38. PENHASCO BEM VINDO

DANNA PAOLA MADERO

Os pelos do meu corpo se arrepiaram com a voz grossa e decidida. Contraria aos meus sentimentos, sacudi a cabeça em negação, tentei puxar meu braço dentre a mão dele.

— John! Não. Eu não posso fazer isso com você. Eu preciso ir.

Mais rápido do que pude evitar ele passou na minha frente e trancou a porta à chave e jogou-a no bolso da calça.

Seus movimentos brutos me assustaram um pouco, acabei recuando até encostar na parede. Meus olhos não saiam de cada movimento que ele fazia, ainda não tinha visto esse seu lado, parecia um bicho enjaulado.

Sem que esperasse, ele se aproximou e segurou os dois lados do meu rosto, com metade das mãos enfiadas entre meus cabelos e os polegares nas bochechas.

Ergui a cabeça e seus olhos me estudavam confusos. Eu o amo tanto que chega a doer.

— Eu vou com você.

— Mas eu...

— Nada de mas, — me interrompeu firme — me conta agora o que vocês planejaram e eu ligo agora para o Mike busca-la e levar para minha casa.

Não fale
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