|Quatro meses depois…
Adria e Audrey receberam uma mensagem de Bella e foram encontrá-la na lanchonete do shopping. As garotas ficaram felizes em revê-la, mas, também, não perderam a chance para dar uma bronca nela. Bella aguentou a tudo, calada, pois sabia que ao contrário de Barb Bowie – que transara com um de seus namorados –, as duas eram suas amigas de verdade, e fora só por isso que Bella as procurara.
— Eu, finalmente, consegui dinheiro o suficiente para gravarmos um CD. — Falou Bella.— Como? — Perguntou Audrey.— Não importa. Semana que vem me mudo para Los Angeles e vocês estão convidas para virem comigo. — Falou Bella.Adria deu um gritinho histérico, feliz.— Isso é sério? — Falou Audrey.— Sim, seríssimo. — Disse Bella.— Mas… Não temos mais a Barb. Como faremos? — Falou Adria.— Ninguém é insubstituível. Cuidarei disso. — Disse Bella. — Conto com vocês ou não?— Claro que sim. — Falou Adria.Bella encarou Audrey.— Sim, é claro. —||1995 – Leawood, Kansas:Layla Connolly já estava pronta para ir ao colégio quando sua mãe, Lawrence, entrou em seu quarto.— O café está pronto, querida.— Sim, mamãe. Desço em um minuto. — Parada em frente ao espelho, Layla observou seu reflexo. A pele excessivamente branca, os cabelos naturalmente loiros, e os belos olhos azuis como de sua irmã mais velha, Eliana.— Você está linda, querida. — Lawrence parou ao lado da filha e tocou os ombros dela. — A cada dia está mais parecida com…— Com a minha irmã? — Layla encarou sua mãe, desesperada para ouvir um “sim”.Ela amava tanto sua irmã, sua maior inspiração, e fazia de tudo para ser como se lembrava que ela era, até usava algumas de suas roupas.Lawrence suspirou e exibiu um sorriso fraco. Não gostava que Layla se esforçasse para ser como Eliana, se ela soubesse como a irmã mais velha realmente era, sentiria medo e não admiração pela mesma. Às vezes, Lawrence se perguntava se Layla não era como Eliana
Ethanael encostou a porta do grêmio para que não fosse interrompido enquanto falasse com Eulalie e Layla.— Estou desapontado com as duas, especialmente com você, Eulalie… Tem noção do papel ao qual se prestaram hoje, do quanto foram ridículas?Layla abaixou a cabeça, envergonhada.— Como foi que chegaram a isso? — Perguntou Ethanael.— Foi ela quem começou! — Falou Eulalie.— Mentirosa! Foi você quem começou! Só me defendi… — Falou Layla.— Quem esbarrou em quem? — Eulalie arqueou uma sobrancelha.— Foi um acidente… E foi você quem meteu a mão na minha cara. — Layla disse.— Quem mandou você colocar a SUA cara na frente da MINHA mão? — Eulalie sorriu com escárnio.— Mas é mesmo uma infeliz… — Layla balançou a cabeça, irritada.— PAREM! — Ethanael esmurrou a mesa.As garotas se encolheram, assustadas.— Vá para a sala, Eulalie? Conversamos depois. — Disse Ethanael.— Mas… — Eulalie tentou argumentar.— AGORA! — Ethanael não quis saber.Eu
Layla se aproximou da mesa e encarou Ethanael.— Aqui está a folha de ausência de Elliot. — Disse Layla a entregando ao representante do grêmio.— Então, você desistiu?! — Falou Ethanael, visivelmente decepcionado.— Dê uma olhada nisso, sim? — Pediu Layla e mordeu o lábio.Ethanael olhou a folha e incrédulo, disse:— Não pode ser… Como conseguiu convencê-lo?— Eu conversei com ele…Ethanael riu.— Elliot jamais assinaria essa folha tão facilmente. Eu o conheço bem. Da última vez, tivemos uma discussão feia e mesmo assim, ele se recusou a assinar essa folha. Diga-me, o que foi que ele pediu em troca de assinar esses papéis?— Então, por que me deu uma missão que considerava impossível? — Layla inquiriu, desconfiada das boas intenções de Ethanael.— Isso não importa. — Ethanael disse, irritado. — Elliot não cederia tão facilmente, assim…— Às vezes, uma mulher consegue o que um homem não consegue! — Layla disse, antes de deixar o grêmio.— Droga! —
Elliot esperou a aula terminar para finalmente se aproximar de Layla.— Layla? — Ela virou-se e o encarou, séria. — Eu queria explicar o que aconteceu mais cedo…— Não tem de explicar nada. O que você faz ou deixa de fazer da sua vida não é da minha conta. — Disse ela e se virou. Elliot segurou o braço dela. — Só fica longe de mim porque quero distância de caras como você. — Falou ela, antes de soltar-se e ir embora. † † †À noite, Layla se arrumou para jantar com Jonathan e a irmã dele. Ela colocou um vestido vermelho e um cinto preto. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo elegante. Se maquiou e calçou um par de sapatos de salto vermelho que pegara das coisas de Eliana. Sentou-se no sofá e esperou, ansiosa. Quando a campainha tocou, ela levantou-se num pulo e foi correndo abrir a porta.— Boa-noite? —
Layla sentou-se em seu lugar, desanimada. Realmente detestava as aulas de álgebra porque não eram o seu forte. Pena que Jonathan não estava nessa aula porque ele poderia dar uma mãozinha a ela.— Não se importa se eu me sentar ao seu lado, certo?! — Disse Kirby sorrindo.— Não, imagina… — Layla nem tentou disfarçar.— E aí, vai me dizer o que está rolando entre o Elliot e você? — Perguntou Kirby curioso.Elliot, Earl e Morgan entraram na sala nesse instante e sentaram-se na fileira atrás de Layla, sendo que Elliot ficou na frente dos outros rapazes. Layla deu de ombros, bancando a indiferente.— Ele não te contou que me chantageou para que eu fizesse os trabalhos dele?— Não… — Kirby respondeu. — Mas como ele chantageou você se mal te conhece?Layla suspirou. Kirby fazia perguntas demais.— Isso não vem ao caso. Só tenho uma condição, caso queira continuar sentado aqui… Fique quieto!— Eu me amarro em uma gata dominadora. — Kirby se aproximou dela e piscou
Layla terminou de copiar os deveres de Elliot e guardou o caderno dele junto ao dela em sua mochila. Desceu até a cozinha com a intenção de preparar um chocolate quente. Começava a esfriar para o azar dela, que estudava de manhã e, nada pior que deixar sua aconchegante cama para ir ao colégio em uma manhã de inverno.— Se está procurando algo doce para comer não vai encontrar, querida. Não tive tempo de ir ao mercado ainda. — Disse Lawrence, que lavava a louça.— Posso ir comprar alguma coisa? — Disse Layla.Lawrence virou-se e a encarou, surpresa. Layla não era muito de sair e odiava supermercados e qualquer lugar com filas.— Quem é você e o que fez com minha filha?Layla revirou os olhos e riu.— Não consigo sobreviver sem chocolate, mãe. Fico maluca! Quer que eu traga alguma coisa para você?— Café. Não posso ficar sem meu pó, se não, enlouqueço.Layla riu.— Viciada…— Olha só quem fala… Cada uma com seus vícios.— Tá, mãe. Eu vou em pé e volto
Às dezenove horas em ponto, Jonathan foi até a casa de Layla, buscá-la. Ele quis tocar a buzina, mas lembrou-se que ela pedira para ele ser discreto, então, pegou seu celular e ligou para ela, avisando-a que estava esperando por ela. Layla veio e abriu o portão. Cumprimentou Jonathan com um abraço e um beijo no rosto.— E sua mãe? — Jonathan perguntou.— No trabalho… Esse mês ela ficou com o turno da noite. — Respondeu Layla, sorrindo amarelo. Não gostava que sua mãe trabalhasse à noite porque se sentia sozinha.— Então, vamos? — Jonathan pegou a mão de Layla e a conduziu até o carro, abrindo a porta para ela.Layla estava prestes a entrar no carro quando reparou que Elliot estava parado em frente a casa dele. As luzes estavam apagadas. Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés, e um capuz escondia seus cabelos loiros. Ela mal podia ver o rosto dele. Mesmo assim, tinha certeza de que era ele. O que ele fazia parado, ali? Esperando alguém ou espiando ela? Ele fumava e
Quando Layla despertou e viu as horas no relógio que ficava em cima do criado-mudo quase teve um treco. 06h55min. Ela estava MUITO atrasada e quando tentou se levantar acabou se enroscando no cobertor e caindo no chão.— Inferno! — Gritou ela, irritada, e ouviu vozes elevadas vindas do andar de baixo. Layla parou, prestando a atenção enquanto tentava reconhecer algumas daquelas vozes.— Obrigada querida, mas não quero incomodar. Prefiro mesmo ficar na casa da Lola, mas talvez, a Rosie prefira ficar por aqui, já que a Layla e ela se dão tão bem. — Falou Lívia, a irmã do meio. Esta tinha olhos claros como suas irmãs, mas, cabelos negros e não naturalmente loiros, porque puxara a seu pai e não a sua mãe.— O certo seria que nós três ficássemos juntas como antes… — Falou Lola, a caçula. — Por que você não volta pra casa, Lawrence?— Mas essa é minha casa, Lola. — Lawrence suspirou. Não que não gostasse de sua irmã ou da antiga casa onde vivera quando criança, mas sentia que