— O quê? — Eunice ficou igualmente surpresa. — Mas vocês não terminaram? Será que ainda há alguma possibilidade entre vocês? — Sim. — Vitória respondeu rapidamente, com uma urgência em sua voz.— Sério? — Eunice parecia alegre e pegou a mão da filha. — Me conte tudo, como você conseguiu isso? O que aconteceu?— Mãe... ...Na entrada da casa, Karina já não visitava a família Costa há muito tempo. O portão estava trancado, e a senha havia sido trocada.Durante o trajeto, ela já havia imaginado que, se fosse bater na porta, provavelmente a família Costa não a deixaria entrar. Mas agora, ela não precisava mais se preocupar, pois havia Bruno.Bruno, seguindo as instruções de Karina, estacionou o carro em frente ao portão da família Costa. Olhando para o portão familiar diante dele, Bruno ficou paralisado. Aquela não era a casa da Vitória? O que Karina estava fazendo ali?— Bruno. — Karina apontou para o jardim. — Você consegue escalar isso?Ele olhou a parede e, de fato, não se importou
— Boa!Com Bruno, foi fácil dominar o empregado. o empregado só pôde observar enquanto Karina se dirigia à despensa. Ele, desesperado, gritou: — Sra. Rocha! Sra. Rocha! Sra. Rocha... Mas sua boca foi rapidamente tapada por Bruno.Na despensa. Eunice, depois de ouvir as palavras de Vitória, sorriu e disse: — Não imaginei que você tivesse uma surpresa dessas. Estava visivelmente feliz. — Viu? Isso é destino! O céu não queria que você se separasse do Sr. Ademir! — Mãe... — Vitória franziu a testa e a advertiu. — Da próxima vez, não faça nada sem antes conversar comigo. — Entendido... — Eunice respondeu, mas logo franziu a testa e ouviu com atenção. — Eu... Eu acho que estou ouvindo alguém gritar o meu nome lá fora? — Sério? — Vitória perguntou, aflita. — Será que a Karina chegou? — Não é possível. Ela chegou tão rápido? — Se eu consegui chegar tão rápido, por que ela não conseguiria? — E agora, o que fazemos? A Karina não é fácil de lidar! — Por isso que eu d
O marido estava à espera de um transplante de fígado para salvar sua vida, e, por causa da doação do órgão, ele já estava bastante irritado com a mãe e a filha.Vitória compreendia a situação, por isso não conseguia mais culpar sua mãe.De repente, um forte som de batidas pesadas na porta metálica ecoou.— Abra a porta! Eunice, eu sei que você está aí dentro! Abra a porta e me devolva o meu Catarino!Tanto Eunice quanto Vitória ficaram surpresas, trocando olhares, sem saberem o que fazer.— O que fazemos? — Primeiro, ajude ele a se levantar! — Certo. As duas mulheres juntas ajudaram Catarino a se levantar.— E agora? — Esconda ele, cubra ele com algo. — Disse Vitória. — Depois, saia. Você precisa atrasá-la, não deixe ela entrar! — Está bem.Do lado de fora, Karina continuava batendo na porta sem obter qualquer resposta. Já completamente impaciente, olhou para o Bruno e falou:— Abra essa porta! — Sim! Antes que Bruno pudesse agir, a porta foi aberta de dentro para fora, e
— Catarino... — As pernas de Karina fraquejaram, e ela caiu de joelhos no chão.Ela levantou a mão, estendendo ela para o rosto de Catarino, mas hesitou, temendo que ele sentisse mais dor ao ser tocado. — O que aconteceu com você? — Seus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente, e ela mal conseguia falar em voz alta. — Catarino, acorde, fale comigo!Mas, claro, Catarino não podia responder.A razão, naquele momento, foi consumida pelas chamas da raiva.Karina se levantou rapidamente, os olhos fixos em Eunice e Vitória. Seus olhos estavam arregalados, e sua voz carregava certeza.— Foram vocês! Não era uma pergunta, mas uma afirmação.— Não... — Eunice começou a balançar a cabeça desesperadamente, assustada com o olhar de Karina. As palavras mal conseguiam sair de sua boca. — Escuta, não fui eu...Karina não acreditava nas palavras dela.Ela avançou rapidamente e puxou os cabelos de Eunice com força.O grito de dor de Eunice ecoou pela sala.Karina apertou ainda mais, seu olhar
— O que significa isso que você disse? Explique as coisas direito! — É que... — Vitória estava tão nervosa que engolia a saliva repetidamente. — Hoje, eu tinha combinado de almoçar com o Ademir, e quando você ligou para ele, eu estava justamente... Naquele momento. Karina fez uma pausa para refletir, e de repente, tudo se esclareceu. Ah, então, naquele momento, a Vitória estava com o Ademir. Eles se encontraram novamente! Quantas vezes se encontraram sem que ela soubesse? Provavelmente já tinha perdido a conta. De repente, um calafrio percorreu seu corpo. Nesse momento, algumas figuras apareceram na porta. Ademir, acompanhado de Júlio e Enzo, havia chegado. — Karina! — Ademir a viu imediatamente e, em seguida, notou Vitória sendo pressionada no chão. — Vitória! — Ele ficou assustado com a cena, correndo até ela, se ajoelhando e segurando o pulso de Karina. — Solte ela! — Ademir. — Vitória parecia extremamente frágil, chorando suavemente, com um olhar cheio de sofrim
Ademir apertou o braço dela, impedindo ela de se levantar.— Se sente! — Ele olhou para o rosto pálido de Karina, sentindo uma mistura de urgência e impotência. — Eu só disse uma coisa, e você já me jogou uma culpa tão grande? Eu não me importo com o Catarino? Você realmente não entende nada, ou está tentando me irritar de propósito?Karina virou a cabeça, evitando olhá-lo, e não disse nada.Ademir suspirou, exasperado, e falou:— Só vamos saber como o Catarino está quando ele acordar. Eu vou ficar aqui com você, acompanhando ele.— Você? — Karina ergueu uma sobrancelha, desafiadora. — Você tem tempo para isso? O Sr. Ademir está tão ocupado, não é?Ademir percebeu o tom sarcástico em suas palavras, mas, entendendo que ela estava mal-humorada, não quis discutir a forma como ela falava.— Tenho tempo, e mesmo que esteja muito ocupado, vou arranjar um tempo para estar com vocês. — Ele puxou Karina suavemente para sentar novamente. — Agora, coma direito, está bem?— Não. Ademir franziu a
— Não precisa, eu posso voltar sozinha. — Faça o que eu digo. — Ademir não deixou espaço para recusa. — Deixe o Enzo te levar, as coisas já estão suficientemente complicadas. Não me deixe ficar ainda mais preocupado, está bem?— Então, vou ouvir você. — Vitória assentiu docilmente, aceitando a sugestão.Depois que a viu partir, o semblante de Ademir ainda estava tenso. Seus pensamentos estavam ocupados com as palavras de Vitória. Eunice encontrou o Catarino sozinho... Mas por que ele estava sozinho? O que havia acontecido antes disso?...No quarto, tudo estava quieto.Catarino, já medicado, ainda não havia acordado. Karina, debruçada sobre a cama, também havia adormecido.Ademir se aproximou, se curvou e cuidadosamente levantou Karina, colocando-a sobre o sofá-cama ao lado.Karina franziu a testa, emitindo um som baixo.Ademir se assustou, achando que havia acordado ela.Mas Karina não despertou. Ela logo se acalmou novamente, embora continuasse com as sobrancelhas franzidas, como se
Bruno ficou assustado e, rapidamente, falou:— Hoje, ouvi a Srta. Vitória dizendo à Karina que vocês se encontraram hoje, e que ainda tinham marcado de almoçarem juntos...Ademir ficou chocado. Como assim? Isso realmente aconteceu? Agora entendia o motivo de Karina estar tão fria e resistente a ele. Tentou controlar suas emoções, mas a raiva ainda não conseguia ser reprimida.— Por que não me disse isso antes?Bruno, se sentindo injustiçado, respondeu:— Eu não consegui encontrar uma oportunidade para falar sobre isso. Sempre que não estava com a Karina, estava com a Vitória. Não queria me intrometer.— Tudo bem, eu entendi.Pelo menos Bruno foi esperto e, no final, acabou falando sobre isso. Caso contrário, ele nem saberia por quanto tempo ainda ficaria perdido....Na sala do hospital, o som de um grito desesperado do jovem ecoou. Em seguida, o barulho de objetos caindo, um som caótico e estridente.— Catarino! — A voz de Karina estava abafada pelas lágrimas. — Eu sou sua irmã! Cata