Capítulo XI: Troféus sobre a mesa

Sandir estava no seu salão secreto de armas. O mesmo em que três pares de asas, suas maiores relíquias, foram levadas. O mesmo em que encontrara o corpo de Eudora mutilado. A marca do seu sangue ainda maculava o piso de lajotas de pedras. Ele formou um círculo com mais de cem velas e ficou no centro, recebendo a iluminação bruxuleante de cada uma delas. As únicas sombras que o circulavam, mesmo que quase inexistentes, eram as dele mesmo. Colocou armas no espaço que o distanciava das velas, um arsenal pronto para quando o demônio viesse, ele viria. Sabia que estava certo.

— Matarei o desgraçado— dizia enquanto segurava uma besta, aquela que estava ao lado da sua filha quando a encontrou.— Será com a mesma flecha que não conseguiu disparar. Eu o...

Libertou um grito de dor, lágrimas escorriam do seu rosto, mas a sua mente trazia de volta a lembrança do sangue

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