||1995 – Leawood, Kansas:
Layla Connolly já estava pronta para ir ao colégio quando sua mãe, Lawrence, entrou em seu quarto.— O café está pronto, querida.— Sim, mamãe. Desço em um minuto. — Parada em frente ao espelho, Layla observou seu reflexo. A pele excessivamente branca, os cabelos naturalmente loiros, e os belos olhos azuis como de sua irmã mais velha, Eliana.— Você está linda, querida. — Lawrence parou ao lado da filha e tocou os ombros dela. — A cada dia está mais parecida com…— Com a minha irmã? — Layla encarou sua mãe, desesperada para ouvir um “sim”.Ela amava tanto sua irmã, sua maior inspiração, e fazia de tudo para ser como se lembrava que ela era, até usava algumas de suas roupas.Lawrence suspirou e exibiu um sorriso fraco. Não gostava que Layla se esforçasse para ser como Eliana, se ela soubesse como a irmã mais velha realmente era, sentiria medo e não admiração pela mesma. Às vezes, Lawrence se perguntava se Layla não era como Eliana porque a via refletida nela.Após tomar o café da manhã, Layla se despediu de sua mãe e foi para The Barstow School, onde, um dia, sua irmã estudara.Caminhando pelos corredores, distraída, esbarrou em um rapaz. O pobrezinho parecia tão perdido quanto ela e deixou seus livros caírem no chão. — Oh, me desculpe? — Falou Layla, agachando-se, nervosa e o ajudando a recolher seus livros.— Não, tudo bem. Acidentes acontecem e… Eu estava distraído. — Falou ele, sorrindo sem graça.Layla sorriu de volta para ele e reparou que por trás daquelas roupas antiquadas e dos óculos tinha um gato escondido.— É seu primeiro dia também? — Ela perguntou.— Sim. — Ele respondeu. — Tenho que achar a sala B de História.— Que coincidência, eu também. E se procurarmos juntos? — Ela disse.— Ótima ideia. — Ele disse.— Aliás, meu nome é Layla Connolly. — Ela falou, ajeitando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.— Prazer em conhecê-la. Sou Jonathan Gibson, mas pode me chamar apenas de John. — Ele disse.— John? É um prazer. — Falou Layla.† † †
Morgan Hawkins ouviu seu melhor amigo dizer o quanto estava bem sozinho e que havia superado sua ex, mas não sentia que ele estava sendo sincero.
— Você tem certeza de que não gosta mais dela, Elliot? — Perguntou Morgan.— Claro que tenho. O que a Zara me fez é imperdoável. — Falou Elliot com ódio.— Ela parece arrependida, cara. — Falou Earl Maxwell, que estava sentado ao lado dos dois.— Arrependida? Nada… Nunca mais vou permitir que uma garota brinque assim comigo. De hoje, em diante, sou eu que vou enganar em vez de ser enganado. — Falou Elliot.— Mas nem todas as garotas são como Zara. — Falou Morgan.— O Morgan tem razão, não é certo trancar seu coração em uma gaiola. — Falou Earl.— Vamos parar com esse papo de mulherzinha que já deu, né? Sentimentos são para os fracos e não sou fraco. — Disse Elliot.— Falou o despeitado… — Provocou Earl, rindo.— Dá um tempo, Earl? — Pediu Morgan.Elliot suspirou e ignorou Earl.Layla e Jonathan emergiram na sala e sentaram-se em frente à Elliot, Morgan e Earl. Quando viu Layla, Morgan se encantou por ela no mesmo instante. Elliot também se sentiu ligeiramente atraído por ela, mas disfarçou rápido quando Earl percebeu e riu.— É aquela velha história… Nunca diga: “Dessa água não beberei”. — Falou Earl.Irritado com o comentário de Earl, Elliot esmurrou a mesa. Layla e Jonathan se viraram, sobressaltados. Layla alternou o olhar entre Elliot e Morgan.— Estão olhando o quê, nerds? Cuidem de suas vidas se não quiserem se meter em encrenca. — Falou Elliot engrossando a voz.Jonathan foi o primeiro a se virar com medo, mas Layla encarou Elliot. Sentindo-se desafiado, ele se inclinou para frente, aproximando seu rosto do dela, a encarando como um lobo. Layla engoliu em seco e desviou o olhar por um segundo. Elliot riu e disse:— Foi o que pensei.— Elliot? Deixe-a em paz? — Pediu Morgan, tentando manter a voz calma para não irritar o amigo.— Babaca. — Resmungou Layla, virando-se para frente.— Hã? Disse alguma coisa? — Perguntou Elliot.— Elliot, cadê seu livro? — Perguntou Morgan, tentando distraí-lo.— Livro? Que livro? — Elliot pareceu surpreso.Morgan revirou os olhos.— O livro de história, infeliz… Você checou sua grade de horários? Sabe que estamos na aula de História?— Morgan perdeu a paciência.— Ah, é? E o seu livro que não estou vendo? — Elliot disse.— Por que você acha que estou pedindo o seu? — Morgan falou. — Vou me sentar com a Margot, aposto que ela trouxe o livro. — Falou Morgan, levantando-se.Elliot deu de ombros, pegou uma caneta e rabiscou sua carteira. Morgan se sentou ao lado de Margot. Kirby veio e sentou-se ao lado de Elliot. Elliot encarou o gêmeo de Earl por um momento, e então, voltou a rabiscar a carteira. Kirby colocou seu livro sobre a carteira e voltou a ler seu mangá, alheio ao que acontecia à sua volta. O professor entrou na sala, apresentou-se à classe, explicou seu método de ensino e pediu que todos abrissem seus livros e começassem com os deveres.— Me empreste uma caneta? Acabou a tinta da minha… — Elliot sussurrou no ouvido de Layla, a deixando arrepiada. Ela suspirou, pegou uma caneta em seu estojo e a entregou ao loiro sem olhar para ele. Qualquer coisa pra ele deixá-la em paz.— Valeu. — Disse Elliot.No fim da aula, quando os alunos deixavam a sala e Layla se apressava em reunir suas coisas, Elliot se inclinou para frente para devolver a caneta a ela.— Obrigado… — Ele derrubou de propósito a caneta no interior da blusa dela. — Ops. Foi mal.Vermelha, Layla levantou-se e sacudiu sua blusa, fazendo a caneta cair no chão. Elliot riu, malicioso. Layla se agachou rapidamente e pegou a caneta. Reuniu o restante de seu material e saiu apressada para alcançar Jonathan.— Tenho aula de literatura agora, e você? — Perguntou ela, quando, finalmente o alcançou.— Oh, que pena. Tenho aula de biologia. — Falou ele.— A gente podia… Não sei? Alterar nossa grade de horários para fazermos as mesmas aulas. Seria legal, não seria? Não conheço mais ninguém aqui, a não ser você. — Ela disse.— Seria sim. Podemos combinar depois no refeitório. — Jonathan a fitou sorrindo, e distraído, esbarrou em Eulalie, a chefe das líderes de torcida.— Ai! Seu leso! Olha por onde anda! — Falou Eulalie furiosa.— Me desculpe? Sinto muito. — Falou Jonathan ajeitando seus óculos.— Mas é mesmo um retardado… — Eulalie riu, olhando Jonathan de cima a baixo com desprezo.— Ele já pediu desculpas! — Falou Layla entrando na frente de Jonathan e encarando Eulalie.— Defendendo o namoradinho? — Falou Eulalie, rindo com escárnio. — Sabe… Você até que é bonitinha… Por que não deixa esse babaca e anda comigo, hein? — A loira de rabo de cavalo, piscou para ela.Layla riu, sarcástica, e disse:— Foi mal… Mas prefiro ficar com o babaca aqui, ele tem algo que você não tem… Se é que me entende. — Layla piscou de volta para Eulalie.— Você sabe quem EU sou? Claro que não, estúpida! Se soubesse, não ousaria falar assim comigo, mas vou te ensinar que com Eulalie Davis, não se brinca! — Falou ela furiosa e esbofeteou a face esquerda de Layla.— Mexeu com a garota errada! — Layla deu um soco na cara de Eulalie, que revidou, avançando contra ela.Jonathan recuou depressa para que elas não caíssem em cima dele. Não demorou muito e, logo, um grupo de alunos cercou as duas loiras que se atracavam, mas ninguém se atreveu a separá-las… Só Jonathan tentou, mas dois garotos o agarraram e o impediram de se aproximar. † † †Elliot estava sentado em um banco do pátio, mascando chiclete e ouvindo Nirvana quando Morgan se aproximou dele e puxou seus fones.
— Ei? O que é isso Morgan? Perdeu a noção do perigo ou o quê? — Falou Elliot, bravo.— Eulalie e a novata estão brigando! — Falou Morgan, nervoso e, puxou Elliot pelo braço, arrastando-o.— Mas o que tenho a ver com isso? Droga. — Falou Elliot.Quando Morgan e Elliot chegaram onde as garotas brigavam, tentaram passar pelos outros estudantes, mas ninguém deixou, com medo deles apartarem a briga.— Ei, que tal apostarem também? — Falou Kirby se aproximando dos dois. — Eu apostei 200 dólares na novata.— Mas o quê…? Não! Temos que parar isso! — Falou Morgan.— 200 dólares? Tô dentro… Também aposto na novata. — Falou Elliot.Layla puxou os cabelos de Eulalie, que a agarrou e mordeu seu ombro. Layla gemeu, com dor, e recuou, dando um soco no estômago de Eulalie. A chefa das líderes de torcida, recuou por um instante, mas não demorou a se recompor, avançando em Layla.— Ei, meninas? Vamos ficar só nisso? Rasguem suas blusas pelo menos? Garotas não sabem brigar. — Falou Elliot.— Mas que… Deliciosinha, essa. — Falou Kirby se abaixando só para ver a calcinha da novata.— Vamos? Dê um soco nela, novata! Apostei 200 dólares em você! Não me desaponte? — Falou Elliot.Morgan empurrou Kirby e tentou passar por ele, mas Elliot o deteve.— Relaxa, amigo? Se a coisa ficar séria, aparto a briga. — Disse Elliot.— Você não está vendo que ela está levando a pior? — Falou Morgan.Eulalie e Layla trocavam tapas e socos, quando dois braços fortes agarraram Eulalie e a puxaram para longe de Layla.— Me solte? Ainda não acabei com essa miserável! — Falou Eulalie.— Já chega, Eulalie! — Falou Ethanael, o representante do grêmio estudantil, intervindo.Ao perceber que era Ethanael, Eulalie se encolheu, assustada. — Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? — Perguntou Ethanael elevando a voz, irritado.— Ih, o estraga prazeres… — Elliot revirou os olhos.— Vocês não tem nada para fazer aqui! Voltem para suas salas se não quiserem ter problemas com a diretora! — Falou Ethanael.Os alunos se dissiparam, resmungando. Menos Elliot, que permaneceu parado, com os braços cruzados, encarando Ethanael, o desafiando a tirá-lo dali. — Perdeu alguma coisa aqui? — Perguntou Ethanael nenhum pouco intimidado com a pose de bad boy de Elliot.— É… Perdi sim. — Respondeu Elliot, mas se referia à aposta.— E você? — Ethanael se voltou a Jonathan, que estava parado em um canto.— Foi ela que começou a briga! — Disse Jonathan apontando para Eulalie.— Cala boca, quatro olhos! — Falou Eulalie cerrando os punhos.— Não fala assim com ele! — Disse Layla levantando-se do chão e ajeitando sua saia.— Ei? Vamos parar com isso! — Gritou Ethanael. — Você? Volte para sua sala! — Ele disse a Jonathan.Jonathan abaixou a cabeça e obedeceu.— Vocês duas? Venham comigo! — Ethanael disse à Eulalie e à Layla. Elas o seguiram pelo corredor.— Mandou bem novata! — Disse Elliot.Layla virou-se e viu o loiro, de olhos azuis, sorrindo, malicioso. Ela sorriu de volta, antes de se virar e continuar andando.Ethanael encostou a porta do grêmio para que não fosse interrompido enquanto falasse com Eulalie e Layla.— Estou desapontado com as duas, especialmente com você, Eulalie… Tem noção do papel ao qual se prestaram hoje, do quanto foram ridículas?Layla abaixou a cabeça, envergonhada.— Como foi que chegaram a isso? — Perguntou Ethanael.— Foi ela quem começou! — Falou Eulalie.— Mentirosa! Foi você quem começou! Só me defendi… — Falou Layla.— Quem esbarrou em quem? — Eulalie arqueou uma sobrancelha.— Foi um acidente… E foi você quem meteu a mão na minha cara. — Layla disse.— Quem mandou você colocar a SUA cara na frente da MINHA mão? — Eulalie sorriu com escárnio.— Mas é mesmo uma infeliz… — Layla balançou a cabeça, irritada.— PAREM! — Ethanael esmurrou a mesa.As garotas se encolheram, assustadas.— Vá para a sala, Eulalie? Conversamos depois. — Disse Ethanael.— Mas… — Eulalie tentou argumentar.— AGORA! — Ethanael não quis saber.Eu
Layla se aproximou da mesa e encarou Ethanael.— Aqui está a folha de ausência de Elliot. — Disse Layla a entregando ao representante do grêmio.— Então, você desistiu?! — Falou Ethanael, visivelmente decepcionado.— Dê uma olhada nisso, sim? — Pediu Layla e mordeu o lábio.Ethanael olhou a folha e incrédulo, disse:— Não pode ser… Como conseguiu convencê-lo?— Eu conversei com ele…Ethanael riu.— Elliot jamais assinaria essa folha tão facilmente. Eu o conheço bem. Da última vez, tivemos uma discussão feia e mesmo assim, ele se recusou a assinar essa folha. Diga-me, o que foi que ele pediu em troca de assinar esses papéis?— Então, por que me deu uma missão que considerava impossível? — Layla inquiriu, desconfiada das boas intenções de Ethanael.— Isso não importa. — Ethanael disse, irritado. — Elliot não cederia tão facilmente, assim…— Às vezes, uma mulher consegue o que um homem não consegue! — Layla disse, antes de deixar o grêmio.— Droga! —
Elliot esperou a aula terminar para finalmente se aproximar de Layla.— Layla? — Ela virou-se e o encarou, séria. — Eu queria explicar o que aconteceu mais cedo…— Não tem de explicar nada. O que você faz ou deixa de fazer da sua vida não é da minha conta. — Disse ela e se virou. Elliot segurou o braço dela. — Só fica longe de mim porque quero distância de caras como você. — Falou ela, antes de soltar-se e ir embora. † † †À noite, Layla se arrumou para jantar com Jonathan e a irmã dele. Ela colocou um vestido vermelho e um cinto preto. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo elegante. Se maquiou e calçou um par de sapatos de salto vermelho que pegara das coisas de Eliana. Sentou-se no sofá e esperou, ansiosa. Quando a campainha tocou, ela levantou-se num pulo e foi correndo abrir a porta.— Boa-noite? —
Layla sentou-se em seu lugar, desanimada. Realmente detestava as aulas de álgebra porque não eram o seu forte. Pena que Jonathan não estava nessa aula porque ele poderia dar uma mãozinha a ela.— Não se importa se eu me sentar ao seu lado, certo?! — Disse Kirby sorrindo.— Não, imagina… — Layla nem tentou disfarçar.— E aí, vai me dizer o que está rolando entre o Elliot e você? — Perguntou Kirby curioso.Elliot, Earl e Morgan entraram na sala nesse instante e sentaram-se na fileira atrás de Layla, sendo que Elliot ficou na frente dos outros rapazes. Layla deu de ombros, bancando a indiferente.— Ele não te contou que me chantageou para que eu fizesse os trabalhos dele?— Não… — Kirby respondeu. — Mas como ele chantageou você se mal te conhece?Layla suspirou. Kirby fazia perguntas demais.— Isso não vem ao caso. Só tenho uma condição, caso queira continuar sentado aqui… Fique quieto!— Eu me amarro em uma gata dominadora. — Kirby se aproximou dela e piscou
Layla terminou de copiar os deveres de Elliot e guardou o caderno dele junto ao dela em sua mochila. Desceu até a cozinha com a intenção de preparar um chocolate quente. Começava a esfriar para o azar dela, que estudava de manhã e, nada pior que deixar sua aconchegante cama para ir ao colégio em uma manhã de inverno.— Se está procurando algo doce para comer não vai encontrar, querida. Não tive tempo de ir ao mercado ainda. — Disse Lawrence, que lavava a louça.— Posso ir comprar alguma coisa? — Disse Layla.Lawrence virou-se e a encarou, surpresa. Layla não era muito de sair e odiava supermercados e qualquer lugar com filas.— Quem é você e o que fez com minha filha?Layla revirou os olhos e riu.— Não consigo sobreviver sem chocolate, mãe. Fico maluca! Quer que eu traga alguma coisa para você?— Café. Não posso ficar sem meu pó, se não, enlouqueço.Layla riu.— Viciada…— Olha só quem fala… Cada uma com seus vícios.— Tá, mãe. Eu vou em pé e volto
Às dezenove horas em ponto, Jonathan foi até a casa de Layla, buscá-la. Ele quis tocar a buzina, mas lembrou-se que ela pedira para ele ser discreto, então, pegou seu celular e ligou para ela, avisando-a que estava esperando por ela. Layla veio e abriu o portão. Cumprimentou Jonathan com um abraço e um beijo no rosto.— E sua mãe? — Jonathan perguntou.— No trabalho… Esse mês ela ficou com o turno da noite. — Respondeu Layla, sorrindo amarelo. Não gostava que sua mãe trabalhasse à noite porque se sentia sozinha.— Então, vamos? — Jonathan pegou a mão de Layla e a conduziu até o carro, abrindo a porta para ela.Layla estava prestes a entrar no carro quando reparou que Elliot estava parado em frente a casa dele. As luzes estavam apagadas. Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés, e um capuz escondia seus cabelos loiros. Ela mal podia ver o rosto dele. Mesmo assim, tinha certeza de que era ele. O que ele fazia parado, ali? Esperando alguém ou espiando ela? Ele fumava e
Quando Layla despertou e viu as horas no relógio que ficava em cima do criado-mudo quase teve um treco. 06h55min. Ela estava MUITO atrasada e quando tentou se levantar acabou se enroscando no cobertor e caindo no chão.— Inferno! — Gritou ela, irritada, e ouviu vozes elevadas vindas do andar de baixo. Layla parou, prestando a atenção enquanto tentava reconhecer algumas daquelas vozes.— Obrigada querida, mas não quero incomodar. Prefiro mesmo ficar na casa da Lola, mas talvez, a Rosie prefira ficar por aqui, já que a Layla e ela se dão tão bem. — Falou Lívia, a irmã do meio. Esta tinha olhos claros como suas irmãs, mas, cabelos negros e não naturalmente loiros, porque puxara a seu pai e não a sua mãe.— O certo seria que nós três ficássemos juntas como antes… — Falou Lola, a caçula. — Por que você não volta pra casa, Lawrence?— Mas essa é minha casa, Lola. — Lawrence suspirou. Não que não gostasse de sua irmã ou da antiga casa onde vivera quando criança, mas sentia que
|Antes…Elliot pegara algum dinheiro que tinha escondido em seu quarto e comprou um belo buquê de rosas vermelhas. Mesmo achando aquilo cafona, sabia que Zara achava fofo e queria fazer uma surpresa a ela. Por isso, foi até a casa dela. Pulou o muro, como sempre fazia. Pegou a velha escada que ficava no quintal e a usou para chegar até a janela do quarto dela. A janela estava aberta, mas a cortina estava puxada, ocultando a visão do quarto. Ele puxou a cortina devagar e viu Zara sentada na cama com outra garota. As duas sussurravam uma no ouvido da outra e riam. “Vim em péssima hora, droga”, ele pensou.Zara acariciou o rosto da garota e as duas se beijaram. Não como duas amigas, mas como duas namoradas. Elliot ficou espantado com o que viu. Ele nunca imaginara que Zara, SUA Zara pudesse trocá-lo por… Uma garota. Irritado, jogou o maldito buquê no chão. Desceu a escada e a derrubou, fazendo barulho.— O que foi isso? — Perguntou Zara e foi até a janela a tempo de