Talvez esses sequestradores só queiram dinheiro e descobriram que meu pai tem algum e queiram o dinheiro do resgate. - Tá certo! Se for só isso eu devo voltar pra casa logo, com certeza meu pai não pouparia dinheiro para me ter de volta ele me amava. Pensei confiante enquanto observava o carro parando em uma espécie de heliporto.
Olhei em volta, vi um helicóptero, alguns homens em volta dele. Fiquei em choque.
- Onde eles vão me levar? Porque precisamos de um helicóptero? Não podemos ir de carro? Questionei enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto e o desespero tomava conta de mim.
Ficaram todos em silêncio, enquanto me empurravam em direção ao helicóptero e me entregava a um dos homens parado ao lado do helicóptero.
Percebi que o homem pegou um pacote de dentro do terno preto que ele utilizava e entregou aos homens que me trouxeram até aqui.
- Obrigado! Espero que ele goste da encomenda desta vez. Respondeu Senhor Tomasi.
- Claro! Se vocês fizeram o serviço direito, receio que ele ficará contente. Se esta for a menina que ele procura ele não precisará mais dos seus serviços e vocês podem voltar a vida de merda que tem.
O senhor Tomasi, pegou o pacote e saiu em direção ao carro me deixando ali com aquele homem que eu acabei de encontrar. Não tinha ideia do nome dele.
- Por favor! me diga pra onde você está me levando? Qual o seu nome?... Mel perguntou ao homem.
O homem olhou para ela com o olhar intimador e disse...
- Vamos fazer um acordo? Se você se comportar eu prometo não arrancar seus olhos antes que cheguemos ao nosso destino, tenho certeza que meu chefe odiaria te ver sem eles. Você tem olhos lindos, ele ficaria muito satisfeito se pudesse vê-los.
Balancei a cabeça em sinal de positivo e me sentei no banco dentro do helicóptero enquanto aquele homem se sentava ao meu lado.
Eu estava exausta, já era tarde, imagino que devia ser umas duas horas da manhã quando entrei naquele helicóptero. Cai num sono profundo, o barulho do motor não atrapalhou o meu sono. Nem vi quando chegamos.
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Abri meus olhos e por um momento desejei que tudo fosse um grande pesadelo, tudo o que vivi na noite anterior seria somente parte disso.
Estava deitada em uma cama macia, mas não era meu quarto e nem minhas coisas. Olhei em volta, tudo era lindo, de muito bom gosto.
Nada daquilo fazia sentido pra mim, eu estava com uma camisola branca de mangas longas e não fazia ideia de quem tinha me vestido, me senti envergonhada que alguém pudesse ter me visto nua. Quem poderia ter tido a audácia de tirar minhas roupas enquanto eu estava dormindo?
Me sentei na enorme cama, olhei em volta e vi que aquele quarto era maior que minha própria casa. Foi quando me dei conta que aquilo não era um sequestro comum, a pessoa que me sequestrou não estava atras de dinheiro, parecia que ela tinha muito e não seria este o motivo de eu estar ali.
- Ah! Vejo que você acordou? está se sentindo bem? Posso trazer algo para comer?
A mulher que apareceu no quarto usava um uniforme, parecia ser uma espécie de governanta daqueles filmes estrangeiros. Ela deve ter uns 50 anos. Sua voz é doce, gentil.
- Onde estou? Quem é você? O que eu estou fazendo neste lugar? Preciso voltar pra casa minha mãe deve estar preocupada comigo. Perguntou Mel ansiando uma resposta.
- Calma! Não se aborreça, logo mais Mestre Bianchini virá, ele está muito ansioso para lhe conhecer e pediu para que eu o chamasse quando a Srta. acordasse, á proposito pode me chamar de Sra. Angelini.
- Quem é Mestre Bianchini? O que ele quer de mim? Eu não entendo o que está acontecendo e o que ele pode querer de mim. Por favor me diga.
- Me desculpe Srta. Montalvão eu não tenho permissão para lhe dizer nada, estou apenas fazendo meu trabalho, vou pedir para que tragam seu café e logo em seguida te ajudem a se trocar. Vou informar ao Mestre que você acordou. Até logo.
- Não me deixe aqui sozinha eu quero sair preciso ir embora, voltar pra minha casa, eu te imploro. O desespero estava estampado no meu rosto, eu poderia fazer qualquer coisa para sair dali até mesmo implorar.
- Sinto muito Srta. não posso te ajudar com isso. Só posso te dizer pra ser uma boa menina e tudo ficará bem.
Vi quando Angelini se virou e foi embora do quarto me deixando sozinha novamente, corri até a janela que estava aberta, pensei em fugir por ali, mas quando abri a cortina desisti na hora pois era muito alto, deveria ter uns dez metros de altura.
Terei que pensar em outra forma de fugir daqui.
- Com licença Srta. Montalvão trouxe seu café, espero que goste, não sabíamos do que você gostava então trouxemos frutas, e algumas outras coisas para que você possa apreciar. Se não estiver do seu agrado é só me dizer o que você gosta de comer e eu preparo para você.
- Não há necessidade, eu não costumo comer quando acordo, eu não estou sem fome.
- Tudo bem! vou deixar a bandeja aqui para quando tiver fome, vou descer e começar a preparar o almoço. A Sra. Angelini pediu para que não se preocupe pois dentro de trinta minutos virá alguém para te ajudar a se vestir e arrumar seu cabelo, Mestre Bianchini já está a sua espera.
Estava sozinha novamente naquele quarto enorme, eu precisava achar um jeito de fugir dali o quanto antes. Caminhei em direção a porta. Ela estava trancada pelo lado de fora. Olhei em volta para ver se havia alguma possibilidade de sair, as duas opções que eu tinha estavam totalmente descartadas. Então percebi que não tinha saída, eu teria que descobrir quem era meu sequestrador e tentar convence-lo a me deixar ir embora, dizer a ele que tudo era um mal entendido, que eu não era a pessoa que ele estava procurando. De repente alguém bateu na porta e entrou. Um homem magro de aparência espalhafatosa e alegra se aproximou de mim juntamente com uma mulher de meia idade. - Olá Srta Melissa! Você é mais bonita pessoalmente do que nas fotos, que honra poder te conhecer. Meu nome é Frederico, mas pode me chamar de Nico. O homem disse tudo parecendo me conhecer, mas o que me deixava intrigada era ele ter fotos minhas. Como isso era possível? Todos eram muito estranhos pra mim, cada hora que
- Você só pode estar ficando louco...Mel se recusava a acreditar naquelas palavras, tudo parecia insano e um grande mal-entendido... Tudo bem, suponhamos que eu me case com você dentro de três meses, como eu vou explicar para minha família algo tão repentino? Minha mãe sabe tudo o que eu faço e ela não concordaria com isso. - Não se preocupe com ela agora só pense na minha proposta, mandarei um de meus homens te procurar dentro de dois meses para saber o que decidiu. Só lembrando que eu não tenho escolha e preciso que decida se casar comigo se não terei que te forçar a isso. - Você está me forçando a decidir meu futuro em dois meses? Isso não é justo, eu preciso que me de, mas tempo para pensar, eu tenho uma família, não posso deixá-los assim de repente. - Eu não estou pedindo para deixá-los, você se casará comigo e viverá aqui, mas não precisa abandoná-los, pode visita-los sempre que quiser, deixarei um helicóptero a seu dispor e poderá ir sempre que quiser, estamos fazendo um acor
O carro parou na porta do meu prédio, mas uma vez respirei aliviada e abri a porta para correr em direção a meu apartamento quando senti uma mão me puxar pelo braço e dizer: - Espero que a senhora tenha entendido o que o patrão disse, Mestre Bianchini não irá poupar esforços para conseguir o que quer, seja inteligente o bastante e aceite se casar com ele. Estaremos por perto para garantir que saia tudo conforme esperado. - Me solta!!! Gritei o mais alto que pude tentando puxar meu braço quando percebi uma voz dizendo; - Tudo bem Srta. Mel? Sebastian estava ao lado da janela olhando pra dentro do carro quando o homem soltou meu braço e respondeu. - Está tudo bem Sr. somos amigos da Melissa e estamos só trazendo ela pra casa e já estamos de partida. Tomasi, disse apertando meu braço com força enquanto me olhava com um olhar intimidador. - Está sim Sebastian, não se preocupe. Puxei meu braço e desci entrando no prédio e caminhando até o elevador. Apertei o botão que dava acesso ao
Cheguei no quarto e me deitei na cama gigantesca que tinha ali, era muito macia e confortável, mas minha mente estava uma bagunça e eu nem conseguia apreciar aquela maciez toda só queria que o tempo voltasse atrás e eu não tivesse perdido a hora na biblioteca, talvez se eu tivesse ido embora para casa mais cedo nada daquilo teria acontecido e eu estaria agora deitada em minha cama seguindo minha vida normalmente.Eu estava tão cansada que adormeci pensando naquela história louca que estava acontecendo comigo.Acordei escutando batidas na porta, por um instante queria que tudo fosse um sonho, mas não era e a Sra Angelini entrou no quarto avisando para que eu descesse para o jantar que já estava na mesa. Me recusei a ir porque estava sem fome e queria dormir até o amanhecer para ir para casa, estava muito triste, com saudades da minha mãe e do meu quarto que, por mais simples me fazia sentir segura. Apesar do conforto que aquela mansão tinha nada se comparava a minha humilde casa.A por
No fim do dia, Aurora voltou correndo para casa, estava ansiosa para reencontrar a filha, a saudade que sentia era grande, por mais brava que ela estivesse da filha, ela sentia gratidão por ela estar bem e em casa.Aurora foi até o aeroporto buscar Gerard e dirigiu em direção a sua casa, mas durante o caminho percebeu que havia um carro preto que estava a seguindo desde o aeroporto. Ela manteve a calma, e continuou dirigindo até que o carro a ultrapassou e segui em frente. Aurora respirou aliviada e entrou no prédio, se dando conta que o carro não estava a seguindo, isso era apenas um mal entendido, devia ser porque os últimos acontecimentos a fizeram imaginar coisa, inclusive que o desaparecimento de Mel poderia ter sido em razão dela ter sido sequestrada.Com o aparecimento de Mel Aurora deixou essas fantasias de lado e chegou a conclusão que o estresse estava fazendo com que ela imaginasse coisas infundáveis. A final, quem poderia sequestrar Melissa? Ela não conhecia ninguém que pu
Chegamos na minha casa e fomo direto pro meu quarto, minha mão estava no trabalho e não chegaria tão cedo, teria a tarde toda livre, poderia contar tudo que aconteceu para minha melhor amiga, talvez ela tivesse uma ideia para me tirar dessa enrascada.- Vamos Mel, me diga o que está acontecendo... Valentina estava impaciente e já não aguentava mais esperar para saber o que eu tinha para lhe contar.- Bem... eu tenho que me casar daqui três meses...Mel soltou tudo de uma vez só, ela estava engasgada e precisava desabafar. Decidiu que precisava ser assim se não ela não conseguiria dizer nada. - Não me diga que você está gravida? Quando isso aconteceu? Você não era virgem? Meu Deus Mel, o que você está me dizendo? Você ficou maluca? Valentina estava eufórica demais para pensar.- Pare de falar sandices e me escuta Valentina, eu sou virgem e não estou grávida. Mel bufou enquanto gritava para que sua amiga acalmasse.- Está bem, então me conta do que você está falando? As afirmações de M
Por algum motivo, Valentina tinha se tornado amiga de Afonso em uma rede social e tinha fotos dele em todos os ângulos.- Como você conseguiu que ele aceitasse sua solicitação de amizade tão rápido? O que você fez?- Nada Mel, só enviei a solicitação e ele aceitou.- Meu Deus Valentina, você é impulsiva demais, você não deveria fazer isso.- Para Mel, eu não fiz nada demais eu só enviei e ele aceitou, você está exagerando, hoje em dia as pessoas se tornam amigos em redes sociais isso não quer dizer que serão amigos de verdade.- Está bem, agora saia me deixe tomar meu banho em paz... Mel se virou e continuou lavando seu cabelo em paz, pensando na imagem que Valentina acabara de mostrar. Afonso era realmente lindo, isso ela não podia negar. Mas ter que se casar com ele estava fora de questão para ela.***************************************************************Os dias passaram de pressa, Mel estava cada vez mais ansiosa pois estava chegando ao fim o prazo que Afonso havia dado para
Mel começou a chorar desesperadamente, pensando em como sua mãe consegui esconder isso dela, ela havia notado que sua mãe estava saindo muito cedo de casa e chegando tarde, mas como sua mãe trabalhava muito ela imaginou que este era o motivo.- Melissa, você está aí? Perguntou Valentina... – Eu estou indo te encontrar, não chore vai dar tudo certo.- Não precisa, eu vou ficar bem, preciso voltar pro quarto minha mãe pode acordar, até mais Valentina.Valentina sentiu que precisava ajudar a amiga neste momento de dor, ela pediu ao taxista para que a levasse ao hospital. Em meia hora, ela já havia chegado no hospital, onde se dirigiu ao quarto 121.Mel estava sentada ao lado da cama de sua mãe enquanto Aurora estava dormindo tranquilamente.- Amiga! Como você está? Perguntou Valentina apreensiva.- Valentina o que você faz aqui? Eu disse que não precisava vir. Indagou Mel.- Somos amigas, tenho certeza que se fosse o contrário você não me deixaria sozinha. Pois bem, eu vim cuidar de você