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Paris - França, 1991*****Ao chegarem no centro de Paris, na França, Anytha e Mark desembarcaram do avião aninhados. E assim pegaram um táxi direto para o Hotel Ritz. No caminho, Anytha contemplava a cidade pela janela do carro. Tinha que se conformar com a pressa de Mark para chegar logo. Mas quando atingiram seu destino, Mark deixou-a no quarto escolhido e prometendo que voltaria depressa, saiu sem dar maiores explicações. Se sentindo cansada da viagem, Anytha desfez as malas e se deitou. Olhou para o relógio, notando que já eram cinco da tarde. Com isso, aproveitou o friozinho da capital europeia e a cama macia para dar um cochilo. No momento que despertou, com o telefone tocando, descobriu ser o recepcionista.
— Madame? Quer que sirvamos seu jantar no quarto? — o recepcionista disse. — O Senhor Mark Wilson deu permissão para perguntar-lhe!— Mar*****Paris e Giverny - França, 1991*****Quando Anytha despertou, o Sol estava encoberto de nuvens. Já eram mais de sete horas da manhã e Mark ainda não havia chegado. Sentiu uma ponta de preocupação, mas se lembrou da carta e do desabafo com Alanis. Olhou pela janela de seu quarto e viu densas nuvens se aproximarem. Mesmo assim estava resoluta. Se agasalharia e poria a carta no correio. Colocou o casaco de pele sobre o conjunto de lã bege e desceu direto para a rua, nem querendo tomar desjejum. Já fora, vendo o movimento das pessoas na rua, suspirou. Não se sentia bem sozinha, mas adorava caminhar. No dia anterior, Mark havia mostrado-lhe uma agência de correios bem próximo dali. O que Anytha não sabia, seria que Mark estava correndo perigo. Naquela mesma noite, Mark foi se encontrar com um agente, seu amigo da Inglaterra. Juntos, passaram a noite esquematizando como
*****Giverny, França - 1991*****Como a casa já tinha sido faxinada um dia antes, Anytha nem teve o que fazer depois do almoço. Então, resolveu ir deitar quando ouviu um barulho estranho na sala.— Mark! — Anytha olhou tudo aquilo assustada. — O que é isso? O que está fazendo? Mark!Mark estava sentado no chão, junto da porta, com uma furadeira na mão. Anytha teve que se aproximar para ver se Mark estava bem mesmo.— Olá, querida! — Mark desligou a máquina. — O que houve? Algum problema, meu amor?— O que é tudo isso? — Anytha olhou aquela bagunça, sem compreender nada. — O que está acontecendo aqui?— Ah! — Mark colocou a mão na testa, tirando uma gota de suor. — Estou colocando umas trancas para o nosso bem!— Não sabia que aqui era t&atil
*****Rio de Janeiro, Brasil - 1991*****E num escritório do Rio de Janeiro, alguém tinha planos para mudar a vida de Anytha, onde quer que estivesse.— Tem certeza de que quer isso realmente, Murillo? — o homem que estava à sua frente coçou o queixo. — Não mudará de opinião?— Claro, Carlos! — respondeu, cheio de animação. — Você lembra daquelas promessas todas? Eu disse à Anytha que voltaria!— E não voltou... — Carlos continuou incrédulo. — E parece que nunca voltaria, pelo tempo que passou…— Tudo bem! — Murillo se sentou na cadeira, em frente à sua mesa. — Me atrasei, apenas isso! Eu amo aquela garota! Não tem solução! Nunca consegui esquecê-la! Estava dando um tempo para mim mesmo! Você sabe que eu não queria me c
*****Rio de Janeiro, Brasil - 1991*****Quando Alanis voltou, Eduardo já tinha ido embora, dando graças a Deus. Nem percebeu sobre sua agenda na mesa. Antes de atender seu superior, Alanis lavou seu rosto e tomou uma água bem rapidamente. Agora suspirando, resolveu telefonar para Jules e Marina, sabendo que pelo tempo, Murillo não tinha chegado em Nova Iguaçu ainda.— Pai, é Alanis! — disse quando Jules atendeu. — Preste atenção no que direi, pois é importante! Murillo reapareceu! Esteve aqui e queria saber onde Anytha estava! É claro que nada contei! O problema é que está indo até aí, para tentar arrancar algo! Por favor, não diga nada! Peça para minha mãe permanecer calada também, já que sei que Dona Marina gosta de dar com a língua nos dentes!— Mas até isso agora! &mda
*****Rio de Janeiro, Brasil - 1991*****Já na rua, Murillo caminhou ao lado de Alanis por alguns momentos até olhá-la, pretendendo se despedir.— Bem, vou indo agora, Alanis! — disse com nó na garganta, devido não haver conseguido o que queria. — Até qualquer hora!— Murillo, só um segundo! — segurou em seu braço até notar Murillo se retesar. — Está sendo sincero? Podemos conversar em algum lugar ou precisa ir trabalhar?— Tem certeza? — Murillo sentiu uma pontada no peito. — Podemos ir num restaurante que frequento!— Tudo bem! — Alanis concordou. — Me diga o endereço, para seguir você com meu carro!— Eu costumo ir ao Restaurante do Hotel Copacabana Palace... — respondeu normalmente. — Vamos conversar lá...— Como? — Alanis engasg
*****Giverny, França - 1991*****"Era só o que faltava!", pensou Anytha e olhou para o relógio. A janta não estava dando certo, talvez fosse seu nervosismo por Mark, que estava causando aquilo tudo. Estava entediada e resolveu continuar frequentando o templo local para orar e pedir que Jesus desse-lhe uma solução para sua agonia. Desde a noite anterior que Mark não se encontrava em casa. Porém, do outro lado da cidade, Mark estava mais preocupado do que Anytha, depois de suportar a noite com seu agente federal Basil Morris, com ambos passando a manhã discutindo. Tudo que aconteceria, com aquilo que examinaram, inundou a tarde e a noite.— Eu não sei o que seria, mas nada do que descobrimos prova quem é o chefão... — Mark suspirou. — Estou cansado de esperar...— É só uma questão de tempo, colega! — Basil deu
*****Giverny e Paris - França, 1991*****Como esteve doente, Anytha nem se preocupou quando a noite chegou, pois Mark prometera permanecer com sua pessoa. Até que o telefone tocou e como Anytha passava pelo corredor, veio atender, mas Mark impediu-a em tempo.— Não atenda! — vendo seu olhar, Mark amenizou. — Deixe! Deve ser para mim! Tudo bem?Enquanto Anytha olhou Mark mais uma vez, saiu para o quarto, engasgada com aquilo, sentindo que seu casamento estava indo por água abaixo. Mark pegou o telefone, quase tendo certeza que seria Basil Morris. Não deu outra realmente.— O que há, Basil? — perguntou, querendo saber o que queria. — Algo errado agora?— Mark, eu estou muito preocupado! Muito atormentado mesmo! — Basil respondeu. — Na pressa, resolvi ligar para sua casa em vez de ligar para seu celular!— Com que está pr
*****Giverny - França — Rio de Janeiro - Brasil, 1991*****Quando Anytha abriu os olhos daquele sono estranho, piscou três vezes, tentando esquecer o pesadelo que tivera, de um homem morto em sua frente. Porém, ao olhar seu redor, percebeu que nada tinha sido uma letargia. Estava deitada e dois policiais olhavam-na no sofá branco. Então, se lembrou de seu esposo Mark e gritou desesperada ao pensar no pior.— Mark! — logo os policiais chegaram perto de Anytha. — Meu Deus! Onde está meu esposo Mark?— Calma! — um dos policiais tentou tranquilizá-la, vendo seu estado de nervos. — Senhora Wilson, se sente bem?— Mark! Meu marido! — Anytha mirou-os totalmente atrapalhada, se levantando. — Onde está?— Nós não sabemos... — o policial explicou-lhe, com voz pacífica. — Mas não se