No fim do dia, Aurora voltou correndo para casa, estava ansiosa para reencontrar a filha, a saudade que sentia era grande, por mais brava que ela estivesse da filha, ela sentia gratidão por ela estar bem e em casa.
Aurora foi até o aeroporto buscar Gerard e dirigiu em direção a sua casa, mas durante o caminho percebeu que havia um carro preto que estava a seguindo desde o aeroporto. Ela manteve a calma, e continuou dirigindo até que o carro a ultrapassou e segui em frente. Aurora respirou aliviada e entrou no prédio, se dando conta que o carro não estava a seguindo, isso era apenas um mal entendido, devia ser porque os últimos acontecimentos a fizeram imaginar coisa, inclusive que o desaparecimento de Mel poderia ter sido em razão dela ter sido sequestrada.
Com o aparecimento de Mel Aurora deixou essas fantasias de lado e chegou a conclusão que o estresse estava fazendo com que ela imaginasse coisas infundáveis. A final, quem poderia sequestrar Melissa? Ela não conhecia ninguém que pudesse querer fazer isso com a filha.
Aurora e Gerard, entrou no apartamento e encontrou Melissa sentada na mesa comendo um sanduiche que ela tinha acabado de preparar.
Os dois se dirigiram até ela e a abraçou, ambos estavam emocionados. Aurora percebeu que Mel estava pálida e abatida e não quis aborrecer a filha com perguntas naquele momento. Melissa era uma boa filha, isso nunca havia acontecido antes, sempre que saia Mel avisava para sua mãe onde estava e que horas ela iria voltar pra casas.
- Minha filha, seja lá o que aconteceu você sabe que pode nos contar? Eu e seu pai estamos aqui pra te apoiar no que precisar.
- Mesmo que eu e sua mãe estejamos separados sempre seremos seus pais, nos te amamos e queremos seu bem...completou Gerard.
- Eu sei... Disse Mel... Eu não sei o que seria de mim se não fosse vocês. Eu os amo tanto. Uma tristeza profunda invadiu o coração de Mel naquele momento, ela queria contar tudo que havia acontecido nos últimos dois dias. Mas ela não queria preocupa-los, não naquele momento. Ela tinha um tempo para pensar e ela usaria esse tempo para decidir o que fazer.
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Na manhã seguinte... Mel levantou, tomou um banho, vestiu o uniforme da escola e foi até a cozinha para tomar seu café antes de ir para a escola.
- Bom dia Minha filha! Vejo que você está bem melhor hoje... Disse Aurora enquanto servia o café para a filha.
- Bom dia Mãe!...Bom dia Pai! Estou sim, nada como um boa noite de sono não resolva. Respondeu Mel pegando a xicara de café que sua mãe serviu.
- Mel, sua mãe e eu estávamos conversando e pensamos que você poderia ir passar uns dias comigo em Roma, seria bom pra você sair por uns dias.
Mel estava case chegando a escola quando avistou o carro dos homens que a sequestraram, seu coração disparou instantemente, dava para ouvi-lo bater de longe, sua respiração estava ofegante. – Droga! Isso não acaba nunca, até quando eles vão ficar atras de mim? pensou ela quando uma voz a fez voltar a realidade.
- Oi Mel! Como você está? O que aconteceu que você não atendeu meus telefonemas? Você ta ficando maluca em sumir desse jeito? Valentina estava em êxtase quando viu Mel, foi logo abraçando-a tão apertado que Mel quase sufocou-se.
- Calma Valentina! Eu estou bem, mas se você continuar me apertando desse jeito com certeza eu precisarei de um hospital
- Exagerada, eu só estava com saudades de você, eu te liguei esse tempo todo e você não me atendeu... Valentina estava fazendo beicinho como se estivesse magoada... - Mas me conta, você encontrou um boy por aí e resolveu fugiu com ele para viver um amor platônico igual dos filmes que gostamos de assistir juntas?
- Não viaja Valentina...Disse Mel... – Não é nada disso, é muito pior do que você imagina, mas enfim, depois te conto tudo, eu vou precisar da sua ajuda pra me livrar do problema que me meti.
- Melissa! No que você se meteu? Você está me deixando nervosa, me conta tudo que aconteceu ou eu vou ter um infarto. O rosto de Valentina estava pálido, ela parecia estar muito assustada.
- Está bem, depois da aula vamos pra minha casa lá conseguiremos conversar tranquilamente. Agora vamos pra aula que já estamos atrasadas.
As duas caminharam em direção a sala de aula e se sentaram uma ao lado da outra. A aula havia começado.
Valentina estava inquieta e não conseguia prestar atenção na aula, ficava o tempo todo me cutucando para que eu lhe contasse o que tinha acontecido, a curiosidade era um defeito que ela tinha.
Sempre que eu queria atormentá-la dizia que tinha um segredo para lhe contar, usava seu ponto fraco para isso, era engraçado vê-la morrendo de curiosidade, mas naquele momento tudo era muito sério e eu não estava achando graça em seu sofrimento.
O sinal tocou, me levantei e sai enquanto Valentina me seguia em silêncio com uma cara de preocupação, parecia que ela sabia que o que eu iria te contar era algo sério demais e não podia ser dito ali.
Fizemos o caminho até minha casa em silêncio total, parece até que podíamos escutar a respiração tensa uma da outra. O carro preto apareceu novamente em nossa frente. Tentei disfarçar o medo que eu estava sentindo não queria que Valentina percebesse que estávamos sendo seguidas, isso poderia assusta-la.
De repente o carro passou devagarinho e um homem olhou em nossa direção, era Tomasi novamente, tive certeza que ele estava me vigiando e não me deixaria em paz pelos próximos meses. Uma sensação de impotência tomou conta de mim, eu me senti exausta, percebi que nada que eu fizesse iria mudar o fato de que eu teria que me casar mesmo contra minha vontade.
- Mãe, pai! Eu não quero ir, eu não vou deixar a mamãe aqui sozinha, além do mais estou no meu ultimo ano e preciso me dedicar a estudar para a faculdade no próximo ano.
- Minha filha, entendo que isso é muito importante para você, mas acho que terá muito tempo pra isso, você é jovem e poderá se dedicar a estudar no próximo ano, assim você descansa agora e volta a estudar ano que vem não precisa ter pressa. Disse Aurora.
Mel, ficou em silêncio por alguns segundos, pensando em tudo que sua mãe lhe disse. De fato, sua mãe tinha razão, se ela não conseguisse fazer Afonso desistir da ideia de se casar, ela não teria escolha a não ser adiar o sonho de se tornar médica, até porque, como ela conseguiria se dedicar a ser esposa, ter um filho e a universidade, seria impossível conciliar tudo isso.
- Está bem papai, vou pensar nesta sua proposta e te aviso quando me decidir. Mel disse com um sorrisinho sem graça. Ela estava concordando somente para não deixar seu pai triste.
- Tudo bem minha filha, estou voltando dentro de um ou dois dias, preciso resolver algumas coisas aqui na cidade e assim que terminar podemos ir. Gerard terminou seu café se despediu saindo em seguida.
Mel se levantou da mesa pegou sua mochila e foi para a escola. Ela havia perdido os últimos dias de aula e precisava se apressar para recuperar o tempo perdido, sua escola era muito exigente e cada aula perdida significava que ela teria que ficar depois do horário para pegar algumas horas de reforço.
Chegamos na minha casa e fomo direto pro meu quarto, minha mão estava no trabalho e não chegaria tão cedo, teria a tarde toda livre, poderia contar tudo que aconteceu para minha melhor amiga, talvez ela tivesse uma ideia para me tirar dessa enrascada.- Vamos Mel, me diga o que está acontecendo... Valentina estava impaciente e já não aguentava mais esperar para saber o que eu tinha para lhe contar.- Bem... eu tenho que me casar daqui três meses...Mel soltou tudo de uma vez só, ela estava engasgada e precisava desabafar. Decidiu que precisava ser assim se não ela não conseguiria dizer nada. - Não me diga que você está gravida? Quando isso aconteceu? Você não era virgem? Meu Deus Mel, o que você está me dizendo? Você ficou maluca? Valentina estava eufórica demais para pensar.- Pare de falar sandices e me escuta Valentina, eu sou virgem e não estou grávida. Mel bufou enquanto gritava para que sua amiga acalmasse.- Está bem, então me conta do que você está falando? As afirmações de M
Por algum motivo, Valentina tinha se tornado amiga de Afonso em uma rede social e tinha fotos dele em todos os ângulos.- Como você conseguiu que ele aceitasse sua solicitação de amizade tão rápido? O que você fez?- Nada Mel, só enviei a solicitação e ele aceitou.- Meu Deus Valentina, você é impulsiva demais, você não deveria fazer isso.- Para Mel, eu não fiz nada demais eu só enviei e ele aceitou, você está exagerando, hoje em dia as pessoas se tornam amigos em redes sociais isso não quer dizer que serão amigos de verdade.- Está bem, agora saia me deixe tomar meu banho em paz... Mel se virou e continuou lavando seu cabelo em paz, pensando na imagem que Valentina acabara de mostrar. Afonso era realmente lindo, isso ela não podia negar. Mas ter que se casar com ele estava fora de questão para ela.***************************************************************Os dias passaram de pressa, Mel estava cada vez mais ansiosa pois estava chegando ao fim o prazo que Afonso havia dado para
Mel começou a chorar desesperadamente, pensando em como sua mãe consegui esconder isso dela, ela havia notado que sua mãe estava saindo muito cedo de casa e chegando tarde, mas como sua mãe trabalhava muito ela imaginou que este era o motivo.- Melissa, você está aí? Perguntou Valentina... – Eu estou indo te encontrar, não chore vai dar tudo certo.- Não precisa, eu vou ficar bem, preciso voltar pro quarto minha mãe pode acordar, até mais Valentina.Valentina sentiu que precisava ajudar a amiga neste momento de dor, ela pediu ao taxista para que a levasse ao hospital. Em meia hora, ela já havia chegado no hospital, onde se dirigiu ao quarto 121.Mel estava sentada ao lado da cama de sua mãe enquanto Aurora estava dormindo tranquilamente.- Amiga! Como você está? Perguntou Valentina apreensiva.- Valentina o que você faz aqui? Eu disse que não precisava vir. Indagou Mel.- Somos amigas, tenho certeza que se fosse o contrário você não me deixaria sozinha. Pois bem, eu vim cuidar de você
Uma semana se passou e Aurora iria receber alta, Mel estava cuidando das documentações da alta de sua mãe. Ela estava preocupada em como ia pagar a conta do hospital e o tratamento que sua mãe teria que fazer nos próximos meses. Seu pai Gerard havia dito que não tinha dinheiro suficiente para ajudar no tratamento, que a empresa estava passando por uma fase ruim devido a um golpe que ele havia levado de um de seus investidores e que isso poderia levar a empresa a falência se ele não conseguisse se recuperar.Mel se sentia culpada pelo que seu pai estava passando, Afonso a havia avisado que se ela se recusasse a se casar com ele sua família sofreria as consequências.Mel chegou à recepção do hospital para dar entrada na alta de sua mãe, ela estava pensando em começar a trabalhar nos próximos dias para pagar as despesas do hospital. Ela entregou as documentações para a recepcionista enquanto esperava que ela conferisse.Entretanto, a recepcionista conferiu toda a documentação entregue e
Cloé era a única mulher que Afonso tinha tido um relacionado mais sério, mas ela foi embora quando o pai de Afonso morreu e não lhe deixou o dinheiro da herança. Ela achava que ele estava falido e por isso o largou.Afonso não acreditava que aquilo tinha acontecido e por isso jurou que não ia se relacionar com ninguém, Cloé dizia que ele era o homem de sua vida, mas bastou um contratempo para que ela o deixasse. Ele ainda a amava, mas não estava disposto a perdoar Cloé por tê-lo deixado. A notícia de seu noivado espalhou rapidamente, quando Cloé soube ela ficou intrigada, ela não entendia como Afonso havia se apaixonado e decidido se casar tão rápido, ele dizia que só se casaria se fosse com ela. Agora Afonso estava preste a ficar noivo e não era ela a noiva. Quem poderia ser esta noiva misteriosa? Quando eles se conheceram?Afonso estava saindo do banheiro quando seu telefone tocou, ele pegou a toalha enrolou na sua cintura e caminhou até a cama quando visualizou o nome de Cloé na
- Olá, senhorita Melissa! Como vai?... Disse Afonso... – Espero que esteja tudo bem com sua mãe.- Estou bem, obrigada por perguntar, minha mãe está melhorando... Disse Mel.- Bem Mel, vamos direto ao assunto. O motivo pelo qual eu pedi para te trazer foi que precisamos estabelecer algumas regras e não está em discursão o fato de você não aceitar a minha proposta de se casar comigo, eu preciso de uma resposta sua e eu não pretendo deixar você ir pra casa enquanto você não me dizer se aceita.- Tudo bem, eu aceito me casar com você Afonso, mas... Afonso ficou feliz, mas ao mesmo tempo sentiu que estava sem saída e não restava outra opção a não ser aceitar as condições dela... então Mel continuou... – Para que eu me case com você, eu preciso que você assine um acordo de que vai pagar todo o tratamento da minha mãe e não vai deixar de pagar depois que estivermos casados e também que você vai deixá-la morar conosco enquanto formos casados.- Ok, combinado. Vou pedir meu advogado para redi
Melissa chegou as dez horas da manhã na Mansão, Angelini viu quando o carro se aproximou e correu para recebe-la.- Olá Menina, vamos logo para o quarto, Frederico e Clarice está a sua espera para te deixar bem bonita para a cerimônia, eu comprei um presente para você espero que goste. Feliz aniversário Srta. Melissa... Angelini entregou uma caixinha para Mel contendo uma correntinha com um pingente de anjo.- Obrigada!... Disse Mel surpresa com o presente... – Nossa! É lindo.- Agora vamos? precisamos te arrumar, Mestre Bianchini odeia atrasos.As duas caminharam até o quarto onde estavam Nico e Clarisse. Mel entrou no quarto e Nico foi logo abraçando-a, fazendo com que ela sentasse em uma cadeira de frente ao espelho enquanto penteava os cabelos de Mel ele dizia;- Clarisse, vamos deixá-los solto ou amarrados? Melissa tem cabelos lindos de qualquer jeito ela ficará linda tenho certeza disso.- Bom, acho que combina mais um coque desfiado com o vestido que Mestre Bianchini comprou pa
- Desculpe, mas eu não te conheço, você é amiga de Afonso? Perguntei gentilmente a Cloé.- Hahah..., Sorriu Cloé sarcasticamente enquanto me encarava... - Afonso não lhe contou sobre mim?Mel percebendo o sarcasmo na voz de Cloé disse; - Não acho que você seja alguém importante para ele, caso contrário ele teria me dito sobre você.Cloé sentiu um ataque de fúria percorrer o seu corpo, seu orgulho foi jogado na lama naquele momento, o desprezo de Afonso nos últimos dias a fez sentir descartada assim como um chinelo velho, seus olhos ficaram vermelhos imediatamente quando ela gritou: - Olhe aqui sua pobretona morta de fome, eu vou te ensinar a não ser petulante, com quem você pensa que está falando?- Bom, eu não sei e também não tenho interesse em saber quem é você, com licença... Mel disse estas palavras a Cloé e deu-lhe as costas para sair dali imediatamente quando sentiu uma mão agarrar seu braço com força... – Escuta aqui sua menina petulante eu ainda não acabei de falar, além de p