O hospital estava em um estado de tensão após a invasão tumultuada na UTI. A equipe médica havia conseguido conter o homem que tentava retirar Lucas de sua cama. Embora o homem tenha sido sedado levemente e levado a um quarto supervisionado pela segurança, o clima na unidade era carregado com uma mistura de alívio e apreensão.
Dra. Ana, se encontrava na UTI com uma expressão de preocupação. Observava Lucas, deitado em sua cama, visivelmente abalado, sentia um pouco de dor.
Aproximou-se de Lucas, que estava com seus olhos fixos no teto, puxou uma cadeira próxima, e se sentou ao lado da cama, com um olhar atencioso.
– Olá, Lucas. Como você está se sentindo? – perguntou Ana com uma voz suave.
Lucas virou lentamente a cabeça para encarar Ana. – Doutora Steele... Eu... Eu não sei o que pensar. Tudo isso está sendo um pesadelo.
Ana sorriu com empatia, notando a forma como ele pronunciou seu nome. – Eu entendo. A situação foi realmente perturbadora. Mas estou aqui.
Lucas desviou o olhar, um pouco envergonhado. – Sinto que estou causando uma grande preocupação. Devia ter ficado em casa naquele dia do acidente, mas... não sei. Não me sinto seguro, em nenhum lugar.
Ana inclinou-se um pouco mais perto, notando a tensão em seus ombros.
– Eu entendo o seu medo, carteiro. Ter sido vítima de um tiroteio e agora enfrentar essa invasão deve ter sido aterrorizante. Mas posso assegurar-lhe que o hospital é seguro.
– Você realmente acredita nisso? – ele a olhou fixamente, capturando a sinceridade em seus olhos.
– Acredito. E, mais importante, acredito que você está em boas mãos. – Ana sentiu um leve rubor em suas bochechas.
– E como a doutora pode garantir isso? O que a faz confiar tanto no sistema? – ele sorriu fracamente.
— Experiência e paixão. Tenho visto muitas coisas aqui carteiro. De casos críticos, a um tiroteio, por exemplo. – Deu uma gargalhada alta. – E, apesar das dificuldades, acredito firmemente na força da nossa equipe. – Ana inclinou a cabeça.
– A Dra. Steele parece realmente confiante. Isso me dá um pouco de esperança, – o olhar de Lucas tornou-se mais suave.
Ana riu baixinho, um som que soava como uma melodia agradável. – É o mínimo que posso oferecer. A esperança é uma parte importante da cura, senhor Beck.
Lucas se inclinou em direção a Ana, quase sussurrando, – Às vezes, precisamos encontrar um equilíbrio fora do trabalho também. Não acha?
– Equilíbrio é importante, sem dúvida. – Ana sentiu um leve frio na barriga.
Lucas estendeu a mão e tocou levemente o braço de Ana, um gesto que a fez estremecer, disse – Às vezes, o que precisamos é de um pouco de apoio, alguém que entenda o que passamos aqui.
A sensação do toque de Lucas, embora sutil, foi suficiente para acender um calor que Ana não conseguia controlar. Ela olhou para ele, os olhos meio desconcertados. – Você está sugerindo que eu procure apoio fora do plantão, senhor Beck?
Lucas sorriu, sua expressão agora carregada de um charme quase palpável.
– Não só fora do plantão, Ana. Às vezes, a conexão entre as pessoas pode ser o melhor remédio. Quem sabe encontramos esse equilíbrio juntos?
Ana respirou fundo, lutando para manter o controle enquanto o desejo se entrelaçava em seu peito.
– Isso é um convite, Lucas? – ela disse.
– Pode ser, – respondeu Lucas, sua voz quente e envolvente. – Se você estiver disposta a aceitar.
O momento parecia congelar ao redor deles, a tensão no ar era quase tangível. Ana sabia que estava em um ponto de decisão, entre seguir a formalidade e explorar algo que poderia ser tanto excitante quanto arriscado.
– Eu... vou pensar sobre isso, – ela disse finalmente, sua voz um pouco mais baixa. – Agora, tenho muito trabalho a fazer, senhor Beck. – Sorriu.
– Claro, trabalho em primeiro lugar. Aliás, você está usando sutiã hoje? – Lucas assentiu, dando uma risada maliciosa.
Ana se afastou, dando risada e balançando a cabeça, sentindo uma mistura de emoções e uma nova dimensão de curiosidade.
O plantão continuou, mas a mente de Ana estava cheia de pensamentos sobre o que poderia acontecer.
‘’E se… eu explorasse o convite de Lucas?’’ – Pensava Ana, dando suspiros.
[...]
Foi um período muito difícil na UTI para Lucas, e, após a invasão, antes de qualquer posição referente a segurança e ao invasor, a equipe médica decidiu que Lucas seria transferido para um quarto mais tranquilo, ideal para sua recuperação. O novo ambiente era confortável e equipado com os recursos necessários para continuar seu acompanhamento de saúde, mas com menos estresse. No quarto, Lucas pode receber mais visitas, o que oferece um grande apoio emocional para sua recuperação.
Lucas, era um homem forte e atraente, com um ar de mistério e um corpo marcado por cicatrizes, ouviu uma batida na porta de seu quarto: — [toc toc].
– Lucas?! Posso entrar? – disse Ana.
Lucas, com sua voz rouca, ecoou no banheiro. – Entre, doutora. A porta está destrancada.
A médica hesita por um instante, mas a curiosidade a impulsiona para frente. Ela abre a porta lentamente e encontra Lucas embaixo do chuveiro, a água morna escorrendo por seu corpo. A luz fraca realça os contornos musculosos, e as cicatrizes que marcam sua pele.
A voz de Ana, sai em um sussurro. – Lucas, o que está fazendo? Você deveria estar deitado.
Lucas, nada preocupado, responde: – A água quente me acalma. E a sua presença aqui, senhorita Steele, me acalma ainda mais… ou será que me excita?!
Dra. Ana sente um calor subir por seu corpo. Ela nunca havia se sentido assim por um paciente. Aproxima-se um pouco mais, seus olhos fixos nos dele.
Com a voz trêmula, diz – Lucas, isso é errado. Eu sou sua médica aqui.
– E você é a mulher mais bonita que já vi. E a mais inteligente. Vai me dizer que você não está com saudades?! – responde Lucas.
Ele desliga o chuveiro, se aproxima dela, a envolve em seus braços. Seus lábios se encontram em um beijo quente e intenso, cheio de desejo e proibido.
Entre beijos, Ana fala. – Nós não podemos fazer isso aqui.
– Por que não? Já fizemos antes, dentro do carro, a vida é curta demais para resistir aos nossos desejos, Ana.
A médica se entrega ao beijo, sentindo uma explosão de sensações que a deixam tonta, cheia de prazer. As mãos de Lucas deslizam por suas costas, explorando cada centímetro de seu corpo.
Ana fica ofegante – Lucas, pare… por favor. – Ana se afasta, e deixa o quarto de Lucas com o coração acelerado e a mente confusa, caminha sem rumo. Cada passo parecia mais pesado do que o anterior, e a realidade do que aconteceu começava a se instalar. O peso da transgressão e as possíveis consequências de suas ações a atormentavam.
Logo, a enfermeira Márcia terminava seu turno na UTI e estava a caminho de entregar alguns documentos no andar de recuperação, próximo ao quarto de Lucas. Enquanto caminhava, refletia sobre sua recente curiosidade em relação a Ana. Márcia sempre achou que Ana se destacava demais, e isso a incomodava. Ela estava determinada a encontrar algo que pudesse usar contra Ana, algo que mostrasse que a doutorazinha não era tão perfeita quanto parecia ser.
Ao se aproximar do quarto de Lucas, notou que a porta estava entreaberta. Com intenção de bisbilhotar, e movida por sua curiosidade e a busca incessante por alguma falha de Ana, Márcia decidiu espiar discretamente para verificar como ele estava.
Ao olhar pela fresta, seus olhos se arregalaram ao perceber a cena. Ana estava no quarto de Lucas, e ambos pareciam em uma conversa intensa. Márcia ficou imóvel, tentando entender o que estava acontecendo. O olhar de Ana estava fixo em Lucas, e a tensão no ar era palpável.
Márcia inclinou-se um pouco mais para observar melhor. Foi então que viu Lucas desligar o chuveiro, se aproximar de Ana e beijá-la apaixonadamente. Ana hesitou por um momento, mas logo se entregou ao beijo. Márcia sentiu seu coração acelerar com a descoberta, seus olhos vidrados na cena íntima.
Enquanto o beijo se intensificava, Márcia recuou um pouco, dividida entre a curiosidade e a consciência de que não deveria estar ali. Mas a intensidade do momento a impedia de se afastar. Ela observou as mãos de Lucas deslizando pelas costas de Ana, que, apesar de lutar com a razão, se entregava ao desejo.
Finalmente, quando Ana, ofegante, se afastou de Lucas, Márcia percebeu a expressão confusa e perturbada da médica. Ana murmurou algo para Lucas, que Márcia não conseguiu ouvir claramente, e rapidamente deixou o quarto, quase colidindo com a porta. Deu alguns passos para trás, esperando não ser vista, enquanto Ana passava por ela sem notar sua presença, perdida em seus próprios pensamentos.
Márcia, com o coração batendo acelerado, sabia que tinha encontrado algo valioso. Esta descoberta era exatamente o que ela estava procurando.
‘’Uma falha na fachada perfeita de Ana.’’ – pensou Marcia.
Sentiu uma mistura de excitação e determinação, consciente de que essa informação poderia ser uma arma poderosa.
Logo, Ana caminhava pelo corredor, tentando processar o que acabava de acontecer, Márcia a abordou com um sorriso malicioso.
— Dra. Ana, está com um aspecto perturbado. Algo aconteceu que você gostaria de compartilhar? — Márcia perguntou, com um tom curioso e ligeiramente suspeito.
Ana, sem energia para responder, apenas balançou a cabeça e tentou continuar seu caminho. Mas Márcia, intrigada e com um olhar que parecia misturar curiosidade e um toque de malícia, não se contentou com a resposta da médica.
— Está tudo bem, Dra. Ana? — insistiu Márcia, com uma voz que carregava uma nota de acusação velada.
Ana hesitou, o peso do segredo quase a sufocando. Ela sabia que a situação não era apenas um erro pessoal, mas algo que poderia ter sérias repercussões profissionais. Com um esforço, ela forçou um sorriso triste e respondeu:
— Não, Márcia, não está tudo bem. Eu… eu só preciso de um tempo sozinha.
Márcia, sentindo-se vitoriosa por ter obtido uma reação, respondeu com um sorriso enigmático:
— Claro, Dra. Ana. Só queria que soubesse que estou aqui se precisar de alguém para conversar.
Ana, lutando para manter a compostura, apenas acenou e se afastou, ciente de que Márcia estava observando cada um de seus passos. Ela sabia que precisava ser cuidadosa, pois se a enfermeira suspeitasse de algo, estaria determinada a usar qualquer deslize contra ela.
Lucas observou discretamente a conversa de Ana com a Márcia, e sua expressão era um pouco sombria, e calculista. Sabia que Márcia estava procurando uma brecha para causar problemas a Ana, e aquela seria a oportunidade perfeita para ela.
Ana, imersa em seus próprios pensamentos, finalmente encontrou um canto isolado, se deixou cair contra a parede, a mente ainda fervendo com o peso das suas escolhas e principalmente o medo do que poderia acontecer.
Sussurrando para si mesma ‘’– O que eu fiz? Como pude ser tão imprudente?’’
Sobrecarregada pelo peso de suas ações e pela incerteza do futuro, Ana tentava se recompor enquanto Lucas a observava silenciosamente pela janela de seu quarto.
‘’Ah, Márcia, Márcia, onde você quer chegar, hein?’’ – pensava Lucas, com uma loucura fria.
De volta ao seu apartamento, Ana estava um caco. Sentada no sofá, com uma xícara de café e um cobertor naquele dia frio que fazia em Nova York, onde ficou revivendo todos os momentos várias vezes em sua mente, lutando para entender como havia perdido o controle de si mesma , com a culpa e a vergonha a consumindo. Seu celular começou a vibrar com mensagens de suas amigas, que haviam visto as notícias sobre o tiroteio no hospital. Gabriele: Oi, Ana! Vi as notícias sobre o tiroteio. Você está bem? Me avisa. Renata: Ana, que susto! Você está segura? Por favor, me diga que está tudo bem. Elen: Ana, não consigo parar de pensar em você desde que vi as notícias. Como você está? Ana suspirou, sentindo o carinho e a preocupação das amigas. Sabia que precisava responder, mas as emoções ainda estavam muito intensas. ‘’Ai, Ai, se elas soubessem que não foi só o tiroteio’’ – suspirava Ana, chorando. Mesmo assim, Ana pegou o celular e começou a digitar, com as lágrimas caindo sobre a tela.
Em meio ao caos que estava acontecendo, era necessário que a equipe médica e de enfermagem, se reunissem para uma reunião, e assim fizeram. Estavam todos reunidos na sala de descanso dentro da UTI, uma pequena e discreta sala onde os momentos de tranquilidade eram raros, o silêncio era quebrado apenas pelo sutil zumbido dos aparelhos, e única iluminação que tinha, vinha da lâmpada fraca sobre a mesa, que lançava sombras discretas nos rostos cansados.Dr. James, diretor do hospital, ajeitou o jaleco, abaixou os óculos sobre o nariz, tomou seu lugar na mesa, olhou para todos presentes e começou a falar.– Prezados, – começou James, com uma voz firme. – Vamos dar início à reunião. Como vocês sabem, a situação de segurança do nosso hospital está se deteriorando e precisamos encontrar uma solução imediatamente.– Deteriorando? Isso é um eufemismo! – interrompeu Dr. John, com um tom ácido. – Já tivemos dois grandes incidentes graves. E quem vocês acham que ficará lidando com essas crises
Era de manhã e a sala de recuperação estava tranquila. O homem que invadiu a UTI estava sedado, imobilizado e monitorado. Ele começava a despertar, confuso. Dra. Ana, acompanhada por Dr. John entraram na sala com uma expressão de profissionalismo e empatia, prontos para uma conversa delicada. Nicolas Beck, irmão gêmeo de Lucas, despertou na sala de recuperação, perdido e com a voz rouca. — Onde estou? O que aconteceu? — perguntou ele. A Dra. Ana, com um sorriso tranquilizador, respondeu: — Você está na sala de recuperação. Tivemos que sedá-lo após um episódio intenso para garantir sua segurança e a dos outros. Nicolas tentou se sentar, mas sentiu a restrição das faixas e recuou, frustrado. — Eu… Eu não lembro de nada. O que eu fiz? Dr. John, com um tom calmo, explicou: — Você teve um surto devido ao estresse e invadiu a UTI atrás do seu irmão Lucas. Precisamos entender o que aconteceu para ajudá-lo. Como você se chama? — Nicolas Beck. Sim, somos irmãos gêmeos — respondeu ele
Ana se sentia um lixo, literalmente, já não bastava o terror nos dias que estava vivendo, agora teria que lidar com as ameaças de Márcia. Ela se sentia exausta e desanimada, trabalhou muito nesses dias, e ainda teria que cobrir Márcia nos turnos da noite, e ficar disponível caso ela resolvesse precisar dela. ''Lamentável essa minha situação, viu! Praticamente um mês de residência, e a minha vida se encontra de ponta cabeça. Fala sério. – Ana pensava absurdamente, com sentimento de raiva. Durante o dia, Ana enviou mensagens para suas amigas, avisando que não poderiam se encontrar por alguns longos dias pela frente, pois estaria de plantão cobrindo Márcia. No entanto, ao entrar na sala dos residentes, encontra suas amigas. Sabiam que Ana era forte e não diria logo de cara que precisaria de ajuda, então, elas haviam antecipado o encontro, indo até o hospital, já que Ana não poderia sair. Estavam visivelmente preocupadas e não concordavam com as desculpas de Ana. — Ana, você está bem?
Ana precisava falar com Lucas sobre o beijo, mas a coragem parecia lhe escapar. Cada segundo que passava parecia arrastar-se por uma eternidade. Sua mente estava um caos, mas ela sabia que não podia adiar essa conversa. Ana parou diante da porta do quarto de Lucas, sentindo o coração bater mais rápido do que gostaria de admitir. ‘’Como eu vim parar aqui? Como deixei isso acontecer?’’ – Pensou, tentando controlar a corrente de emoções que a dominava. Ela sabia que precisava ser firme, manter a postura, mas as palavras que tinha ensaiado pareciam escapar por entre os dedos. Respirou fundo, tentando acalmar-se antes de entrar, mas a sua respiração era irregular. ‘’Você consegue, Ana. É só um paciente. Só um paciente que… ‘’ Mas a mentira que tentava contar a si mesma não parecia convencer nem sua mente mais racional. Atravessou a porta, sentindo um peso no peito. — Lucas, podemos conversar? — Sua voz saiu mais fraca do que esperava, traindo a confiança que tentava emular. Lucas, de
Enquanto Ana pensava em Lucas após a conversa tensa que tiveram, ela ouviu passos firmes se aproximando. Ao levantar os olhos, avistou o Dr. John ao final do corredor. Seu sorriso habitual se ampliou, tornando-se quase predatório, quando seus olhos pousaram em Ana. Dr. John era conhecido no hospital não apenas por suas habilidades médicas, mas também por sua reputação duvidosa entre as mulheres. Ele era o típico médico assanhado, sempre à espreita de qualquer oportunidade para dar em cima das jovens e belas funcionárias do hospital. Suas investidas eram frequentes e, muitas vezes, indesejadas. Ana sabia disso, assim como todas as outras mulheres que tentavam evitá-lo. Sua presença costumava despertar desconforto e até mesmo repulsa. — Dra. Ana! — chamou ele, sua voz carregada com um tom de falsa doçura, enquanto seus olhos percorriam o corpo dela de maneira nada sutil. — Que bom encontrar você por aqui. Preciso dizer, você está especialmente encantadora hoje. ''Ele nunca perde uma
O laço de cetim rosa pink no cabelo de Ana, parecia um toque de cor em um dia que já começava sombrio. Sua mente estava mergulhada em pensamentos enquanto trabalhava. A conversa com Lucas ainda pairava em sua memória, e a tensão entre eles parecia aumentar a cada encontro. Quando ela passou em frente ao quarto de Lucas, ele estava sentado, com uma expressão que parecia calma, mas havia algo em seus olhos que sugeria o contrário. Ao vê-la, Lucas levantou o olhar, mas tentou esconder a tensão em seus olhos, como se não quisesse que ela percebesse o tumulto interno que o dominava. Ana hesitou por um segundo antes de decidir entrar. O coração batia forte em seu peito, mas ela sabia que precisava manter a compostura. — Bom dia, Lucas, — disse ela, forçando um sorriso que mal disfarçava sua inquietação. Sua voz soou tranquila, mas por dentro, ela estava nervosa, o ar ao redor deles estava carregado, quase palpável. Lucas olhou para ela, tentando esconder a verdadeira intensidade de se
Ana chegou em casa exausta. O dia no hospital teria sido longo, e sua mente estava cheia de pensamentos confusos sobre Lucas. Sentindo-se sufocada, decidiu que precisava de uma distração. Foi quando suas três amigas, ligaram, insistindo para que saíssem naquela noite. – Você precisa se divertir, Ana! Vamos dançar e esquecer um pouco os problemas, – Elen sugeriu com entusiasmo. Ana hesitou por um momento, mas sabia que as amigas estavam certas. Logo, elas estavam se arrumando e rindo enquanto escolhiam suas roupas. – Essa vai ser uma noite para relaxar, – Renata comentou, animada, enquanto Ana passava uma maquiagem leve e colocava um vestido que raramente usava. A noite começou cheia de energia leve e descontraída. As quatro entraram no bar, criando um ambiente perfeito para deixar os problemas de lado. Ana tentava se soltar, dançando com suas amigas, rindo e bebendo mais do que o habitual. Gabriele puxou Ana para o centro da pista, – Vamos, Ana! Esqueça tudo e só sinta a música!