Angie, que também percebeu que reagiu de maneira mais ríspida do que gostaria, respirou fundo. Ela não queria parecer rude com ele, especialmente depois da forma como ele havia a defendido. Por isso, se recompôs rapidamente e olhou para Robert com um olhar mais suave. — Olha, me desculpe... Eu não deveria ter falado assim. — Ela fez uma pausa, sentindo um nó no peito. — Isso é um assunto um pouco dolorido... Eu tinha um namorado, mas terminamos, e não foi de maneira amigável. Robert a observou com atenção, percebendo a sinceridade em suas palavras. Ele não quis pressioná-la mais, respeitando o espaço que ela parecia precisar, e apenas acenou com a cabeça, compreendendo o que ela estava dizendo. — Entendo, Angie. Não quero trazer à tona algo que te faça sentir mal. Sinto muito por ter tocado nesse ponto — disse ele, com um tom mais suave agora, querendo transmitir a ela que respeitava seus sentimentos. Angie sorriu levemente, sentindo-se um pouco mais aliviada por poder falar abert
— Acho que todos nós gostaríamos de ter um pouco mais de tempo para as coisas que realmente importam.Ele olhou para Angie com um sorriso leve e acrescentou:_E quem sabe seu pai não começa a se permitir mais momentos de descanso.Angie sorriu de volta, grata pela compreensão de Robert. A conversa com ele era sempre agradável.Angie, sentindo que a conversa estava se desenrolando de maneira mais leve e sincera, decidiu mudar a dinâmica. Ela deu uma risada leve, como se estivesse se permitindo sair de sua zona de conforto, e disse:— Eu estou em desvantagem aqui! Você sabe quase tudo sobre mim e eu não sei nada sobre você, Robert. Porque não muda isso?Robert a olhou com um sorriso divertido, surpreso com a ousadia dela, mas ao mesmo tempo, achando aquilo refrescante. Ele sempre estava acostumado a ser o mais reservado nas conversas, mas Angie parecia querer virar as coisas do avesso.— Então você quer que eu abra o jogo, é isso? — perguntou Robert, com um tom brincalhão.Angie fez um
_Robert... Robert... chamou Angie, tirando-o de seus pensamentos. Ele estava absorto, olhando para a água da piscina, mas a voz dela fez sua mente voltar à realidade. Seu coração deu um pequeno salto, e, ao olhar para ela, ele percebeu o quanto aquela sensação, inexplicável e intensa, estava tomando conta de si.Angie estava à sua frente, com o olhar curioso, mas um pouco confuso, como se não entendesse muito bem o que estava acontecendo. O sol ainda brilhava forte, mas a atmosfera entre os dois parecia carregar um peso, algo no ar que fazia com que as palavras de Robert se tornassem mais difíceis de serem ditas. Ele respirou fundo, como se tentasse reunir coragem para falar o que sentia, e então olhou fixamente nos olhos dela, sentindo uma estranha mistura de desejo e apreensão._Angie, eu quero te falar uma coisa. _A voz de Robert estava firme, mas um pouco trêmula. Ele nã
Aquelas palavras penetraram sua mente como uma semente, fazendo-a refletir. Ela nunca pensara dessa maneira. Talvez o segundo amor fosse realmente mais livre, mais maduro, mais consciente, talvez menos sujeito aos erros do primeiro. E ela não podia negar que, ao lado de Robert, algo dentro dela parecia despertar — uma sensação de leveza e esperança que ela não experimentava há muito tempo. Ele a fazia sorrir sem esforço, e, em seus momentos de conversa, parecia capaz de trazê-la de volta ao presente, longe das sombras do passado. Mas, ao mesmo tempo, havia uma resistência dentro dela. _E se eu me machucar de novo?_ pensou Angie. _E se a dor que eu vivi com Mark se repetir? Ela não respondeu de imediato, mas o olhar de Robert a fez sentir que ele estava esperando, com paciência, por sua decisão. Ele sabia que não podia forçá-la a dar esse passo, mas a esperança em seus olhos era clara. Ele acreditava que, com o tempo, ela poderia vê-lo não apenas como o chefe de seu pai, mas como al
Angie entrou em seu quarto com o coração batendo descompassado, como se quisesse sair pela boca. A mente estava turbilhonada, uma mistura de incredulidade e uma euforia proibida que a envolvia completamente. Ela não conseguia acreditar no que acabara de acontecer – Robert, o chefe de seu pai, Robert… Eles haviam se beijado. Era surreal, como uma fantasia que se tornava real demais para ser ignorada.Ela fechou os olhos por um momento, lembrando-se do toque dele, da suavidade e da urgência que ele transmitira. A sensação queimava sua pele, e, por mais que o medo de se machucar novamente a consumisse, havia algo mais forte dentro dela, algo que dizia para seguir em frente. Um impulso irresistível.Apesar das dúvidas, da confusão, e das cicatrizes do passado, ela se deu conta de que não poderia se deixar paralisar. O medo não poderia ser mais forte que o que havia despertado nela naquele instante. Ela sabia que estava se arriscando, mas, pela primeira vez em muito tempo, sentia que valia
Angie sorriu ao ler a última mensagem de Suzam, sentindo-se um pouco mais leve. Fechou os olhos por um momento, permitindo-se sentir o conforto de saber que, apesar dos altos e baixos, sempre teria sua amiga ao seu lado. O peso do dia começava a cobrar seu preço, e o cansaço se instalava em seus ombros. Era hora de dormir.Ela desligou o celular, jogando-o na cama ao seu lado. Com um suspiro, se ajeitou no travesseiro e fechou os olhos, tentando afastar os pensamentos que ainda zumbiam em sua mente. Mas, antes que o sono pudesse dominá-la, o impulso de pegar o celular novamente foi mais forte. Ela não sabia o que procurava, talvez apenas um pouco de distração, até que uma notificação chamou sua atenção.Sem querer, ela deslizou pela tela e abriu uma rede social. A página inicial carregou, e seus olhos se fixaram em uma foto que apareceu logo na sequência. Seu cora&cc
Angie estava completamente apaixonada. Com apenas dezoito anos, ela via em Mark tudo o que sempre quis em um homem. Era o auge da juventude, e ela acreditava firmemente que ele era o amor da sua vida. Estava no segundo ano do ensino médio e já imaginava o futuro ao lado dele. Seus planos eram claros: terminar os estudos e se casar com Mark logo em seguida. Ele era o seu “para sempre”. Ao chegar em casa, sua mãe a aguardava na porta, com um olhar atento. _Meu pai já está em casa ?. Perguntou . -Não filha , ele ainda está no trabalho . Angie franziu a testa, sua paciência já se esgotando com a rotina interminável de trabalho do pai. — Que homem sem coração é esse chefe do papai? Ele é obcecado pelo trabalho e faz os outros de escravo. — A indignação de Angie transpareceu na voz, sua frustração evidente. Natália, tentando manter a calma, parou um momento e olhou para a filha, com uma expressão que mesclava compreensão e preocupação. — Filha, não diga isso. O senhor Robert é um bom
Ela já havia conversado com Mark sobre seus sentimentos em relação a Suzy. Mark sempre a tranquilizava, dizendo que conhecia Suzy desde antes de Angie e que nunca houve nada além de amizade entre eles. Ele tentava convencê-la de que não havia motivo para ciúmes, mas Angie não conseguia afastar a sensação de desconforto. Para ela, a conexão entre os dois parecia mais intensa do que ele admitia, e isso a deixava insegura. Apesar das palavras de Mark, a presença de Suzy a fazia sentir que havia algo mais ali, algo que ela não conseguia ignorar. A conversa que tiveram não parecia suficiente para acalmar suas preocupações, e a dúvida continuava a pairar sobre sua mente enquanto tentava se concentrar na noite com os amigos. Angie tentava se convencer de que estava apenas vendo coisas e que seus ciúmes eram a verdadeira fonte de sua insegurança em relação a Suzy. Ela se repetia que não havia motivos para rivalizar com a amiga de Mark, que, segundo ele, era apenas uma boa amiga. No en