CEO Apaixonado e Secretária Encantadora - Uma Trégua Ao Amor
CEO Apaixonado e Secretária Encantadora - Uma Trégua Ao Amor
Por: Amanda Luna DeCarvalho
Capítulo 01 - Perigo Em Alto Mar

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Rio de Janeiro, Brasil, 1991

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PS: Esse livro não é de máfia, é de ação e de aventura. O herói dessa história não é Mark, é Murillo, o homem da vida de Anytha. Já deixo claro que Mark é um antagonista egoísta e mimado. Esqueçam, que Anytha não fica com Mark, mas com Murillo.

Percy Mark Wilson, é um britânico, recém-saído da marinha mercante. Alto, loiro, moço, ainda com seus trinta e dois anos. Resolveu entrar para o serviço de espionagem, em especial, no desembarque de cargas em navios, para descobrir importações e exportações criminosas, como tráfico de drogas nas ilhas próximas ao Reino Unido. Naquele momento, tentava escapar em sua lancha, pois numa noite, acabou impedindo o maior desembarque de drogas, sem saber que um dos seus Comandantes estava por detrás de tudo. Mark entregou toda mercadoria, se tornando o único responsável pelo término da operação, sendo a partir daí, perseguido. E em alto-mar, com grandes ondas e o vento forte em seu rosto, Mark tentava desesperadamente evadir dos algozes, que cada vez mais se aproximavam de sua lancha e pelo rádio, buscava orientação de seu Comandante, que mandava-o seguir em frente, rumo à América do Sul. Mark acelerava mais ainda, tentando despistar os bandidos. Então, resolveu entrar em contato com a Torre de Comando da Marinha mais próxima e conseguiu finalmente.

— Contato! Contato! — Mark disse em inglês, quando uma garota, na costa do Rio de Janeiro, retrucou. — Preciso de auxílio!

— Estou ouvindo! De onde você vem? — a moça perguntou. — Por favor, responda!

Anytha é uma garota nova, de vinte e três anos, que resolveu, por intermédio de seu pai Jules, trabalhar como civil, no Posto de Comando da Marinha Brasileira. Possui uma irmã chamada Alanis, de dezoito anos, sendo que as duas trabalham no mesmo local. Sozinha e desiludida, escolheu uma profissão diferente e interessante. Agora, na sua pequena cabine, diante do mar, nem imaginava o que estava para acontecer. Mais uma vez, tentou o contato, mas sem sucesso.

— Aqui é a Torre de Comando Naval! — Anytha insistiu. — Posso auxiliá-lo?

Mark, tentando se esquivar, decidiu colocar uma conclusão na perseguição. Rapidamente, diminuiu a velocidade da lancha e deixou com que seus inimigos se aproximassem. Assim, antes que começassem a atirar, Mark lançou uma granada em direção ao barco. A explosão e o choque foram tão grandes, que Mark caiu atordoado na sua embarcação. Mas depois, se recuperou e se lembrou do chamado que tinha operado. Assim, Anytha continuou desesperada, na outra linha.

— Por favor, responda! — Anytha perguntou de novo. — O que houve? O que está acontecendo?

Anytha bem sabia dos perigos que os marinheiros encaravam em alto-mar, mas passados alguns instantes, Mark respondeu, finalmente.

— Torre, aqui é a Lancha Naval Inglesa Corvo Branco! — Mark, meio zonzo, lutava para se manter levantado. — Estou perdido, preciso ancorar! Peço um sinal!

Anytha enviou o sinal e correu para a praia com Alanis, para avistar a lancha, pondo as mãos sobre os olhos, só conseguindo ver as ondas, retornando ao seu posto e tentando outro contato.

— Lancha, está vendo o sinal? — Anytha questionou, aflita. — Preciso que me diga, por favor!

— Estou sim! — Mark suspirou, aliviado, por avistar que se aproximava da areia. — Estou bem!

— Ainda não vi seu barco! — Anytha estranhou bastante. — Onde se encontra?

— Não se preocupe! — Mark sorriu. — Estou chegando! Em breve, estarei na praia, pode deixar!

E mais uma vez, Anytha saiu da cabine com Alanis, para visualizar a lancha que chegara à costa brasileira. Assim, veio direto para a capitania dos portos, para anunciar a chegada do barco ao seu pai Jules, Comandante da Marinha. Com isso, resolveram ir na frente e notaram a lancha de fora, percebendo que não parecia ser uma embarcação americana. Assim que viu Mark descendo da lancha, compreendeu que nem a embarcação, nem seu tripulante, eram americanos. Então, sorriram para Mark, com mil perguntas na cabeça.

— Olá! — Anytha disse apenas, meia atrapalhada. — Bem-vindo ao Rio de Janeiro!

Mark deu um passo adiante, meio tonto. Depressa, Anytha amparou-o, preocupada.

— Está se sentindo bem? Venha, se sente, é melhor! — Anytha levou-o para perto da cabine, trazendo-lhe um copo com água. — Você precisa de algo?

Assim que tomou a água, respirou fundo, para a seguir, se dando conta da garota que estava à sua dianteira. Ficou apreciando seus cabelos negros e sua pele branquinha, de bermuda e camiseta branca. Então, resolveu dizer.

— Era você no rádio, hein? — Mark piscou. — Salvou minha vida, de verdade!

— Sim, é meu dever. — Anytha, percebendo que estavam a sós com aquele estranho, se apressou, estendendo-lhe a mão. — Não se preocupe, o Comandante Jules está a caminho! E sim, a propósito, meu nome é Anytha Rwbbenyer!

— Você está mesmo bem? — Alanis se intrometeu, contemplando como o estranho era bonito. — Tem certeza?

— Sim, estou bem, nada demais. — Mark sorriu, parecendo um menino. — Não se sinta preocupada.

— Que bom! Fico tranquila com isso!— Alanis anuiu, meia tímida por aqueles olhos verdes tão ardentes. — Qual é seu nome mesmo?

— Claro! Muito prazer! Percy Mark Wilson! — sorriu, mas em seguida, cerraria o cenho, olhando para as duas. — Costumam ser tão gentis com os estrangeiros?

— Não, é que eu gosto muito da língua inglesa. — Anytha se adiantou depressa, olhando para fora da cabine. — Eu acho melhor você se levantar agora, pois o Comandante Jules vem revistá-lo e ver qual é sua situação.

— Ia esquecendo de cumprimentá-lo também! Sou Alanis Rwbbenyer, mana de Anytha! — estendeu-lhe a mão, sentindo um aperto quente. — Realmente, é preciso vermos seu passaporte!

— Sim, claro! — Mark concordou, sinalizando com a cabeça. — Mas meu passaporte normal, Seaman's Discharge Book e British Seaman's Card, estão em dia, não há problema algum!

Mark suspirou, mais uma vez, aliviado. Aquela perseguição deixou-o exausto. Em seguida, Jules, pai de Anytha e Alanis, chegou e conduziu Mark para a capitania. Anytha e Alanis permaneceram assistindo ambos se distanciarem. Anytha achou até estranho Mark não usar farda, afinal, parecia ser marinheiro. "Magro, alto, engraçado", matutou, tinha algo que chamava-lhe a atenção. Com isso, sorriu, balançando a cabeça, imaginando tudo, incluindo sua altura.

"Esqueça os homens altos, Anytha!", se repreendeu, em breve, tentando se esquivar do pensamento distraído.

"Acho que estou ficando doida! Pare com isso, Alanis!", mesmo tentando não se impressionar, Alanis notou sua altura também, se lembrando de seu amor platônico pelo cantor e ator Donal Jackson.

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