Tudo começa com a primeira palavra... TUDO! E se a sua vida fosse o branco de uma página esperando para ser escrita por você mesmo, o que você escreveria? Se todos os acontecimentos dependessem da sua permissão para acontecer, você seria o que é hoje? E ao se olhar no espelho, você se orgulha do que se tornou? Talvez o controle que tanto esperamos de tudo nunca nos levem a nada. E se escrever por si só for um salto no escuro para um precipício profundo do qual não temos conhecimento? Como acreditar que num futuro próximo algo vai parecer estar certo se mesmo no controle ou não, tudo parece tão errado? E se o que tanto você enxerga dentro de si um dia for resumido a nada? E se um belo dia você acordar e perceber que tudo em sua vida era apenas uma grande mentira, que você não passa de uma mera peça do destino jogada num tabuleiro sem volta, e tudo que você achava que era seu tem dono? E se o dono da sua vida não for você? Já se perguntou se tudo não passa de um proposit
A semana passou rapidamente e eu escolhi um vestido que minha mãe disse ser perfeito. Não vi muita diferença. Tiraram quinhentas fotos minhas, e lá fui eu a caminho da festa.Eu pedi um Uber e esperei, dentro de dez minutos o motorista parou a minha frente. Quando eu entrei notei que algo estava estranho. Dei boa noite; eram apenas sete horas, me sentei no banco do passageiro atrás do motorista. Segui olhando pela janela esperando o meu destino, a faculdade ficava um pouquinho distante da minha casa e eu não quis pegar ônibus. Notei que o motorista seguia por uma rua deserta e aquilo estava me deixando nervosa. Abri minha bolsa discretamente onde eu carregava um spray de pimenta e um estilete.— Eu acredito que o Senhor esteja seguindo o caminho errado. — Falei, observando sua expressão pelo espelho da frente.— Estou no caminho certo. Allyssa Garcia, não é? — Ele ergueu
A semana passou rapidamente e eu escolhi um vestido que minha mãe disse ser perfeito. Não vi muita diferença. Tiraram quinhentas fotos minhas, e lá fui eu a caminho da festa. Eu pedi um Uber e esperei, dentro de dez minutos o motorista parou a minha frente. Quando eu entrei notei que algo estava estranho. Dei boa noite; eram apenas 19hrs, me sentei no banco do passageiro atrás do motorista. Segui olhando pela janela esperando o meu destino, a faculdade ficava um pouquinho distante da minha casa e eu não quis pegar ônibus. Notei que o motorista seguia por uma rua deserta e aquilo estava me deixando nervosa. Abri minha bolsa discretamente onde eu carregava um spray de pimenta e um estilete. — Eu acredito que o Senhor esteja seguindo o caminho errado. — Falei, observando sua expressão pelo espelho da frente. — Estou no caminho certo. Allyssa Garcia, não é? — Ele ergueu os olhos e me olhou pelo mesmo espelho. Meu coração entrou em choque, ele tinha a íris de seus olhos na cor branca, co
— Seus pais estão em casa agora, lhe esperando. Suas amigas: Luísa e Lorena, estão na festa que está sendo dada na faculdade em que você faz administração, também lhe esperando. Eu sei onde você mora e estuda, e eles também. Eu não vou lhe machucar, mas eles vão. E tem mais vindo aí. Ou você me solta e seguimos adiante ou volta para casa ou para a festa e causa uma chacina com todos que você ama. Eles não vão parar. — Ele disse após reverter à situação e me prender ao chão enquanto segurava as minhas mãos e ficava por cima. — Como sei que também não vai me machucar? — Eu falei sabendo que dali eu não conseguiria sair, eu realmente estava imobilizada. — Eu sei que é pedir muito, mas preciso que confie em mim. Ally. Estou tentando proteger você. — Ele falou respirando fundo e soltando minhas mãos. — Se eu quisesse lhe matar já tinha metido uma bala em sua cabeça. — Tá. — Recuperei o fôlego enquanto o encarava, Ele havia me chamado pelo nome íntimo, nome que só a minha família chamava
Olhei para a tela do celular por um segundo e depois disquei o número de minha mãe na tela. Meus olhos encheram de lagrimas ao ouvir o Alô descontraído no outro lado da linha. — Mãe... — Falei tentando segurar as lágrimas, tudo que eu queria era gritar socorro! Mas, se tudo que aquele cara havia dito fosse verdade eu não poderia pôr minha família e amigos em perigo. — Oi meu bem, já está vindo? — Ela falou, deu para escutar a voz do meu pai atrás avisando que já estava bem tarde. — Eu vou dormir na casa da Lu hoje! — Falei. — Mas meu amor, eu e seu pai vamos viajar pela manhã, não queremos ir sem falar com você! — Ela falou com um tom triste na voz. — Eu sei mãe, é que ela levou um fora e sabe como é né, amigos são para essas baboseiras. — Falei com um sorriso magoado no rosto. — Tá bom, mas promete que vai chegar antes de irmos? — Ela falou. — Claro que vou, para vocês me apertarem quase me esmagando antes de ir. — Falei triste. — Ah meu amor, te amamos e por isso queremos te
Enquanto ele foi até o balcão, eu disquei o número de minha mãe na tela e esperei até que ela atendesse. — Oi mãe. — Falei. — Bom dia. — Oi meu amor, como está a Lu? — Minha mãe perguntou. — Está bem, eu acho. Não vou conseguir chegar aí a tempo. — Falei pensando na desculpa do engarrafamento que provavelmente não colaria. — Eu sei meu bem, estou vendo aqui o acidente que está gerando um engarrafamento terrível, eu sinto muito! Mas não vamos poder esperar que acabe. — Ela falou com um tom preocupado. — É, pois é. — Falei confusa por não saber como um acidente de grande repercussão poderia estar acontecendo naquele momento e como o Gael sabia disso. — Mas, te amamos meu amor e vamos morrer de saudades. Logo vamos estar de volta com nossas explosões de abraços. — Minha mãe falou. — Seu pai está mandando um beijo. — Manda outro para ele. Amo muito mesmo vocês. Se divirtam muito nessa viagem tá bom? — Falei sentindo a voz embargar ao pensar que talvez eu nunca mais fosse ver meus pa
Fechei a porta do banheiro e respirei fundo tentando não sorrir ao vê-lo falar daquela maneira. Vesti a calcinha que ainda estava na etiqueta e me dei conta de que não tinha sutiã porque o vestido não precisava. Coloquei a camisa que ele havia me dado, “será só por uma noite, tudo bem. ” Tentei me convencer de que não tinha problema dormir de calcinha e camisa masculina com um desconhecido, se ele não havia me estuprado até aquele momento não iria fazer isso agora, e eu estava completamente ridícula naquela roupa. — Peguei algo para a gente comer. — Ele falou quando eu sai do banheiro. — Legal... — Falei indo de braços cruzados até a cama. — Tá, quer assistir alguma coisa? — Ele falou me olhando de baixo para cima e desviando o olhar para a TV. Sua voz estava mais tranquila agora. — Pode ser. — Falei tentando me distrair em meio ao constrangimento. Ele ligou a tevê e estava passando FRIENDS, ficamos sentados na cama comendo e assistindo e por um momento eu me esqueci o que estava
Quando chegamos mais perto da casa, uma mulher de olhos brancos desceu para nos atender. Ela tinha uma altura mediana, era morena e de cabelos cacheados, os olhos pareciam se infiltrar dentro de mim de tão penetrantes e por um momento eu senti medo. Será que ele havia me levado para o mestre dos meus sequestradores? — Olá, seja bem-vinda Ally. — Ela abriu um sorriso gentil me mostrando o caminho para dentro da casa. — Como sabe meu nome? — Perguntei confusa, só podia ser um sonho maluco, não era possível. — Me chamo Jane, eu te conheço há muito tempo, mas você não deve se lembrar de mim. Ela continuou sorrindo, era uma mulher quase perfeita, seus cabelos batiam na cintura e ela usava um vestido longo branco. Aquilo era assustador. — Tá, não lembro mesmo. — Falei entrando. — Vou lhe mostrar o seu quarto e amanhã conversaremos mais, deve estar muito cansada. Tudo bem? — Ela falou. — Tá. — Dei de ombros. A segui passando por uma sala enorme e subindo uma escadaria que dava para doi