Quatro anos mais tarde...
Levi Martinelli
Estou atrasado para uma reunião importante, logo hoje não poderei ter Lind comigo, Enrico amanheceu enjoadinho e ela preferiu ficar com ele em casa. Srta. Paula já me ligou duas vezes, na última pedi que ela colocasse Donald Wilson em minha sala e o servisse com uma água e café. Mais cinco minutos e eu chego, pelo menos é o que eu penso se o trânsito ajudar, normalmente é tranquilo, mas como tive que desviar para deixar Eva na escola, peguei a hora do rush matinal.
Donald é o representante de uma empresa norueguesa com quem estou negociando um contrato que será muito bom e se tudo der certo, vou poder atuar naquele país.
Pouco mais de dez minutos se passaram e eu finalmente cheguei, antes mesmo que Ralf abra a porta, salto e sigo para o corredor que dá acesso ao elevador privativo. Norm
Anos mais tarde...Levi Martinelli— Eva, filha! — Lind chama. — Tem certeza de que é isso o que quer? Não tinha mudado de ideia, o que aconteceu?Ao contrário do que pensei, ela não esqueceu a promessa que fez de se graduar na Itália. Por um momento cheguei a pensar que o Ferrell loirinho a convenceria a ficar, o que não aconteceu.Ontem foi seu aniversário de dezoito anos e após um jantar em família, ela foi comemorar com os amigos. Não vi a hora que chegou, embora tenha ido dormir bem tarde esperando. Hoje cedo, no café da manhã, ela estava muito sorridente e disse que talvez não fosse, que ficaria por aqui mesmo, perguntou o que eu e a mãe achávamos e nós dissemos que a apoiaríamos no que escolhesse, mas então ela saiu e voltou toda estranha, decidida a ir embora. Por ma
Nota da AutoraO casal deste livro tem início no livro um, contudo, AMO-TE Loucamente tem sua sequência exatamente após o casamento de Kate e Josh, de AMO-TE Desde sempre.São livros individuais, porém, os personagens transitam no mesmo universo. Para uma melhor leitura, AMO-TE Desde sempre deve ser lido primeiro.Em AMO-TE Loucamente vamos acompanhar como foi toda trajetória do casal que cativou muitos leitores ainda no livro um. Todos sabem, devido a alguns spoilers do livro anterior, como nosso casal termina, porém, o caminho traçado por eles não foi nada fácil, todavia, toda turbulência só serviu para uni-los ainda mais e mostrar que o amor é maior que tudo quando se ama loucamente.Por favor, esteja ciente de que AMO-TE Loucamente contém cenas maduras, para maiores de dezoito anos.Abraços, Júlia AshleyLevi MartinelliOlhando Lindsey adormecida ao meu lado, penso em como a vida é uma caixinha de surpresas. Quem diria que hoje estaríamos à caminho da Itália para o nosso casamento
Lindsey Morgan Desço da aeronave sentindo um peso no estômago. Não posso nem culpar a gravidez, já que morro de medo de voar e como se fosse pouco, ainda tenho a perspectiva de encarar toda família de Levi. Saber que sua avó e irmã estarão lá não alivia o peso. Apesar de ter conhecido os membros mais importantes, sei que agora estarão todos reunidos e pelo que ele contou, são muitos. Segundo Levi, culturalmente, os italianos dão muito valor aos laços de família. Grandes núcleos frequentemente moram juntos, o que é o caso deles, já que a propriedade é imensa, cada um construiu seu lar em redor da casa grande, onde vive sua nonna, como ele chama. Ela é respeitada como provedora e matriarca, já que seu avô é falecido. O irmão e a cunhada, tias, tios, primos e claro, a tal Kiara, a prima prometida nos aguardam. Ele me falou da história da tradição familiar, nunca imaginei que os pais dele eram primos, e seus avós, seus bisavós, e os que vieram antes deles. Que coisa mais bizarra. Ago
Lindsey MorganAssim que entramos, observo todos na sala, alguns rostos já conhecidos por mim. Porém outros, completamente estranhos, eles me observavam calados, eu me sinto como uma ameba em um microscópio.— Madonna mia, mio bambino! Lindsey mio caro — a avó de Levi vem em nossa direção, seu gesto faz com que eu me sinta menos desconfortável. — Benvenuto (bem-vinda). Fizeram uma boa viagem?— Sim, nonna — Levi abraça e beija sua avó e em seguida ela faz o mesmo comigo.— Venha querida — diz em inglês. — Venha conhecer sua nova família.Olho para Levi que apenas sorri. Ela passa seu braço pelo meu e vai me apresentando um a um. Primeiro um senhor muito distinto, ele me olhou com um ar superior, diferente da mulher ao seu lado que tinha um sorriso aberto e me cumprimentou com beijos calorosos na bochecha, ao seu lado um casal jovem que deduzi logo ser Lorenzo e sua esposa, ambos muito simpáticos, também me trataram muito bem.Observei algumas crianças correndo pelo ambiente, pareciam
Lindsey MorganTempos mais tarde, eu tinha comido muito pouco e estava feliz que o quê havia comido permaneceu em meu estômago, mas as horas de voo e toda agitação do almoço, que entrou pela tarde, estava cobrando seu preço. Eu me sentia exausta.— Você precisa descansar. Vou te levar para a cama — Levi diz e o duplo sentido de suas palavras me deixa dividida entre descansar e... Bem, ele está muito gostoso ultimamente.Depois de nos despedir dizendo que vamos nos recolher, Levi me leva a um quarto lindo, resolvo tomar um banho, enquanto ele vai buscar as malas no carro. Logo ouço o vidro do box se abrir e suas mãos frias tocam meu corpo que está quente devido à temperatura da água.Ele me abraça por trás, viro-me e enlaço seu pescoço.— Não foi tão ruim assim, foi?— Na verdade, não! — eu digo beijando seu queixo e movo minhas mãos do seu pescoço para os seus braços, faço o caminho de volta, agora com as unhas, enquanto ele me toma em um beijo ainda mais quente que a água que escorre
Levi MartinelliUma hora depois, levo meus olhos em direção à janela, já é noite, contudo, ainda tenho um tempinho. Começo a ler o contrato de fusão com a companhia Ferrell, além da minha, tem duas outras empresas no mesmo processo. Com isso, vamos nos tornar um complexo capaz de atender o mais variado público, atuando desde a área alimentícia, têxtil, tecnológica e até hotelaria. Algo muito vantajoso para todos. Depois de ver que está tudo ok, envio um e-mail concordando e peço para dar continuidade, porém, acho que ainda levará algumas semanas para que tudo seja concretizado.Encerro o trabalho por hoje, Lindsey ainda dorme, resolvo deixá-la dormir e após o jantar, trago algo para ela se alimentar.Como tinha tomado banho há pouco tempo, troco de roupa e desço.A sala não está cheia, mas conta com cerca de dez pessoas presentes, vou cumprimentando um e outro, até que ouço.— Figlio, onde está sua noiva? — minha nonna pergunta assim que me vê. Vou até onde está sentada, me abaixo e b
Levi MartinelliLindsey se levantou, pedindo para ir ao toalete, acabei indo com ela.— O que foi, está enjoada?— Sim. Um pouco, você não precisa ir comigo, mas se for, vamos logo ou mostro o conteúdo do estômago aqui na frente de todo mundo.Assim que entramos, ela foi logo se abaixando no vaso e eu segurei seus cabelos, enquanto ela colocava todo jantar para fora com um espasmo atrás do outro, quando terminou, a ajudei a ir até a pia para lavar a boca e o rosto.— Isso é normal? Você está assim há muitos dias.— É normal sim, ainda mais no início. Não vejo a hora de essa fase passar, mas não estou reclamando, esse bebê é o meu milagre e passo por tudo isso feliz.Quando ela termina, a viro para mim e coloco uma mecha de cabelo atrás da sua orelha e olhando em seus olhos, sei bem o que ela está falando. Quando a questionei sobre ter afirmado não poder ter filhos, ela me explicou a situação e depois quando fomos ao médico, ela explicou que de fato foi um caso raro, pois sofria de um
Francesca MartinelliUm tempo depois, ela sobe e disfarçadamente eu olho para Kiara, que entende imediatamente o que deve fazer.Vou até meu filho e o convido para um passeio no jardim.— Quero ver a Lindsey, ela não estava muito bem, a nonna disse que um chá de gengibre com biscoitos de canela seria bom.— Esse chá é ótimo, tomei muitas vezes quando estava grávida de você e de seus irmãos. Mas, não vai demorar querido, logo o libero para cuidar de sua noiva.Ele concorda, entrelaço meu braço ao dele e caminhamos para fora. Como está frio, ficamos na varanda, o convido para sentar na beirada de um batente a assim ele faz. Instantes depois, eu começo a falar.— Levi, eu sei que começamos com o pé esquerdo, toda essa situação, a tradição...— Mamma...— Por favor, deixe-me falar — peço. Ele acena e eu continuo. — Sou uma mulher à moda antiga, ligada a certas coisas que para vocês, jovens, não tem valor. Mas por amor a um filho, uma mãe é capaz de rever seus conceitos e com isso, eu quer