Capítulo Onze

Coloquei-me de pé. Ouviu-se o freio repentino do furgão. Alguém gritou. Uma pontada espamódica atravessou minha coxa. Minhas palmas ardiam. Sem perder tempo, atravessei o acostamento e me abriguei sob as árvores, sabendo que seus troncos finos não me serviriam por muito tempo. A alguns metros, pude ver mais dois selecionados disparando para longe do furgão. Pessoas deixavam seus veículos. Uma fumaça escura se dissipava no ar.

"Não deixe que escapem!", alguém ordenou. Aí vi o capacete branco de um guarda.

Pus-me a correr. Nos primeiros segundos, uma sensação aguda insistente me atormentava sempre que eu apoiava o calcanhar no chão, mas a adrenalina fervia meu sangue, e tudo com o que eu me preocupava era em cortar o bosque que ladeava a estrada larga, a fim de desaparecer de vista.

Não ousei diminuir o ritmo. Quando estava quase cedendo ao cansaç

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