Capítulo 12
Conor voltou às pressas para nossa casa e começou a revirar meus antigos diários.

Desde os 6 anos, eu mantinha esse hábito de escrever e, quando nos casamos, trouxe todos comigo.

Com as mãos trêmulas, ele finalmente localizou um caderno referente ao período em que eu tinha 12 anos e, folheando, encontrou minhas anotações.

[17 de novembro. Hoje à noite, a lua está tão clara que parece lavar tudo ao redor. Fiquei sabendo que Conor foi aprontado pelos dois irmãos de novo. Preciso salvar ele. Só não posso contar para o meu pai, senão ele não me deixaria ir à floresta do Sul. Vou sozinha.]

[18 de novembro. O mato é mais assustador do que eu pensava. Ainda bem que encontrei Conor a tempo. Ele estava preso numa armadilha, coberto pela seiva pegajosa de vinhas venenosas. Seu pelo prateado estava manchado, e os olhos dourados estavam nublados. Ele não enxergava nada!]

[23 de novembro. Ele me perguntou quem eu era. Se descobrisse que sou só uma menina, acho que ficaria envergonhado por me ver n
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