Apaixonada pelo Príncipe
Apaixonada pelo Príncipe
Por: Valquiria
Capítulo I

Tudo aconteceu há um mês quando todos estavam falando de como seria legal e interessante conhecer o príncipe, eu não ligava muito para a realeza, estava ocupada demais em ajudar a minha mãe a sustentar a casa, ela tocava quase todas as noites em casamentos, e minha irmã mais nova estava em seu próprio mundo tentando fazer a pequena companhia a qual fazia parte se tornar famosa.  

Minha mãe era jovem quando se casou com o papai, então ela não estava fora de forma, a um tempo ela vinha cortando o cabelo bem curto e aparecia que estava mesmo superando a morte de papai, estava até saindo com uma pessoa nas folgas dela, mas nada radical, ela achava que a Jocelyn minha irmã mais nova não aceitaria um novo homem em casa. 

A Jocelyn vivia em um mundo que ela havia criado pra ela, chegava tarde quase todas as noites e dormi até tarde, queria ser famosa a qualquer custo, por isso ela e um grupo de amigos montaram uma companhia de teatro, mas não estava dando certo, ela era linda e cantava como um passarinho, era mais alta que eu, com aqueles cabelos loiros e olhos castanhos claros, faria qualquer um se apaixonar por ela, mas quem ela queria mesmo era o príncipe. 

Já eu não gostava muito da minha aparência, apesar dos meus cabelos e olhos castanhos, meus 1,53 de altura, os homens pareciam não se interessar muito, eu tocava na rua e as vezes em alguns cafés e bares, sempre levando meu violino que me permitia inventar todos os tipos de músicas alegres para entreter o público, nós não ganhávamos muito, mas dava para pagar o aluguel e a pôr comida em nossa mesa. 

Minha rotina era acordar as 6 da manhã, fazer o café e sair pra trabalhar, as vezes quando eu estava saindo a minha irmã estava chegando em casas, mas normalmente ela acordava as 10 da manhã, enquanto eu já estava na rua trabalhando. Quando eu saia para arranjar dinheiro, tocava nas cafeterias perto de casa para chamar os clientes, as vezes ia até a estação de metro para ganhar alguns trocados e voltava pra casa, e preparava o jantar com o pouco que tínhamos.

Assistia a um pouco de televisão com o minimo de diversão que eu tinha depois de ficar o dia todo fora de casa, os canais que tínhamos que eram poucos, e um deles era o canal que era voltado para falar do palácio e da vida da família real, quer era o canal favorito da minha irmã, então ia para a cama, e no outro dia era a mesma coisa. 

Nos meus dias de folga eu ia ao parque ou a biblioteca municipal para ler alguns livros e mexer no computador, porque com o que tínhamos não podíamos nos dar o luxo de comprar um computador ou um celular, mas eu estava feliz em ir lá e pegar alguns livros para me entreter, já havia lido alguns clássicos, como “Os Miseráveis” ou até mesmo “Romeu e Julieta”, sem contar os dias que eu passava no conservatório e tacava piano e harpa para me distrair um pouco, foi assim que eu juntei dinheiro para comprar a minha única joia, meu violino, ia para o conservatório e ajudava com as aulas de alguns professores e ganhava para demonstrar algumas músicas e então consegui realizar meu desejo. 

Mas tudo mudou quando anunciaram que fariam O Reality Royal para escolher um par para o príncipe e que nesse ano também a princesa faria parte do programa para escolher o homem com quem se casaria. Eu sempre ouvia as pessoas ao meu redor falarem de como a princesa estava linda com aquela roupa ou como era um pouco escandalosa, eu não acreditava muito em como os reportes falavam da vida privada da princesa, mas a achava linda. 

O príncipe não era estranho aos meus olhos, já tinha visto em várias revistas e na televisão, ele era lindo, como não gostar de um homem como ele, aqueles olhos castanhos e a expressão de mistério que ele deixava a onde passava. Foi quando em uma noite vi o anúncio de que haveria uma inscrição para que todos do reino pudessem talvez um dia fazer parte dessa família poderosa, algo no anúncio me fez desejar querer participar, mas eu sabia que mesmo que fizesse minha inscrição não seria escolhida, não era inteligente o bastante e nem bonita para fazer parte da realeza.  

Uma carta com a inscrição seria mandada para todas as casas que tivessem jovens em idade entre 18 a 21 anos para se inscreverem, Jocelyn ainda não tinha idade, mas eu tinha 18 anos e acho que se a carta chegar aqui em casa e tenho certeza de que chegará talvez eu me inscreva, mesmo mamãe sendo contra as castas. Ainda mais agora que papai morreu, eles sempre lutaram pelo fim das castas, mas a minoria lutava e havia tantas mudanças acontecendo, eu gostava de estar bem fora de tudo isso, achava que guerra e brigas não eram a solução. 

Papai era um homem forte e nos eramos muito ligados, amava ouvi-lo cantar, papai era alto e sua pele era de um tom caramelo, seus olhos negros ainda mais quando ficava irritado e era ainda mais gentil quando se tratava de suas filhas, mamãe e ele formavam um casal lindo, mas nada é para sempre, ele dava aulas no conservatório e quando era pequena gostava de ir lá com ele, ele me ensinou tudo o que eu podia aprender com o piano, violino e a harpa, e me ensinou a colocar sentimento nas minhas composições e cantava junto comigo, quando eu precisava de um ombro amigo ele estava lá para mim.

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