Capítulo II

Em Sumner fazia 24º C com o início do outono, já dando início, as árvores estavam quase todas sem folhas, e os ventos estavam mais gelados que antes, pelo noticiário eu vi que faltavam três dias para que as cartas chegassem e isso estava me deixando pouco ansiosa, algo que eu estava estranho, nunca quis saber da vida daquelas pessoas, mas agora eu estava ansiosa para fazer parte daquilo que eles representavam, até porque eu lerá as regras, e se eu fosse selecionada a minha família receberia ajuda, coisa que elas não tinham a muito tempo.

Uma das melhores coisas que eu mais amava em Sumner era ir ao parque para olhar os girassóis e os crisântemos, amava ler ao ar livre, mas com o início do outono as chuvas impossibilitavam a minha ida para qualquer lugar fora de casa, era muito raro poder ir ao parque, então passava parte do dia em casa vendo televisão e outra lendo qualquer livro que eu tivesse em casa.

Então no dia 24 de agosto, todos os estabelecimentos estavam fechados por causa da chuva e também porque esse era o dia que as cartas chegariam do palácio, nada mais importava do que estar em casa para receber os mensageiros que viriam, então era o meu dia de sorte, ficaria em casa e faria uma faxina enquanto mamãe descansava, e minha irmã ainda estava na cama dormindo. Foi quando eu avistei o carteiro contratado para entregar as cartas a todos os jovens naquele dia, e mais incrível que parecesse a minha irmã o viu primeiro e saiu correndo no meio da chuva apara receber a carta antes de mim. 

Mas a carta foi entregue em minhas mãos por eu ser a jovem de tem a idade para participar do programa, assim que peguei aquele envelope, vi como o papel era requintado e timbrado, com o símbolo real em alto-relevo que até parecia piscar na minha frente. Foi quando mamãe saiu e meu viu com aquela carta em mãos, quando entrei em casa Jocelyn a arrancou de minha mãos e abriu, enquanto minha mãe falava comigo. 

- Minha querida, se você não quiser não precisa participar. Você tem muito mais personalidade que aqueles mimadinhos do palácio. - Falou ela.

- Mas eu quero me inscrever. Parece interessante conhecer pessoas com um status social melhor que o nosso. - Quando eu olhei para ela logo me expliquei. – Não que eu queira mais, só quero melhorar um pouco a nossa vida, desde que o papai morreu temos muitas dívidas e para as mulheres que vão para lá o pálacio dão ajuda.

- Tudo bem minha filha, só não se sinta obrigada a fazer isso. - Disse Valentina.

Assim que mamãe terminou seu café foi para o quarto e eu fiquei com Jocelyn lendo a carta todo empolgada, então com toda a gentileza do mundo peguei a carta da mão dela e em meio aos resmungos dela comecei a ler em voz alta: 

"Para a casa da família Catalina

Confirmamos no último censo que um jovem solteiro entre dezoito e vinte e um anos reside atualmente em sua casa. Gostaríamos de informá-los sobre uma oportunidade próxima de honrar a grande nação de Nova Atlântida. Nosso amado príncipe Marco e a nossa princesa Laura O'Brien, eles estão prontos para iniciar um novo ciclo. Para adentrar esta nova fase de suas vidas, eles desejam ter uma companheiro(a) a seu lado, um(a) verdadeiro(a) filho(a) de Nova Atlântida. Se houver interesse na possibilidade de tornar-se a noivo(a) do príncipe ou da princesa e adorado membro da família real de Nova Atlântida, por favor, preencha o formulário anexo e entregue-o no Departamento de Serviços Provinciais da sua localidade. Um jovem e uma jovem de cada província será escolhido aleatoriamente para encontrar-se com o príncipe e a princesa. Os participantes serão hospedados no agradável palácio, enquanto durar sua estadia. A família de cada participante será recompensada generosamente por seu serviço à família real."

Assim que acabei de ler essas palavras vi a ficha de inscrição, tantos papéis que eu nem sabia por onde começar, mas tentaria dar o meu melhor para poder ficar entre as selecionadas, já que todos estavam participando. Minha irmã estava quase morrendo de ansiedade e ela sabia que não podia participar, então ela se dedicou integralmente para me arrumar e a fazer a inscrição para que tudo pudesse sair perfeito como ela queria.

- Você precisa de muita assistência para não fazer nem uma burrada na hora de preencher a inscrição, você tem entrar para o time das selecionadas. - Disse Jocelyn.

- Calma, me deixar ler tudo e então você pode me ajudar a fazer a inscrição, mas vamos com calma. - Disse a ela indo pro quarto com toda a papelada.

Mais tarde naquele dia Jocelyn me ajudou a fazer a inscrição, ela estava muito animada, porque segundo ela o príncipe sempre escolheria ela se um dia ela pudesse entrar para o programa, mas acho que isso não aconteceria para ela, ela amava a família real de uma tal forma que metade do nosso quarto era cheio de pôster da princesa e do príncipe, ela fingia ser amiga íntima deles e que do nada ele se apaixonava por ela. 

Mas ainda faltava alguns detalhes que seriam arrumados no outro dia, ela fez o favor de marcar uma hora no cabeleireiro para aparar as pontas do meu cabelo e pintar minhas unhas das mãos e dos pés. Assim que o dia raiou Jocelyn estava fora da cama para me apressar para me levar no cabeleireiro e estava mais chata que o normal. 

- Não podemos deixar nem uma brecha. Você tem que ser a escolhida daqui de Sumner, já que não pode ser eu. - Falou Jocelyn.

- Eu quero ser escolhida, mas são eles lá no castelo que decidirão… - Antes que eu pudesse terminar Jocelyn pegou o telefone fixo e fez uma ligação.

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