34- Aurora Baker

Caminhamos lado a lado até a padaria do seu Zé, durante o percurso procurei me concentrar em qualquer coisa que não fosse aquele perfume que, num sopro de ar invadiu as minhas narinas. Num certo momento, à medida que alcançávamos o lugar, ele, atrevido, tocou levemente o dorso da minha mão e eu logo abracei o corpo evitando o contato. O safado riu, pois percebeu como arrepiou cada pelo do meu braço.

Iludida, talvez, mas o pensamento me acompanhou. O que o trazia em pleno domingo para frente do meu prédio, quando um mundo de glamour o esperava de braços abertos? Mulheres, boates, festas... lugares que muito provavelmente ansiavam por sua estada. No entanto, lá estava ele caminhando ao meu lado, como se guardasse o tempo na palma da mão, dilatando o momento no qual esquecemos quem somos, esquecemos a WUC. De soslaio, marquei o tempo de um sorriso faceiro, o sol alvorecendo em sua pele, em seus traços, nos castanhos dos seus olhos, tornando-o ainda mais lindo, como se fosse possív
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