31- Aurora Baker

Cheguei em casa cerca de uma da manhã, quase não consegui me despedir dos irmãos, a cena lamentável, machista, homofóbica, traumatizou a todos. Deixá-los remoendo o acontecimento quebrou o meu coração em mil pedaços. Quando Raica mencionou a não aceitação dos pais, jamais calculei a gravidade da negação, até presenciar o episódio. O homem em seu porte troncudo lembrou Renan, e visivelmente o olhar de revolta também se compartilhou entre pai e filho.

Num país racista, muitas vezes ou quase sempre impiedoso diante de escolhas que ferem o padrão imposto pela sociedade, é frequente assistir notícias desumanas, como mais um homossexual espancado, por si só já gera uma revolta. Imensurável, em todas as suas proporções, é testemunhar algo do tipo. Se colocar no lugar do agredido e sem tempo de recuperação, erguer a cabeça, consciente que irá encarar cedo ou tarde outra covardia como aquela.

Evitando qualquer ruído, pisei de mansinho indo em linha reta para o meu quarto, assim

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