Lindsey MorganÉ fácil entender o porquê de Levi gostar tanto de sua família, eles demonstram serem muito unidos, tudo parece perfeito, penso enquanto os vejo sorrindo e conversando com seus gestos efusivos, mas, ao olhar para o lado e ver aquelas duas, volto atrás, todos são maravilhosos, exceto pela bruxa napolitana e a noiva largada, essas vieram com defeito de fábrica.“Talvez sejam resultado dessa mistura maluca entre primos — penso. — Não, não, Levi é perfeito. — olho para ele sorrindo, enquanto conversa com o irmão. Perfeito demais para a sanidade que não tenho.”Volto minha atenção para essa coisinha fofa ao meu lado, que também tem um defeito, pelo que está me contando, adora monstrinhos e eu tenho pavor deles.Aos poucos percebo a sala ficando vazia, como também estou cansada, me despeço da Giulia no exato momento que sua mãe vem chamá-la. Vou até Levi e digo que vou subir, ele promete ir em seguida. Ao me virar e dar de cara com a prima dele nos olhando, volto e deixo um av
Levi MartinelliObservo Lindsey tomando seu chá, sua mão ainda trêmula.— Quando ouvi seu grito, imaginei que alguém estivesse atacando você — Julianna fala olhando para ela enquanto estende um pote com biscoitos de canela. — Coma um pouco.— E estavam! Os meliantes queriam me matar, ainda vieram em bando, não viu? Eles me olhavam como se dissessem: “Viemos te pegar” — faz uma voz engraçada.Acabo sorrindo com seu exagero e Lorenzo também. Ele ainda não tinha chegado a casa e voltou no meio do caminho assim que ligamos, apesar de sua residência ficar aqui na Quinta, a propriedade é grande e tem certa distância entre as casas, conferindo privacidade aos moradores.Outra coisa que ajudou, é que ele sempre anda com sua maleta médica no carro, assim pôde fazer uma avaliação preliminar, constatando que foi apenas um susto, graças a Deus.— Ainda bem que eram sapinhos pequenos... — digo.— PEQUENOS? — ela arregala seus enormes olhos verdes para mim. — Eles eram enormes... — faz um gesto com
Lindsey MorganAbro um olho e depois o outro, a luminosidade me incomoda um pouco, eu ainda estou com muito sono, porém, não posso me dar ao luxo de ficar mais tempo na cama, ou Julianna cumpre a ameaça de vir me buscar, ao menos foi o que ela falou quando me viu retornando do passeio com Levi, cedinho.“— Pela cara de vocês dois, imagino que andaram aprontando e a senhorita não deve ter descansado nada, não é? Pois, aproveite o restante da manhã que quando estiver perto do horário, vou buscá-la.” — dissera.Eu tinha certeza de que faria isso. Contudo, por nada deste mundo eu trocaria o passeio que fiz com Levi mais cedo. Depois de termos feito amor boa parte da noite, acabei adormecendo, por pouco tempo, logo percebi uma movimentação no quarto; era ele.“— Eu preciso dar uma saída, vou com meu pai, olhar uma praga que surgiu em uma parte das parreiras” — disse assim que me viu acordada. — “E você, volte a dormir, não descansou nada”.Às vezes eu tinha vontade de lhe dar uma resposta
Lindsey MorganDepois de nos despedir de minha cunhada na entrada, quando retornamos para a casa, assim que entramos no quarto, fomos tomar um banho quente, pois, realmente estava frio. E claro que quando voltamos para o quarto, ele cumpriu a promessa de nos amarmos mais uma vez em nossa cama.Antes de sair para encontrar seu pai, de forma muito carinhosa, ele se aproximou, beijou minha testa e falou enquanto puxava o edredom sobre meu corpo.— “Vou tentar não demorar. Agora descanse um pouco” — deu-me um selinho e saiu.Um bip me arranca das minhas lembranças libidinosas. Estico o braço alcançando o aparelho celular e constato que é uma mensagem de Tay, perguntando como está sendo conhecer a Itália ao lado do pão italiano. É impossível não sorrir da minha amiga. Mando uma mensagem de volta dizendo que está sendo maravilhoso e que conto tudo mais tarde, ela responde um “ok” e diz por fim, “não coma muito pão, que engorda”. Mal sabe ela que estou me empanturrando.Sorrio alongando meus
Momentos antes...Francesca Martinelli“Essa insolente pensa que é quem para me afrontar desta forma?”Vejo-a sair com o nariz em pé, cheia de altivez como se fosse uma de nós. Vou dar um jeito de me livrar dela e será hoje, ela não dorme nem mais um dia nesta casa.Vou em direção ao escritório que fica na casa e encontra-se vazio, onde aquele imbecil se meteu? Com Joseph e Levi ele não está, onde pode ter se enfiado.Pego o celular e disco seu número. — Mia zia (minha tia), em que posso ajudá-la.— Quero falar com você agora. Não importa onde esteja e nem o que está fazendo. Estou lhe esperando na vinícola central. Você tem dez minutos — desligo e saio.Estou impaciente, tem mais de cinco minutos que espero aquele incompetente chegar. Ando de um lado para o outro, repassando o plano em minha mente. Ouço um barulho e ele entra todo sorridente.— Sono qui (estou aqui), o que deseja de mim.— Demorou demais — reclamo. — Agora ouça.Começo a contar tudo o que tenho em mente e como quero
Lindsey MorganAssim que chego ao topo da escada, vejo a movimentação lá embaixo. Começo a descer com uma calma que não sinto.— Que bom que desceram, estava quase mandando alguém ir buscá-las — a avó de Levi fala quando nos vê entrando na sala.— Desculpe o atraso — falei me sentindo envergonhada.— Não se desculpe por isso, minha querida. Os carros já estão prontos, agora que vocês chegaram, podemos ir.Nos instantes seguintes, eu fui conduzida ao carro em que a nonna iria, junto com a pequena Giulia e Giovanna, esposa de Lorenzo. Fomos apresentadas e simpatizei de imediato com ela, assim como meu cunhado previu. Julianna preferiu ir no carro que seria guiado por Mateo, este também foi muito agradável, me cumprimentando de forma entusiasmada e afirmando que o primo era um homem de sorte, eu apenas sorria do seu jeito brincalhão.Durante todo o trajeto, Giovanna veio conversando comigo e com a Giulia, que estava muito animada, falando de seu vestido de princesa. Observei que a avó de
Lindsey MorganA conversa continua e quando dou por mim, estamos falando dos pontos turísticos da Itália.— Aqui mesmo tem um jardim muito lindo, com uma bela fonte, não é igual a Fontana di Trevi, na verdade é bem menor, mas atrai muitos turistas e as pessoas costumam ir lá fazer pedidos, dizem que sempre são atendidos.— Eu adoraria conhecer — falo entusiasmada.— Posso acompanhá-la. Não é longe.— Vamos todos, então... — Mateo fala e Julianna abaixa o olhar. Percebo que ficou triste por não ficar a sós com o primo.— Não é necessário, terminem o lanche de vocês e depois podem nos encontrar lá — digo. Ela abre um sorriso brilhante para mim.— Tem certeza? — Mateo pergunta e olha para Pietro.— Claro, está tudo bem — respondo.— Não é como se eu fosse raptá-la, pode deixar que vou cuidar dela — Pietro fala e nesse momento percebo minha cunhada ficar indecisa. Antes que mude de ideia e perca a chance de ficar a sós com Mateo, levanto e me despeço deles.Enquanto caminhamos, Pietro pux
Levi MartinelliDepois que meu pai resolveu se aposentar, ele largou tudo nas mãos dos empregados e de Pietro, meu primo, que não administra da mesma forma que era antes e com isso, minha nonna esboçou preocupação.Apesar de ter percebido durante o pouco tempo que cheguei o quanto senti falta daqui, não tenho a intenção de voltar. Há muito tempo me estabeleci no Canadá e é lá que pretendo continuar.O que não quer dizer que não possa dar uma força enquanto estiver aqui.Um tempo depois, absorto, ouço uma batida na porta e minha nonna entra, levanto-me imediatamente e vou ao seu encontro, lhe dando um beijo na testa.— Mia nonna, que bom que chegaram. Onde está Lindsey? — pergunto por minha noiva.— Apenas eu, Giovanna, aquelas duas velhas chatas que tenho como irmãs, e Giulia, voltamos, Lindsey ficou com Julianna, Antonella e Fiorella, Mateo irá trazê-las. Essa velha aqui não aguenta mais essas atividades que demandam tanto tempo.— Mateo já chegou? Aquele farabutto não veio me ver. Q