Família Costa!Família Costa... O nome surgiu na mente de Karina, e quanto mais ela pensava, mais a possibilidade parecia real. A animosidade que ela nutria contra a família Costa, embora não envolvesse uma questão de vida ou morte, já estava tão enraizada no seu coração que o ódio se havia tornado parte de sua essência. Karina se recordou, então, de Lucas no hospital, com aquele rosto doente, e das inúmeras vezes em que Vitória a pressionou a doar seu fígado... Será que, ao não conseguirem fazer nada com ela, a família Costa teria direcionado sua atenção para o Catarino?Sem hesitar, Karina se levantou. Ela precisava ir até a família Costa. Mesmo que houvesse a menor possibilidade, ela não podia deixar escapar!Família Costa.Vitória voltou apressada para casa e, ao não encontrar Eunice, foi perguntar aos empregados. — Onde está minha mãe?— A Eunice está no depósito dos fundos.— Está bem.Vitória foi direto até a porta dos fundos, onde encontrou Eunice. Já de longe, ela ouviu a
— O quê? — Eunice ficou igualmente surpresa. — Mas vocês não terminaram? Será que ainda há alguma possibilidade entre vocês? — Sim. — Vitória respondeu rapidamente, com uma urgência em sua voz.— Sério? — Eunice parecia alegre e pegou a mão da filha. — Me conte tudo, como você conseguiu isso? O que aconteceu?— Mãe... ...Na entrada da casa, Karina já não visitava a família Costa há muito tempo. O portão estava trancado, e a senha havia sido trocada.Durante o trajeto, ela já havia imaginado que, se fosse bater na porta, provavelmente a família Costa não a deixaria entrar. Mas agora, ela não precisava mais se preocupar, pois havia Bruno.Bruno, seguindo as instruções de Karina, estacionou o carro em frente ao portão da família Costa. Olhando para o portão familiar diante dele, Bruno ficou paralisado. Aquela não era a casa da Vitória? O que Karina estava fazendo ali?— Bruno. — Karina apontou para o jardim. — Você consegue escalar isso?Ele olhou a parede e, de fato, não se importou
— Boa!Com Bruno, foi fácil dominar o empregado. o empregado só pôde observar enquanto Karina se dirigia à despensa. Ele, desesperado, gritou: — Sra. Rocha! Sra. Rocha! Sra. Rocha... Mas sua boca foi rapidamente tapada por Bruno.Na despensa. Eunice, depois de ouvir as palavras de Vitória, sorriu e disse: — Não imaginei que você tivesse uma surpresa dessas. Estava visivelmente feliz. — Viu? Isso é destino! O céu não queria que você se separasse do Sr. Ademir! — Mãe... — Vitória franziu a testa e a advertiu. — Da próxima vez, não faça nada sem antes conversar comigo. — Entendido... — Eunice respondeu, mas logo franziu a testa e ouviu com atenção. — Eu... Eu acho que estou ouvindo alguém gritar o meu nome lá fora? — Sério? — Vitória perguntou, aflita. — Será que a Karina chegou? — Não é possível. Ela chegou tão rápido? — Se eu consegui chegar tão rápido, por que ela não conseguiria? — E agora, o que fazemos? A Karina não é fácil de lidar! — Por isso que eu d
O marido estava à espera de um transplante de fígado para salvar sua vida, e, por causa da doação do órgão, ele já estava bastante irritado com a mãe e a filha.Vitória compreendia a situação, por isso não conseguia mais culpar sua mãe.De repente, um forte som de batidas pesadas na porta metálica ecoou.— Abra a porta! Eunice, eu sei que você está aí dentro! Abra a porta e me devolva o meu Catarino!Tanto Eunice quanto Vitória ficaram surpresas, trocando olhares, sem saberem o que fazer.— O que fazemos? — Primeiro, ajude ele a se levantar! — Certo. As duas mulheres juntas ajudaram Catarino a se levantar.— E agora? — Esconda ele, cubra ele com algo. — Disse Vitória. — Depois, saia. Você precisa atrasá-la, não deixe ela entrar! — Está bem.Do lado de fora, Karina continuava batendo na porta sem obter qualquer resposta. Já completamente impaciente, olhou para o Bruno e falou:— Abra essa porta! — Sim! Antes que Bruno pudesse agir, a porta foi aberta de dentro para fora, e
— Catarino... — As pernas de Karina fraquejaram, e ela caiu de joelhos no chão.Ela levantou a mão, estendendo ela para o rosto de Catarino, mas hesitou, temendo que ele sentisse mais dor ao ser tocado. — O que aconteceu com você? — Seus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente, e ela mal conseguia falar em voz alta. — Catarino, acorde, fale comigo!Mas, claro, Catarino não podia responder.A razão, naquele momento, foi consumida pelas chamas da raiva.Karina se levantou rapidamente, os olhos fixos em Eunice e Vitória. Seus olhos estavam arregalados, e sua voz carregava certeza.— Foram vocês! Não era uma pergunta, mas uma afirmação.— Não... — Eunice começou a balançar a cabeça desesperadamente, assustada com o olhar de Karina. As palavras mal conseguiam sair de sua boca. — Escuta, não fui eu...Karina não acreditava nas palavras dela.Ela avançou rapidamente e puxou os cabelos de Eunice com força.O grito de dor de Eunice ecoou pela sala.Karina apertou ainda mais, seu olhar
— O que significa isso que você disse? Explique as coisas direito! — É que... — Vitória estava tão nervosa que engolia a saliva repetidamente. — Hoje, eu tinha combinado de almoçar com o Ademir, e quando você ligou para ele, eu estava justamente... Naquele momento. Karina fez uma pausa para refletir, e de repente, tudo se esclareceu. Ah, então, naquele momento, a Vitória estava com o Ademir. Eles se encontraram novamente! Quantas vezes se encontraram sem que ela soubesse? Provavelmente já tinha perdido a conta. De repente, um calafrio percorreu seu corpo. Nesse momento, algumas figuras apareceram na porta. Ademir, acompanhado de Júlio e Enzo, havia chegado. — Karina! — Ademir a viu imediatamente e, em seguida, notou Vitória sendo pressionada no chão. — Vitória! — Ele ficou assustado com a cena, correndo até ela, se ajoelhando e segurando o pulso de Karina. — Solte ela! — Ademir. — Vitória parecia extremamente frágil, chorando suavemente, com um olhar cheio de sofrim
Ademir apertou o braço dela, impedindo ela de se levantar.— Se sente! — Ele olhou para o rosto pálido de Karina, sentindo uma mistura de urgência e impotência. — Eu só disse uma coisa, e você já me jogou uma culpa tão grande? Eu não me importo com o Catarino? Você realmente não entende nada, ou está tentando me irritar de propósito?Karina virou a cabeça, evitando olhá-lo, e não disse nada.Ademir suspirou, exasperado, e falou:— Só vamos saber como o Catarino está quando ele acordar. Eu vou ficar aqui com você, acompanhando ele.— Você? — Karina ergueu uma sobrancelha, desafiadora. — Você tem tempo para isso? O Sr. Ademir está tão ocupado, não é?Ademir percebeu o tom sarcástico em suas palavras, mas, entendendo que ela estava mal-humorada, não quis discutir a forma como ela falava.— Tenho tempo, e mesmo que esteja muito ocupado, vou arranjar um tempo para estar com vocês. — Ele puxou Karina suavemente para sentar novamente. — Agora, coma direito, está bem?— Não. Ademir franziu a
— Não precisa, eu posso voltar sozinha. — Faça o que eu digo. — Ademir não deixou espaço para recusa. — Deixe o Enzo te levar, as coisas já estão suficientemente complicadas. Não me deixe ficar ainda mais preocupado, está bem?— Então, vou ouvir você. — Vitória assentiu docilmente, aceitando a sugestão.Depois que a viu partir, o semblante de Ademir ainda estava tenso. Seus pensamentos estavam ocupados com as palavras de Vitória. Eunice encontrou o Catarino sozinho... Mas por que ele estava sozinho? O que havia acontecido antes disso?...No quarto, tudo estava quieto.Catarino, já medicado, ainda não havia acordado. Karina, debruçada sobre a cama, também havia adormecido.Ademir se aproximou, se curvou e cuidadosamente levantou Karina, colocando-a sobre o sofá-cama ao lado.Karina franziu a testa, emitindo um som baixo.Ademir se assustou, achando que havia acordado ela.Mas Karina não despertou. Ela logo se acalmou novamente, embora continuasse com as sobrancelhas franzidas, como se