Capítulo 9 – O dia da decisão

Por algum motivo, Valentina tinha se tornado amiga de Afonso em uma rede social e tinha fotos dele em todos os ângulos.

- Como você conseguiu que ele aceitasse sua solicitação de amizade tão rápido? O que você fez?

- Nada Mel, só enviei a solicitação e ele aceitou.

- Meu Deus Valentina, você é impulsiva demais, você não deveria fazer isso.

- Para Mel, eu não fiz nada demais eu só enviei e ele aceitou, você está exagerando, hoje em dia as pessoas se tornam amigos em redes sociais isso não quer dizer que serão amigos de verdade.

- Está bem, agora saia me deixe tomar meu banho em paz... Mel se virou e continuou lavando seu cabelo em paz, pensando na imagem que Valentina acabara de mostrar. Afonso era realmente lindo, isso ela não podia negar. Mas ter que se casar com ele estava fora de questão para ela.

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Os dias passaram de pressa, Mel estava cada vez mais ansiosa pois estava chegando ao fim o prazo que Afonso havia dado para que ela se decidisse, logo chegaria o dia da decisão que mudaria sua vida de uma vez por toda. Mel não tinha ideia do iria dizer quando chegasse a hora.

Ela estava tão perdida quando de repente, seu telefone tocou a fazendo voltar a si, um numero desconhecido apareceu no visor do telefone, ele sentiu um frio na espinha e pensou em não aceitar a ligação, mas resolveu atender.

Do outro lado da linha uma mulher perguntou; - Bom dia! Eu falo com a Srta. Melissa Montalvão?

- Sim é ela mesma... Respondeu Mel.

- Aqui é do hospital regional, estou ligando para informar que uma Sra. chamada Aurora Montalvão deu entrada hoje a tarde em estado grave.

- O que? Como isso é possível? O que aconteceu com ela? Minha mãe está bem? ...

Mel sentiu um nó na garganta enquanto processava cada palavra que ela ouviu. Sua cabeça estava girando, como isto estava acontecendo? Seria um castigo de Deus? O que ela teria feito pra merecer tudo o que estava acontecendo?

A mulher que estava ao telefone disse; - Não se preocupe ela está bem agora, mas precisamos que alguém venha ao hospital para ficar com ela.

- Tudo bem, eu estou indo.

Melissa desligou o telefone, pegou sua bolsa e saiu correndo para fora onde avistou um taxi e entrou nele pedindo que a levasse ao hospital regional.

Em meia hora o taxi estacionou em frente ao hospital, Mel pagou a corrida e desceu correndo em direção ao balcão de atendimento e disse;

- Bom dia! Meu nome é Melissa e minha mãe está internada aqui.

- Nome da paciente por favor? Perguntou a mulher com um sorriso simpático no rosto.

- Aurora Montalvão... Respondeu Mel.

- Quarto 121, a srta. pode seguir por este corredor e virar à direita.

Melissa correu até o local onde estava o quarto 121 e bateu na porta, abrindo-a em seguida. Lá dentro estavam dois médicos examinando minha mãe que parecia estar dormindo. Eles conversavam entre si, quando me avistaram e disseram;

- Você é a filha da Sra Aurora?

- Isso mesmo, Melissa Montalvão muito prazer... Mel apertou a mão dos dois médicos e continuou...  – O que foi com ela? ela está dormindo?

- Vamos sair para conversarmos, sua mão pode acordar e ficar agitada, ela está medicada e precisa descansar.

Os médicos saiam e eu fui atrás deles, estava nervosa algo me dizia que as notícias não seriam boas, pela cara dos médicos, alguma coisa estava acontecendo com minha mãe que eu precisava saber.

Chegamos em consultório, os dois médicos entraram e me pediram para entrar e sentar. Me sentei na cadeira em frente a médica que estava examinando minha mãe quando eu cheguei.

- Bom Melissa, eu sou a Dra. Ana, sou especialista em oncologia e este é Dr. Bernardo.

- Ok, mas oncologista não é medico que trata de pessoas com câncer? Porque você estava cuidado da minha mãe então? Perguntou Mel apreensiva.

- Você está certa Melissa, eu trato de pessoas com câncer, e sua mãe tem um tipo raro de câncer.

- Como assim? desde quando minha mãe tem essa doença? Ela não me disse nada?

-  Então... a médica continuou... Sua mãe me procurou a pouco mais de um mês, e me disse que havia feito um checkup e alguns de seus exames estavam anormais. E que seu médico havia sugerido que ela me procurasse para verificar do que se tratava. Pois bem, nos fizemos alguns exames e vimos que ela tem um tipo raro de câncer de ovário. Desde então iniciamos o tratamento de quimioterapia e hoje pela manhã ela se sentiu mal e precisou ser internada.

- Dra. A minha mãe vai morrer?... as palavras de Mel saíram abafadas juntamente com as lagrimas que caiam pelo rosto molhando sua roupa...

- Fique calma Melissa, nós estamos fazendo o possível para curar sua mãe, o tipo de câncer que ela tem é muito raro, nos não temos recursos necessários aqui para trata-la, mas temos uma vantagem a nosso favor, sua mãe ia regularmente ao ginecologista e fazia os exames com frequência, por este motivo ele descobriu cedo sua doença, a chance de cura nestes casos é de 80% estamos muito confiantes, mas eu confesso que o tratamento é caro e precisamos saber se vocês tem condições de mantê-lo? sem o tratamento sua mãe não teria chances de cura.  

- Meu Deus o que eu fiz pra merecer isso? Isso não pode estar acontecendo comigo.

- Desculpe Melissa, mas precisamos saber se podemos continuar com os procedimentos para o tratamento de sua mãe, vamos deixar você pensar um pouco e logo nos veremos para tratar este assunto.

- Dra! Pelo amor de Deus salve a minha mãe, eu arrumo o dinheiro, eu pago o que for pra que ela não morra, não a deixe morrer eu imploro.

- Melissa, tenha calma nos faremos o que estiver a nosso alcance para que ela seja curada. Vamos iniciar o tratamento o mais breve possível. Precisamos esperar que ela se recupere um pouco para iniciarmos o novo tratamento.

- Obrigada, Dra!

- Não precisa agradecer este é o nosso trabalho.  

Os médicos saíram, e eu fiquei ali sentada tentando processar o que estava acontecendo quando de repente meu telefone tocou.

- Melissa onde você está? Eu passei na sua casa para irmos ao shopping, mas você não estava lá... Valentina estava na porta do prédio de Mel tentando falar com ela, as duas tinham combinado de passear no shopping mais tarde.

- Valentina, eu estou no hospital, minha mãe passou mal e eles me ligaram para vir pra cá.

- Está tudo bem com a tia Aurora? Perguntou Valentina preocupada.

- Ela está medicada agora e está descansando, ela está fraca devido a quimioterapia.

- Quimioterapia? De que você está falando? Dede quando tia Aurora faz quimioterapia?

- Você não sabe o que sua mãe tem? Ambos me olharam com cara de espanto.

- Não! Eu não sei, ela estava bem eu não percebi nada de erado com ela. o que pode ser?

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