Capítulo 471
Lúcia finalmente voltou a si. Foi então que percebeu a cena à sua frente: seu pai, à beira da morte, estirado no chão.

Desesperada, ela se virou e correu na direção dele.

Sandra estava sentada no chão, segurando o marido nos braços.

Os olhos de Abelardo estavam arregalados, mas a luz dentro deles já se apagava, como uma lua que estava prestes a desaparecer. O olhar, antes firme, agora parecia perdido, incapaz de se focar em qualquer coisa.

O vento frio passou, levantando a ponta do casaco de Abelardo, que, ao balançar, parecia uma águia velha e ferida, com as asas quebradas, sendo levada pelo vento em um triste fim.

Abelardo tossia, e seus ombros estremeciam de maneira involuntária. Seu corpo tremia sem parar, enquanto o sangue jorrava de suas narinas, lábios e até dos olhos. O sangue, brilhante e intenso, escorria sem controle.

A parte de trás da cabeça de Abelardo estava completamente encharcada de vermelho, o sangue tingindo seus cabelos grisalhos.

— Abelardo, Abelardo, o que eu f
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