Ao olhar fundo nos olhos encarando-a de volta, Anya afundou nas memórias de seus anos na faculdade com força, trazendo à tona sentimentos de amor, medo e revolta.~*~Quando Anya chegou à universidade, sentiu-se sozinha e deslocada, carregando o peso das expectativas e das pressões impostas por seu pai, Klaus Hoffmann. Sua timidez e a constante sombra do controle dele dificultavam a formação de novas amizades. Klaus sempre afastou aqueles considerados inferiores, e Anya aprendeu cedo a manter distância dos demais para evitar conflitos.Isso mudou quando conheceu Nikolas. Ele era charmoso, com um sorriso fácil e um jeito descontraído que contrastava com o ambiente formal da universidade e a opressão de sua casa. Ele tinha uma habilidade única de fazer Anya se sentir à vontade. Com o tempo, a amizade se transformou em algo mais profundo: amor.— Princesa, não precisa ter medo — ele dizia acariciando suavemente seu cabelo. — Podemos enfrentar o mundo juntos.Sabia que essa relação enfure
A noite estava silenciosa na casa de hóspedes da mansão dos Oliveira. Anya havia terminado seu trabalho há pouco e estava se preparando para tomar um banho antes de descansar. Estava prestes a se encaminhar ao quarto quando ouviu uma batida leve na porta.— Anya, é o Nikolas. Posso entrar?Anya hesitou por um momento antes de responder. Havia se acostumado com essas visitas noturnas de Nikolas, mas nunca deixava de se perguntar se fazia o certo em aceitá-las. Com o coração acelerado, respirou fundo e abriu a porta.— Entre, Nikolas!Ele entrou. Seu cabelo, bem penteado durante o jantar, agora apresentava alguns cachos rebeldes, caindo ligeiramente sobre a testa. Parecia mais à vontade ali do que em qualquer outro lugar da mansão.Anya se afastou um pouco, indicando o sofá para se sentar. Ela também se sentou, mantendo as mãos unidas sobre o colo, tentando esconder seu nervosismo.— Foi um jantar agradável — ele comentou, observando-a calorosamente. — Todos apreciaram.— Me alegra que
Sem parar de beijá-lo, deslizou os dedos ansiosos pelo toráx forte, tirando os botões de suas casas, experimentando a textura da pele cálida em carícias suaves.As mãos grandes apertavam sua cintura, puxando-a de encontro a ele, moldando seus corpos, envolvendo-a em seu calor e aroma. A tesa ereção evidenciando seu desejo por ela a fez suspirar de encontro aos lábios devorando os seus.— Não faz ideia do quanto te desejo — Nikolas sussurrou, deslizando os dedos pelo cabelo dela, sentindo os contornos da boca carnuda com a língua. — Desde o momento em que nos reencontramos só faço pensar nesse momento, em você em meus braços, entregue, queimando de paixão por mim — disse, a voz vibrando contra a garganta que beijava rumo ao colo tentador.As mãos de Nikolas deslizaram pelas costas de Anya, aproximando-os mais e mais, chegando nas nádegas roliças, apalpando e puxando-a de encontro ao seu membro, provando a veracidade de suas palavras.Anya se afastou apenas o suficiente para olhar nos o
A madrugada silenciosa envolvia a casa de hóspedes, um refúgio escondido na vastidão da propriedade dos Oliveira. Anya despertou com um toque suave, seus olhos se abrindo lentamente, encontrando Nikolas sentado ao seu lado, os dedos brincando delicadamente com as mechas escuras de seu cabelo.Surpresa sentou na cama, puxando o cobertor para cobrir seus seios desnudos.— Ainda está aqui?!— Onde deveria estar? — ele perguntou com um meio sorriso, a expressão calma e afetuosa.— Precisa voltar para a casa principal antes que os outros acordem — ela respondeu, passando a mão pelo rosto para afastar o restante do sono.Os olhos de Nikolas se estreitaram, observando-a se encolher ainda mais junto ao encosto da cama.— Decidimos voltar a ficar juntos — comentou claramente confuso.Mordendo o lábio por um instante, Anya procurou as palavras certas para amenizar a irritação que vislumbrava nas feições dele. Não queria envolver os demais em seu plano de manipular a situação deles a seu favor.
No amplo quarto infantil, com desenhos decorando as paredes, mesmo faltando dois dias para a visita de Maximilian junto a Anya, antecipando os preparativos da estadia dele longe do lar dos Hoffmann, Carla Silva, babá do menino, juntava peças de roupas e outros itens que poderiam ser úteis, como solicitados pelos avós dele.Sentado de pernas abertas em um felpudo tapete, Max se distraia com seus brinquedos, fazendo corrida com dois carrinhos que ganhou da mãe, até ela trair sua atenção.— Maximilian, precisa de algo especial para o fim de semana com a Anya? Um lanche ou brinquedo?Max inclinou a cabeça pensativamente, depois se voltou para a babá com um brilho de expectativa nos olhos azulados.— Pasta pra cabelo.Carla parou por um momento, a irritação presente em cada traço.— O gel foi à primeira coisa que coloquei na bolsa, como sempre.Max sacudiu a cabeça vigorosamente.— Não, gel não. Quero pasta. Nik usa e eu quero usar também.Carla ficou intrigada com a menção de Nikolas. Não
Sentada no pequeno sofá da sala da casa de hóspedes, Anya degustava os bombons com licor devagar. Desde que anunciou que se divorciaria, nunca mais pode comprar um daqueles, aproveitaria ao máximo.Acompanhou o movimento da cortina de linho, esvoaçando levemente com a brisa da noite, os pensamentos perdidos em lembranças e esperanças que começavam e terminavam em Nikolas.Planejava usar a atração de Nikolas por ela a seu favor, porém, refletindo sua minúscula lista de relacionamento amoroso, e o quanto o desejava temia sucumbir igual o chocolate derretendo no calor de sua boca.Seu primeiro namorado e contato sexual foi um rapaz do colegial, que a atraiu mais pela ideia de rebeldia do que por amor verdadeiro. Tinha sido uma tola e desesperada tentativa de ser dona do meu destino. Naquela época, queria se libertar das correntes impostas por seu pai, que insistia que ela se casasse com um primo distante de sua mãe. A relação foi breve e insípida, sem verdadeira conexão e Anya não se imp
A luz suave da lua entrava pelas frestas da cortina, iluminando o quarto com um brilho prateado. Deitados lado a lado na cama, Anya e Nikolas estavam aconchegados um no outro.Com a cabeça apoiada no tórax dele, Anya sentia a respiração tranquila de Nikolas e ouvia o batimento constante de seu coração. Admitia que sentiu falta do calor e das carícias suaves dele.Ergueu o rosto, se encantando ao ver o cabelo de Nikolas ligeiramente desarrumado, os cachos caindo displicentemente sobre a testa. Era terrível, doloroso, mas o amava, nunca deixou de amar um dia sequer.Se não fosse Laura... Ah, o “e se...” vindo outra vez.— Nikolas, você é próximo de Laura?Nikolas a fitou por um momento, sem entender o motivo da pergunta. Imaginou que pudesse ter algo a ver com o processo de guarda, uma vez que seu sócio agora era advogado dela.— Ela é esposa do Ricardo, então temos contato frequente e nos damos bem.Mordeu o lábio inferior, hesitando, mas a curiosidade era forte demais para ignorar.—
A atitude despreocupada e confiante de Liam sofreu um baque ao analisar o comportamento de Maximilian com a chegada do advogado na sexta á noite.A princípio, de pé, próximo à fonte central, observou com desdém o carro de Nikolas Oliveira passar pelo portão principal. No entanto, quando o advogado estacionou, o pequeno e introvertido herdeiro dos Hoffmann, até então parado ao lado de Carla, correu animadamente em direção ao carro.— Nik, Nik! Você veio me buscar! — gritou ele, radiante, quando o advogado saiu do carro.Nikolas abriu um sorriso caloroso e abaixou-se para abraçar o garoto. Ele trocou um olhar rápido com Liam antes de se concentrar novamente em Max.— Claro, Max! Pronto para encontrar sua mãe?Liam apertou os punhos, a irritação com o comportamento incomum se intensificando. Carla, notando a tensão do amante, aproximou-se.— Eu disse. Max gosta demais desse homem e das visitas a Anya — ela alertou baixinho. — É perigoso se ele preferir a mãe em vez de você.Liam lançou u