Capítulo Doze

Um minuto passava rápido. Esperei que a inconsciência viesse mais uma vez, mas minha punição era permanecer desperto. A ajuda não demorou a chegar: o metal da ponte rangeu outra vez, então fui conduzido para dentro de um transporte. Eu já não me mexia, algo dentro de mim parecia quebrado. Senti o caminho se desdobrar de volta ao Núcleo, como se uma força magnética se recusasse a me deixar partir.

Aplicaram algo em mim. "Os ferimentos são superficiais", ouvi dizerem, "os projéteis são de material sintético". Estavam cuidando de mim, não queriam que eu morresse.

Arrastaram-me pelos corredores brancos, e então eu me vi outra vez — como num déjà vu angustiante — no quarto onde tinham me mantido preso. Dessa vez, minhas mãos estavam atadas.

Eu havia estado tão perto de casa, tão próximo da

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