Enquanto Robert se afastava, Angie permaneceu no restaurante, ainda sentada à mesa com seu pai. Mas sua mente estava longe, perdida em pensamentos. Ela observava o movimento do restaurante, mas sua mente estava focada em tudo o que havia acontecido naquela noite.
_Eu acho que estava errada sobre ele,_pensou Angie, enquanto passava os dedos pela borda de seu copo de água, refletindo sobre suas primeiras impressões de Robert. _Talvez eu tenha julgado sem razão..._ A imagem do sorriso de Robert, sua resposta sincera à sua sinceridade, e a maneira como ele a tratou sem nenhuma fachada, começaram a mudar sua visão sobre ele. Eu preciso saber mais sobre ele. Ela não estava mais tão certa de que ele fosse o chefe frio e distante que ela havia imaginado. Sim, ele era diferente do que ela esperava, mas em um sentido que ela não conseguia explicar totalmente. Era como se, em algum momento, ele tivesse se mostrado mais humano do que o estereótipo que ela havia criado em sua mente. Angie olhou para seu pai, que estava absorto em seus próprios pensamentos, aparentemente sem notar a mudança de atitude da filha. Ela se sentiu um pouco desconcertada, ainda processando tudo o que acabara de acontecer. Ela se inclinou levemente sobre a mesa, seus olhos agora focados na conversa que havia tido com Robert. Algo dentro dela dizia que ele não era apenas o homem que sua mente havia desenhado inicialmente. Havia mais por trás daquela fachada de chefe de negócios, mais do que ela havia conseguido perceber à primeira vista. _Talvez eu precise dar mais uma chance para conhecer esse cara",_ pensou Angie, com uma leve sensação de curiosidade tomando conta de si. Uma hora depois, Angie e seus pais finalmente retornaram aos seus quartos no hotel. O silêncio da noite parecia envolvê-los enquanto o som dos passos no corredor ecoava suavemente. Quando entrou em seu quarto, Angie sentiu o cansaço do dia se instalar, mas, ao mesmo tempo, sua mente ainda estava a mil. Ela se olhou no espelho, percebendo que, apesar de tudo o que acontecera, não conseguia parar de pensar em Robert. Tirou a maquiagem, lavou o rosto e trocou de roupa, optando por algo mais confortável. Quando se deitou na cama, as cobertas se acomodando ao redor de seu corpo, ela suspirou, olhando para o teto em meio à escuridão do quarto. _Amanhã irei passar a manhã na piscina... talvez eu o veja de novo._ Pensou ela, com um leve sorriso nos lábios. A ideia de reencontrar Robert no ambiente mais descontraído da piscina trouxe uma sensação de expectativa. Ela não sabia o que esperar, mas havia algo sobre ele que agora a intrigava. _Será que ele vai estar lá? Será que vamos conversar novamente?. Fechou os olhos, mas os pensamentos sobre o que acontecera naquela noite continuavam a fluir. Mesmo com a promessa de descanso, seu coração estava inquieto, como se algo novo estivesse se formando, e ela mal podia esperar para ver o que o futuro poderia trazer. Enquanto tentava dormir, lhe veio a sua mente a traição de Mark., o silêncio do quarto parecia mais pesado do que o normal. Sua mente vagava entre as lembranças de uma decepção recente que ainda a afligia. O coração dela estava marcado pela dor de Mark, alguém em quem ela havia acreditado e se entregado, mas que, de alguma forma, a havia deixado na expectativa, sem cumprir o que prometera. As feridas ainda estavam frescas, e a tristeza parecia ter uma presença constante em sua vida. Mas, naquela noite, algo em Robert despertara nela uma sensação diferente. Não era exatamente que ela estava interessada nele de forma romântica, pelo menos não ainda. Era mais sobre a maneira como ele a tratou com sinceridade, sem rodeios. Algo nele a fez esquecer um pouco da dor de Mark, uma maneira de distrair sua mente das lembranças que a faziam se sentir vulnerável e sozinha. Ela suspirou, sentindo uma mistura de sentimentos. Não queria se apegar à ideia de uma nova possibilidade, mas também não queria continuar presa à dor do passado. No fundo, ela sabia que precisava seguir em frente, mas, por ora, ver Robert novamente poderia ser a distração que tanto procurava para começar a curar as feridas ainda abertas. Com esses pensamentos, Angie fechou os olhos, sentindo um cansaço que não era só físico, mas emocional. O sono veio lentamente, mas, mesmo enquanto ela descansava, a mente não deixava de rodar, misturando lembranças de Mark e novas possibilidades com Robert. O que o futuro traria, ela não sabia, mas uma coisa era certa: ela precisava de algo novo para olhar e se apoiar. Angie adormeceu o sono finalmente a alcançando depois de horas de pensamentos e emoções conflitantes. No entanto, na manhã seguinte, o despertar foi mais tranquilo. A luz suave do dia começava a invadir o quarto, e logo um toque suave na porta anunciou a chegada do café da manhã. O serviço no quarto era exatamente como ela imaginava: requintado e confortável. A mesa estava repleta de opções deliciosas, e o aroma de café fresco preenchia o ambiente. "Realmente, esse resort é tudo de bom," pensou Angie, sorrindo enquanto se sentava para aproveitar a refeição. O luxo ao seu redor parecia tirar um pouco o peso da noite anterior e dar uma sensação de aconchego que ela tanto precisava. Depois de se alimentar e relaxar um pouco, Angie se levantou, decidida a aproveitar o dia. Dirigiu-se até o guarda-roupa e escolheu um biquíni elegante, um modelo que ela sabia que a fazia se sentir bem e confiante. Pegou seus óculos de sol, colocou o protetor solar com cuidado e, com um suspiro de satisfação, saiu em direção à piscina. Ela se acomodou em uma espreguiçadeira à beira da piscina, sentindo o calor do sol em sua pele e deixando o som suave da água ao redor tranquilizá-la. Angie sabia que, por mais que tentasse se distrair, algo lhe dizia que aquela manhã poderia ser mais interessante do que imaginava.Robert finalizou a ligação com um suspiro e se clamou, retornando para a mesa com passos firmes. Angie, sem conseguir conter sua curiosidade, casualmente olhando para ele, os olhos fixos, como se buscasse entender o que se passava em sua mente. Quando se acomodou, observa que Angie não conseguiu desviar os olhos dele. O olhar dela era profundo, curioso, como se estivesse tentando decifrar algo que ele ainda não havia revelado. Mas, ao contrário do que poderia parecer, ele também não conseguia tirar os olhos dela. Algo entre eles pareciam suspensos no ar, como uma conversa não dita. Enquanto seus pais conversavam e admiravam o ambiente sofisticado do restaurante, os dois continuavam a se observar em silêncio, cada um perdido na presença do outro. _Então, Angie, me fale sobre você. Tudo o que eu sei foi seu pai quem me contou, mas eu gostaria de ouvir de você. Robert falou, a voz suave, mas cheia de um interesse genuíno. Seus olhos permaneciam fixos nela, tentando capturar cada nuance
Angie deitava tranquila à beira da piscina, o som suave da água e o calor do sol criando o ambiente perfeito para relaxar. Ela estava aproveitando a paz que aquele momento proporcionava, sem pressa, sem preocupações. "Talvez ele esteja trabalhando," pensou, referindo-se a Robert, já que não o viu por ali. "Bem, vou curtir sozinha mesmo." A ideia de passar o dia tranquila, sem pensar em nada além do momento presente, parecia a melhor escolha . Ela se acomodou melhor na espreguiçadeira, tirando o óculos de sol para deixar os raios de sol tocarem seu rosto. Era um daqueles momentos em que se sentia em sintonia com o lugar, uma sensação de liberdade que a fez sorrir sozinha. Porém, sua paz foi interrompida quando um homem se aproximou de sua espreguiçadeira. Ela percebeu que ele estava se aproximando com uma postura descontraída, mas logo entendeu que sua intenção era bem diferente. Ele parou ao seu lado e, com um sorriso um tanto excessivo, começou a falar. — Oi, tudo bem? Não pu
Angie, que também percebeu que reagiu de maneira mais ríspida do que gostaria, respirou fundo. Ela não queria parecer rude com ele, especialmente depois da forma como ele havia a defendido. Por isso, se recompôs rapidamente e olhou para Robert com um olhar mais suave. — Olha, me desculpe... Eu não deveria ter falado assim. — Ela fez uma pausa, sentindo um nó no peito. — Isso é um assunto um pouco dolorido... Eu tinha um namorado, mas terminamos, e não foi de maneira amigável. Robert a observou com atenção, percebendo a sinceridade em suas palavras. Ele não quis pressioná-la mais, respeitando o espaço que ela parecia precisar, e apenas acenou com a cabeça, compreendendo o que ela estava dizendo. — Entendo, Angie. Não quero trazer à tona algo que te faça sentir mal. Sinto muito por ter tocado nesse ponto — disse ele, com um tom mais suave agora, querendo transmitir a ela que respeitava seus sentimentos. Angie sorriu levemente, sentindo-se um pouco mais aliviada por poder falar abert
Angie estava completamente apaixonada. Com apenas dezoito anos, ela via em Mark tudo o que sempre quis em um homem. Era o auge da juventude, e ela acreditava firmemente que ele era o amor da sua vida. Estava no segundo ano do ensino médio e já imaginava o futuro ao lado dele. Seus planos eram claros: terminar os estudos e se casar com Mark logo em seguida. Ele era o seu “para sempre”. Ao chegar em casa, sua mãe a aguardava na porta, com um olhar atento._Meu pai já está em casa ?. Perguntou .-Não filha , ele ainda está no trabalho .Angie franziu a testa, sua paciência já se esgotando com a rotina interminável de trabalho do pai.— Que homem sem coração é esse chefe do papai? Ele é obcecado pelo trabalho e faz os outros de escravo. — A indignação de Angie transpareceu na voz, sua frustração evidente.Natália, tentando manter a calma, parou um momento e olhou para a filha, com uma expressão que mesclava compreensão e preocupação.— Filha, não diga isso. O senhor Robert é um bom patrã
Ela já havia conversado com Mark sobre seus sentimentos em relação a Suzy. Mark sempre a tranquilizava, dizendo que conhecia Suzy desde antes de Angie e que nunca houve nada além de amizade entre eles. Ele tentava convencê-la de que não havia motivo para ciúmes, mas Angie não conseguia afastar a sensação de desconforto. Para ela, a conexão entre os dois parecia mais intensa do que ele admitia, e isso a deixava insegura. Apesar das palavras de Mark, a presença de Suzy a fazia sentir que havia algo mais ali, algo que ela não conseguia ignorar. A conversa que tiveram não parecia suficiente para acalmar suas preocupações, e a dúvida continuava a pairar sobre sua mente enquanto tentava se concentrar na noite com os amigos. Angie tentava se convencer de que estava apenas vendo coisas e que seus ciúmes eram a verdadeira fonte de sua insegurança em relação a Suzy. Ela se repetia que não havia motivos para rivalizar com a amiga de Mark, que, segundo ele, era apenas uma boa amiga. No en
Angie não conseguia acreditar no que via. As palavras pareciam não fazer sentido, e o mundo ao seu redor havia se tornado irreconhecível. Ela segurava o celular com as mãos trêmulas, os olhos fixos na tela, onde uma foto a encarava com uma frieza cruel. Mark, seu namorado, estava ali, claramente beijando Suzy. O sorriso de Suzy, tão familiar e tão sedutor, estava estampado junto ao rosto de Mark, e a cena a fez gelar por dentro. A dor foi imediata, como uma faca cortando fundo. Era como se o ar tivesse sumido. Suzy... A mesma Suzy que Angie sempre desconfiara que tinha sentimentos por Mark, mas ele sempre havia insistido com um sorriso tranquilizador: “É só uma amiga, Angie, você está exagerando.” Ele tinha dito isso tantas vezes, e ela acreditara, mesmo com aquele aperto no peito sempre que Suzy estava por perto. Mas agora, ali, naquela foto, não havia mais espaço para dúvidas. Mark a havia mentido, e Suzy... Suzy sempre esteve ali, mais perto do que Angie jamais imaginou. Angie
Angie se arrumou muito bem e foi com seus pais para o jantar com o figurão . Ela foi a contragosto ,mas foi . Ao chegar no restaurante do resort decidiu ir ao banheiro primeiro . _vão indo na frente , preciso ir ao toalete .disse ela aos seus pais . _Não demore filha . Disse a sua mãe . Angie entrou no banheiro, respirando fundo para tentar aliviar o desconforto que sentia. Ela estava longe de grandes perspectiva de uma noite cheia de conversas superficiais e olhares avaliadores, isso fazia sentir-se ainda mais inquieta e desconfortável . Ela se olhou no espelho, ajustou o cabelo e tentou se animar. No fundo, sabia que a situação era uma oportunidade para aprender e, quem sabe, até fazer boas conexões, mas a possibilidade de passar a noite só ouvindo seus pais falarem sobre trabalho com o Senhor Robert , o patrão de seu pai,a impedia de se empolgar. Ela lavou as mãos e foi em direção a mesa em que seus pais estavam . Ela ficou surpresa ao ver que o homem jovem que a estava o
_Isso não justifica o que aconteceu. disse o diretor, a voz grave e autoritária. _Vou liberar você Angie Vá para casa e esfrie a cabeça. Aliás vocês três estão dispensados. As palavras dele cortaram o ar, e a sensação de derrota parecia pesar sobre todos ali. O diretor, tentando manter a calma em meio ao caos, fez um gesto para que todos se retirassem. Mark, ainda atônito, olhou uma última vez para Angie, mas sabia que as consequências já estavam além de qualquer explicação. Angie falou apenas algu palavras para eles: _Não precisam fazer mais nada pelas minhas costas , Suzy ele é todo seu , uma vez traidor sempre traidor . Depois virou as costas e foi embora com o pingo de dignidade que lhe restava . O olhar de ódio no rosto de Angie ,fez Mark perceber que cometeu um erro irremediável . _Deixa ela ir Mark. Disse Suzy . _Não me toque ,olha o que você fez . _Eu fiz , nós fizemos Mark , você é tão culpado quanto eu . _Você sabia que eu namorava e mesmo assim sempre dava