Não havia outras irmãs no orfanato e mesmo que ouvesse não deixava de ser um pesadelo,todos sabiam das dívidas de jogos que Harry possuía,o homem que havia demorado muitas horas antes de finalmente partir não parecia ser alguém da região,as roupas de boa qualidade e aparência jovem e distinta se não fosse pela enorme cicatriz que atravessava o olho direito e desaparecia pelo pescoço sabe Deus até onde por baixo da roupa.
Tereze havia passado muito tempo ouvindo a conversa de ambos que de início eram apenas sobre banalidades regadas a vinho,o estranho tinha em mãos uma sacola de veludo que pelo tilintar ao pousar sobre a mesa era moedas,ele com certeza estava pagando,mas pelo que?se pelo visto elas serviriam como pagamento a divida de Harry,sem saber quando o estranho as buscaria teve de sair dali o mas rapido possível pôs batidas a porta chamou a atenção de todos,a jovem subiu as escadas rapidamente,quando entrou no quarto onde todas do sexo feminino dividiam uma cama minúsculas e um armário velho,havia cochicho a janela. — É a guarda?o que aconteceu desta vez?— duas das moças do grupinho tentavam bisbilhotar lá embaixo sem serem vistas,havia chegado em uma péssima hora,elas não perderiam uma oportunidade assim.— Há rumores de morte de duas jovens na região,os lobos estão nos caçando!— Mary falou ao olhar para ela. — Que bom que chegou!Conte-nos Tereze!onde estave esse tempo todo,caçar para pessoas como você deve ser fácil,afinal é tão selvagem quanto os animais que mata,quase nos deixou com fome se não fosse o bem feitor deste lugar nos trazer tantos presentes,Harry havia dito para ser rapida ou enfrentaria as consequências.— disse Mary a líder do grupo.— confesso que estou pensando seriamente em contar que estave em um encontro com Alexandre,você vive se agarando com ele pelo celeiro. — Vomos negociar!— disse a outra,que tal isso aqui em troca do nosso silêncio.— ela sacudiu o velho pedaço de tecido onde continha tudo o que tinha para fugir com a irmã para longe de um destino cruel,não poderia deixar com que lhe tirassem tudo o que conquistou depois de tanto tempo lutando para sair dali. — Me devolver isso!— Tereze avançou um passo em direçao a garota que sacudia a trouxinha de moedas. — Seja uma boa garota e não faça escândalos!— elas começaram a caminhar em direção a porta,era um convite para que saisse dali e ela não teve escolha,tinha que recuperar as economias só não sabia como,olhou uma última vez em direção a cama da irmã que dormia tranquilamente e seguiu-as mesmo sabendo que nada de bom resultaria dessa escapada noturna. As três andaram silenciosamente a frente e entraram na biblioteca,quando Tereze fechou a porta e virou de frente foi recebida por um soco no queixo que a derrubou,o gosto ferroso do sangue se espalhou pela boca,foi imediatamente segurada por cada um dos braços e erguida pra que Mary pudesse continuar seu espetáculo de tortura. — Vomos deixar algumas coisas bem claras aqui!— outro soco foi lhe acertado no estômago.— você não vai estragar minha chance de sair desse lugar,então deixe Alexander em paz!— Tereze cuspiu na velha camisola branca que Mary usava e um sorriso sujo de sangue lhe veio aos lábios juntos de uma crise de tosse. — É por ele todo esse desespero?— outra crise de tosse.— Juro eu não sabia do romance entre vocês dois.— um puxão no cabelo fez tereze murmurar um palavrão que causaria inveja ao mas sórdido linguajar de um marinheiro. — Desgraçada!— Outro soco no queixo e ela jurava que se isto prosseguisse por mas tempo logo seria apenas um monte de ossos,pele e um punhado de carne moído no chão.— Estragou minha camisola!isso vai lhe custar um pouquinho a mas que isto.—Tereze sabia que precisava recuperar as economias e não pensou duas vezes ao se lançar na direção da garota que balançava a trouxinha com as moedas de forma debochada. As duas que lhe seguravam foram pegas de surpresa,a jovem sabia não ser pareo para as três por isso puxou os cabelos de Mary e a apertou com um dos braços na região do pescoço da outra enquando lhe prendia o braço de maneira dolorosa,já estava cansada destas violências,nenhuma delas era uma criança para viverem em um embate sem fim,ofegante lhe sussurrou no ouvido. — Me devolva as moedas ou eu juro que a sufocarei até que nenhum fôlego de vida reste nessa sua carcaça.— o coração bateu acelerado quando a lua surgiu alta e luminosa no céu. — Não é capaz! — Mary a testou. — Não queira pagar pra ver! — começou a sufocá-la. — Mande suas cadelas ficarem longe de mim e de minha irmã ou eu... — não conseguiu terminar a frase quando a porta da biblioteca foi aberta e, por ela, um Harry acompanhado do homem elegante, além de dois brutamontes musculosos e mal encarados, repletos de cicatrizes, surgiram. Cada partícula do ser de Tereze berrava que tudo acabava de se tornar muito pior. Respirou fundo quando a porta foi fechada em um baque abafado. — Muito bem, meninas! Estávamos procurando por vocês, e olhe que surpresa mais agradável, estão todas aqui, especialmente você, Tereze. — Harry tinha um sorriso mais do que satisfeito. — O que quer de mim? — a voz saiu em um fio estérico. — Primeiro, solte Mary e vamos conversar de maneira mais civilizada! Vamos deixá-la ir; há negócios a serem tratados com você, Tereze, em particular. — O homem elegante sinalizou para os dois capangas que se aproximaram. Não havia escapatória; ela seria vendida. Odiou-se por não ter fugido dali o quanto antes; poderia ter tido uma chance. Mary foi arrancada de seu aperto por uma força sobre-humana, vinda de um dos homens cheios de cicatrizes. O outro, em uma posição defensiva, se posicionou atrás dela, e seu desespero só aumentou quando uma voz doce vinha acompanhada de passos pelo corredor. — Por que temos que viajar a esta hora? Não sabia que a situação aqui estava tão insustentável. Tereze já está pronta? — Era a voz de Selena. Por Deus, ela agora parecia ter sido atingida por um soco muito mais forte que antes. A porta se abriu e a irmã correu em sua direção; estava vestida como as damas refinadas que via passarem em suas carruagens. O sorriso que lhe devolveu quando a abraçou lhe cortou a alma. — Tereze, que bom que voltou a tempo! Recebemos uma carta de uma tia distante. Acredita que temos parentes vivos? Estaremos sob sua tutela, teremos uma vida nova, olha isso! – ela rodopiou e exibiu o vestido novo. — Essa é nossa prima, senhorita Amber Linster. — A loira lhe cumprimentou, e o sorriso predatório que deu fez o sangue gelar. — Tia Edwina Herries também lhe enviou roupas novas. — Tereze já não ouvia mais nada; talvez fosse a pressão por tudo que havia passado nas vinte e quatro horas. As mãos tremiam e um zumbido forte lhe nublou a visão, restando apenas escuridão.Tereze despertou com a fraca iluminação vinda de fora que adentrava pela janela da carruagem, e o sacolejar rítmico do trotar dos cavalos lhe revirou o estômago. Despertou apavorada; ainda estava vestida com o velho vestido poído em vários lugares, e apenas o casaco pesado cor de vinho lhe aquecia mais do que estava acostumada.— Acalme-se, Tereze! Estamos quase chegando. Apenas não grite; estamos atravessando a floresta Derién. Amber disse que é necessário, pois é o único caminho por terra. Pelo mar, levaríamos dias até contornarmos a costa inteira. Precisamos apenas evitar determinados pontos da floresta.O desespero era tudo o que restava. Estavam sendo comercializadas como gado, e tirar a falsa esperança que estampava o rosto de Selena foi a decisão talvez mais difícil que estava prestes a tomar. Respirou fundo e segurou as mãos da irmã. Eram apenas as três dentro da carruagem. A loira, extremamente bonita, olhou para ela como se soubesse o que aconteceria em seguida.— Selena, n
O chalé era enorme,decorado com muito bom gosto,inclusive a sala onde foram deixadas sem mas uma palavra era decorada minuciosamente em tons masculinos de azul marinho e madeira,sobre a escrivaninha pena,tinteiro e alguns papéis,parecia humano foi o que mas a chocou,nada como as histórias contadas no vilarejo sobre lobos selvagens que devoravam criancinhas e humanos tolos o suficiente para entrarem na floresta Derién,os sons de passos se afastando foram ouvidos e finalmente Tereze pode abraçar a irmã que chorou em seu colo,Tereze não conseguiu derramar uma só lagrima,estranhamente sentia-se bem como se uma fonte de energia a estivesse alimentando,até mesmo a preocupação com o que diria ao alfa desapareceu. — Vai ficar tudo bem!— murmurou no ouvido da irmã,pelo menos ainda estavam vivas o que era um milagre. — O que faremos Tereze?ele nos matará!— foram as primeiras palavras ditas por Selena depois de tanto tempo em choque. — Não!eu prometo a você que não deixarei que nada nos acon
— O que ela faz aqui?— a loira escultural parecia indignada ao ponto de corta-la em pedacinhos. — Prisioneira como pode ver!— a jovem não pode evitar o sarcasmos. — Não falei com você escoria!— Tereze levantou uma sobrancelha em deboche e em seguida foi atingida por uma onda de dor que lhe comprimia o peito.— Dirija-se a mim com respeito.— todo o corpo da jovem tremia com espasmos musculares e teve certeza que seus órgãos internos estavam sendo esmagados. — Cadela!— disse com dificuldade enquanto involuntariamente seu corpo se dobrava e os joelhos cediam. — Alice já chega!— o alfa a puxou e a levantou nada gentilmente. — Ela precisa desde cedo aprender como as coisa aqui funcionam!— a vista de tereze estava embaçada e ela tremia como vara verde na correnteza,era a maldita dominância,talvez um truque dos lobos mas que ela odiava pelo fato de ser tão sucessivel a ela. — Não interfira no meu trabalho!quando você chegou eu estava prestes a leva-la para a prisão. — Você não
O quarto era o lugar mas luxuosos que ela botara os pés,em tons de branco e dourado o ambiente oferecia o conforto que nunca tivera,no canto uma enorme cama dossel capaz de abrigar quatro pessoas confortávelmente,um criado mudo no qual descansava um pequeno abajur,uma mesinha com uma cadeira próximo a janela que tinha vista para a floresta de pinheiros e um grande armário de madeira,o que mas lhe chamou atenção foi a grande banheira de porcelana branca em um dos cantos. Tereze não estava em seu melhor estado,a bainha do vestido estava rasgada em vários lugares e dura de lama,por Deus!as ultimas horas haviam sido infernais,girou uma chave na parede e a maravilha começou a acontecer,o mecanismo fez um barulho afogado e a água começou a jorrar,morna do jeito que precisava naquele momento.Começou retirando o casaco pesado que um dia havia sido lindo mas que agora estava em um estado deplorável,o vestido ragado e a combinação,os patos também não lhe restava muita escolha a não ser deixa
Já havia anoitecido e Tereze ainda estava sendo interrogada,ela já havia se cansado de repetir que não tinha nada haver com os tais vampiros muito menos os conhecia,Selena também havia repetido a mesma coisa,haviam sido traficadas e por Deus nunca havia nenhum interesse em parar ali,o conselho era um grupo de vinte lobos velhos e rabugentos,pessoas mas velhas da alcateia que pelo visto a odiavam tanto quanto o próprio alfa que a olhava como se ela fosse um estorvo,não queria ficar ali e seria muito fácil de resolver o poblema de todos indo embora. — O melhor para alcateia é que a deixemos em observação,assim teremos certeza que ela não foi enviada pelos vampiros para sondar nossas fraquezas!— disse uma mulher de olhar ostil e foi apoida por alguns membros. — Porque uma humana?já pararam para pensar nisto?porque não alguém capaz de competir com vocês em velocidade e força.— Não pode resistir responder diante de tantas suposições.— Deixe-nos partir,não pretendo ficar nenhum só inst
Tereze havia terminado de comer a fatia do bolo quando uma voz que ela havia aprendido a odiar nas últimas horas lhe tirou da conversa animada com Evelyn. — Leve-a de volta ao chalé! Ela não é uma convidada aqui. — Ao virar-se, deparou-se com o alfa de braços cruzados sobre o peito musculoso. A jovem tinha uma lista extensa de ofensas que poderia facilmente dirigir a ele, mas preferiu manter-se calada. — Sim, senhor! — A voz de Evelyn tinha uma nota um tanto estérica. Com um cutucão sutil, Tereze começou a caminhar. Elas se afastaram do centro da alcateia, onde estava localizada a agitação naquela noite. A jovem não olhou para trás nenhuma única vez enquanto caminhava para longe do homem odioso que lhe esgotava a paciência até a alma. Uma das poucas lembranças ou divagações lhe veio à mente: era ela e o pai. Não conseguia ver o rosto dele enquanto caminhavam em meio à grama verde de um campo florido. Às vezes, Tereze pensava que era uma peça que sua mente lhe pregava; outras veze
Não era preciso ter um super olfato de lobo para que o inebriante aroma adocicado atingisse o nariz de Tereze,o lugar era lindo de um verdade escuro salpicado de pontos vermelhos,era coisa mas linda que já tinha visto,enquanto caminhavam em direção às inúmeras macieiras uma jovem franzina lhe estendeu a mão.— Meu nome é Suzana Wilde!também trabalho na qualidade.— a moça era tão branca que a luz do sol podia se dizer que a pele dela era quase translúcida,os cabelos da cor da palha lhe conferiam uma aparência quase infantil evidenciada por grandes olhos amarelos brilhantes.Tereze já havia visto aqueles olhos na maioria ali,era como se fossem de uma espécie diferente dos demais.— Prazer!sou Tereze Herries...—não terminou a frase.— Ouvi falar de você!aliás todos ouviram sobre as novas garotas humana.— A moça era gentil e tinha sempre um sorriso no rosto enquanto caminhavam rumo a uma direção que Tereze não fazia ideia.— Ficaremos aqui até as onze horas,faremos a separação dos fruto
Enquanto quase corria com a bandeja em mãos murmurava sobre como estava servindo a um idiota,como odiava cãs e como pensava apenas servir a comida em um prato no chão. O alfa não gostava de atrasos foi o que disse a anciã nada receptiva que a encontrou na cozinha.Tereze praticamente voava pelos corredores até o bendito escritório voando contra o tempo. Estava ofegante quando chegou até a porta,bateu uma,duas,três vezes e ninguém a atendeu,deu suspiro de alívio,girou a maçaneta e abriu a porta,estava tudo igual da última vez que estivera ali,o cheiro amadeirado a atingiu em cheio junto as lembraças do beijo e do intrigante sonho que tivera,esse lugar estava intrigando-a de um jeito esquisito,Tereze sentiu o rosto esquentar,nunca havia corado na presença de Alexander,ele era bonito,tinha cabelos loiros e olhos azuis brilhantes,até gostava quando ele a beijava,Alexander era alto e ela sempre ficava na ponta dos pés ao beija-lo,era delicado até o ponto de propor se tornarem amantes,Ter