32. NÃO POSSO TE DEIXAR IR

DANNA PAOLA MADERO

Meu corpo paralisou.

Não pode ser!

Olhei para fora da janela, observando minhas chances, havia um carro preto parado no beco, o amigo do John me esperando.

Voltei meu olhar para onde a Agnes estava parada, bem perto de mim.

Não tinha chances de pular, ela me pegaria com certeza.

Os olhos se encheram de lágrimas eu respirava com força, a liberdade nunca esteve tão perto.

— Agnes, por favor... e-eu te imploro. — A voz tremia entre as lágrimas.

Há muito tempo eu não chorava. Me negava a deixar que qualquer um que fosse, me visse sofrer, mas agora eu não aguentei.

Ela não demonstrou nada. Apenas se aproximou e me puxou pelo braço com força, o que me fez cair no chão igual uma fruta podre.

Ali mesmo eu fique. Encolhida no chão, abraçando os joelhos com os braços, enfiei o rosto no meio deles e chorei como criança.

Eu não mereço isso Deus. Me ajuda.

— Garota? — ouvi a voz mansa da mulher.

Levantei a cabeça e a olhei nos olhos. Toda a dor que eu senti
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