O carro parou na porta do meu prédio, mas uma vez respirei aliviada e abri a porta para correr em direção a meu apartamento quando senti uma mão me puxar pelo braço e dizer:
- Espero que a senhora tenha entendido o que o patrão disse, Mestre Bianchini não irá poupar esforços para conseguir o que quer, seja inteligente o bastante e aceite se casar com ele. Estaremos por perto para garantir que saia tudo conforme esperado.
- Me solta!!! Gritei o mais alto que pude tentando puxar meu braço quando percebi uma voz dizendo;
- Tudo bem Srta. Mel?
Sebastian estava ao lado da janela olhando pra dentro do carro quando o homem soltou meu braço e respondeu.
- Está tudo bem Sr. somos amigos da Melissa e estamos só trazendo ela pra casa e já estamos de partida.
Tomasi, disse apertando meu braço com força enquanto me olhava com um olhar intimidador.
- Está sim Sebastian, não se preocupe. Puxei meu braço e desci entrando no prédio e caminhando até o elevador. Apertei o botão que dava acesso ao quarto andar onde ficava meu apartamento. Logo o elevador parou e sai entrando no apartamento.
Abri a porta e entrei, não tinha ninguém em casa, minha mãe deve estar no trabalho, peguei minhas chaves e coloquei na mesinha da sala e percebi que a secretária eletrônica estava cheia de mensagens, apertei o botão e comecei a ouvir.
- Minha filha onde você se meteu? Estou preocupada com você, me liga assim que chegar em casa te amo.
- Minha filha pelo amor de Deus me diga onde você está? Porque está fazendo isso? Seu telefone não funciona, deixei mensagem para secretária, assim que ouvir me liga. Você nunca foi assim, me conta no que se meteu, podemos resolver isso juntas, não precisa fugir. Eu sou sua mãe e vou sempre estar do seu lado.
Mel sentiu um aperto no peito enquanto ouvia as mensagens de sua mãe e se deu conta que seu telefone havia sumido, que provavelmente sua mãe havia ligado inúmeras vezes. Então, se recordou que seu celular havia descarregado enquanto ela estava na biblioteca e por isso não conseguiu atender quando sua mão ligou a dois dias atrás.
De repente, do outro lado da linha uma voz atendeu;
- Boa tarde! Aurora em que posso ser útil?
- Mãe? Sou eu Melissa.
- Melissa minha filha, onde você está? O que aconteceu? Você está bem?... Aurora estava ansiosa ao ouvir a voz da filha e lhe encheu de perguntas. Melissa por outro lado queria contar tudo que havia acontecido, mas ela não queria preocupar a sua mãe ainda mais, ela tinha certeza de que conseguiria se livrar da ideia de se casar e não precisaria contar nada para sua mãe por enquanto.
- Oi mãe! Não se preocupe eu estou bem, quando chegar lhe conto tudo que aconteceu, eu estou em casa agora, vou tomar um banho, comer e esperar até você chegar em casa para conversarmos.
- Que bom que você está em casa e segura, seu pai está vindo pra cá e deve chegar hoje à noite na cidade, ele está muito preocupado, se você não tivesse aparecido ele ia surtar. Estávamos ficando malucos.
- Não precisa de tanta mãe, eu estou bem, vou ligar para o papai e dizer que não precisa se preocupar.
- Tarde de mas minha filha ele já está no avião, não tem como falar com ele agora, precisa esperar que ele aterrize só então conseguirá falar com ele.
- Tudo bem então, vou desligar, mas tarde falamos. Até mais mamãe, te amo.
A voz de Mel me pareceu triste... pensou Aurora...Alguma coisa está acontecendo, ela está me escondendo algo, conheço bem minha filha e ela não iria mentir pra mim, sempre fomos amigas, ela sempre me contou tudo.
No fim do dia, Aurora voltou correndo para casa, estava ansiosa para reencontrar a filha, a saudade que sentia era grande, por mais brava que ela estivesse da filha, ela sentia gratidão por ela estar bem e em casa.
Aurora foi até o aeroporto buscar Gerard e dirigiu em direção a sua casa, mas durante o caminho percebeu que havia um carro preto que estava a seguindo desde o aeroporto. Ela manteve a calma, e continuou dirigindo até que o carro a ultrapassou e segui em frente. Aurora respirou aliviada e entrou no prédio, se dando conta que o carro não estava a seguindo, isso era apenas um mal entendido, devia ser porque os últimos acontecimentos a fizeram imaginar coisa, inclusive que o desaparecimento de Mel poderia ter sido em razão dela ter sido sequestrada.
Com o aparecimento de Mel Aurora deixou essas fantasias de lado e chegou à conclusão que o estresse estava fazendo com que ela imaginasse coisas infundáveis. A final, quem poderia sequestrar Melissa? Ela não conhecia ninguém que pudesse querer fazer isso com a filha.
Aurora e Gerard, entrou no apartamento e encontrou Melissa sentada na mesa comendo um sanduiche que ela tinha acabado de preparar.
Os dois se dirigiram até ela e a abraçou, ambos estavam emocionados. Aurora percebeu que Mel estava pálida e abatida e não quis aborrecer a filha com perguntas naquele momento. Melissa era uma boa filha, isso nunca havia acontecido antes, sempre que saia Mel avisava para sua mãe onde estava e que horas ela iria voltar pra casas.
- Minha filha, seja lá o que aconteceu você sabe que pode nos contar? Eu e seu pai estamos aqui pra te apoiar no que precisar.
- Mesmo que eu e sua mãe estejamos separados sempre seremos seus pais, nós te amamos e queremos seu bem...completou Gerard.
- Eu sei... Disse Mel... Eu não sei o que seria de mim se não fosse vocês. Eu os amo tanto. Uma tristeza profunda invadiu o coração de Mel naquele momento, ela queria contar tudo que havia acontecido nos últimos dois dias. Mas ela não queria preocupa-los, não naquele momento. Ela tinha um tempo para pensar e ela usaria esse tempo para decidir o que fazer.
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Na manhã seguinte... Mel levantou, tomou um banho, vestiu o uniforme da escola e foi até a cozinha para tomar seu café antes de ir para a escola.
- Bom dia Minha filha! Vejo que você está bem melhor hoje... Disse Aurora enquanto servia o café para a filha.
- Bom dia Mãe!...Bom dia Pai! Estou sim, nada como um boa noite de sono não resolva. Respondeu Mel pegando a xicara de café que sua mãe serviu.
- Mel, sua mãe e eu estávamos conversando e pensamos que você poderia ir passar uns dias comigo em Roma, seria bom pra você sair por uns dias.
- Mãe, pai! Eu não quero ir, eu não vou deixar a mamãe aqui sozinha, além do mais estou no meu último ano e preciso me dedicar a estudar para a faculdade no próximo ano.
- Minha filha, entendo que isso é muito importante para você, mas acho que terá muito tempo pra isso, você é jovem e poderá se dedicar a estudar no próximo ano, assim você descansa agora e volta a estudar ano que vem não precisa ter pressa. Disse Aurora.
Mel, ficou em silêncio por alguns segundos, pensando em tudo que sua mãe lhe disse. De fato, sua mãe tinha razão, se ela não conseguisse fazer Afonso desistir da ideia de se casar, ela não teria escolha a não ser adiar o sonho de se tornar médica, até porque, como ela conseguiria se dedicar a ser esposa, ter um filho e a universidade, seria impossível conciliar tudo isso.
- Está bem papai, vou pensar nesta sua proposta e te aviso quando me decidir. Mel disse com um sorrisinho sem graça. Ela estava concordando somente para não deixar seu pai triste.
- Tudo bem minha filha, estou voltando dentro de um ou dois dias, preciso resolver algumas coisas aqui na cidade e assim que terminar podemos ir. Gerard terminou seu café se despediu saindo em seguida.
Mel se levantou da mesa pegou sua mochila e foi para a escola. Ela havia perdido os últimos dias de aula e precisava se apressar para recuperar o tempo perdido, sua escola era muito exigente e cada aula perdida significava que ela teria que ficar depois do horário para pegar algumas horas de reforço.
Cheguei no quarto e me deitei na cama gigantesca que tinha ali, era muito macia e confortável, mas minha mente estava uma bagunça e eu nem conseguia apreciar aquela maciez toda só queria que o tempo voltasse atrás e eu não tivesse perdido a hora na biblioteca, talvez se eu tivesse ido embora para casa mais cedo nada daquilo teria acontecido e eu estaria agora deitada em minha cama seguindo minha vida normalmente.Eu estava tão cansada que adormeci pensando naquela história louca que estava acontecendo comigo.Acordei escutando batidas na porta, por um instante queria que tudo fosse um sonho, mas não era e a Sra Angelini entrou no quarto avisando para que eu descesse para o jantar que já estava na mesa. Me recusei a ir porque estava sem fome e queria dormir até o amanhecer para ir para casa, estava muito triste, com saudades da minha mãe e do meu quarto que, por mais simples me fazia sentir segura. Apesar do conforto que aquela mansão tinha nada se comparava a minha humilde casa.A por
No fim do dia, Aurora voltou correndo para casa, estava ansiosa para reencontrar a filha, a saudade que sentia era grande, por mais brava que ela estivesse da filha, ela sentia gratidão por ela estar bem e em casa.Aurora foi até o aeroporto buscar Gerard e dirigiu em direção a sua casa, mas durante o caminho percebeu que havia um carro preto que estava a seguindo desde o aeroporto. Ela manteve a calma, e continuou dirigindo até que o carro a ultrapassou e segui em frente. Aurora respirou aliviada e entrou no prédio, se dando conta que o carro não estava a seguindo, isso era apenas um mal entendido, devia ser porque os últimos acontecimentos a fizeram imaginar coisa, inclusive que o desaparecimento de Mel poderia ter sido em razão dela ter sido sequestrada.Com o aparecimento de Mel Aurora deixou essas fantasias de lado e chegou a conclusão que o estresse estava fazendo com que ela imaginasse coisas infundáveis. A final, quem poderia sequestrar Melissa? Ela não conhecia ninguém que pu
Chegamos na minha casa e fomo direto pro meu quarto, minha mão estava no trabalho e não chegaria tão cedo, teria a tarde toda livre, poderia contar tudo que aconteceu para minha melhor amiga, talvez ela tivesse uma ideia para me tirar dessa enrascada.- Vamos Mel, me diga o que está acontecendo... Valentina estava impaciente e já não aguentava mais esperar para saber o que eu tinha para lhe contar.- Bem... eu tenho que me casar daqui três meses...Mel soltou tudo de uma vez só, ela estava engasgada e precisava desabafar. Decidiu que precisava ser assim se não ela não conseguiria dizer nada. - Não me diga que você está gravida? Quando isso aconteceu? Você não era virgem? Meu Deus Mel, o que você está me dizendo? Você ficou maluca? Valentina estava eufórica demais para pensar.- Pare de falar sandices e me escuta Valentina, eu sou virgem e não estou grávida. Mel bufou enquanto gritava para que sua amiga acalmasse.- Está bem, então me conta do que você está falando? As afirmações de M
Por algum motivo, Valentina tinha se tornado amiga de Afonso em uma rede social e tinha fotos dele em todos os ângulos.- Como você conseguiu que ele aceitasse sua solicitação de amizade tão rápido? O que você fez?- Nada Mel, só enviei a solicitação e ele aceitou.- Meu Deus Valentina, você é impulsiva demais, você não deveria fazer isso.- Para Mel, eu não fiz nada demais eu só enviei e ele aceitou, você está exagerando, hoje em dia as pessoas se tornam amigos em redes sociais isso não quer dizer que serão amigos de verdade.- Está bem, agora saia me deixe tomar meu banho em paz... Mel se virou e continuou lavando seu cabelo em paz, pensando na imagem que Valentina acabara de mostrar. Afonso era realmente lindo, isso ela não podia negar. Mas ter que se casar com ele estava fora de questão para ela.***************************************************************Os dias passaram de pressa, Mel estava cada vez mais ansiosa pois estava chegando ao fim o prazo que Afonso havia dado para
Mel começou a chorar desesperadamente, pensando em como sua mãe consegui esconder isso dela, ela havia notado que sua mãe estava saindo muito cedo de casa e chegando tarde, mas como sua mãe trabalhava muito ela imaginou que este era o motivo.- Melissa, você está aí? Perguntou Valentina... – Eu estou indo te encontrar, não chore vai dar tudo certo.- Não precisa, eu vou ficar bem, preciso voltar pro quarto minha mãe pode acordar, até mais Valentina.Valentina sentiu que precisava ajudar a amiga neste momento de dor, ela pediu ao taxista para que a levasse ao hospital. Em meia hora, ela já havia chegado no hospital, onde se dirigiu ao quarto 121.Mel estava sentada ao lado da cama de sua mãe enquanto Aurora estava dormindo tranquilamente.- Amiga! Como você está? Perguntou Valentina apreensiva.- Valentina o que você faz aqui? Eu disse que não precisava vir. Indagou Mel.- Somos amigas, tenho certeza que se fosse o contrário você não me deixaria sozinha. Pois bem, eu vim cuidar de você
Uma semana se passou e Aurora iria receber alta, Mel estava cuidando das documentações da alta de sua mãe. Ela estava preocupada em como ia pagar a conta do hospital e o tratamento que sua mãe teria que fazer nos próximos meses. Seu pai Gerard havia dito que não tinha dinheiro suficiente para ajudar no tratamento, que a empresa estava passando por uma fase ruim devido a um golpe que ele havia levado de um de seus investidores e que isso poderia levar a empresa a falência se ele não conseguisse se recuperar.Mel se sentia culpada pelo que seu pai estava passando, Afonso a havia avisado que se ela se recusasse a se casar com ele sua família sofreria as consequências.Mel chegou à recepção do hospital para dar entrada na alta de sua mãe, ela estava pensando em começar a trabalhar nos próximos dias para pagar as despesas do hospital. Ela entregou as documentações para a recepcionista enquanto esperava que ela conferisse.Entretanto, a recepcionista conferiu toda a documentação entregue e
Cloé era a única mulher que Afonso tinha tido um relacionado mais sério, mas ela foi embora quando o pai de Afonso morreu e não lhe deixou o dinheiro da herança. Ela achava que ele estava falido e por isso o largou.Afonso não acreditava que aquilo tinha acontecido e por isso jurou que não ia se relacionar com ninguém, Cloé dizia que ele era o homem de sua vida, mas bastou um contratempo para que ela o deixasse. Ele ainda a amava, mas não estava disposto a perdoar Cloé por tê-lo deixado. A notícia de seu noivado espalhou rapidamente, quando Cloé soube ela ficou intrigada, ela não entendia como Afonso havia se apaixonado e decidido se casar tão rápido, ele dizia que só se casaria se fosse com ela. Agora Afonso estava preste a ficar noivo e não era ela a noiva. Quem poderia ser esta noiva misteriosa? Quando eles se conheceram?Afonso estava saindo do banheiro quando seu telefone tocou, ele pegou a toalha enrolou na sua cintura e caminhou até a cama quando visualizou o nome de Cloé na
- Olá, senhorita Melissa! Como vai?... Disse Afonso... – Espero que esteja tudo bem com sua mãe.- Estou bem, obrigada por perguntar, minha mãe está melhorando... Disse Mel.- Bem Mel, vamos direto ao assunto. O motivo pelo qual eu pedi para te trazer foi que precisamos estabelecer algumas regras e não está em discursão o fato de você não aceitar a minha proposta de se casar comigo, eu preciso de uma resposta sua e eu não pretendo deixar você ir pra casa enquanto você não me dizer se aceita.- Tudo bem, eu aceito me casar com você Afonso, mas... Afonso ficou feliz, mas ao mesmo tempo sentiu que estava sem saída e não restava outra opção a não ser aceitar as condições dela... então Mel continuou... – Para que eu me case com você, eu preciso que você assine um acordo de que vai pagar todo o tratamento da minha mãe e não vai deixar de pagar depois que estivermos casados e também que você vai deixá-la morar conosco enquanto formos casados.- Ok, combinado. Vou pedir meu advogado para redi