Capítulo 108

O couro frio da poltrona do teatro pressionava minhas costas, mas eu mal conseguia sentir. Minhas mãos estavam trêmulas sobre o colo, os dedos entrelaçados com força para tentar conter a ansiedade que subia como uma maré avassaladora.

O Royal Opera House.

Eu estava sentada no palco de um dos maiores teatros de Londres, sob a luz suave que banhava a plateia e realçava o brilho opulento das cortinas de veludo. O evento era grandioso, maior do que qualquer coisa que eu já tivesse participado, e minhas meninas eram as próximas a se apresentar.

Meu coração martelava no peito

Elas estavam prontas. Eu as treinei para isso.

Não precisavam de nada além do próprio talento e dedicação. Não precisavam de medicações para suportar a dor, como Helena acreditava. Não precisavam de exaustão além do limite humano. Não precisavam ser tratadas como máquinas, descartáveis, como se apenas uma carreira impecável justificasse sua existência. Elas precisavam apenas de alguém que as levasse ao limite e as fize
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