Ademir imediatamente percebeu que talvez tivesse se enganado novamente.Lançou um olhar para o Sr. Levi, que lhe sorriu educadamente e acenou com a cabeça.Ademir começou a observar o Sr. Levi com mais atenção.Quem era esse homem, afinal?Karina não parecia estar rodeada de pessoas assim... De onde ele teria surgido?A porta da sala de maré se abriu por dentro, e Karina saiu acompanhada de um colega.— Sr. Levi.O Sr. Levi se aproximou rapidamente.— Este é o Sr. Levi...— Olá.Eles estavam conversando em francês, e como Ademir não falava a língua, ele só conseguia entender algumas palavras.Conversaram por um tempo, e logo o Sr. Levi entrou na sala VIP com o colega, enquanto Karina não o acompanhou.Ademir entendeu o suficiente para perceber que Karina parecia ser uma espécie de assistente.Depois de concluir sua tarefa, ela se preparava para seguir para o pavilhão de concha.Ademir sabia que havia cometido um erro, então seguiu Karina em silêncio, esperando uma chance para se descul
Será? Karina levantou os olhos e finalmente olhou para ele. Viu o homem cercado por um grupo de pessoas, cada uma segurando um copo de vinho. Ademir, ela não sabia o por quê, não recusava. Quem queria beber com ele, ele bebia. Helena olhou para Karina: — O Sr. Ademir é muito bom contigo, hein. Karina ficou surpresa e perguntou: — Como você percebeu isso? — Óbvio, né. — Helena disse com um toque de inveja. — Ele é o dono do Grupo Barbosa. Diante de uma turma de recém-formados, por que ele faria isso? Não é tudo por causa de você? Parecia que tinha alguma lógica. Karina franziu a testa. Mas ela não precisava disso, na verdade, até achava chato. — Se sente um pouco, vou trazer algo para você comer. — Helena disse. — Eu vou sozinha. — Não, melhor não, cuide da sua barriga. — Helena já estava se levantando, então Karina não insistiu. A festa ainda estava animada, com bebida e jogos. Logo, Helena voltou com dois pratos. — Obrigada. — Karina olhou para o prato
Karina imediatamente ficou vermelha.Ela não era do tipo que ficava facilmente corada, mas o problema era que estavam todos os seus colegas por perto!— Ademir! Você enlouqueceu? — Exclamou Karina.— Karina. — Respondeu ele, talvez por efeito do álcool ou, quem sabe, por um momento de sinceridade.Ademir segurou a mão dela com firmeza, sem soltá-la, e o hálito de álcool se espalhou pelo rosto dela:— Não me ignore, não me rejeite, por favor?— Ele então puxou a mão de Karina e a colocou contra seu peito. — Sente só, meu coração está partido de dor.Esse homem estava fazendo um escândalo por causa da bebida!Era simplesmente aterrorizante!— Solta minha mão! — Karina sentia o rosto queimando, já notando os olhares curiosos dos colegas ao redor.Mas o homem ainda estava na mesma posição, dizendo a mesma coisa:— Karina, presta atenção em mim, olhe para mim...Helena, que estava voltando com água, não sabia o que fazer. Ela estava claramente constrangida, e ao mesmo tempo, havia algo de le
O que isso significava, Ademir iria beijar Helena através do saco plástico? Mas Karina estava ali... Helena mordeu o lábio inferior, querendo recusar, mas ao mesmo tempo não conseguia resistir. Ela estava muito dividida, mas, ao mesmo tempo, não podia deixar de esperar por isso... — Ademir... — Karina. — Helena mal havia falado quando viu Ademir segurando a mão de Karina. Ele a instou. — Nós dois somos o número 6. Karina arregalou os olhos. — Eu não sou o número 6. — Karina mostrou o cartão para ele, com seriedade. — Sou o número 9. — Besteira. — Ademir deu uma olhada rápida. — Isso aqui é claramente o número 6. Se você não acredita, pergunte aos seus colegas. Ele então atirou o cartão sobre a mesa. Os colegas, ao verem aquilo, logo entenderam a situação. Mas ninguém ousou desagradar o Sr. Ademir naquele momento. Todos disseram: — Sim, isso é o número 6. — É, é mesmo. Somente Helena, mordendo os dentes, guardou silenciosamente o seu cartão. — Vai lá, me dá
Às dez da noite, no Hotel Dynasty.Karina Costa olhou para o número na porta: Suíte Presidencial 7203.“É aqui.”Seu celular vibrou com uma mensagem de Lucas Costa: [Karina, sua tia concordou. Contanto que você acompanhe bem o Sr. Francisco, eu pago imediatamente as despesas médicas do seu irmão.]Karina leu a mensagem, com uma expressão neutra em seu rosto pálido.Ela já estava entorpecida, incapaz de sentir dor.Depois que seu pai se casou novamente, ele deixou de se importar com ela e seu irmão. Durante mais de dez anos, eles foram deixados à mercê dos maus-tratos e até abusos da madrasta.Faltar roupas e comida era normal; insultos e espancamentos eram frequentes.Desta vez, devido a dívidas de negócios, eles a forçaram a dormir com um homem!Quando Karina se recusou, eles ameaçaram cortar o tratamento do irmão dela.Seu irmão tinha autismo, e o tratamento não podia ser interrompido.Mesmo os tigres, por mais ferozes que sejam, não comem seus filhotes. Lucas era pior que um animal!
Karina se apressou para voltar para casa.Um homem de meia-idade, gordo e com a cabeça semi-careca, estava sentado no sofá da sala, olhando furioso para Vitória.— Uma estrela em ascensão, eu prometi que me casaria com você! Como ousa me enganar e me deixar esperando a noite toda?Vitória aguentava a humilhação. Nem se falava que Francisco usava essa desculpa todas as vezes para se aproveitar das mulheres. Mesmo que ele estivesse realmente disposto a se casar com Vitória, isso seria uma armadilha! Quem se atreveria a se casar com ele?Vitória teve o azar de ser notada por ele.Mas seus pais, preocupados com ela, fizeram Karina substituir Vitória.Só que não esperavam que Karina fugisse na última hora!Eunice falou cuidadosamente:— Sr. Francisco, sinto muito, a menina não entende as coisas, por favor, perdoe ela.Lucas falou timidamente:— Por favor, não fique zangado.— Não ficar zangado? — Francisco disse muito irritado. — Impossível! Já que Srta. Vitória não está disposta, eu não a
— Sr. Ademir. — Francisco de repente parou de andar. No círculo comercial, todos que tinham algum status conheciam Ademir. — O que o senhor está fazendo aqui?Ademir nem olhou para ele, com os olhos fixos em Vitória, que não parava de chorar.Essa mulher era a garota que na noite passada chorava delicadamente em seus braços...De repente, ele levantou a mão e deu um tapa forte em Francisco, jogando-o no chão!Francisco imediatamente cuspiu um dente, ainda coberto de sangue.A família de Vitória estava tão assustada que nem ousava respirar.Os lábios finos de Ademir se curvaram em um sorriso sarcástico. Sua voz, indiferente, era como uma lâmina fina e afiada:— Você ousa tocar na minha pessoa?!Francisco, caído no chão, cobria a boca, falando tremulamente:— Sr. Ademir, eu não sabia que ela era sua pessoa, eu não a toquei, juro! Por favor, me perdoe!Ademir não acreditou em suas palavras e olhou para Vitória.— É verdade?Vitória balançou a cabeça, atordoada:— Não, não é...— Saia daqu
Karina entendeu, mas casamento não era algo trivial, e ela hesitou, balançando a cabeça.— Não é necessário, né? Tente convencer o Sr. Otávio...Antes de terminar a frase, foi interrompida.Ademir, com a expressão inalterada e o tom de voz tranquilo, disse:— Como condição, vou te compensar financeiramente.Compensação financeira? Karina ficou surpresa e não conseguiu recusar. Seu irmão ainda estava esperando pelo dinheiro do tratamento. Ela tinha procurado a família Barbosa exatamente por causa do dinheiro.Percebendo sua hesitação, Ademir acrescentou:— Basta você concordar, e quanto você precisar, eu darei.Karina ficou em silêncio por alguns segundos, depois assentiu:— Está bem, eu concordo.Ademir baixou os olhos, escondendo a frieza e o desprezo.“Uma mulher que vende seu casamento por dinheiro é realmente barata. Tudo bem, assim será fácil se divorciar depois.”— Vou preparar o contrato. Amanhã de manhã, leve seus documentos e nos encontraremos no cartório!— Certo.Na manhã se