** PATRÍCIA**
“Um mês depois…”Meus olhos se abriram e eu estiquei meus braços para cima, apreciando a sensação de lençóis de seda contra minha pele.Bruno estava dormindo ao meu lado. Eu esfreguei suas costas e ele soltou um gemido satisfeito.A luz do sol entrava pelas janelas era a manhã perfeita de domingo. Esfreguei o sono dos meus olhos, então congelei.Espere um minuto... ontem foi domingo.Corri para pegar meu telefone na mesa de cabeceira, quando eu cliquei na tela, meu coração parou.ESTAMOS MUITO ATRASADOS!Não era uma manhã qualquer de segunda-feira. Era o primeiro dia de aula das crianças! Já eram 8 da manhã, e eles precisavam estar lá às 8:30. Eu me joguei para fora da cama.- Bruno Alerta vermelho! Acorde! Estamos atrasados!Ele se mexeu, confuso, enquanto eu corria pela sala, arrancando meu pijama e colocando algumas roupas. Havia muito o que fazer.Comecei a fazer uma lista em minha mente. Pegue o cachorrinho... acord** BRUNO ** - Então o que fazemos agora? - Patrícia perguntou quando estacionamos o carro na garagem. Eu sabia que ela se encontraria com Julie no dia seguinte, mas hoje sua agenda estava aberta e eu queria muito aproveitar isso com ela. Como estava a minha também, naturalmente. E eu tive a ideia perfeita de como preencher nosso tempo. Nada melhor do que passarmos juntos e agarrados. - E se voltarmos para a cama e fingirmos que é domingo? - Eu propus. - Sério? - Ela me encarou. - Isso não é do seu fetio. Quem é você e o que você fez com Bruno Ricci? Eu ri, ela bem que estava certa mesmo. - É o novo eu, querida. - Bem, eu posso me acostumar com isso. Só desta vez… - Decisão sabia - falei - Pode apostar - Patrícia me respondeu com aquele lindo sorriso que ilumina os meus dias, desde a primeira vez que a vi. Porque eu estava com um humor cavalheiresco, abri a porta do carro para ela, segurando sua mão enquanto entramos na
** Patrícia**Olhei para o meu marido com olhos arregalados de surpresa, com minha mente cambaleando.Ele realmente acabou de dizer ISSO? Ele realmente estava me pedindo outro filho? Ou será que imaginei ouvir coisas?- Bem, essa não era a conversa em cima da cama que eu estava esperando - eu admiti de forma sugestiva.- Mas não deixa de ser uma ótima ideia de qualquer forma - ele se defendeu com um sorriso presunçoso- Realmente não é - concordei - Seria algo incrível- Você quer ter outro bebê?! - Ele perguntou novamente Bruno sorriu aquele sorriso de garoto da escola que sempre me pegava. Aquele sorriso sacana que sempre arrancava o melhor de mim.Ou melhor, tudo de mim.Ele sabia como me conquistar, sem muito esforço. Ele me ganhava com um simples sorriso ou uma piscada.Sorri de volta para ele, imaginando as possibilidades.- Acho que seria incrível. - disse por fim- Perfeito, que tal começar a praticar agora mesmo? - ele p
O despertador toca ao lado da cama anunciando que inicia mais um dia, mas esse é diferente, minha estreia em um novo trabalho. Estou ansiosa pela possibilidade de atuação na minha área de trabalho. Graças a minha amiga Beatriz consegui um estágio remunerado em uma grande empresa na qual o "ficante" dela é diretor do setor de RH. Claro que não foi apenas esse o motivo de ter ganho essa oportunidade, afinal eles são muito rígidos com as contratações da empresa digamos que Beatriz falou sobre mim, ele verificou e gostou do meu desenvolvimento. Se eu me sair bem nesses meses de estágio, ganho uma vaga definitiva na empresa, mal posso esperar. Trata-se de uma grande empresa de empreendedorismo chamada Invertcorp, inicialmente seu foco era ações e bolsa de valores com o tempo a empresa optou por ramificações que se expandem entre uma rede de hotelaria, clínicas médicas e shoppings, um prato cheio para alguém que pretende seguir por essa área. Agora deixe-me falar um pouco sobre mim, meu
Se passam 10 minutos desde que cheguei a sala de espera, só mais 5 minutos eles me chamam, nesse exato momento estou experimentando uma ampla gama de sentimentos e emoções as quais nem consigo descrever. Andei tanto pela sala que acredito que deva ter um buraco em algum lugar dos que passei. Foi anunciado que o senhor Saldanha já havia chegado logo me chamaria a sala dele, foram só alguns minutos e para mim está durando uma eternidade. Senhor, me dê calma, sabedoria, me ajude em mais esse momento - Oro em silêncio aproveitando a calma do ambiente vazio. - Patrícia Brandão? - Uma linda mulher, não muito mais velha que eu, aparentemente, com cabelos loiros, que caem em ondas suaves e brilhantes até os ombros, olhos de um tom azul profundo, que destaca sua pele clara e luminosa, me chama. Ela é realmente linda, seu rosto tem traços delicados, com as maçãs bem definidas e lábios rosados. Ela se veste com uma elegância natural, com roupas sofisticadas que acentuam sua graça e charme. S
Chego em casa por volta das 18:00 horas, encontro minha mãe sentada na sala assistindo televisão, é extremamente raro eu vê-la antes do jantar, temos uma rotina cansativa geralmente ela sai às 5:30 para o seu trabalho de faxineira em um hotel, só chegas as 19:00 horas, no meu antigo trabalho como baba entrava as 7:00 e saia as 21:00 horas. Estranho o fato de ela já ter chegado. - Em casa tão cedo, mãe!?. - Dou um beijo em sua testa me sentando ao seu lado logo em seguida. - O senhor Antunes me liberou mais cedo hoje. Vejo um lampejo de tristeza em seu olhar. - Mamãe, aconteceu algo? - Não filha, está tudo bem. - Se defende rapidamente. - Te conheço dona Marly, desembucha, o que aconteceu? - Mamãe hesita por um momento antes de falar, ela sabe que não consegue mentir pra mim, assim como eu não consigo pra ela. - Uma pequena queda de pressão filha, fiquei um pouco tonta. Pedir pra sair mais cedo. - Mãe, já falei pra não se esforçar tanto é perigoso, você sabe o que penso sobre o
Acordo cedo como de costume, me preparando para o que vem pela frente, é dia de cuidar dos gêmeos. Sou babá de duas crianças de 3 anos, uns pestinhas que com certeza vou sentir falta quando mudar de trabalho, mas com certeza só deles. Antony e Antônia são órfãos de mãe, criados apenas pelo pai. A mãe das crianças morreu no parto dos dois, desde então Rafael, o pai, criou eles sozinho. Falando no meu chefe, não simpatizo com ele sem sombra de dúvidas não sentirei nem um pouco de saudades dele, é arrogante, prepotente e indelicado. Ele costuma dar em cima de mim sempre depois que consigo fazer as crianças dormirem. Tenho receio em ficar sozinho com aquele homem, mas a necessidade falou mais alto, precisava do dinheiro. Ainda não comuniquei que vou sair, pretendo fazer isso hoje, só espero que ele não dificulte minha vida, como sempre faz. Chego na casa do meu chefe, as crianças já me esperam no portão, logo começam a me chamar correndo em minha direção. - Bom dia, meus amores! - Sor
Sua mãe, Amélia, uma senhora bonita, também arrogante e sem caráter, entra com uma carranca profunda fuzilando seu filhinho com os olhos. - Rafael, o que diabos você faz com a babá? - Eu odeio essa mulher, mas hoje estou tão feliz em vê-la que poderia até lhe dar um abraço. Aproveito seu momento de distração empurrando Rafael para longe de mim, ele tropeça se afastando em seguida sentado no sofá. - Nada demais, só estávamos conversando mãe. - Consigo perceber seu tom irritado. - O que você veio fazer aqui? - Tão próximos assim? - Ela ignora completamente a pergunta do filho. - Já falei pra você não cair nas garras dessas interesseiras filho, você não pode ver um rabo de saia. Caramba para de se interessar por qualquer uma. Poderia me sentir ofendida, porém dadas as circunstâncias estou aliviada mesmo sendo insultada de graça. - Relaxa mãe, Patrícia não faz meu tipo. - Desdém jorra da sua voz. -Pode sair Patrícia. - Rafael abana a mão pra mim como se eu fosse um bicho. Mas não es
Depois de passar um dia fora da empresa, precisava urgente colocar as coisas no lugar, um dia e o trabalho acumulou como se fosse semanas. Ontem não pude aparecer porque estava resolvendo problemas de família, perdi muita coisa inclusive adesão de novos estagiários, eu gosto de vê-los desde o primeiro dia é bom para conhecer o potencial de alguém quando demonstra medo. Estava concentrado revendo alguns contratos quando Sara avisou que Carla queria falar comigo, autorizei que subisse porque ela disse que era urgente. Estava evitando essa conversa porque entendi que havia interesse que nossa amizade colorida de anos se transformasse em namoro. Nós nos envolvemos quando ainda éramos jovens, mas como não namoro ninguém, logo nos limitamos a um relacionamento de acaso. Não foi nada sensacional nosso caso, eu era muito novo, queria ter muitas mulheres e já tinha em mente que não queria namorar ou casar, só mantive ela por perto. Minha família apoiava esse absurdo, vivia dizendo que Car