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Rio de Janeiro, Brasil - 1991*****Já na rua, Murillo caminhou ao lado de Alanis por alguns momentos até olhá-la, pretendendo se despedir.
— Bem, vou indo agora, Alanis! — disse com nó na garganta, devido não haver conseguido o que queria. — Até qualquer hora!— Murillo, só um segundo! — segurou em seu braço até notar Murillo se retesar. — Está sendo sincero? Podemos conversar em algum lugar ou precisa ir trabalhar?— Tem certeza? — Murillo sentiu uma pontada no peito. — Podemos ir num restaurante que frequento!— Tudo bem! — Alanis concordou. — Me diga o endereço, para seguir você com meu carro!— Eu costumo ir ao Restaurante do Hotel Copacabana Palace... — respondeu normalmente. — Vamos conversar lá...— Como? — Alanis engasg*****Giverny, França - 1991*****"Era só o que faltava!", pensou Anytha e olhou para o relógio. A janta não estava dando certo, talvez fosse seu nervosismo por Mark, que estava causando aquilo tudo. Estava entediada e resolveu continuar frequentando o templo local para orar e pedir que Jesus desse-lhe uma solução para sua agonia. Desde a noite anterior que Mark não se encontrava em casa. Porém, do outro lado da cidade, Mark estava mais preocupado do que Anytha, depois de suportar a noite com seu agente federal Basil Morris, com ambos passando a manhã discutindo. Tudo que aconteceria, com aquilo que examinaram, inundou a tarde e a noite.— Eu não sei o que seria, mas nada do que descobrimos prova quem é o chefão... — Mark suspirou. — Estou cansado de esperar...— É só uma questão de tempo, colega! — Basil deu
*****Giverny e Paris - França, 1991*****Como esteve doente, Anytha nem se preocupou quando a noite chegou, pois Mark prometera permanecer com sua pessoa. Até que o telefone tocou e como Anytha passava pelo corredor, veio atender, mas Mark impediu-a em tempo.— Não atenda! — vendo seu olhar, Mark amenizou. — Deixe! Deve ser para mim! Tudo bem?Enquanto Anytha olhou Mark mais uma vez, saiu para o quarto, engasgada com aquilo, sentindo que seu casamento estava indo por água abaixo. Mark pegou o telefone, quase tendo certeza que seria Basil Morris. Não deu outra realmente.— O que há, Basil? — perguntou, querendo saber o que queria. — Algo errado agora?— Mark, eu estou muito preocupado! Muito atormentado mesmo! — Basil respondeu. — Na pressa, resolvi ligar para sua casa em vez de ligar para seu celular!— Com que está pr
*****Giverny - França — Rio de Janeiro - Brasil, 1991*****Quando Anytha abriu os olhos daquele sono estranho, piscou três vezes, tentando esquecer o pesadelo que tivera, de um homem morto em sua frente. Porém, ao olhar seu redor, percebeu que nada tinha sido uma letargia. Estava deitada e dois policiais olhavam-na no sofá branco. Então, se lembrou de seu esposo Mark e gritou desesperada ao pensar no pior.— Mark! — logo os policiais chegaram perto de Anytha. — Meu Deus! Onde está meu esposo Mark?— Calma! — um dos policiais tentou tranquilizá-la, vendo seu estado de nervos. — Senhora Wilson, se sente bem?— Mark! Meu marido! — Anytha mirou-os totalmente atrapalhada, se levantando. — Onde está?— Nós não sabemos... — o policial explicou-lhe, com voz pacífica. — Mas não se
*****Paris e Giverny - França, 1991*****Alguns dias depois, dois brasileiros estavam em Paris, atravessando aquelas ruas tão peculiares. Alanis usava uma terninho preto com uma camiseta branca de gola alta, envolta por uma echarpe verde leve enquanto Murillo usava um terno azul com gravata branca, estando muito elegante. Murillo resolveu passar em Paris primeiro, para ver alguns interesses de seus hotéis, que se localizavam em vários pontos da França. Mesmo que Anytha não estivesse no Hotel Ritz mais, decidiu se hospedar lá para mostrar para Alanis, já que seria um lugar histórico também enquanto seus hotéis eram apenas sofisticados. Mas ambos nem perceberam que eram seguidos de perto por Eduardo, que estava numa moto alugada e tinha visto numa foto de jornal, que Murillo havia se tornado num homem de negócios, olhando torto para a reportagem. Só que com essa
*****Giverny e Honfleur - França, 1991*****Assim que Murillo ligou o carro e partiu, Eduardo seguiu ambos, mas não escutou sobre Anytha estar casada, sorrindo satisfeito. "Agora esqueceu-o de vez", pensou consigo mesmo.Anytha mal limpou as lágrimas enquanto Alanis subia as escadas para ver algumas coisas outra vez, olhando para o relógio quando a campainha tocou de novo. Nem quis ver pelo olho mágico, sentindo seu coração apertar. Talvez fosse Murillo, mas seu espanto foi maior que tudo, pois era Eduardo. Como já não tinha nervos, Anytha permaneceu muda por alguns instantes até Eduardo sorrir cínico, fazendo menção de entrar.— Olá, meu amor! — Eduardo cumprimentou Anytha, que estava sem reação pelo espanto. — Nossa! Que casa grande!— O que você está fazendo aqui? — Anytha interro
*****Giverny e Honfleur - França, 1991*****Levando Anytha para fora da casa enquanto Alanis continuava desmaiada, Eduardo conduziu-a até sua motocicleta e obrigou-a a se sentar, fazendo-a passar os braços amarrados na sua cintura.— Eu vou gritar! — Anytha ameaçou. — Você é um monstro! Alanis pode estar à beira da morte por sua causa!— Grite! — dando partida na moto, Eduardo emendou. — Ninguém te conhece mesmo, fofinha! Acho que só sobrou nós dois!— Para onde pensa que está me levando? — vencida, Anytha ainda perguntou. — O que pretende comigo?— Para um lugar onde nós possamos permanecer a sós, meu bem! — Eduardo garantiu. — Você vai adorar nosso tempo um com o outro!"Droga! Era o que faltava! Onde será que Mark se encontra nessa hora?", Anytha pens
*****Giverny, França - 1991*****— Mark! Alanis! — abraçou ambos no helicóptero, cheia de felicidade por estar sendo salva. — Graças a Deus, vocês estão bem!— Querida, você está melhor? — Mark parecia abalado. — Encontrei Alanis caída na sala e você não estava mais lá! Fiquei tão preocupado!— Não, Mark! — sentiu uma pontada no peito. — O que está havendo? Eu não estou entendendo nada! Um homem morto lá em casa!— Calma! — Mark alisou os cabelos de Anytha, olhando para os pilotos. — Tudo terá explicação! Eu prometo!— Mas Mark... — estava se sentindo de mãos atadas, ainda mais depois do que Eduardo pretendeu. — Eu quero...— Escute, meu amor! Calma! — Mark interrompeu-a. — Eu s
*****Giverny - França, 1991*****— Tem certeza que agi certo em chamar Murillo desse modo impulsivo, Alanis? — suspirou de maneira angustiada, tentando racionalizar naquele momento, depois do ato desesperado. — Eu sou alguém casada, mesmo que Mark não me queira como mulher de verdade!— Claro que sim, meu bem! — Alanis incentivou Anytha. — Seu grande amor é Murillo ainda! Não precisa mentir para si mesma! Sabe disso, né? Siga por esse caminho e não pare! Procure sua felicidade! E venha me chamar só quando precisar! Ok?— Sei lá! Estou me sentindo fora de mim, pois nunca fiz nada assim antes! — Anytha ponderou diante de Alanis. — Que Deus permita que eu possa ter alguma solução para os problemas que estou encarando, porque só Jesus na causa!Enquanto isso, assim que Murillo parou o carro na frente da