O sol da tarde iluminava o jardim da mansão dos Oliveira, banhando as flores e os brinquedos espalhados pelo gramado com uma luz dourada. Anya, após uma manhã revisando trabalhos, acompanhava Max em suas brincadeiras com o olhar vigilante, e incomodo, de Nikolas em um banco próximo.Aumentando sua aflição, Clara, sua empregadora e mãe de Nikolas juntou-se a eles. No princípio pensou em recusar a presença de outro Oliveira em volta de seu filho, mas, não tendo motivos para fazê-lo, com um sorriso tenso observou Clara seguir com Max até o balanço.— Pronto, Max? — Clara perguntou para o ansioso menino. — Vamos balançar bem alto!Maximilian soltou uma risada pura e contagiante enquanto Clara o empurrava suavemente. Anya, embora ainda receosa da proximidade entre Clara e Max, não pôde deixar de sentir certa paz ao ver seu filho tão feliz. Nos últimos tempos, a alegria de Max era uma visão rara, principalmente quando estavam na casa dos Hoffmann. Era bom vê-lo assim. Max merecia esses momen
A noite estava tranquila, e a casa de hóspedes estava imersa no silêncio cortado apenas pelo choro sentido de sua moradora. Anya estava sentada no sofá da pequena sala, os olhos vermelhos de tanto chorar. A saudade de Max já apertava seu coração, mesmo que ela tivesse acabado de se despedir dele.O som de batidas a fez secar os olhos e caminhar até a porta.— Quem é?— Nikolas.Controlando o frio no estômago, abriu a porta.— Aconteceu alguma coisa com meu filho? — perguntou preocupada ao deixa-lo entrar.Nikolas entrou e observou Anya por um momento, notando a tristeza e fragilidade nos traços delicados, sabendo o motivo e sua participação nele. Fechando a porta, decidiu abordar o assunto que o incomodava.— Não, ele está bem. — A tranquilizou. — Precisamos conversar sobre Viktor, meu irmão.— O que é agora, Nikolas? — ela questionou cruzando os braços e impondo um passo de distância.— Quero alertá-la que meu irmão não é o tipo de homem com quem deva se envolver — avisou. — Ele é um
A proposta de Nikolas não saiu da mente de Anya no decorrer dos dias, mesmo enquanto fazia suas funções cada palavra estava ali, dando voltas em sua cabeça. Um diabinho em um ombro, um anjinho no outro. Um apontando as vantagens, o outro recordando todo sofrimento que passou por culpa dele.Aumentava seu dilema ter que vê-lo todo dia, e receber a visita dele toda noite. Ele não a tinha beijado ou tocado novamente e não repetiu o pedido, apenas a cumprimentava, perguntava sobre seu dia, o que levava a uma conversa tranquila antes de seguir para a casa principal. Era como voltar ao pré-namoro na faculdade.O medo e a incerteza a consumiam. Se envolver com o advogado de seu ex-marido poderia complicar seu caso pela guarda de Max.— É uma péssima decisão — murmurou para si mesmo quando, após ele lhe sorrir antes de sair para o trabalho, à tentação de aceitar cresceu. — Pode ser usado contra mim... Mas talvez, se ele ficar do meu lado... — divagou batendo a caneta na prancheta em que fazia
Ao olhar fundo nos olhos encarando-a de volta, Anya afundou nas memórias de seus anos na faculdade com força, trazendo à tona sentimentos de amor, medo e revolta.~*~Quando Anya chegou à universidade, sentiu-se sozinha e deslocada, carregando o peso das expectativas e das pressões impostas por seu pai, Klaus Hoffmann. Sua timidez e a constante sombra do controle dele dificultavam a formação de novas amizades. Klaus sempre afastou aqueles considerados inferiores, e Anya aprendeu cedo a manter distância dos demais para evitar conflitos.Isso mudou quando conheceu Nikolas. Ele era charmoso, com um sorriso fácil e um jeito descontraído que contrastava com o ambiente formal da universidade e a opressão de sua casa. Ele tinha uma habilidade única de fazer Anya se sentir à vontade. Com o tempo, a amizade se transformou em algo mais profundo: amor.— Princesa, não precisa ter medo — ele dizia acariciando suavemente seu cabelo. — Podemos enfrentar o mundo juntos.Sabia que essa relação enfure
A noite estava silenciosa na casa de hóspedes da mansão dos Oliveira. Anya havia terminado seu trabalho há pouco e estava se preparando para tomar um banho antes de descansar. Estava prestes a se encaminhar ao quarto quando ouviu uma batida leve na porta.— Anya, é o Nikolas. Posso entrar?Anya hesitou por um momento antes de responder. Havia se acostumado com essas visitas noturnas de Nikolas, mas nunca deixava de se perguntar se fazia o certo em aceitá-las. Com o coração acelerado, respirou fundo e abriu a porta.— Entre, Nikolas!Ele entrou. Seu cabelo, bem penteado durante o jantar, agora apresentava alguns cachos rebeldes, caindo ligeiramente sobre a testa. Parecia mais à vontade ali do que em qualquer outro lugar da mansão.Anya se afastou um pouco, indicando o sofá para se sentar. Ela também se sentou, mantendo as mãos unidas sobre o colo, tentando esconder seu nervosismo.— Foi um jantar agradável — ele comentou, observando-a calorosamente. — Todos apreciaram.— Me alegra que
Sem parar de beijá-lo, deslizou os dedos ansiosos pelo toráx forte, tirando os botões de suas casas, experimentando a textura da pele cálida em carícias suaves.As mãos grandes apertavam sua cintura, puxando-a de encontro a ele, moldando seus corpos, envolvendo-a em seu calor e aroma. A tesa ereção evidenciando seu desejo por ela a fez suspirar de encontro aos lábios devorando os seus.— Não faz ideia do quanto te desejo — Nikolas sussurrou, deslizando os dedos pelo cabelo dela, sentindo os contornos da boca carnuda com a língua. — Desde o momento em que nos reencontramos só faço pensar nesse momento, em você em meus braços, entregue, queimando de paixão por mim — disse, a voz vibrando contra a garganta que beijava rumo ao colo tentador.As mãos de Nikolas deslizaram pelas costas de Anya, aproximando-os mais e mais, chegando nas nádegas roliças, apalpando e puxando-a de encontro ao seu membro, provando a veracidade de suas palavras.Anya se afastou apenas o suficiente para olhar nos o
A madrugada silenciosa envolvia a casa de hóspedes, um refúgio escondido na vastidão da propriedade dos Oliveira. Anya despertou com um toque suave, seus olhos se abrindo lentamente, encontrando Nikolas sentado ao seu lado, os dedos brincando delicadamente com as mechas escuras de seu cabelo.Surpresa sentou na cama, puxando o cobertor para cobrir seus seios desnudos.— Ainda está aqui?!— Onde deveria estar? — ele perguntou com um meio sorriso, a expressão calma e afetuosa.— Precisa voltar para a casa principal antes que os outros acordem — ela respondeu, passando a mão pelo rosto para afastar o restante do sono.Os olhos de Nikolas se estreitaram, observando-a se encolher ainda mais junto ao encosto da cama.— Decidimos voltar a ficar juntos — comentou claramente confuso.Mordendo o lábio por um instante, Anya procurou as palavras certas para amenizar a irritação que vislumbrava nas feições dele. Não queria envolver os demais em seu plano de manipular a situação deles a seu favor.
No amplo quarto infantil, com desenhos decorando as paredes, mesmo faltando dois dias para a visita de Maximilian junto a Anya, antecipando os preparativos da estadia dele longe do lar dos Hoffmann, Carla Silva, babá do menino, juntava peças de roupas e outros itens que poderiam ser úteis, como solicitados pelos avós dele.Sentado de pernas abertas em um felpudo tapete, Max se distraia com seus brinquedos, fazendo corrida com dois carrinhos que ganhou da mãe, até ela trair sua atenção.— Maximilian, precisa de algo especial para o fim de semana com a Anya? Um lanche ou brinquedo?Max inclinou a cabeça pensativamente, depois se voltou para a babá com um brilho de expectativa nos olhos azulados.— Pasta pra cabelo.Carla parou por um momento, a irritação presente em cada traço.— O gel foi à primeira coisa que coloquei na bolsa, como sempre.Max sacudiu a cabeça vigorosamente.— Não, gel não. Quero pasta. Nik usa e eu quero usar também.Carla ficou intrigada com a menção de Nikolas. Não