Capítulo Quinze

Sentei-me à mesa pouco antes que a garota servisse meu prato. Todos ficaram em silêncio. Meu coração batia forte, e eu sentia espasmos em diferentes pontos do corpo, como se uma parte de mim lutasse para quebrar a maldição que me aprisionava.

Nada parecia real. A maneira perfeita como o café da manhã se dispunha sobre a mesa, os azulejos brancos e limpos, as superfícies imaculadas dos móveis de madeira. Até a forma como permanecíamos parados era pouco natural.

Era possível ouvir o cantar de pássaros lá fora. A luz do sol cruzava as janelas de cortinas abertas. O perfume de café fresco se misturava ao cheiro de plástico novo.

Observei meus braços, implorando em pensamento que eles se movessem, mas continuavam parados como se desdenhassem de mim.

Alguns anos atrás, na praça central da província, durante um evento

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