A sensação era a de mil agulhas cravadas na pele,Tereze gemeu com a dor constante na perna direita mas não se atreveu a abrir os olhos,um sacolejar repentino fez com que os abrisse um pouco,as pálpebras estavam pesadas de mas para que pudesse distinguir a realidade de uma alucinação,dor era tudo que sentia,os braços em torno dela a alinharam melhor de encontro ao corpo solido colado ao seu e tudo que fez foi fechar outra vez os olhos.— Não durma humana!precisa prestar atenção na minha voz,tente manter os olhos abertos.— Tereze reconheceria aquela voz mesmo embaixo da água,algo dentro dela se agitou com a sensação revigorante que a voz lhe trouxe.— O que pensa estar fazendo?— murmurou em um fio de voz.— Salvando você humana tola!— a voz era despida de qualquer sentimento.— Se me odeia tanto porque não deixa que acabem com meu sofrimento?será melhor assim.— Se tivesse forças o suficiente talvez tivesse tentado acerta-lhe um soco no queixo.— A odeio sim!não tenho dúvidas disto,mas n
A chuva batia constantemente na janela,o som era relaxante enquanto a jovem abria os olhos na penumbra se viu em um local completamente estranho,primeiro veio a dor de cabeça latente,logo após a náuseas que a atingiu em ondas horríveis,com os olhos cheios de lagrimas viu que vestia apenas uma camisa preta que lhe chegava ao meio das canelas,no corpo dela parecia mas uma camisola,a roupa de cama assim como a camisa tinha cheio de cedro,almíscar e floresta,reconhecia aquele cheiro mas não lembrava de onde,a mente ainda enevoada pela dor,ouviu passos no corredor e levantou-se o mas depressa que alguém grogue consegue,a porta foi aberta e Tereze voltou-se para a janela quando deu de cara com o intruso.— Ouvi você do lado de fora!a náusea faz parte do processo de cura,alguns resquícios do veneno só desaparecem com alguns dias de repouso.— Haron tinha em mão uma bandeja e uma tijela.— Trouxe ensopado.— Ele tinha os olhos grudados nos dela como se buscasse o resquício de algo.— Faz muito te
A chuva batia constantemente na janela,o som era relaxante enquanto a jovem abria os olhos na penumbra se viu em um local completamente estranho,primeiro veio a dor de cabeça latente,logo após a náuseas que a atingiu em ondas horríveis,com os olhos cheios de lagrimas viu que vestia apenas uma camisa preta que lhe chegava ao meio das canelas,no corpo dela parecia mas uma camisola,a roupa de cama assim como a camisa tinha cheio de cedro,almíscar e floresta,reconhecia aquele cheiro mas não lembrava de onde,a mente ainda enevoada pela dor,ouviu passos no corredor e levantou-se o mas depressa que alguém grogue consegue,a porta foi aberta e Tereze voltou-se para a janela quando deu de cara com o intruso.— Ouvi você do lado de fora!a náusea faz parte do processo de cura,alguns resquícios do veneno só desaparecem com alguns dias de repouso.— Haron tinha em mão uma bandeja e uma tijela.— Trouxe ensopado.— Ele tinha os olhos grudados nos dela como se buscasse o resquício de algo.— Faz muito te
— Seja minha! Posso lhe dar tudo: uma casa, uma pensão mensal, joias, o que você quiser. — Alexander William não desistia nunca; não eram meia dúzia de beijos que a fariam entregar-se a ele. — Tereze! Me escute, por favor! — Ela caminhou floresta adentro.— Não! Vá embora, Alexander, não quero ser sua amante! Achei que já havíamos conversado sobre isso antes. — Era verdade que ele tinha uma boa condição financeira; era de uma das poucas famílias realmente abastadas do vilarejo, mas Tereze sabia que não nutria sentimentos o suficiente para se tornar amante do rapaz.— Você e sua irmã precisam de um lar! Todos sabem que Harry vende as garotas do orfanato. Quem pode garantir que logo não será a próxima? Você é linda, de um jeito sedutor que faria qualquer homem pagar uma fortuna para tê-la. — Inclusive você? — A pergunta o pegou desprevenido. Ele não disse nada por um tempo antes de se virar para partir e disse: — Quero ajudá-la.— Não! Não quer, quer apenas mais um corpo quente esquent
O homem que falara era tão impressionante quanto o primeiro, mas este, no lugar do sorriso sedutor, havia apenas uma carranca. Ele estava vestido com uma camisa preta que grudava em seus músculos definidos como uma segunda pele e calças de couro da mesma cor. A roupa parecia uma espécie de armadura que terminava em duas espadas presas às costas em formato de X, o que lhe conferia uma aura de perigo. Ele a olhou de cima a baixo e estreitou os olhos amarelos em fendas enquanto ela erguia o punhal de prata.— Pretende lutar contra mim com esta agulha, humana? — farejou o ar e coçou o nariz. — Você fede a medo e rosas, com certeza uma mistura irritante. — Suas palavras eram de puro desprezo e isso provocou nela ira; não pôde controlar o temperamento, mesmo que isso lhe custasse a vida.— Cale a boca, vira-lata! Devo lembrá-lo o quanto fede a cachorro molhado — falou enquanto uma fina garoa começava a cair. A vontade que tinha era de feri-lo, assim como ele havia feito com ela. As palavras
Não havia outras irmãs no orfanato e mesmo que ouvesse não deixava de ser um pesadelo,todos sabiam das dívidas de jogos que Harry possuía,o homem que havia demorado muitas horas antes de finalmente partir não parecia ser alguém da região,as roupas de boa qualidade e aparência jovem e distinta se não fosse pela enorme cicatriz que atravessava o olho direito e desaparecia pelo pescoço sabe Deus até onde por baixo da roupa. Tereze havia passado muito tempo ouvindo a conversa de ambos que de início eram apenas sobre banalidades regadas a vinho,o estranho tinha em mãos uma sacola de veludo que pelo tilintar ao pousar sobre a mesa era moedas,ele com certeza estava pagando,mas pelo que?se pelo visto elas serviriam como pagamento a divida de Harry,sem saber quando o estranho as buscaria teve de sair dali o mas rapido possível pôs batidas a porta chamou a atenção de todos,a jovem subiu as escadas rapidamente,quando entrou no quarto onde todas do sexo feminino dividiam uma cama minúsculas
Tereze despertou com a fraca iluminação vinda de fora que adentrava pela janela da carruagem, e o sacolejar rítmico do trotar dos cavalos lhe revirou o estômago. Despertou apavorada; ainda estava vestida com o velho vestido poído em vários lugares, e apenas o casaco pesado cor de vinho lhe aquecia mais do que estava acostumada.— Acalme-se, Tereze! Estamos quase chegando. Apenas não grite; estamos atravessando a floresta Derién. Amber disse que é necessário, pois é o único caminho por terra. Pelo mar, levaríamos dias até contornarmos a costa inteira. Precisamos apenas evitar determinados pontos da floresta.O desespero era tudo o que restava. Estavam sendo comercializadas como gado, e tirar a falsa esperança que estampava o rosto de Selena foi a decisão talvez mais difícil que estava prestes a tomar. Respirou fundo e segurou as mãos da irmã. Eram apenas as três dentro da carruagem. A loira, extremamente bonita, olhou para ela como se soubesse o que aconteceria em seguida.— Selena, n
O chalé era enorme,decorado com muito bom gosto,inclusive a sala onde foram deixadas sem mas uma palavra era decorada minuciosamente em tons masculinos de azul marinho e madeira,sobre a escrivaninha pena,tinteiro e alguns papéis,parecia humano foi o que mas a chocou,nada como as histórias contadas no vilarejo sobre lobos selvagens que devoravam criancinhas e humanos tolos o suficiente para entrarem na floresta Derién,os sons de passos se afastando foram ouvidos e finalmente Tereze pode abraçar a irmã que chorou em seu colo,Tereze não conseguiu derramar uma só lagrima,estranhamente sentia-se bem como se uma fonte de energia a estivesse alimentando,até mesmo a preocupação com o que diria ao alfa desapareceu. — Vai ficar tudo bem!— murmurou no ouvido da irmã,pelo menos ainda estavam vivas o que era um milagre. — O que faremos Tereze?ele nos matará!— foram as primeiras palavras ditas por Selena depois de tanto tempo em choque. — Não!eu prometo a você que não deixarei que nada nos acon