_Robert... Robert... chamou Angie, tirando-o de seus pensamentos. Ele estava absorto, olhando para a água da piscina, mas a voz dela fez sua mente voltar à realidade. Seu coração deu um pequeno salto, e, ao olhar para ela, ele percebeu o quanto aquela sensação, inexplicável e intensa, estava tomando conta de si.
Angie estava à sua frente, com o olhar curioso, mas um pouco confuso, como se não entendesse muito bem o que estava acontecendo. O sol ainda brilhava forte, mas a atmosfera entre os dois parecia carregar um peso, algo no ar que fazia com que as palavras de Robert se tornassem mais difíceis de serem ditas. Ele respirou fundo, como se tentasse reunir coragem para falar o que sentia, e então olhou fixamente nos olhos dela, sentindo uma estranha mistura de desejo e apreensão.
_Angie, eu quero te falar uma coisa. _A voz de Robert estava firme, mas um pouco trêmula. Ele nã
Aquelas palavras penetraram sua mente como uma semente, fazendo-a refletir. Ela nunca pensara dessa maneira. Talvez o segundo amor fosse realmente mais livre, mais maduro, mais consciente, talvez menos sujeito aos erros do primeiro. E ela não podia negar que, ao lado de Robert, algo dentro dela parecia despertar — uma sensação de leveza e esperança que ela não experimentava há muito tempo. Ele a fazia sorrir sem esforço, e, em seus momentos de conversa, parecia capaz de trazê-la de volta ao presente, longe das sombras do passado. Mas, ao mesmo tempo, havia uma resistência dentro dela. _E se eu me machucar de novo?_ pensou Angie. _E se a dor que eu vivi com Mark se repetir? Ela não respondeu de imediato, mas o olhar de Robert a fez sentir que ele estava esperando, com paciência, por sua decisão. Ele sabia que não podia forçá-la a dar esse passo, mas a esperança em seus olhos era clara. Ele acreditava que, com o tempo, ela poderia vê-lo não apenas como o chefe de seu pai, mas como al
Angie entrou em seu quarto com o coração batendo descompassado, como se quisesse sair pela boca. A mente estava turbilhonada, uma mistura de incredulidade e uma euforia proibida que a envolvia completamente. Ela não conseguia acreditar no que acabara de acontecer – Robert, o chefe de seu pai, Robert… Eles haviam se beijado. Era surreal, como uma fantasia que se tornava real demais para ser ignorada.Ela fechou os olhos por um momento, lembrando-se do toque dele, da suavidade e da urgência que ele transmitira. A sensação queimava sua pele, e, por mais que o medo de se machucar novamente a consumisse, havia algo mais forte dentro dela, algo que dizia para seguir em frente. Um impulso irresistível.Apesar das dúvidas, da confusão, e das cicatrizes do passado, ela se deu conta de que não poderia se deixar paralisar. O medo não poderia ser mais forte que o que havia despertado nela naquele instante. Ela sabia que estava se arriscando, mas, pela primeira vez em muito tempo, sentia que valia
Angie sorriu ao ler a última mensagem de Suzam, sentindo-se um pouco mais leve. Fechou os olhos por um momento, permitindo-se sentir o conforto de saber que, apesar dos altos e baixos, sempre teria sua amiga ao seu lado. O peso do dia começava a cobrar seu preço, e o cansaço se instalava em seus ombros. Era hora de dormir.Ela desligou o celular, jogando-o na cama ao seu lado. Com um suspiro, se ajeitou no travesseiro e fechou os olhos, tentando afastar os pensamentos que ainda zumbiam em sua mente. Mas, antes que o sono pudesse dominá-la, o impulso de pegar o celular novamente foi mais forte. Ela não sabia o que procurava, talvez apenas um pouco de distração, até que uma notificação chamou sua atenção.Sem querer, ela deslizou pela tela e abriu uma rede social. A página inicial carregou, e seus olhos se fixaram em uma foto que apareceu logo na sequência. Seu cora&cc
Quando saiu do quarto , sua mãe parecia mais animada que nunca. Ela já estava pronta para o dia, com um sorriso no rosto e a energia de sempre. Angie tentou seguir o fluxo, embora a preocupação com a possibilidade de esbarrar em Robert ainda estivesse presente em sua mente._Então, o que vamos fazer primeiro?"_disse sua mãe, animada._ podemos aproveitar a piscina, tem aquele barzinho que você adora..."Angie olhou para ela, tentando disfarçar a preocupação que ainda tinha. Não queria ser mal-educada, mas estava lutando contra a avalanche de sentimentos confusos. "Acho que... a piscina seria bom." Ela deu um sorriso sem muita convicção, mas queria manter as coisas leves._"Ótimo, então! Vamos aproveitar antes que o sol fique muito forte!_Seu pai disse, com um sorriso acolhedor. "Vamos curtir o dia e esquecer esses problemas por um tempo, filha."Angie assentiu, tentando se convencer de que, ao menos por hoje, ela poderia tentar deixar a dor de lado. Ao caminharem para a área da piscina
Angie se afastou sem olhar para trás. Robert ficou ali, parado, observando seus passos até que ela sumisse entre as árvores que cercavam o resort. O vento soprou leve, mas dentro dele o peso era esmagador. Ele sentia o gosto amargo da decepção — não por ter sido rejeitado, mas por saber que tinha falhado com alguém que, mesmo em tão pouco tempo, tinha tocado algo profundo dentro dele.Ela não merecia isso. Não depois de tudo que havia contado. Não depois de ter se aberto sobre a traição, sobre o medo de confiar de novo. E ele... ele, idiota, tinha deixado o passado e as amarras da família interferirem justamente quando deveria ter sido transparente.Robert passou a mão pelos cabelos, respirando fundo. Algo dentro dele se acendeu — uma certeza que até então ele tinha adiado enfrentar.Ele precisava resolver essa situação
Naquele fim de tarde, querendo apenas respirar longe de tudo, Angie decidiu ir até a praça perto do terminal. Era seu lugar seguro, onde costumava ler ou apenas ficar sozinha. Mas dessa vez, havia alguém esperando por ela.Robert.Ele estava encostado em uma árvore, com os ombros tensos e um olhar nervoso, como se estivesse esperando por algo ou alguém.Ela parou no meio da calçada, surpresa, e por um momento pensou em simplesmente voltar. Mas já era tarde demais — ele a havia visto.— Você de novo? — disse Angie, tentando disfarçar a surpresa, mas não conseguindo esconder a impaciência na voz.Robert deu um leve sorriso, sem graça.— Eu sei. Tô ficando repetitivo, né?— Bastante. — ela respondeu, cruzando os braços. — Não tem como você par
Angie estava completamente apaixonada. Com apenas dezoito anos, ela via em Mark tudo o que sempre quis em um homem. Era o auge da juventude, e ela acreditava firmemente que ele era o amor da sua vida. Estava no segundo ano do ensino médio e já imaginava o futuro ao lado dele. Seus planos eram claros: terminar os estudos e se casar com Mark logo em seguida. Ele era o seu “para sempre”. Ao chegar em casa, sua mãe a aguardava na porta, com um olhar atento. _Meu pai já está em casa ?. Perguntou . -Não filha , ele ainda está no trabalho . Angie franziu a testa, sua paciência já se esgotando com a rotina interminável de trabalho do pai. — Que homem sem coração é esse chefe do papai? Ele é obcecado pelo trabalho e faz os outros de escravo. — A indignação de Angie transpareceu na voz, sua frustração evidente. Natália, tentando manter a calma, parou um momento e olhou para a filha, com uma expressão que mesclava compreensão e preocupação. — Filha, não diga isso. O senhor Robert é um bom
Ela já havia conversado com Mark sobre seus sentimentos em relação a Suzy. Mark sempre a tranquilizava, dizendo que conhecia Suzy desde antes de Angie e que nunca houve nada além de amizade entre eles. Ele tentava convencê-la de que não havia motivo para ciúmes, mas Angie não conseguia afastar a sensação de desconforto. Para ela, a conexão entre os dois parecia mais intensa do que ele admitia, e isso a deixava insegura. Apesar das palavras de Mark, a presença de Suzy a fazia sentir que havia algo mais ali, algo que ela não conseguia ignorar. A conversa que tiveram não parecia suficiente para acalmar suas preocupações, e a dúvida continuava a pairar sobre sua mente enquanto tentava se concentrar na noite com os amigos. Angie tentava se convencer de que estava apenas vendo coisas e que seus ciúmes eram a verdadeira fonte de sua insegurança em relação a Suzy. Ela se repetia que não havia motivos para rivalizar com a amiga de Mark, que, segundo ele, era apenas uma boa amiga. No en