41. DE VOLTA AO MATADOURO

DANNA PAOLA MADERO

A água escorria lenta e quente pelo meu corpo trêmulo. Eu não sei por que tremia, talvez por que eu sentisse que uma guerra poderia acontecer por minha causa e minha curta liberdade logo chegaria ao fim.

Do banheiro, podia ouvir Esme e Mike ligando desesperadamente para John há quase meia hora e ele não atendia. Temíamos os três pela vida dele, eu mais ainda. Eles não sabem exatamente do que Paul é capaz. A essa altura já deve ter se dado conta de que eu fugi, e agora estar descontando nos outros.

Segundo a irmã, ele deveria ter chegado em casa há mais de uma hora atrás e tinha algo de errado acontecendo. Sentia que os dois me encaravam com um olhar acusatório.

Desliguei o chuveiro e me aproximei da pequena bancada com um espelho levemente trincado e embaçado pelo vapor da água quente. Aproveitei para fazer um rápido curativo na mão machucada com o kit de primeiros socorros que encontrei em cima de um armário.

Estudei minha própria imagem meio borrad
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