Robert Pipermen
O pensamento é o ensaio da ação.— Daqui a pouco estarei aí, deixe reservado.“Quem é...”, pensei. A verdade é que eu não sabia nada sobre aatrevida à minha frente, seus olhos carregavam um olhar incisivo, massuas palavras tornaram-se firmes. Ela acabara de invadir minha sala comuma pretensão que jamais havia visto.A jovem impetuosa foi seguida por duas mulheres e um homem, amulher mais velha lhe era familiar, coordenava o instituto, mas... seupensamento foi interrompido:— Por favor, Sr. Pipermen, precisamos de alguns minutos de seutempo, apenas isso — implorou a garota.Luísa entrou no escritório se justificando pelo erro.— Senhor, quer que eu comunique a segurança?Enquanto aproximei-me da mulher mais velha e estendi a mão paraum aperto respondi:— Não é necessário — cumprimentei a todos, deixando a atrevidapor último.Se estivéssemos sozinhos ensinaria uma lição àquela menina. Elaretribuiu meu aperto, com firmeza, sustentando meu olhar.— Sentem-se, tenho alguns minutos antes que o helicópterochegue.Elas obedeceram.— Boa tarde, Sr. Pipermen, perdoe-nos, mais uma vez, pelo atraso.Sou a Bárbara Daut, esta é a Laura Campos, Ana Karvat e Dênis Coelho.Tivemos resultados excelentes com a fosfoetanolamina e...Eu já conhecia o projeto, fontes confiáveis haviam me passado tudoo que eu precisava saber sobre a substância sintética capaz de curar ocâncer em aproximadamente oitenta por cento dos casos, sei também queela recusou propostas de vender os direitos sobre o medicamento.— Vamos ser diretos, já tem um preço estipulado sobre o quantoquer para abrir mão desta pesquisa? Assumiremos a partir daqui, apenasse assinar o termo de confidencialidade — interrompi colocando as cartasna mesa.— Como assim, assumirem tudo? O que me garante que nãoengavetarão apenas o projeto; ou se vierem a produzir, coloquem nomercado com preços exorbitantes — explodiu a senhora mais velha.— Estes são os termos, inegociáveis — respondi olhando no Rolex.— Agora, se me dão licença, tenho outro compromisso e não toleroatrasos.Senti seus olhares me seguindo enquanto saía da sala. Luísa meaguardava na porta do elevador, segurando uma caixa dourada. Ela abriuum largo sorriso ao me ver. A imagem da noite anterior me veio à mente, ostriptease seguido por sexo animal. Tenho certeza de que ela pensou no mesmo. Sua cabecinha feminina já deve estar imaginando que nos casaremos no domingo.— Seu belo traseiro e a trepada de ontem não garantirão seuemprego, não erre novamente — sussurrei enquanto apanhei a caixa eentrei no elevador.Luísa arregalou os olhos e mordeu os grossos lábios. As portasestavam prestes a se fechar e novamente a garota insistente osurpreendeu, entrando no elevador no último instante.Garota insistente! Vamos ver o quão persuasiva você pode ser! Elame encarava, com certo enfrentamento, mas podia notar que seguravasua respiração tentando manter o controle, suas mãos na frente do corpo,os braços cruzados na altura do peito. “Está se consolando, meu anjo?”,pensei.— E então? É isso? — indagou tentando soar firme.Exibi um sorriso, até que estava me divertindo com a situação,minha vontade era arrancar sua roupa ali mesmo e a foder com força.Continuei em silêncio, o elevador abriu as portas. Estávamos no terraço eo helicóptero já havia pousado.— Quer me acompanhar, Srta. Karvat? Tenho um compromisso,mas acredito que possa me fazer companhia.Ela arqueou as sobrancelhas, surpresa com o convite.— Pelo visto, você é acostumado a estalar os dedos e todoscorrerem para lhe obedecer — esbravejou ela olhando para a caixa develudo dourada.— Sei que irá me acompanhar esta noite, do contrário não teriainvadido a minha sala, nem me seguido até aqui. E sim, as pessoas sempre fazem o que ordeno. Mais uma coisa, Srta. Karvat, a curiosidade, como deve saber...Segurei em sua mão e lhe ajudei a subir no helicóptero, chegueimais perto a ponto de sentir um calor emanando de sua pele alva. Prendio cinto de segurança e, mais uma vez, ela prendeu a respiração e desviouo olhar, tentando controlar o nervosismo.— Está tremendo, Srta. Karvat, é medo de mim ou de voar? —indaguei sentado à sua frente.As hélices começaram a girar e ela olhou para a janela.“Os dois”, concluí. “Belas pernas, Karvat, seu corpo dá sinaisexplícitos de desejo, suas pernas descruzadas, em minha direção”.— Onde estamos indo? — Finalmente perguntou.— Acho que vou deixar você descobrir por si mesma. — Ergui atampa da caixa o suficiente para que somente eu visse seu conteúdo.Karvat cruzou as longas pernas, quase não conseguindo escondersua curiosidade. Que pernas gostosas! Senti meu membro enrijecerapenas com aquela cruzada.Ana olhou novamente pela janela, seus olhos arregalaram-se aover que sobrevoávamos o mar. O helicóptero pousou suavemente, a portafoi aberta, tirei meu cinto e, em seguida, a soltei.A mansão estava iluminada, o jardim com vista litorânea e podiaouvir uma música alta vindo do salão de festas.Thor e Odin vieram correndo ao perceberem que eu havia chegado.Karvat encolheu-se e agarrou-me tentando se esquivar dos cães.Confesso que gostei de sua reação exagerada.— Calma, eles não lhe farão nada. Sente-se! — ordenei com a vozfirme.Eles me obedeceram de imediato. Ela ainda agarrava meu braçocom força.— Pode mandá-los embora, por favor?— Não respeita limites, tem medo de altura e pavor de cães. Maisalguma coisa que eu deva saber?— Não me sinto muito à vontade com um animal que pode medevorar em minutos — sussurrou ela.Virei-me a encarando, segurei sua mão trêmula.— Não se preocupe, eu cuidarei de você, do meu jeito.Puxei-a para mais perto e a beijei, enraivecido. Queria tê-la ali,senti seu corpo entregar-se a mim, podia sentir sua respiração quente,seus batimentos acelerados, seus lábios macios e úmidos se moldaremaos meus. Minha língua envolvia a sua, explorando sua bocadeliciosamente.Sua respiração agora era um suspiro selvagem, ela pôs as mãossobre meu peito, empurrando-me para longe. Sua boca estava vermelha,enquanto me encarava com indignação. Ela havia gostado tanto quantoeu, mas limitou-se a responder:— Se me beijar a força de novo, arranco sua língua com umamordida.Não pude conter a gargalhada.— Sério? Não senti um músculo do seu corpo resistir — disseironicamente.Apanhei a caixa dourada e tirei uma máscara preta.— Para matar a sua curiosidade.Karvat ainda não havia entendido, mas isto era por pouco tempo.Coloquei a máscara e amarrei as finas tiras de cetim atrás da cabeça.— Senhorita, me acompanha?Ana me seguiu e na entrada do salão um jovem vestindo umatúnica branca nos recepcionou. Ele também usava uma máscara quecobria os olhos e nariz. Ele me entregou uma máscara dourada.— Posso?Sem objeções, ficou imóvel. Então, afastei seus cabelos para olado para prender a máscara. Segurei em sua mão e a conduzi pelo salão.“Espelhos no teto, champanhe rosé no geloE ela disse: ‘Nós todos somosapenas prisioneiros aqui, por nossa própria conta’." Ele me conduziu para o centro do salão, gêmeas o abordaram, vestiam túnicas brancas, presas em um ombro só, as moças não usavam máscaras. Seus cabelos eram pretos na altura dos ombros, pele cor jambo e possuíam lábios delicados. Ele soltou minha mão e ficou parado, enquanto elas o despiam. Desviei o olhar, longos voais brancos presos noteto balançavam com a brisa fresca litorânea.Um odor adocicado de amêndoas inundava o lugar. Casaismascarados dançavam em sincronia executando uma coreografia. Ao finalda música se ajoelharam e esticaram as mãos sobre o chão em posiçãode veneração. Homens vendados surgiram por trás das grandes colunas.Robert estava quase nu, um tecido claro envolvia seu s4x0 Asduas moças deslizavam as mãos sobre seus músculos que pareciam tersido esculpidos, espalhando algo pastoso de cor dourada. Ele parecia umdeus.— Ela — ordenou apon
“Sem mestres ou reis quando o ritual começar Não existe inocência mais docedo que nosso suave pecado”Julian sabia dar uma festa, e eu realmente apreciei meu presente antecipado. Enquanto a fodia, olhei diretamente para Karvat. Você será a próxima! Seu corpo quente contorcia por debaixo do meu, sua boceta completamente encharcada, ela havia gozado algumas vezes durante a minha performance, eu podia senti-la. Então, ela desvencilhou-se de mim e empurrou-me para o chão, me cavalgando. Cretina atrevida! Novamente debrucei, porém, desta vez, arremeti com mais força, e ela gozou novamente. Delícia de boceta! Meu membro latejava, sem desviar o olharde Ana, o clímax insuportável.Ela ainda continuava ali, sem piscar, imóvel como uma belaescultura grega. Fui até ela. Meu desejo era possuí-la a Srta. Karvat aqui.Ela deu um passo e pude sentir meu pau roçando em sua saia justa, naaltura dos joelhos, mas em uma fração de segundo perdeu os sentidos, eagarrei-a antes que atingisse o chão.Ol
“O verdadeiro homem quer duas coisas: perigo e jogo. Por isso quer a mulher:o jogo mais perigoso.Do lado de fora da suntuosa mansão havia uma moto vermelha.Robert montou-a e me encarou com olhar convidativo. Subi na garupa e pus as mãos de leve sobre sua cintura, ele deu uma pedalada e o motor roncou debaixo deles.— Acho melhor segurar com mais força.Pude sentir os músculos debaixo da camisa preta que ele usava,agarrei com mais força, escorei a cabeça sobre suas costas e pude ouviras batidas de seu coração. Seguimos em alta velocidade, em direção auma montanha, contudo, uma placa metálica indicava que nosaproximávamos do morro das furnas.A estrada era íngreme e rochosa, parecia que a qualquer momentoperderia as forças e rolaria morro abaixo. Segurei firme, recostei o rosto efechei os olhos. O que os olhos não veem, o coração não sente. Não seiquanto durou o percurso misterioso, mas ao sentir a moto desacelerar abrios olhos e vi que estávamos no topo de um imenso rochedo.
“A paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe.Tirei minha camisa e ela a vestiu, olhei para a praia, ainda estávamos completamente sós. A McLaren laranja estava lá, estacionadapróximo ao quiosque fechado.— Obrigada — agradecida pela camisa, segurou minha mãodelicadamente e sorriu, olhando para baixo.”Ela está envergonhada, virgem,uma bela e deliciosa virgem.Saímos do mar, a areia estava mais quente do que quando entramos na água, a agarrei-a no colo mais uma vez, desta vez ela exibiu um largo sorriso, não a joguei sobre o ombro, carreguei-a com as duas mãos, Karvat recostou a cabeça em meu peito aconchegando-se, seu cabelocheirava a morangos. Minha ninfa escarlate.A McLaren SLR luzia ao sol do meio-dia, este era um dos meusfavoritos, um conversível excepcional. O segurança estava de pé ao ladodo carro e apertou um botão em direção a “máquina”. As portas seergueram, abrindo em uma coreografia clássica em direção ao céu. SenteiAna no banco e prendi seu cinto. De
"A Revelação de Ana: Entre a Graça e a Coragem"Ana Karvat, conhecida por sua graça e inteligência excepcionais, revela a Robert Pipermen uma parte de sua história marcada por segredos e desafios. O encontro entre os dois personagens revela camadas profundas de suas personalidades e experiências de vida.Em um momento de vulnerabilidade e confiança mútua, Ana compartilha com Robert sua origem na pequena cidade de Lagoa dos Três Cantos e a influência de sua família em sua formação. A relação conturbada com sua mãe, marcada por crenças religiosas extremas e pressões, revela um lado sombrio de seu passado que a moldou de maneira profunda.Robert, surpreso com a revelação de Ana, enxerga uma nova faceta da mulher que o intriga e cativa. A história de superação e determinação de Ana, desde sua jornada de aprendizado em diferentes idiomas até a decisão de assumir o controle de sua vida, ressoa com suas próprias experiências de desafio e busca por identidade.Enquanto compartilham momentos d
TentaçãoPosso resistir a tudo, menos à tentação.A única maneira de nos livrarmosda tentação é ceder-lhe.Ana KarvatMarcos estacionou o gol preto, em frente a um chalé, típicodaqueles vistos em filmes, híbrido, feita de madeira e tijolos envernizadosem tons pastel. Violetas multicoloridas enfeitavam a janela da sala,conferindo um ar charmoso e romântico ao lugar. Aquela casa nãocombinava com as residências altas e cinzentas daquele bairro.— Vou ter que estacionar aqui na frente. Barbie inventou de fazeralgumas mudanças na garagem hoje pela manhã e está tudo um caos —justificou com um sorriso de canto.Corremos juntos até a entrada da casa, a chuva havia ficado maisforte.— O céu está caindo — brincou enquanto destrancava a porta.Eu apenas sorri, não pude deixar de ver seus músculoscompletamente expostos, marcados debaixo da camiseta cinzaencharcada. Seu cabelo antes volumoso agora estava todo para trás.Estava excitada pelo simples fato de tê-lo tão perto
Contratos“Eu sei que algum dia você terá uma linda vidaEu sei que você será uma estrelaNo céu de um outro alguémMas por quê? Por quê?Por que não pode ser, por que não pode ser no meu?”Já passava das onze quando cheguei, Laura estava dormindosentada no sofá, enquanto um livro de Quântica pendia sobre o seu colo.Fechei a porta sem fazer barulho, segurando a caixa com a mãoesquerda. Empurrei os edredons para o lado e sentei na cama. Puxei afita vermelha da misteriosa caixa, desmanchando o laço e removi a tampa.— Que fofo!Deixei a caixa ao lado da cama e deitei ali admirando aqueles olhosazuis que adormeceram após alguns minutos de cafuné.Isso só pode ser coisa dele. Ponto para ti Robert, tenho uma quedapor gatos.— Hum... acho que vou chamá-la de Pipi, seus olhos azuis melembram Pipermen.A catedral estava iluminada, no altar o padre carregava um cálice, ocoral entoava um cântico em uníssono. Eu parei diante da coluna, ondehavia uma pequena tigela dour
Limites“A dor é temporária.Ela pode durar um minuto,ou uma hora, ou um dia, ou um ano,mas finalmente ela acabará ealguma outra coisa tomará o seu lugar.Se eu paro, no entanto, ela dura para sempre.”Eu não tomei esta decisão do dia para a noite, li aquela carta, ocontrato e o dicionário uma centena de vezes, a ideia de me tornarsubmissa encrustou em meus pensamentos, no dia em que recebi oenvelope não consegui dormir. No dia seguinte não consegui manterminha atenção e dedicação habitual, claro que Laura notou e merepreendeu. Na segunda noite reli os termos, proporcionar distração eprazer para meu dono? O que será que o excitava, li novamente tentandoencontrar exemplos do mundo em que eu estava me metendo. Mulheressendo chicoteadas, prendedores de mamilos, homens acorrentados,usando coleiras como cães. Aquilo era insano, tão irreal... então, como ador poderia ser associada ao prazer?Seria hipocrisia minha, talvez autodefesa, não sei. Se eu assinasseaq