Era uma vez, no Hospital Geral de Nova York. - corta, corta, vamos começar novamente, sem muito clichê. - sorriu o narrador.
Ana, recém formada em medicina, após anos de estudos, noites em claro e dedicação incansável, finalmente tinha alcançado seu objetivo: ser aceita na residência do Hospital Geral de Nova York, o lugar onde ela sempre quis chegar, e que agora, se tornava realidade.
Ela saiu da universidade com um sorriso que parecia aquecer o dia gelado. A notícia correu rapidamente entre suas amigas, e não demorou muito para que um grupo de mensagens fosse criado, combinando a comemoração.
Naquela noite, Ana e suas três melhores amigas, Elen, Gabriele e Renata, chegaram ao bar mais movimentado da cidade. O lugar estava cheio de gente bonita, música boa, e luzes piscando, elas encontraram uma mesa perto do bar e logo brindaram à nova fase.
As bebidas começaram a circular, e as risadas ecoavam pelo ambiente. Enquanto suas amigas dançavam e se divertiam, Ana decidiu pedir outra bebida no bar. Foi quando ela o viu: alto, com um sorriso lindo, um olhar marcante, e um perfume que parecia penetrar a sua alma, cheio de mistérios. Ele estava encostado no balcão, segurando um copo de whisky com uma elegância despreocupada.
— Parabéns pela residência — ele disse, surpreendendo-a. – Posso pagar um drink para a médica mais bonita deste bar?
— Como você sabe? — ela perguntou, curiosa.
— Ouvi suas amigas falando — ele respondeu com um sorriso. — Eu sou bom em captar detalhes.
– Ana riu, respondendo: – Só se você prometer brindar comigo.
– Claro, doutora. – Parabéns novamente! — disse o rapaz, seu olhar fixo no dela, como se quisesse saber cada detalhe daquela conquista.
– Eu não consigo acreditar que acabei aqui. Esse bar é mesmo incrível! - Ana falou, muito animada.
– Sim, eu também adoro este lugar. À música, as pessoas... tudo contribui para esse clima único.
Ana concordou. – E você tem alguma história interessante sobre esse bar?
– Ah, tenho algumas. Mas acho que o mais especial é quando conhecemos pessoas que tornam a noite inesquecível, como agora. – Disse ele, olhando em seus olhos fixamente.
Ana sorrindo, respondeu: – Sabe, você tem um cheiro bom. É uma mistura de colônia barata e algo a mais... tão encantador, tão …masculino.
Ele deu uma bela gargalhada alta – Obrigado. Gosto do seu perfume também. É doce, e enjoativo, eu diria.
A conversa continuou, cheia de risadas e trocas de olhares significativos. Ambos sentiam uma atração quente.
– O tempo voa quando estamos nos divertindo, não é? – Ana suspirou.
– Sim, nem percebi que já é tão tarde. Quer saber? Que tal um último brinde antes de irmos embora?
– Ótima ideia. – Ana respondeu saltitante.
Depois de vários drinks, ele a puxou para mais perto de seus lábios, que finalmente se encontraram em um beijo, cheio de desejo.
– Vamos sair daqui? – suspirou baixinho no ouvido de Ana.
Com um sorriso malicioso, Ana respondeu: – Sim, vamos.
Ana e o rapaz deixaram o bar, ainda rindo e tropeçando um pouco. A noite estava fria, mas a excitação que sentiam, aquecia o ar ao redor. As luzes da cidade brilhavam enquanto caminhavam juntos até o carro dele, estacionado em frente ao bar.
O carro era um modelo antigo, mas bem conservado. Ele abriu a porta para Ana, que entrou rindo, ainda tentando recuperar o fôlego.
Dentro do carro, o ambiente se tornou íntimo rapidamente. Ele entrou e fechou a porta, criando um pequeno mundo só para os dois. As janelas logo começaram a embaçar devido à diferença de temperatura e à intensidade do momento.
– Você está bem? – ele perguntou.
– Estou ótima. E você?
– Nunca estive melhor.
Ele se aproxima de Ana devagar. Está seguro de si mesmo, muito sexy. O coração de Ana b**e depressa, um desejo quente e intenso a invade.
‘’Ai, ele é tão sexy…’’ – pensa Ana.
— Vou tirar a sua jaqueta. — ele diz em voz baixa, e, suavemente, desliza a jaqueta pelos ombros, e a coloca no banco de trás do carro.
— Tem ideia do quanto eu te desejo? — ele sussurra.
A respiração de Ana fica presa. Ele chega perto e suavemente passa os dedos no rosto de Ana.
— Tem ideia do que eu vou fazer com você? — acrescenta, acariciando seu queixo.
O rádio do carro estava ligado, tocando uma música suave. A cada toque, a cada sussurro a química entre eles se tornava mais forte.
Ele se Inclina e a beija. Começa a desabotoar a blusa de oncinha que Ana vestia, beijando ligeiramente o seu queixo e o canto da boca. Tira a blusa, muito devagar e a deixa cair no chão do carro. Se afasta um pouco e a observa.
‘’Ufa, estou vestindo o meu sutiã rosa pink, rendado, que fica estupidamente muito bem em mim. Graças a Deus.’’ – pensava Ana.
— Ah, mocinha, mocinha... – ele respira. – Você tem uma pele linda, branquinha e macia. Eu quero beijar centímetro por centímetro.
‘’Oh, meu Deus…’’ – pensamento de Ana.
Ele abre o porta luvas do carro e saca uma caixa de camisinhas. As roupas foram desajustadas, mas não totalmente removidas devido ao espaço limitado. Os toques tornaram-se mais urgentes, e o carro balançava suavemente enquanto eles se entregavam.
– Ah, – Ana geme, lambendo os lábios.
Ele segura as mãos de Ana, e, sem tirar os olhos dela nem por um segundo, inclina o banco do carro para trás, a deixando quase deitada, e passa o nariz onde se unem suas coxas.
Ela o sente... Lá. — ele murmura e fecha os olhos, com uma expressão de prazer, e Ana praticamente tem uma convulsão.
— É muito linda, mocinha.
‘’Merda. Suas palavras... Ele é tão sedutor. Me deixa sem ar.’’ – pensou Ana.
— Me mostra como você se toca.
– O que? – Ana franze a testa, com um olhar de desentendida.
— Não tenha vergonha, me mostra, — ele sussurra.
Ana balança a cabeça — Não entendo o que quer dizer — responde, tão cheia de desejo, que mal a reconhece.
— Como você se da prazer? Quero ver.
Ana começa a mostrar como ela faz. Ele chupa gentilmente um mamilo, desliza uma mão ao outro, e com o polegar rodeia muito devagar o outro mamilo.
– Ah, – Ana geme.
— Agora eu vou colocar em você... — ele sussurra e a penetra lentamente.
— Aaai! — Ana grita.
— Goze para mim, — ele sussurra sem fôlego e Ana se deixa gozar assim que ele diz, ele também goza, geme bem alto. Depois de segundos, os suspiros e gemidos diminuem, dando lugar a uma respiração ofegante e satisfeita. Eles permaneceram abraçados, sentindo o calor um do outro, enquanto o mundo lá fora lentamente voltava a existir.
– Acho que preciso ir para casa. – disse Ana.
– Eu te levo. Só me diga onde.
Ana deu o endereço próximo de sua casa, pois não o conhecia. Ele ligou o carro, e dirigiu. O trajeto foi silencioso, com ambos absorvendo o que tinha acontecido.
Quando chegaram ao destino, ele parou o carro e olhou para ela, um sorriso em seus lábios.
– Essa noite foi... inesquecível. Eu sabia que seria.
– Sim, foi mesmo. Obrigada. – Respondeu Ana, que se inclinou, deu um último beijo nele e saiu do carro, sentindo o ar fresco da madrugada em seu rosto.
Enquanto caminhava em direção à sua casa, ela sabia que aquela noite seria um marco, um momento que jamais esqueceria, carregado de promessas e novas possibilidades.
[...]
Um apartamento simples em uma tarde fria. Um jovem de aparência casual, está sentado em sua mesa, trabalhando em um computador. O telefone toca. O jovem desliga a música e atende o telefone.
– Alô?
Voz do Outro Lado: Olá, posso falar com Lucas, por favor?
– É ele mesmo. É da agência de correios?
Voz do Outro Lado: – Sim. Como sabe? Estou ligando para informá-lo que você foi selecionado para a vaga de carteiro.
Lucas com um tom enigmático e um sorriso misterioso, olha pela janela, pensa por um momento e responde:
– Sim, eu aceito a vaga de carteiro.
Desliga o telefone e murmura para si mesmo, ‘’O que o futuro me reserva agora?’’.
Era quarta-feira, o relógio apontava 10:23 da manhã, quando Ana desceu as escadas de seu apartamento levando o lixo para fora, ouvindo wannabe, das Spice Girls, em seu fone de ouvido, se sentindo realizada e orgulhosa, quando muito surpresa, o avistou, seguindo em sua direção.Sua pele bem branquinha, cabelos castanhos escuros, magro, alto, sorriso lindo, se aproximava, o cara com quem teria ficado dentro do carro, na noite em que saiu para comemorar.Ele era o carteiro do bairro, e, enquanto se aproximava para entregar a correspondência de Ana, reparou como ela o observava, e então, ele se perdia em pensamentos: ''Ana, Ana! Com base nessa sua vibe, aposto que é independente. Você está sem sutiã, mas sua blusa... está larguinha, isso significa que não quer ser cobiçada. Suas pulseiras estão balançando, parece que gosta um pouco de atenção.’' – pensava o carteiro. Ana ficou absurdamente sem graça, nervosa, pois pensou que nunca mais o veria, porém, no fundo ela estava radiante, pois
Era hoje, a sua segunda semana de residência no Hospital Geral de Nova York, onde aconteceu um tumulto incomum naquela noite, ocorreu um acidente violento envolvendo moto, vários carros e um caminhão, onde encheu a emergência de pacientes em estado crítico. O som das sirenes de ambulâncias se misturava ao clamor das pessoas, criando um cenário caótico. Ana, uma jovem médica residente, pele clara, cabelos castanhos, preso em um rabo de cavalo com um laço de cetim rosa pink, mal conseguia parar para respirar. Ela corria de um paciente a outro, suas mãos hábeis se movendo rapidamente para suturar ferimentos, aplicar medicações e acalmar aqueles em pânico. Entre os muitos rostos que atendia, um em especial se destacava.– Dra. Ana! Dra. Ana! Preciso de ajuda aqui! – gritou a enfermeira chefe Márcia, apontando para um paciente masculino, que estava sendo trazido em uma maca. Sangue escorria de um ferimento profundo em seu abdômen.– Estou indo! – respondeu Ana, aproximando-se rapidam
Lucas ficou inconsciente por alguns dias, mas nesta manhã quando ele acordou com a luz suave do amanhecer filtrando-se pela janela no quarto de UTI, com tubos, e zumbido dos aparelhos ao seu redor, teve a certeza de que era um lembrete constante da cirurgia que havia salvado sua vida, e, foi ela, Dra. Ana Steele que estava ali para monitorar seu estado quando ele abriu os olhos.– Você salvou a minha vida, não é? – perguntou Lucas com um sorriso irônico.Ana olhando para ele, demorou alguns segundos para responder, se perguntando se Lucas estava realmente fazendo uma pergunta, ou se já havia ouvido a sua voz naqueles dias em que estava inconsciente.– Eu diria que foi a equipe médica, sou apenas uma peça num jogo de xadrez. – ela sorriu ainda mais que ele, que relaxou a cabeça e colocou a mão de maneira suave sobre a dela.– Posso dizer então, que sou um homem de sorte, doutora... – respondeu, Lucas.– Ana, num susto, desvencilhou-se de Lucas, sentindo seu coração bater mais rápido,
O hospital estava em um estado de tensão após a invasão tumultuada na UTI. A equipe médica havia conseguido conter o homem que tentava retirar Lucas de sua cama. Embora o homem tenha sido sedado levemente e levado a um quarto supervisionado pela segurança, o clima na unidade era carregado com uma mistura de alívio e apreensão.Dra. Ana, se encontrava na UTI com uma expressão de preocupação. Observava Lucas, deitado em sua cama, visivelmente abalado, sentia um pouco de dor. Aproximou-se de Lucas, que estava com seus olhos fixos no teto, puxou uma cadeira próxima, e se sentou ao lado da cama, com um olhar atencioso.– Olá, Lucas. Como você está se sentindo? – perguntou Ana com uma voz suave.Lucas virou lentamente a cabeça para encarar Ana. – Doutora Steele... Eu... Eu não sei o que pensar. Tudo isso está sendo um pesadelo.Ana sorriu com empatia, notando a forma como ele pronunciou seu nome. – Eu entendo. A situação foi realmente perturbadora. Mas estou aqui.Lucas desviou o olhar, um
De volta ao seu apartamento, Ana estava um caco. Sentada no sofá, com uma xícara de café e um cobertor naquele dia frio que fazia em Nova York, onde ficou revivendo todos os momentos várias vezes em sua mente, lutando para entender como havia perdido o controle de si mesma , com a culpa e a vergonha a consumindo. Seu celular começou a vibrar com mensagens de suas amigas, que haviam visto as notícias sobre o tiroteio no hospital. Gabriele: Oi, Ana! Vi as notícias sobre o tiroteio. Você está bem? Me avisa. Renata: Ana, que susto! Você está segura? Por favor, me diga que está tudo bem. Elen: Ana, não consigo parar de pensar em você desde que vi as notícias. Como você está? Ana suspirou, sentindo o carinho e a preocupação das amigas. Sabia que precisava responder, mas as emoções ainda estavam muito intensas. ‘’Ai, Ai, se elas soubessem que não foi só o tiroteio’’ – suspirava Ana, chorando. Mesmo assim, Ana pegou o celular e começou a digitar, com as lágrimas caindo sobre a tela.
Em meio ao caos que estava acontecendo, era necessário que a equipe médica e de enfermagem, se reunissem para uma reunião, e assim fizeram. Estavam todos reunidos na sala de descanso dentro da UTI, uma pequena e discreta sala onde os momentos de tranquilidade eram raros, o silêncio era quebrado apenas pelo sutil zumbido dos aparelhos, e única iluminação que tinha, vinha da lâmpada fraca sobre a mesa, que lançava sombras discretas nos rostos cansados.Dr. James, diretor do hospital, ajeitou o jaleco, abaixou os óculos sobre o nariz, tomou seu lugar na mesa, olhou para todos presentes e começou a falar.– Prezados, – começou James, com uma voz firme. – Vamos dar início à reunião. Como vocês sabem, a situação de segurança do nosso hospital está se deteriorando e precisamos encontrar uma solução imediatamente.– Deteriorando? Isso é um eufemismo! – interrompeu Dr. John, com um tom ácido. – Já tivemos dois grandes incidentes graves. E quem vocês acham que ficará lidando com essas crises
Era de manhã e a sala de recuperação estava tranquila. O homem que invadiu a UTI estava sedado, imobilizado e monitorado. Ele começava a despertar, confuso. Dra. Ana, acompanhada por Dr. John entraram na sala com uma expressão de profissionalismo e empatia, prontos para uma conversa delicada. Nicolas Beck, irmão gêmeo de Lucas, despertou na sala de recuperação, perdido e com a voz rouca. — Onde estou? O que aconteceu? — perguntou ele. A Dra. Ana, com um sorriso tranquilizador, respondeu: — Você está na sala de recuperação. Tivemos que sedá-lo após um episódio intenso para garantir sua segurança e a dos outros. Nicolas tentou se sentar, mas sentiu a restrição das faixas e recuou, frustrado. — Eu… Eu não lembro de nada. O que eu fiz? Dr. John, com um tom calmo, explicou: — Você teve um surto devido ao estresse e invadiu a UTI atrás do seu irmão Lucas. Precisamos entender o que aconteceu para ajudá-lo. Como você se chama? — Nicolas Beck. Sim, somos irmãos gêmeos — respondeu ele
Ana se sentia um lixo, literalmente, já não bastava o terror nos dias que estava vivendo, agora teria que lidar com as ameaças de Márcia. Ela se sentia exausta e desanimada, trabalhou muito nesses dias, e ainda teria que cobrir Márcia nos turnos da noite, e ficar disponível caso ela resolvesse precisar dela. ''Lamentável essa minha situação, viu! Praticamente um mês de residência, e a minha vida se encontra de ponta cabeça. Fala sério. – Ana pensava absurdamente, com sentimento de raiva. Durante o dia, Ana enviou mensagens para suas amigas, avisando que não poderiam se encontrar por alguns longos dias pela frente, pois estaria de plantão cobrindo Márcia. No entanto, ao entrar na sala dos residentes, encontra suas amigas. Sabiam que Ana era forte e não diria logo de cara que precisaria de ajuda, então, elas haviam antecipado o encontro, indo até o hospital, já que Ana não poderia sair. Estavam visivelmente preocupadas e não concordavam com as desculpas de Ana. — Ana, você está bem?