Tudo aconteceu há um mês quando todos estavam falando de como seria legal e interessante conhecer o príncipe, eu não ligava muito para a realeza, estava ocupada demais em ajudar a minha mãe a sustentar a casa, ela tocava quase todas as noites em casamentos, e minha irmã mais nova estava em seu próprio mundo tentando fazer a pequena companhia a qual fazia parte se tornar famosa.
Minha mãe era jovem quando se casou com o papai, então ela não estava fora de forma, a um tempo ela vinha cortando o cabelo bem curto e aparecia que estava mesmo superando a morte de papai, estava até saindo com uma pessoa nas folgas dela, mas nada radical, ela achava que a Jocelyn minha irmã mais nova não aceitaria um novo homem em casa.
A Jocelyn vivia em um mundo que ela havia criado pra ela, chegava tarde quase todas as noites e dormi até tarde, queria ser famosa a qualquer custo, por isso ela e um grupo de amigos montaram uma companhia de teatro, mas não estava dando certo, ela era linda e cantava como um passarinho, era mais alta que eu, com aqueles cabelos loiros e olhos castanhos claros, faria qualquer um se apaixonar por ela, mas quem ela queria mesmo era o príncipe.
Já eu não gostava muito da minha aparência, apesar dos meus cabelos e olhos castanhos, meus 1,53 de altura, os homens pareciam não se interessar muito, eu tocava na rua e as vezes em alguns cafés e bares, sempre levando meu violino que me permitia inventar todos os tipos de músicas alegres para entreter o público, nós não ganhávamos muito, mas dava para pagar o aluguel e a pôr comida em nossa mesa.
Minha rotina era acordar as 6 da manhã, fazer o café e sair pra trabalhar, as vezes quando eu estava saindo a minha irmã estava chegando em casas, mas normalmente ela acordava as 10 da manhã, enquanto eu já estava na rua trabalhando. Quando eu saia para arranjar dinheiro, tocava nas cafeterias perto de casa para chamar os clientes, as vezes ia até a estação de metro para ganhar alguns trocados e voltava pra casa, e preparava o jantar com o pouco que tínhamos.
Assistia a um pouco de televisão com o minimo de diversão que eu tinha depois de ficar o dia todo fora de casa, os canais que tínhamos que eram poucos, e um deles era o canal que era voltado para falar do palácio e da vida da família real, quer era o canal favorito da minha irmã, então ia para a cama, e no outro dia era a mesma coisa.
Nos meus dias de folga eu ia ao parque ou a biblioteca municipal para ler alguns livros e mexer no computador, porque com o que tínhamos não podíamos nos dar o luxo de comprar um computador ou um celular, mas eu estava feliz em ir lá e pegar alguns livros para me entreter, já havia lido alguns clássicos, como “Os Miseráveis” ou até mesmo “Romeu e Julieta”, sem contar os dias que eu passava no conservatório e tacava piano e harpa para me distrair um pouco, foi assim que eu juntei dinheiro para comprar a minha única joia, meu violino, ia para o conservatório e ajudava com as aulas de alguns professores e ganhava para demonstrar algumas músicas e então consegui realizar meu desejo.
Mas tudo mudou quando anunciaram que fariam O Reality Royal para escolher um par para o príncipe e que nesse ano também a princesa faria parte do programa para escolher o homem com quem se casaria. Eu sempre ouvia as pessoas ao meu redor falarem de como a princesa estava linda com aquela roupa ou como era um pouco escandalosa, eu não acreditava muito em como os reportes falavam da vida privada da princesa, mas a achava linda.
O príncipe não era estranho aos meus olhos, já tinha visto em várias revistas e na televisão, ele era lindo, como não gostar de um homem como ele, aqueles olhos castanhos e a expressão de mistério que ele deixava a onde passava. Foi quando em uma noite vi o anúncio de que haveria uma inscrição para que todos do reino pudessem talvez um dia fazer parte dessa família poderosa, algo no anúncio me fez desejar querer participar, mas eu sabia que mesmo que fizesse minha inscrição não seria escolhida, não era inteligente o bastante e nem bonita para fazer parte da realeza.
Uma carta com a inscrição seria mandada para todas as casas que tivessem jovens em idade entre 18 a 21 anos para se inscreverem, Jocelyn ainda não tinha idade, mas eu tinha 18 anos e acho que se a carta chegar aqui em casa e tenho certeza de que chegará talvez eu me inscreva, mesmo mamãe sendo contra as castas. Ainda mais agora que papai morreu, eles sempre lutaram pelo fim das castas, mas a minoria lutava e havia tantas mudanças acontecendo, eu gostava de estar bem fora de tudo isso, achava que guerra e brigas não eram a solução.
Papai era um homem forte e nos eramos muito ligados, amava ouvi-lo cantar, papai era alto e sua pele era de um tom caramelo, seus olhos negros ainda mais quando ficava irritado e era ainda mais gentil quando se tratava de suas filhas, mamãe e ele formavam um casal lindo, mas nada é para sempre, ele dava aulas no conservatório e quando era pequena gostava de ir lá com ele, ele me ensinou tudo o que eu podia aprender com o piano, violino e a harpa, e me ensinou a colocar sentimento nas minhas composições e cantava junto comigo, quando eu precisava de um ombro amigo ele estava lá para mim.
Em Sumner fazia 24º C com o início do outono, já dando início, as árvores estavam quase todas sem folhas, e os ventos estavam mais gelados que antes, pelo noticiário eu vi que faltavam três dias para que as cartas chegassem e isso estava me deixando pouco ansiosa, algo que eu estava estranho, nunca quis saber da vida daquelas pessoas, mas agora eu estava ansiosa para fazer parte daquilo que eles representavam, até porque eu lerá as regras, e se eu fosse selecionada a minha família receberia ajuda, coisa que elas não tinham a muito tempo.
Em Sumner fazia 24º C com o início do outono, já dando início, as árvores estavam quase todas sem folhas, e os ventos estavam mais gelados que antes, pelo noticiário eu vi que faltavam três dias para que as cartas chegassem e isso estava me deixando pouco ansiosa, algo que eu estava estranho, nunca quis saber da vida daquelas pessoas, mas agora eu estava ansiosa para fazer parte daquilo que eles representavam, até porque eu lerá as regras, e se eu fosse selecionada a minha família receberia ajuda, coisa que elas não tinham a muito tempo.Uma das melhores coisas que eu mais amava em Sumner era ir ao parque para olhar os girassóis e os crisântemos, amava ler ao ar livre, mas com o início do outono as chuvas impossibilitavam a minha ida para qualquer lugar fora de casa, era muito raro poder ir ao parque, então passava parte do dia em casa vendo televisão e outra lendo qualquer livro que eu tivesse em casa.Então no dia 24 de agosto, todos os estabelecimentos estavam fechados por causa da
A primeira semana passou tão devagar, mas a segunda semana seria pior ainda, pois o príncipe e a princesa olhariam as nossas fichas e escolheriam os mais aptos para participarem do programa e então mandaria os nomes e as fotos para aparecerem no jornal no final daquela semana. O grande dia enfim chegou com o anúncio na televisão de quem seriam as selecionadas, o nome da província apareceriam junto com o nome da selecionada e uma foto do seu perfil.Nomes e mais nomes, fotos e mais fotos apareciam na tela e nos três sentadas esperando a selecionada de Sumner aparecer, mas só eu e Jocelyn estávamos ansiosas para que o meu nome aparecesse na tela, quando estava desaparecendo a selecionada de St. George foi que apareceu o nome de Sumner o nome do homem que iria para o time da princesa, até que a tela ficou sem nada e eu não esperava que meu nome saisse até que o meu nome “Aurora” e a bela foto que nos tínhamos tirado. A reação de Jocelyn foi a mais feliz de todas, não parou de gritar por
- Sejam todas bem-vindas ao palácio, essa será sua morada então mantenham o decoro. - Falou o rei com uma voz imponente. - Bem meninas, não se sintam intimidadas. Antes de irem para seus quartos transmitiremos uma pequena entrevista para todos verem vocês e como são lindas. - Disse a rainha entrando com o rei e seus filhos. Depois que eles entraram, fomos direcionadas a um grande salão onde foram montadas uma pequena mesa para a família real e ao lado um repórter, na frente da mesa foi montado várias cadeiras onde os nomes das candidatas estavam escritos, as cadeiras estavam dispostas em quatro fileiras com 6 pessoas em cada fileira.Fomos dispostas por nossas províncias com a primeira fileira sendo ocupadas por Nova Atlântida, Atlin, Baffin, Bankston, Belcourt e Bonita, a segunda fileira estavam ocupadas por Carolina, Dakota, Dominica, Kent, Labrador e Likely, e a terceira fileira estavam ocupadas por Midston, Panamá, St. George, Sumner, Waverly, Whites e a quarta fileira estavam o
A princesa estava linda demais no sari, um vestido indiano, branco com dourado, com pedras bordadas, em seus pulsos várias pulseiras douradas com joias cravejadas, um adorno que saia do meio de seus cabelos e fica pendurado na testa, brincos e um anel de nariz com duas pérolas. O príncipe estava majestoso com o seu sherwani preto com detalhes em dourado de flores na parte esquerda do peito e com os mesmos detalhes no punho direito, algo em meu coração me dizia para não deixar aquela sala por nada na minha vida, mesmo uma equipe de filmagem com câmeras e gente indo e vindo de todos os lugares, mas para mim só tinha ele ali. Tínhamos pouco tempo até descermos outra vez, assim que eu cheguei no quarto vi o que as meninas tinham feito para mim, um lindo sari dourado com detalhes em preto, flores bordadas nas bordas e nas mangas, assim que fui colocada no sari por Carolina e Evangeline, Cecilia trouxe as joias um adorno de cabeça com pedras azuis, pulseiras douradas, um anel com um pequ
- Não precisa ficar envergonhada, só estamos nós dois aqui, respire fundo e calma, vamos nos conhecer um pouco. - Fala ele - Você toca algum instrumento? - Eu toco violino, harpa e piano, gosto de criar um pouco de música. - Digo olhando para as minhas mãos. - Eu toco violão e falo algumas línguas diferentes. - Fala ele pegando minha mão e tirando meu olhar delas para os olhos dele. - Me fale… me fala qual delas você fala? - Pergunto eu meio sem ar pelo gesto dele. - Hindi, francês, inglês, mas vamos deixar essa conversa para depois. - Disse ele. Quando a equipe de fotografia entra e nos posiciona para uma foto com ele, somos colocados como se estivéssemos nos abraçando ele olhando para mim e eu olhando para frente, uma de suas mão ao redor de minha cintura e a outra no bolso, enquanto eu estou aconchegada a ele, então eles tiram a fotos e me despeso do príncipe e saio do salão. Mas que dia terminasse Lis veio até mim e explicou que tenho que fazer um story falando o que eu est
Então ela sai do salão com um risinho de deboche, nem ao menos um olhar de solidariedade. Eu tinha que começar logo, como mudaria a opinião pública de como eu estava parecendo um grude do príncipe Dante e de como as pessoas achavam que eu não merecia estar ali. Logo depois de tudo aquilo o café foi servido, mas eu não estava com tanta fome assim, não conseguia me conformar com o que estava na minha pasta, não queria acreditar em como eles eram maldosos. Tomei só uma xícara de café e pedi licença e corri para o meu quarto.- Bom meninas quero que me ajudem, desde o começo tratei vocês três como amigas e é assim que eu quero que continue, mas preciso mudar minha imagem, tudo em mim precisa ser melhor para que gostem de mim e não me achem indigna. - Falei quase aos prantos. - Calma senhorita, vamos dar um jeito nisso. - Falou Evangeline.- Vamos olhar algumas roupas e sapatos. - Disse Cecilia. - Posso procurar alguns cortes de cabelos e podemos olhar algumas partes do castelo para faze
- Vamos olhar algumas roupas e sapatos. - Disse Cecilia. - Posso procurar alguns cortes de cabelos e podemos olhar algumas partes do castelo para fazermos algo legal. - Disse Carolina. Então nos quatro saímos pelo palácio para descobrir qual seria o melhor local para que pudesse gravar algo legal e que pudesse impressionar a todos, fomos a biblioteca onde tinham obras maravilhosas que eu podia ler todos os dias, fomos ao ateliê, mas eu não sabia fazer nada lá, não pintava, nem esculpia nada, até pararmos na sala de música. A sala de música era o meu lugar, era perfeita, tantos instrumentos que de alguns eu nem sabia o nome ou como tocar, estava maravilhada, era ali que eu ia gravar, iria para meu quarto me arrumar e então tocar a melhor música já tocada em um violino. - Esse vestido que você escolheu Cecilia é maravilhoso. - Disse eu olhando para o vestido no cabide. - Essa rasteirinha vai ficar lindo também. - Disse Evangeline me mostrando um par de rasteirinha marrom. - Vou p
Assim que eu cheguei no quarto vi uma pequena carta em tom cinza com timbre da família real e com o lacre, rompi o lacre e peguei aquela pequena carta com as letras prateadas adornando o papel e lá estava. "Doce Aurora Como ainda não tivemos a oportunidade de nos conhecer melhor, gostaria de convidá-la para um almoço especial. Venha preparada para colocar a mão na massa, literalmente. Já com fome, Dante.” Um encontro com Marco, no verso da carta estava o dia e a hora do encontro, estava feliz em me encontrar com ele sem os selecionados ao redor, tentar conhecer ele de verdade, e ele a mim, sem parecer que estou me jogando em cima dele, olhei a hora no relógio de parede que tinha no quarto, estava quase atrasada para a aula de História de Nova Atlântida. Desci com o máximo de compostura que pude ter, estava muio feliz e animada com o encontro, a professora já estava opostos dando a aula quando cheguei, pedi desculpa e me sentei perto de Samson e Elisa, os dois viram como e