DANNA PAOLA MADERO E saiu nos deixando com cara preocupadas para trás. Ninguém disse nada por alguns minutos. Eu sentada no chão derrotada e ele me olhando com uma expressão estranha. — Vamos. Vou te levar para o quarto. — Estendeu a mão grande e pálida. Aceitei. Fiquei de pé na sua frente, tentei abraça-lo, mas ele me afastou rapidamente. Meu coração errou uma batida. O que foi isso? — John... — Aqui não Paola. Não sabia o que dizer. — Vá na frente. Obedeci novamente, passando por ele e caminhando rápido pelo corredor vazio até a porta que dava para o quarto que morei nos últimos meses. Abri a porta e esperei ele passar, o mesmo entrou, fechei-a imediatamente. Com as pernas moles pelo ocorrido anterior me sentei na cama e cobri o rosto com as mãos. As lágrimas vinham com força de novo. Agora eu poderia estar em qualquer lugar menos aqui. — Calma Paola... — John sentou-se e me abraçou de lado. — Não John. Eu estraguei tudo. — Chorei mais
JOHN BACKER Continuei com o rosto o impassível. Sem demonstrar nada. Mas a verdade era que sentia uma raiva descomunal, a vontade de mata-lo com as próprias mãos era enorme, maçante. Mas no momento não poderia fazer nada estupido por medo que ele fizesse algo para prejudicar a Paola e eu estivesse longe para impedir. — Senhor, ela estava na boate, mas acabou torcendo levemente o tornozelo. — Respondi sucinto. Com as mãos, massageei delicadamente o suposto local da torção. Meus olhos se prendiam a pele morena de seus pés pequenos de unhas bem cuidadas e... — Saia já daqui. — Paul voltou a se manifestar com a voz carregada de raiva. Relutante, levantei e me afastei. Paola me olhava com os olhos assustados. Eu nunca a tinha visto tão desesperada, vê-la assim me cortavam por dentro. Eu volto para te buscar. Antes que ele desconfiasse, me afastei e fiz menção de sair, mas ao passar perto do Paul, senti a manga do meu terno ser puxada com força. Respirei fund
JOHN BACKERA noite demorou para chegar, nunca antes tive tanta pressa para trabalhar. Precisava vê-la, para aquietar minha alma.Chegando na boate, minha visão varreu todo o lugar, vi primeiro Paul, e depois ela no segundo solo no bar.Sem perceber acebei soltando um suspiro alto de alivio. Me esgueirei sorrateiramente pelas pessoas e cantos mais escuros. As escadas pareciam mais longas que de costume, minhas pernas tremiam em antecipação. Vi seu pequeno corpo parado, de costas, sentada confortavelmente na baqueta, exibindo um copo com bebida transparente.Antes de me aproximar de fato, dei uma boa olhada em volta, ninguém parecia nos observar. Os dias ali eram iguais, som alto, bebidas, mulheres, drogas, jogos, ninguém se importava com nada, estavam ali apenas para o próprio bel prazer.O barmen era o único problema, ele estava lá, servindo a moça, sem trocar uma palavra com a mesma ou olha-la diretamente, como faria para falar com ela assim? O homem poderia contar ao Paul. Nenhum
DANNA PAOLA MADERODoía me mover ou até mesmo respirar. Mal podia fingir um sorriso, a dor do lábio cortado impedia.Eu não aguentaria mais. Me doía viver.Não ficarei mais nenhuma noite com aquele homem, nem que para isso eu mesma precise acabar de vez com meu sofrimento.Eu não queria demonstrar nada ao John. E no exato momento me arrependi do de tê-lo arrastado para meu inferno particular, eu não posso deixar que a vida dele seja destruída como a minha foi.— Quem não pode fazer isso com você é ele! Desgraçado. Maldito! — ele berrou ainda tentando me afastar da frente da porta segurando meus ombros, me obrigando a exercer força para ficar no lugar, a simples ação me causou uma dor enorme nas costelas e pernas. Cansada de lutar, cedi:— Eu estou cansada John, só queria passar alguns minutos com você... — Murmurei fitando seu rosto vermelho.Ao ouvir minhas palavras, ele pareceu se acalmar um pouco.Suspirou e sentou-se na cadeira. Com o olhar me chamou para sentar no seu colo, em
DANNA PAOLA MADEROA mulher parada no meio do cômodo, com os braços cruzados e a expressão fechada, pareceu relaxar um pouco os ombros tensos. Ela me fitou por alguns instantes, seus olhos varreram meu corpo, desde de a bochecha roxa, aos braços um pouco expostos, acho que queria se convencer se valeria a pena.— Muito bem, vamos repassar o que vocês já tinham em mente, vou apenas acrescentar minha participação. — Tudo bem. — Concordei ignorando a vontade louca de gritar de alegria.Depois de planejar todos os pontos e modificar alguns, enfim, parecia mais real pra mim.— Se você for pega...— Não se preocupe, nunca vou falar sobre você, morrei negando. — Interrompi, não podia deixar que duvidasse da minha lealdade, meu pai me ensinou muito disso, no cartel, quem não era leal de certo morreria. — Se prepare.Balancei a cabeça freneticamente em concordância, mal podendo conter o sorriso largo, mesmo com o lábio cortado.— Guarde esse sorriso para quando sair. Por enquanto, aja como s
DANNA PAOLA MADERO Os pelos do meu corpo se arrepiaram com a voz grossa e decidida. Contraria aos meus sentimentos, sacudi a cabeça em negação, tentei puxar meu braço dentre a mão dele. — John! Não. Eu não posso fazer isso com você. Eu preciso ir. Mais rápido do que pude evitar ele passou na minha frente e trancou a porta à chave e jogou-a no bolso da calça. Seus movimentos brutos me assustaram um pouco, acabei recuando até encostar na parede. Meus olhos não saiam de cada movimento que ele fazia, ainda não tinha visto esse seu lado, parecia um bicho enjaulado. Sem que esperasse, ele se aproximou e segurou os dois lados do meu rosto, com metade das mãos enfiadas entre meus cabelos e os polegares nas bochechas. Ergui a cabeça e seus olhos me estudavam confusos. Eu o amo tanto que chega a doer. — Eu vou com você. — Mas eu... — Nada de mas, — me interrompeu firme — me conta agora o que vocês planejaram e eu ligo agora para o Mike busca-la e levar para minha casa. Não fale
PAUL LINSE Aquela desgraçada tinha escapado por entre meus dedos como areia! E nada me tirava da cabeça que foi com um homem. No fim todas as mulheres são malditas manipuladoras. Danna Paola Madero virou minha obsessão desde de o dia em que a vi de longe com os braços dados ao meu inimigo na exportação de entorpecentes para os EUA. Antes dele eu quem era o Rei por aqui e ele quis mexer comigo e tirar milhões de dólares da minha conta bancaria. Só que eu tive uma ideia melhor: Tomei do Juan Madero algo que com certeza valia muito mais. Um mês depois, voltei para minha casa em Londres trazendo comigo a princesa mexicana de pele parda. Não foi a primeira vez que fiz algo assim, eu adorava ter mulheres a minha mercê para fazer todo e qualquer tipo de atrocidade que quisesse, algumas delas foram a Ashley, Chloé, Victoria, Aurora, Mina, Sam e etc. Perdi a conta de quantas estiveram no lugar da minha então adorável Danna. Todas tiveram o mesmo fim, depois de alguns meses me cansava
JOHN BACKER Vê-la daquele jeito foi a gota d’agua. O covarde a espancou muito. Aquilo não era vida, nem para ela ou para qualquer mulher. Mas ele não perdia por esperar. O plano que ela me contou não tinha como dar errado. Agnes cuidaria do táxi para leva-la até o aeroporto para despistar quem quer que fosse atras dela. Dali em diante seria eu que tomaria a frente das coisas. Pedi ao meu único amigo que a buscasse na parte detrás do aeroporto e que a levasse para Esme. Estava louco para chegar em casa e vê-la me esperando. Estou fudido mesmo! Não é como se a gente tivesse alguma coisa séria. Eu apenas estava a ajudando e iria com ela sim, por que sabia dos riscos que minha família corria caso continuasse por aqui. Sou homem o suficiente para proteger a mim mesmo e as três mulheres, mas sei que Paola não pode ficar, então vamos juntos. Não temos nada a ganhar ficando em Londres, preciso ir com ela e descobrir se o que eu sinto é real e se ela sente o mesmo, se não sent