- Você só pode estar ficando louco...Mel se recusava a acreditar naquelas palavras, tudo parecia insano e um grande mal-entendido... Tudo bem, suponhamos que eu me case com você dentro de três meses, como eu vou explicar para minha família algo tão repentino? Minha mãe sabe tudo o que eu faço e ela não concordaria com isso.
- Não se preocupe com ela agora só pense na minha proposta, mandarei um de meus homens te procurar dentro de dois meses para saber o que decidiu. Só lembrando que eu não tenho escolha e preciso que decida se casar comigo se não terei que te forçar a isso.
- Você está me forçando a decidir meu futuro em dois meses? Isso não é justo, eu preciso que me de, mas tempo para pensar, eu tenho uma família, não posso deixá-los assim de repente.
- Eu não estou pedindo para deixá-los, você se casará comigo e viverá aqui, mas não precisa abandoná-los, pode visita-los sempre que quiser, deixarei um helicóptero a seu dispor e poderá ir sempre que quiser, estamos fazendo um acordo apensas para que eu me case e tenha um filho, logo estará livre para seguir sua vida. Não acho que seja difícil pra você fazer isso, e outra, você terá muito dinheiro depois disso e poderá fazer o que quiser, já te disse que eu te recompensarei por todos os danos causados.
- Não se trata de dinheiro! E sim da minha vida, você tem ideia de que isso afetará todos os meus planos? E outra como eu poderei me casar com alguém que eu acabei de conhecer? Ou melhor, acabei de ver?
- Bom, vamos terminar por aqui, vou me retirar, coma o quanto quiser e vá descansar, amanhã um de meus homens irá te levar pra casa e você terá dois meses para se decidir. Espero que você seja inteligente o suficiente e aceite este acordo, você só terá que aceitar e me dar um filho, logo mais, será liberada deste acordo e poderá seguir como havia planejado antes. Digamos que você terá apenas um contra tempo, mas tudo bem, você é jovem e isso não deverá afetar sua vida.
Afonso se levantou da mesa e partiu sem me dar direito a resposta. Eu estava atordoada com tanta informação e não conseguia pensar em nada, só queria ir pra casa e dormir até acordar desse pesadelo.
Tudo que eu planejei fazer nos próximos meses estava indo por água abaixo e eu precisava pensar em algo para sair daquela situação. Eu não podia me casar com Afonso dentro de três meses, muito menos a véspera de ir para faculdade o qual me preparei a vida inteira para isso. Pensar em ter um filho no auge dos meus 18 anos não estava em meus planos, isso era insano demais para mim.
Comecei a ter uma crise de ansiedade pensando em tudo aquilo, então, decidi me concentrar em ir pra casa primeiro e logo pensa em como resolver tudo isso.
Me levantei da mesa assim que recobrei minha consciência e subi para o quarto para descansar. O que me confortava era saber que amanhã estaria em casa e poderia pensar em tudo o que aconteceu nesses dois dias e como poderia resolver tudo sem precisar me casar com um desconhecido.
A minha vida inteira eu imaginava um casamento com alguém que eu amasse, que esse amor fosse construído com muito cuidado e cumplicidade, mas tudo isso era somente um sonho de menina boba que não passava das histórias que minha mãe contava quando era criança.
De fato, aquelas histórias idealizavam um conto de fadas, na vida real tudo era diferente, eu não seria jamais uma princesa que casaria com um príncipe, Afonso estava mais para um sapo que só queria o dinheiro da herança de seu pai, e para isso seria capaz de tudo até me obrigar a se casar com ele para conseguir seus objetivos.
Cheguei no quarto e me deitei na cama gigantesca que tinha ali, era muito macia e confortável, mas minha mente estava uma bagunça e eu nem conseguia apreciar aquela maciez toda só queria que o tempo voltasse atrás e eu não tivesse perdido a hora na biblioteca, talvez se eu tivesse ido embora para casa mais cedo nada daquilo teria acontecido e eu estaria agora deitada em minha cama seguindo minha vida normalmente.
Eu estava tão cansada que adormeci pensando naquela história louca que estava acontecendo comigo.
Acordei escutando batidas na porta, por um instante queria que tudo fosse um sonho, mas não era e a Sra Angelini entrou no quarto avisando para que eu descesse para o jantar que já estava na mesa. Me recusei a ir porque estava sem fome e queria dormir até o amanhecer para ir para casa, estava muito triste, com saudades da minha mãe e do meu quarto que, por mais simples me fazia sentir segura. Apesar do conforto que aquela mansão tinha nada se comparava a minha humilde casa.
A porta se fechou e eu voltei a dormir. Acordei no dia seguinte e me dei conta que logo estaria em casa e teria dois meses para me livrar desse acordo. Peguei minhas coisas, tomei um banho demorado, vesti minhas roupas que estavam dobradas e limpas sobre a cômoda, quando a porta se abriu e Sra Angelini entrou me informando que o helicóptero estava a minha espera no jardim da mansão para me levar pra casa.
Respirei fundo, desci as escadas em direção ao jardim e entrei no helicóptero, tudo muito rápido, queria fugir dali o mais rápido possível, meu coração estava acelerado, sentei no banco do helicóptero e olhei em direção a mansão ao meu lado. Aquela casa era linda parecia que eu estava em um filme, poderia ter apreciado aquela paisagem se fosse em outras circunstâncias, mas naquele momento só queria sair o mais rápido possível.
De repente percebi que alguém me observava pela janela do andar de cima. Afonso estava usando camisa branca e uma calça jeans, diferente do traje formal que usava no dia anterior parecia estar à vontade. Se não fosse esse acordo insano, eu teria o visto de forma diferente, ele e um homem bonito, com um belo corpo, qualquer mulher o queria para ser seu marido, era fácil se casar com qualquer uma deveria ter um mote de candidatas pra isso.
Senti um aperto no peito enquanto me perguntava... Porque eu? Que droga de acordo foi esse que seu pai fez? Não seria mais fácil ter deixado essa herança logo para o filho? Eu terei que sacrificar minha vida por dinheiro que nem meu era? Meu Deus porque isso está acontecendo comigo?
Não podia conter as lágrimas que caiam enquanto olhava pela janela do helicóptero, vendo a mansão desaparecer por completo dando espaço ao imenso céu azul a minha frente.
Pousamos no mesmo heliporto de dois dias atras, havia um carro preto próximo e do lado do carro dois homens, o tal do Tomasi e outro que não conheço, caminhei até eles que acenaram com a cabeça para que eu entrasse no carro.
O carro parou na porta do meu prédio, mas uma vez respirei aliviada e abri a porta para correr em direção a meu apartamento quando senti uma mão me puxar pelo braço e dizer: - Espero que a senhora tenha entendido o que o patrão disse, Mestre Bianchini não irá poupar esforços para conseguir o que quer, seja inteligente o bastante e aceite se casar com ele. Estaremos por perto para garantir que saia tudo conforme esperado. - Me solta!!! Gritei o mais alto que pude tentando puxar meu braço quando percebi uma voz dizendo; - Tudo bem Srta. Mel? Sebastian estava ao lado da janela olhando pra dentro do carro quando o homem soltou meu braço e respondeu. - Está tudo bem Sr. somos amigos da Melissa e estamos só trazendo ela pra casa e já estamos de partida. Tomasi, disse apertando meu braço com força enquanto me olhava com um olhar intimidador. - Está sim Sebastian, não se preocupe. Puxei meu braço e desci entrando no prédio e caminhando até o elevador. Apertei o botão que dava acesso ao
Cheguei no quarto e me deitei na cama gigantesca que tinha ali, era muito macia e confortável, mas minha mente estava uma bagunça e eu nem conseguia apreciar aquela maciez toda só queria que o tempo voltasse atrás e eu não tivesse perdido a hora na biblioteca, talvez se eu tivesse ido embora para casa mais cedo nada daquilo teria acontecido e eu estaria agora deitada em minha cama seguindo minha vida normalmente.Eu estava tão cansada que adormeci pensando naquela história louca que estava acontecendo comigo.Acordei escutando batidas na porta, por um instante queria que tudo fosse um sonho, mas não era e a Sra Angelini entrou no quarto avisando para que eu descesse para o jantar que já estava na mesa. Me recusei a ir porque estava sem fome e queria dormir até o amanhecer para ir para casa, estava muito triste, com saudades da minha mãe e do meu quarto que, por mais simples me fazia sentir segura. Apesar do conforto que aquela mansão tinha nada se comparava a minha humilde casa.A por
No fim do dia, Aurora voltou correndo para casa, estava ansiosa para reencontrar a filha, a saudade que sentia era grande, por mais brava que ela estivesse da filha, ela sentia gratidão por ela estar bem e em casa.Aurora foi até o aeroporto buscar Gerard e dirigiu em direção a sua casa, mas durante o caminho percebeu que havia um carro preto que estava a seguindo desde o aeroporto. Ela manteve a calma, e continuou dirigindo até que o carro a ultrapassou e segui em frente. Aurora respirou aliviada e entrou no prédio, se dando conta que o carro não estava a seguindo, isso era apenas um mal entendido, devia ser porque os últimos acontecimentos a fizeram imaginar coisa, inclusive que o desaparecimento de Mel poderia ter sido em razão dela ter sido sequestrada.Com o aparecimento de Mel Aurora deixou essas fantasias de lado e chegou a conclusão que o estresse estava fazendo com que ela imaginasse coisas infundáveis. A final, quem poderia sequestrar Melissa? Ela não conhecia ninguém que pu
Chegamos na minha casa e fomo direto pro meu quarto, minha mão estava no trabalho e não chegaria tão cedo, teria a tarde toda livre, poderia contar tudo que aconteceu para minha melhor amiga, talvez ela tivesse uma ideia para me tirar dessa enrascada.- Vamos Mel, me diga o que está acontecendo... Valentina estava impaciente e já não aguentava mais esperar para saber o que eu tinha para lhe contar.- Bem... eu tenho que me casar daqui três meses...Mel soltou tudo de uma vez só, ela estava engasgada e precisava desabafar. Decidiu que precisava ser assim se não ela não conseguiria dizer nada. - Não me diga que você está gravida? Quando isso aconteceu? Você não era virgem? Meu Deus Mel, o que você está me dizendo? Você ficou maluca? Valentina estava eufórica demais para pensar.- Pare de falar sandices e me escuta Valentina, eu sou virgem e não estou grávida. Mel bufou enquanto gritava para que sua amiga acalmasse.- Está bem, então me conta do que você está falando? As afirmações de M
Por algum motivo, Valentina tinha se tornado amiga de Afonso em uma rede social e tinha fotos dele em todos os ângulos.- Como você conseguiu que ele aceitasse sua solicitação de amizade tão rápido? O que você fez?- Nada Mel, só enviei a solicitação e ele aceitou.- Meu Deus Valentina, você é impulsiva demais, você não deveria fazer isso.- Para Mel, eu não fiz nada demais eu só enviei e ele aceitou, você está exagerando, hoje em dia as pessoas se tornam amigos em redes sociais isso não quer dizer que serão amigos de verdade.- Está bem, agora saia me deixe tomar meu banho em paz... Mel se virou e continuou lavando seu cabelo em paz, pensando na imagem que Valentina acabara de mostrar. Afonso era realmente lindo, isso ela não podia negar. Mas ter que se casar com ele estava fora de questão para ela.***************************************************************Os dias passaram de pressa, Mel estava cada vez mais ansiosa pois estava chegando ao fim o prazo que Afonso havia dado para
Mel começou a chorar desesperadamente, pensando em como sua mãe consegui esconder isso dela, ela havia notado que sua mãe estava saindo muito cedo de casa e chegando tarde, mas como sua mãe trabalhava muito ela imaginou que este era o motivo.- Melissa, você está aí? Perguntou Valentina... – Eu estou indo te encontrar, não chore vai dar tudo certo.- Não precisa, eu vou ficar bem, preciso voltar pro quarto minha mãe pode acordar, até mais Valentina.Valentina sentiu que precisava ajudar a amiga neste momento de dor, ela pediu ao taxista para que a levasse ao hospital. Em meia hora, ela já havia chegado no hospital, onde se dirigiu ao quarto 121.Mel estava sentada ao lado da cama de sua mãe enquanto Aurora estava dormindo tranquilamente.- Amiga! Como você está? Perguntou Valentina apreensiva.- Valentina o que você faz aqui? Eu disse que não precisava vir. Indagou Mel.- Somos amigas, tenho certeza que se fosse o contrário você não me deixaria sozinha. Pois bem, eu vim cuidar de você
Uma semana se passou e Aurora iria receber alta, Mel estava cuidando das documentações da alta de sua mãe. Ela estava preocupada em como ia pagar a conta do hospital e o tratamento que sua mãe teria que fazer nos próximos meses. Seu pai Gerard havia dito que não tinha dinheiro suficiente para ajudar no tratamento, que a empresa estava passando por uma fase ruim devido a um golpe que ele havia levado de um de seus investidores e que isso poderia levar a empresa a falência se ele não conseguisse se recuperar.Mel se sentia culpada pelo que seu pai estava passando, Afonso a havia avisado que se ela se recusasse a se casar com ele sua família sofreria as consequências.Mel chegou à recepção do hospital para dar entrada na alta de sua mãe, ela estava pensando em começar a trabalhar nos próximos dias para pagar as despesas do hospital. Ela entregou as documentações para a recepcionista enquanto esperava que ela conferisse.Entretanto, a recepcionista conferiu toda a documentação entregue e
Cloé era a única mulher que Afonso tinha tido um relacionado mais sério, mas ela foi embora quando o pai de Afonso morreu e não lhe deixou o dinheiro da herança. Ela achava que ele estava falido e por isso o largou.Afonso não acreditava que aquilo tinha acontecido e por isso jurou que não ia se relacionar com ninguém, Cloé dizia que ele era o homem de sua vida, mas bastou um contratempo para que ela o deixasse. Ele ainda a amava, mas não estava disposto a perdoar Cloé por tê-lo deixado. A notícia de seu noivado espalhou rapidamente, quando Cloé soube ela ficou intrigada, ela não entendia como Afonso havia se apaixonado e decidido se casar tão rápido, ele dizia que só se casaria se fosse com ela. Agora Afonso estava preste a ficar noivo e não era ela a noiva. Quem poderia ser esta noiva misteriosa? Quando eles se conheceram?Afonso estava saindo do banheiro quando seu telefone tocou, ele pegou a toalha enrolou na sua cintura e caminhou até a cama quando visualizou o nome de Cloé na