invenc&iacut
Pouco se sabe sobre o quando e menos ainda sobre o porquê. Mas sabe-se, e isto é pouco do que se dão a muito falar, que a Ordem do Capuz tem um único e derradeiro propósito: caçar e destruir os monstros chamados "Lican"! Para isto vivem e apenas para isto. E tudo o que fazem leva a este objetivo.A Ordem é formada apenas por mulheres, reclusas em algum lugar da densa floresta. Poucas já foram avistadas perambulando entre cidades e reinos, raras vezes ao caçar algum Lican que se atreveu a cruzar tais lugares. Mas sua história é conhecida por todos, quais heroínas e protetoras. Diz-se que entre elas há uma hierarquia de poder, mas a verdade é que há:No topo está a tríade matriarca, também chamadas de Capuz Branco.Juízas de autoridade suprema, ditam e fazem ser respeitadas as regras. Sua palavra é lei, cuja autoridade
Um uivo longo rasgou a noite, estendendo-se pela densa floresta. Seu timbre e força impressionantes tornavam claro: O uivador anunciava o Ko-Klave. Antes que o fôlego terminasse todos os outros Lican o acompanharam em uníssono, fazendo o solo tremer e qualquer animal desavisado, que por ventura caminhasse por perto, correr e se esconder.- Me espera, Fenrir!O filhote tentava acompanhar seu primo, correndo o mais rápido que podia através do atribulado caminho mata à dentro. Bem à frente, quase a perder de vista, o pequeno Fenrir corria apressado, evidenciando uma maestria maior que a do amigo.- Vamos, Rukah! – Gritou Fenrir sem desacelerar. – Não quero perder o início do Ko-Klave.O Ko-Klave era um rito de desafio, invocado contra o Grande-Lobo, o líder de toda a tribo. Um ritual que definia quem teria direito a liderança, resultando em banimento ou morte para o perde
A fúria esvaiu do peito do Lican junto daquele estrondoso uivo, deixando o silêncio e o dissabor amargo de uma vergonhosa derrota que o corpo sem vida da Capuz Negro não era capaz de aplacar. Nada justificava sua falha, sua única falha que ele sabia, seria como uma farpa em sua mente. Uma mancha indelével em sua impecável jornada de caçadas perfeitas. Nunca havia falhado e por certo não gostou nem um pouco daquela angustiante sensação. Como pôde permitir que sua autoconfiança sobrepusesse a tarefa?Não havia o que fazer. Sua presa, a infeliz distração de vermelho e as corjas guerreiras das sombras já haviam fugido com a recompensa. Obtiveram sucesso onde ele fracassara miseravelmente.Fenrir olhou para o corpo ainda quente sob ele: Um amontoado de retalho negro, mesclado de vermelho. Afogou a culpa do erro no troféu descomedido que seria apresentar a gue
A Clareira do Desafio não mudara nem um pouco desde aquele fatídico dia em que Fenrir perdeu seu pai. O cheiro de terra úmida misturado com a relva verde que a margeava era exatamente o mesmo, jorrando-lhe memórias em bicas. Foi o que atraiu seu olhar para a trilha que subia o barranco ao longe, margeada de árvores e plantas, local por onde, há alguns invernos, Fenrir e Rokah desceram e o Lican viu seu pai ser derrotado por aquela mesma figura que agora o enfrentaria.Enquanto a multidão formava um círculo o uivador aproximou-se, indo até o centro onde Fenrir e Ragnar se encaravam. As palavras eram substituídas pelos olhares trocados entre os três, cada um muito certo de como funcionava o desafio.Inclinando o focinho para o alto, mirando Luna redonda no meio do céu estrelado, o uivador proferiu alto dois uivos curtos seguidos de um longo. Este indicava para toda a tribo exatamente do qu
De todas as casas da tribo, rústicas e sem padrão algum em suas construções desleixadas de todo tipo de material possível, a maior e mais destacada era a do Grande Lobo. As paredes de bambu revestidos por argila dura e betume, resistiam bravamente às intempéries climáticas. Grande o suficiente para abrigar a família do líder da tribo, era passada por todos aqueles que empossavam o título maior da tribo.A sombra da Lican precedeu seu corpo cinza e gracioso, invadindo o ambiente que, se tornara sua morada desde que seu pai assumiu o Thronus. E mesmo tendo passado tantos invernos, era impossível para ela não sentir o cheiro inebriante do Fenrir, cada vez que adentrava.Caminhou até um dos cantos do grande cômodo, absorta em seus pensamentos. De tão distraída não percebeu o vulto que se avolumou atrás de si até que a sombra dele a enco
O toque das buzinas misturou-se aos uivos, preenchendo a madrugada fria com o som da batalha. Banhados pela prata de Luna, tocados pelo frio do inverno, a improvável Alcateia dos nove Licans avançava ligeiramente rumo a aldeia diante deles. Mesmo que a Ordem do Capuz estivesse sendo protegida por todas as guerreiras, aquela seria uma luta difícil. Mas com a maior parte delas em missão, as chances de vencer aquela batalha eram muito pequenas. E Zi’Za sabia muito bem disso.– Vá proteger as crianças! – A agora Capuz Branco gritou para sua ex pupila, já apanhando sua espada e se preparando para o confronto – Leve-as para o esconderijo.– Não vou deixa-la sozinha! – Foi a resposta de Ni’La que firmou sua posição ao lado da outra.– Não se preocupe! – A voz veio de uma das aprendizes que já se apressava rumo às casas. &