Por algum motivo, Valentina tinha se tornado amiga de Afonso em uma rede social e tinha fotos dele em todos os ângulos.
- Como você conseguiu que ele aceitasse sua solicitação de amizade tão rápido? O que você fez?
- Nada Mel, só enviei a solicitação e ele aceitou.
- Meu Deus Valentina, você é impulsiva demais, você não deveria fazer isso.
- Para Mel, eu não fiz nada demais eu só enviei e ele aceitou, você está exagerando, hoje em dia as pessoas se tornam amigos em redes sociais isso não quer dizer que serão amigos de verdade.
- Está bem, agora saia me deixe tomar meu banho em paz... Mel se virou e continuou lavando seu cabelo em paz, pensando na imagem que Valentina acabara de mostrar. Afonso era realmente lindo, isso ela não podia negar. Mas ter que se casar com ele estava fora de questão para ela.
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Os dias passaram de pressa, Mel estava cada vez mais ansiosa pois estava chegando ao fim o prazo que Afonso havia dado para que ela se decidisse, logo chegaria o dia da decisão que mudaria sua vida de uma vez por toda. Mel não tinha ideia do iria dizer quando chegasse a hora.
Ela estava tão perdida quando de repente, seu telefone tocou a fazendo voltar a si, um numero desconhecido apareceu no visor do telefone, ele sentiu um frio na espinha e pensou em não aceitar a ligação, mas resolveu atender.
Do outro lado da linha uma mulher perguntou; - Bom dia! Eu falo com a Srta. Melissa Montalvão?
- Sim é ela mesma... Respondeu Mel.
- Aqui é do hospital regional, estou ligando para informar que uma Sra. chamada Aurora Montalvão deu entrada hoje a tarde em estado grave.
- O que? Como isso é possível? O que aconteceu com ela? Minha mãe está bem? ...
Mel sentiu um nó na garganta enquanto processava cada palavra que ela ouviu. Sua cabeça estava girando, como isto estava acontecendo? Seria um castigo de Deus? O que ela teria feito pra merecer tudo o que estava acontecendo?
A mulher que estava ao telefone disse; - Não se preocupe ela está bem agora, mas precisamos que alguém venha ao hospital para ficar com ela.
- Tudo bem, eu estou indo.
Melissa desligou o telefone, pegou sua bolsa e saiu correndo para fora onde avistou um taxi e entrou nele pedindo que a levasse ao hospital regional.
Em meia hora o taxi estacionou em frente ao hospital, Mel pagou a corrida e desceu correndo em direção ao balcão de atendimento e disse;
- Bom dia! Meu nome é Melissa e minha mãe está internada aqui.
- Nome da paciente por favor? Perguntou a mulher com um sorriso simpático no rosto.
- Aurora Montalvão... Respondeu Mel.
- Quarto 121, a srta. pode seguir por este corredor e virar à direita.
Melissa correu até o local onde estava o quarto 121 e bateu na porta, abrindo-a em seguida. Lá dentro estavam dois médicos examinando minha mãe que parecia estar dormindo. Eles conversavam entre si, quando me avistaram e disseram;
- Você é a filha da Sra Aurora?
- Isso mesmo, Melissa Montalvão muito prazer... Mel apertou a mão dos dois médicos e continuou... – O que foi com ela? ela está dormindo?
- Vamos sair para conversarmos, sua mão pode acordar e ficar agitada, ela está medicada e precisa descansar.
Os médicos saiam e eu fui atrás deles, estava nervosa algo me dizia que as notícias não seriam boas, pela cara dos médicos, alguma coisa estava acontecendo com minha mãe que eu precisava saber.
Chegamos em consultório, os dois médicos entraram e me pediram para entrar e sentar. Me sentei na cadeira em frente a médica que estava examinando minha mãe quando eu cheguei.
- Bom Melissa, eu sou a Dra. Ana, sou especialista em oncologia e este é Dr. Bernardo.
- Ok, mas oncologista não é medico que trata de pessoas com câncer? Porque você estava cuidado da minha mãe então? Perguntou Mel apreensiva.
- Você está certa Melissa, eu trato de pessoas com câncer, e sua mãe tem um tipo raro de câncer.
- Como assim? desde quando minha mãe tem essa doença? Ela não me disse nada?
- Então... a médica continuou... Sua mãe me procurou a pouco mais de um mês, e me disse que havia feito um checkup e alguns de seus exames estavam anormais. E que seu médico havia sugerido que ela me procurasse para verificar do que se tratava. Pois bem, nos fizemos alguns exames e vimos que ela tem um tipo raro de câncer de ovário. Desde então iniciamos o tratamento de quimioterapia e hoje pela manhã ela se sentiu mal e precisou ser internada.
- Dra. A minha mãe vai morrer?... as palavras de Mel saíram abafadas juntamente com as lagrimas que caiam pelo rosto molhando sua roupa...
- Fique calma Melissa, nós estamos fazendo o possível para curar sua mãe, o tipo de câncer que ela tem é muito raro, nos não temos recursos necessários aqui para trata-la, mas temos uma vantagem a nosso favor, sua mãe ia regularmente ao ginecologista e fazia os exames com frequência, por este motivo ele descobriu cedo sua doença, a chance de cura nestes casos é de 80% estamos muito confiantes, mas eu confesso que o tratamento é caro e precisamos saber se vocês tem condições de mantê-lo? sem o tratamento sua mãe não teria chances de cura.
- Meu Deus o que eu fiz pra merecer isso? Isso não pode estar acontecendo comigo.
- Desculpe Melissa, mas precisamos saber se podemos continuar com os procedimentos para o tratamento de sua mãe, vamos deixar você pensar um pouco e logo nos veremos para tratar este assunto.
- Dra! Pelo amor de Deus salve a minha mãe, eu arrumo o dinheiro, eu pago o que for pra que ela não morra, não a deixe morrer eu imploro.
- Melissa, tenha calma nos faremos o que estiver a nosso alcance para que ela seja curada. Vamos iniciar o tratamento o mais breve possível. Precisamos esperar que ela se recupere um pouco para iniciarmos o novo tratamento.
- Obrigada, Dra!
- Não precisa agradecer este é o nosso trabalho.
Os médicos saíram, e eu fiquei ali sentada tentando processar o que estava acontecendo quando de repente meu telefone tocou.
- Melissa onde você está? Eu passei na sua casa para irmos ao shopping, mas você não estava lá... Valentina estava na porta do prédio de Mel tentando falar com ela, as duas tinham combinado de passear no shopping mais tarde.
- Valentina, eu estou no hospital, minha mãe passou mal e eles me ligaram para vir pra cá.
- Está tudo bem com a tia Aurora? Perguntou Valentina preocupada.
- Ela está medicada agora e está descansando, ela está fraca devido a quimioterapia.
- Quimioterapia? De que você está falando? Dede quando tia Aurora faz quimioterapia?
- Você não sabe o que sua mãe tem? Ambos me olharam com cara de espanto.
- Não! Eu não sei, ela estava bem eu não percebi nada de erado com ela. o que pode ser?
Mel começou a chorar desesperadamente, pensando em como sua mãe consegui esconder isso dela, ela havia notado que sua mãe estava saindo muito cedo de casa e chegando tarde, mas como sua mãe trabalhava muito ela imaginou que este era o motivo.- Melissa, você está aí? Perguntou Valentina... – Eu estou indo te encontrar, não chore vai dar tudo certo.- Não precisa, eu vou ficar bem, preciso voltar pro quarto minha mãe pode acordar, até mais Valentina.Valentina sentiu que precisava ajudar a amiga neste momento de dor, ela pediu ao taxista para que a levasse ao hospital. Em meia hora, ela já havia chegado no hospital, onde se dirigiu ao quarto 121.Mel estava sentada ao lado da cama de sua mãe enquanto Aurora estava dormindo tranquilamente.- Amiga! Como você está? Perguntou Valentina apreensiva.- Valentina o que você faz aqui? Eu disse que não precisava vir. Indagou Mel.- Somos amigas, tenho certeza que se fosse o contrário você não me deixaria sozinha. Pois bem, eu vim cuidar de você
Uma semana se passou e Aurora iria receber alta, Mel estava cuidando das documentações da alta de sua mãe. Ela estava preocupada em como ia pagar a conta do hospital e o tratamento que sua mãe teria que fazer nos próximos meses. Seu pai Gerard havia dito que não tinha dinheiro suficiente para ajudar no tratamento, que a empresa estava passando por uma fase ruim devido a um golpe que ele havia levado de um de seus investidores e que isso poderia levar a empresa a falência se ele não conseguisse se recuperar.Mel se sentia culpada pelo que seu pai estava passando, Afonso a havia avisado que se ela se recusasse a se casar com ele sua família sofreria as consequências.Mel chegou à recepção do hospital para dar entrada na alta de sua mãe, ela estava pensando em começar a trabalhar nos próximos dias para pagar as despesas do hospital. Ela entregou as documentações para a recepcionista enquanto esperava que ela conferisse.Entretanto, a recepcionista conferiu toda a documentação entregue e
Cloé era a única mulher que Afonso tinha tido um relacionado mais sério, mas ela foi embora quando o pai de Afonso morreu e não lhe deixou o dinheiro da herança. Ela achava que ele estava falido e por isso o largou.Afonso não acreditava que aquilo tinha acontecido e por isso jurou que não ia se relacionar com ninguém, Cloé dizia que ele era o homem de sua vida, mas bastou um contratempo para que ela o deixasse. Ele ainda a amava, mas não estava disposto a perdoar Cloé por tê-lo deixado. A notícia de seu noivado espalhou rapidamente, quando Cloé soube ela ficou intrigada, ela não entendia como Afonso havia se apaixonado e decidido se casar tão rápido, ele dizia que só se casaria se fosse com ela. Agora Afonso estava preste a ficar noivo e não era ela a noiva. Quem poderia ser esta noiva misteriosa? Quando eles se conheceram?Afonso estava saindo do banheiro quando seu telefone tocou, ele pegou a toalha enrolou na sua cintura e caminhou até a cama quando visualizou o nome de Cloé na
- Olá, senhorita Melissa! Como vai?... Disse Afonso... – Espero que esteja tudo bem com sua mãe.- Estou bem, obrigada por perguntar, minha mãe está melhorando... Disse Mel.- Bem Mel, vamos direto ao assunto. O motivo pelo qual eu pedi para te trazer foi que precisamos estabelecer algumas regras e não está em discursão o fato de você não aceitar a minha proposta de se casar comigo, eu preciso de uma resposta sua e eu não pretendo deixar você ir pra casa enquanto você não me dizer se aceita.- Tudo bem, eu aceito me casar com você Afonso, mas... Afonso ficou feliz, mas ao mesmo tempo sentiu que estava sem saída e não restava outra opção a não ser aceitar as condições dela... então Mel continuou... – Para que eu me case com você, eu preciso que você assine um acordo de que vai pagar todo o tratamento da minha mãe e não vai deixar de pagar depois que estivermos casados e também que você vai deixá-la morar conosco enquanto formos casados.- Ok, combinado. Vou pedir meu advogado para redi
Melissa chegou as dez horas da manhã na Mansão, Angelini viu quando o carro se aproximou e correu para recebe-la.- Olá Menina, vamos logo para o quarto, Frederico e Clarice está a sua espera para te deixar bem bonita para a cerimônia, eu comprei um presente para você espero que goste. Feliz aniversário Srta. Melissa... Angelini entregou uma caixinha para Mel contendo uma correntinha com um pingente de anjo.- Obrigada!... Disse Mel surpresa com o presente... – Nossa! É lindo.- Agora vamos? precisamos te arrumar, Mestre Bianchini odeia atrasos.As duas caminharam até o quarto onde estavam Nico e Clarisse. Mel entrou no quarto e Nico foi logo abraçando-a, fazendo com que ela sentasse em uma cadeira de frente ao espelho enquanto penteava os cabelos de Mel ele dizia;- Clarisse, vamos deixá-los solto ou amarrados? Melissa tem cabelos lindos de qualquer jeito ela ficará linda tenho certeza disso.- Bom, acho que combina mais um coque desfiado com o vestido que Mestre Bianchini comprou pa
- Desculpe, mas eu não te conheço, você é amiga de Afonso? Perguntei gentilmente a Cloé.- Hahah..., Sorriu Cloé sarcasticamente enquanto me encarava... - Afonso não lhe contou sobre mim?Mel percebendo o sarcasmo na voz de Cloé disse; - Não acho que você seja alguém importante para ele, caso contrário ele teria me dito sobre você.Cloé sentiu um ataque de fúria percorrer o seu corpo, seu orgulho foi jogado na lama naquele momento, o desprezo de Afonso nos últimos dias a fez sentir descartada assim como um chinelo velho, seus olhos ficaram vermelhos imediatamente quando ela gritou: - Olhe aqui sua pobretona morta de fome, eu vou te ensinar a não ser petulante, com quem você pensa que está falando?- Bom, eu não sei e também não tenho interesse em saber quem é você, com licença... Mel disse estas palavras a Cloé e deu-lhe as costas para sair dali imediatamente quando sentiu uma mão agarrar seu braço com força... – Escuta aqui sua menina petulante eu ainda não acabei de falar, além de p
Algumas horas tinha se passaram, todos já haviam almoçado e estavam indo embora, os fotógrafos permaneciam registrando cada momento entre os dois.Mel não conseguia parar de pensar no beijo que Afonso lhe deu, ele havia pegado ela de surpresa, isso não havia sido combinado entre eles, até mesmo as declarações de amor entre eles não eram combinadas. Os dois só se viram duas vezes, hoje foi a terceira vez que eles estavam se vendo, aquele beijo não era pra ter acontecido.*****************************************************************MELISSA NARRANDO.O clima estava estranho, eu mal conheço Afonso direito, não consigo entender porque ele teve tal liberdade comigo, quem lhe deu o direito de me beijar? Eu estou indignada.Talvez ele tenha me interpretado mal, eu apenas aceitei me casar com ele, mas dai a ser sua esposa de verdade estava fora de questão para mim, eu só correspondi ao beijo porque estavam todos olhando, não tive escolha precisava que todos aceitassem em mim.Já que fui o
Melissa dormiu muito, passava das dezoito horas quando ela acordou e viu que não estava com as mesmas roupas que antes, ela se apressou para se levantar quando viu Afonso sentando na poltrona a sua frente lendo um livro, ela congelou pensando que ele pudesse ter tirado sua roupa e vestido a que ela estava agora.- Cadê as roupas que eu estava vestindo? Quem as tirou? Perguntou Mel preocupada.- Calma, não é o que você está pensando. Eu pedi para Dona Angelini retira-las e vestir roupas mais confortáveis, como eu não tinha nada que te servisse ela vestiu uma de minhas camisas em você. Espero que você não se incomode ela vira trazer suas roupas assim que estiverem secas. Como você está se sentindo?- Eu estou bem, preciso voltar para casa que horas são? Disse ela impaciente.- São dezoito e trinta, mas o médico disse que você precisa descansar caso contrário você pode desmaiar de novo... Repreendeu Afonso preocupado.- Você não entende, eu preciso voltar pra casa, se eu não chegar logo