Lindsey Morgan
Tempos mais tarde, eu tinha comido muito pouco e estava feliz que o quê havia comido permaneceu em meu estômago, mas as horas de voo e toda agitação do almoço, que entrou pela tarde, estava cobrando seu preço. Eu me sentia exausta.
— Você precisa descansar. Vou te levar para a cama — Levi diz e o duplo sentido de suas palavras me deixa dividida entre descansar e... Bem, ele está muito gostoso ultimamente.
Depois de nos despedir dizendo que vamos nos recolher, Levi me leva a um quarto lindo, resolvo tomar um banho, enquanto ele vai buscar as malas no carro. Logo ouço o vidro do box se abrir e suas mãos frias tocam meu corpo que está quente devido à temperatura da água.
Ele me abraça por trás, viro-me e enlaço seu pescoço.
— Não foi tão ruim assim, foi?
— Na verdade, não! — eu digo beijando seu queixo e movo minhas mãos do seu pescoço para os seus braços, faço o caminho de volta, agora com as unhas, enquanto ele me toma em um beijo ainda mais quente que a água que escorre por nossos corpos.
— Sei o que você quer, mas precisa descansar. Percebi que não se alimentou direito também.
— Tudo bem, mas só porque estou realmente cansada.
Após o banho, vestimos roupas leves e ficamos deitados, conversando.
— Não sabia que sua família era tão grande. E aquelas crianças, elas são loucas por você.
Sinto seu sorriso silencioso, levanto a cabeça e percebo que tinha razão.
— Eu também gosto muito de todos eles, em especial aquela pequena de cabelo loirinho. Pouco antes de viajar para o Canadá, ela nos deu o maior susto, saiu de casa para brincar sem que sua mãe percebesse e acabou se perdendo, foi uma manhã inteira de aflição, até que a encontrei perto do lago, até hoje não sei como ela percorreu uma distância tão grande.
— E o que há entre você e seu primo Pietro?
— Por que acha que existe algo? — pergunta na defensiva.
— Não sei, só achei que você muda o comportamento quando ele está por perto. Já com a irmã dele...
— O que tem?
— Não acha que foi caloroso demais com os cumprimentos? Aquele abraço quase fundindo um corpo no outro...
— Fazer o quê, somos assim por natureza — diz cínico. — O quê? Está com ciúmes?
— Claro que não. Só a achei atiradinha demais.
— Longe disso, Kiara também não concorda com essa história de casamento entre primos, apenas nos damos bem, só isso.
Não digo nada, fico passando meus dedos em seu peito liso, sentindo os gominhos de seu abdômen definido. Ele está com seus dedos em meus cabelos, mas o sono não vem.
Eu estava excitada demais para dormir.
— Não vai dormir até ter o que quer não é? — devo ser muito transparente ou ele já aprendeu a ler meu corpo para saber o que se passa comigo.
— Não... — digo com a voz falha quando sinto sua mão alcançar minha intimidade.
Ele começa movimentos circulares, me estimulando cada vez mais rápido. Quando introduz dois dedos dentro de mim, me contorço em resposta as suas investidas. Com a mão livre, desce a alça da camiseta e toma um mamilo na boca, sugando com sofreguidão.
— Goza bella mia — fala em italiano com a voz rouca e volta ao meu seio sem diminuir o ritmo de sua mão em meu sexo. Eu me entrego ao seu comando e deixo fluir a sensação maravilhosa que toma conta de mim. Mas eu quero mais, muito mais. Ele ainda movimenta seus dedos enquanto meu corpo sente os últimos espasmos, com um sorriso sacana, ele retira seus dedos de mim e leva-os à boca. — Deliciosa.
— Agora é minha vez — digo ficando de joelho sobre a cama e puxo sua cueca preta. Meus olhos passeiam por toda sua extensão e sem demora o envolvo com meus dedos, fazendo movimentos de vai e vem.
Seus gemidos me estimulam a continuar e rapidamente levo meus lábios até a cabeça saliente, depositando um beijo antes de envolvê-lo por completo.
Eu comecei a sugá-lo com avidez, seus gemidos cada vez mais roucos. Senti quando envolveu meus cabelos em sua mão e começou a fazer movimentos com sua pélvis, conseguindo assim um alcance maior de suas estocadas.
— Ah, mais rápido... Que boca gostosa bella mia...
Eu estava quase tendo outro orgasmo só por vê-lo tão entregue. Intensifiquei ainda mais meus movimentos e quando olhei em seus olhos, senti seu líquido quente preencher minha boca, eu suguei tudo até não deixar nenhum vestígio de sêmen em seu membro.
— Delicioso — digo me apoiando nas minhas pernas e correndo meus dedos por seus músculos rijos das coxas grossas e bem torneadas. Eu sentia minha intimidade latejando, louca para senti-lo dentro de mim. — Quero você!
— Seu desejo é uma ordem, bella.
Ele me puxou, me fazendo deitar por cima do seu corpo, sua pele quente em contato com a minha despertava um desejo ainda maior. Rapidamente ele inverteu nossas posições fazendo aquilo que eu tanto ansiava. Ser preenchida por completo.
Levi Martinelli
Finalmente, depois de vestir uma camiseta branca, me jogo na cama, estou exausto. Parece até que fiz horas de treino na academia, mas também pudera, depois de onze horas de voo e um almoço interminável com a família toda reunida, ainda teve minha gata selvagem toda cheia de fogo. Que mulher incontrolável, o sexo sempre foi maravilhoso e mesmo com a gravidez, temos mantido o mesmo ritmo, não sei como será com o passar dos meses, espero que continue tão bom quanto agora.
Depois de tomar um banho, que foi até relaxante, mas ardido demais, se me mover sinto as fisgadas dos arranhões causados por suas unhas em minhas costas. Resolvo sentar ao seu lado, não vou conseguir relaxar mesmo, ao contrário dela, que desabou. Observo seu rosto relaxado, quem a vê assim não diz que é uma tigresa na cama.
Pensando nos acontecimentos do dia, tudo ocorreu melhor do que esperava. Todos a receberam e trataram muito bem. Obvio que teve muito haver com a postura da minha nonna. Como ela foi bem receptiva e acolhedora, todos também foram, afinal, respeitam muito o que a matriarca pensa e suas decisões. Um ou outro ainda se mostrou reticente com relação ao nosso casamento, minha mãe mal a cumprimentou, mas, paciência. Espero que com o tempo mude sua atitude. De minha parte, nada me fará mudar de ideia em relação ao compromisso que assumi.
Percebi que ela não gostou muito da minha prima Kiara e, isso se confirmou com seu comentário sobre nosso abraço assim que chegamos. O que ela não sabia, é que Kiara é tão contrária quanto eu a essa ideia descabida de casamento entre primos. Tratei de esclarecer, contudo, ela não me pareceu nem um pouco convencida.
Em alguns momentos, Lindsey se mostrou hesitante, o que é natural quando se está em um ambiente estranho e com tantas pessoas novas, falando alto, mas logo ela relaxou e aproveitou o momento.
Consulto o relógio na mesinha lateral e constato que tenho pouco tempo para descansar, logo será a hora do jantar.
Sem conseguir dormir, pego o laptop e começo a analisar algumas planilhas financeiras, ainda estamos em recesso devido às férias de fim de ano, mas logo as atividades recomeçam e gosto de ficar por dentro de tudo.
Levi MartinelliUma hora depois, levo meus olhos em direção à janela, já é noite, contudo, ainda tenho um tempinho. Começo a ler o contrato de fusão com a companhia Ferrell, além da minha, tem duas outras empresas no mesmo processo. Com isso, vamos nos tornar um complexo capaz de atender o mais variado público, atuando desde a área alimentícia, têxtil, tecnológica e até hotelaria. Algo muito vantajoso para todos. Depois de ver que está tudo ok, envio um e-mail concordando e peço para dar continuidade, porém, acho que ainda levará algumas semanas para que tudo seja concretizado.Encerro o trabalho por hoje, Lindsey ainda dorme, resolvo deixá-la dormir e após o jantar, trago algo para ela se alimentar.Como tinha tomado banho há pouco tempo, troco de roupa e desço.A sala não está cheia, mas conta com cerca de dez pessoas presentes, vou cumprimentando um e outro, até que ouço.— Figlio, onde está sua noiva? — minha nonna pergunta assim que me vê. Vou até onde está sentada, me abaixo e b
Levi MartinelliLindsey se levantou, pedindo para ir ao toalete, acabei indo com ela.— O que foi, está enjoada?— Sim. Um pouco, você não precisa ir comigo, mas se for, vamos logo ou mostro o conteúdo do estômago aqui na frente de todo mundo.Assim que entramos, ela foi logo se abaixando no vaso e eu segurei seus cabelos, enquanto ela colocava todo jantar para fora com um espasmo atrás do outro, quando terminou, a ajudei a ir até a pia para lavar a boca e o rosto.— Isso é normal? Você está assim há muitos dias.— É normal sim, ainda mais no início. Não vejo a hora de essa fase passar, mas não estou reclamando, esse bebê é o meu milagre e passo por tudo isso feliz.Quando ela termina, a viro para mim e coloco uma mecha de cabelo atrás da sua orelha e olhando em seus olhos, sei bem o que ela está falando. Quando a questionei sobre ter afirmado não poder ter filhos, ela me explicou a situação e depois quando fomos ao médico, ela explicou que de fato foi um caso raro, pois sofria de um
Francesca MartinelliUm tempo depois, ela sobe e disfarçadamente eu olho para Kiara, que entende imediatamente o que deve fazer.Vou até meu filho e o convido para um passeio no jardim.— Quero ver a Lindsey, ela não estava muito bem, a nonna disse que um chá de gengibre com biscoitos de canela seria bom.— Esse chá é ótimo, tomei muitas vezes quando estava grávida de você e de seus irmãos. Mas, não vai demorar querido, logo o libero para cuidar de sua noiva.Ele concorda, entrelaço meu braço ao dele e caminhamos para fora. Como está frio, ficamos na varanda, o convido para sentar na beirada de um batente a assim ele faz. Instantes depois, eu começo a falar.— Levi, eu sei que começamos com o pé esquerdo, toda essa situação, a tradição...— Mamma...— Por favor, deixe-me falar — peço. Ele acena e eu continuo. — Sou uma mulher à moda antiga, ligada a certas coisas que para vocês, jovens, não tem valor. Mas por amor a um filho, uma mãe é capaz de rever seus conceitos e com isso, eu quer
Lindsey MorganÉ fácil entender o porquê de Levi gostar tanto de sua família, eles demonstram serem muito unidos, tudo parece perfeito, penso enquanto os vejo sorrindo e conversando com seus gestos efusivos, mas, ao olhar para o lado e ver aquelas duas, volto atrás, todos são maravilhosos, exceto pela bruxa napolitana e a noiva largada, essas vieram com defeito de fábrica.“Talvez sejam resultado dessa mistura maluca entre primos — penso. — Não, não, Levi é perfeito. — olho para ele sorrindo, enquanto conversa com o irmão. Perfeito demais para a sanidade que não tenho.”Volto minha atenção para essa coisinha fofa ao meu lado, que também tem um defeito, pelo que está me contando, adora monstrinhos e eu tenho pavor deles.Aos poucos percebo a sala ficando vazia, como também estou cansada, me despeço da Giulia no exato momento que sua mãe vem chamá-la. Vou até Levi e digo que vou subir, ele promete ir em seguida. Ao me virar e dar de cara com a prima dele nos olhando, volto e deixo um av
Levi MartinelliObservo Lindsey tomando seu chá, sua mão ainda trêmula.— Quando ouvi seu grito, imaginei que alguém estivesse atacando você — Julianna fala olhando para ela enquanto estende um pote com biscoitos de canela. — Coma um pouco.— E estavam! Os meliantes queriam me matar, ainda vieram em bando, não viu? Eles me olhavam como se dissessem: “Viemos te pegar” — faz uma voz engraçada.Acabo sorrindo com seu exagero e Lorenzo também. Ele ainda não tinha chegado a casa e voltou no meio do caminho assim que ligamos, apesar de sua residência ficar aqui na Quinta, a propriedade é grande e tem certa distância entre as casas, conferindo privacidade aos moradores.Outra coisa que ajudou, é que ele sempre anda com sua maleta médica no carro, assim pôde fazer uma avaliação preliminar, constatando que foi apenas um susto, graças a Deus.— Ainda bem que eram sapinhos pequenos... — digo.— PEQUENOS? — ela arregala seus enormes olhos verdes para mim. — Eles eram enormes... — faz um gesto com
Lindsey MorganAbro um olho e depois o outro, a luminosidade me incomoda um pouco, eu ainda estou com muito sono, porém, não posso me dar ao luxo de ficar mais tempo na cama, ou Julianna cumpre a ameaça de vir me buscar, ao menos foi o que ela falou quando me viu retornando do passeio com Levi, cedinho.“— Pela cara de vocês dois, imagino que andaram aprontando e a senhorita não deve ter descansado nada, não é? Pois, aproveite o restante da manhã que quando estiver perto do horário, vou buscá-la.” — dissera.Eu tinha certeza de que faria isso. Contudo, por nada deste mundo eu trocaria o passeio que fiz com Levi mais cedo. Depois de termos feito amor boa parte da noite, acabei adormecendo, por pouco tempo, logo percebi uma movimentação no quarto; era ele.“— Eu preciso dar uma saída, vou com meu pai, olhar uma praga que surgiu em uma parte das parreiras” — disse assim que me viu acordada. — “E você, volte a dormir, não descansou nada”.Às vezes eu tinha vontade de lhe dar uma resposta
Lindsey MorganDepois de nos despedir de minha cunhada na entrada, quando retornamos para a casa, assim que entramos no quarto, fomos tomar um banho quente, pois, realmente estava frio. E claro que quando voltamos para o quarto, ele cumpriu a promessa de nos amarmos mais uma vez em nossa cama.Antes de sair para encontrar seu pai, de forma muito carinhosa, ele se aproximou, beijou minha testa e falou enquanto puxava o edredom sobre meu corpo.— “Vou tentar não demorar. Agora descanse um pouco” — deu-me um selinho e saiu.Um bip me arranca das minhas lembranças libidinosas. Estico o braço alcançando o aparelho celular e constato que é uma mensagem de Tay, perguntando como está sendo conhecer a Itália ao lado do pão italiano. É impossível não sorrir da minha amiga. Mando uma mensagem de volta dizendo que está sendo maravilhoso e que conto tudo mais tarde, ela responde um “ok” e diz por fim, “não coma muito pão, que engorda”. Mal sabe ela que estou me empanturrando.Sorrio alongando meus
Momentos antes...Francesca Martinelli“Essa insolente pensa que é quem para me afrontar desta forma?”Vejo-a sair com o nariz em pé, cheia de altivez como se fosse uma de nós. Vou dar um jeito de me livrar dela e será hoje, ela não dorme nem mais um dia nesta casa.Vou em direção ao escritório que fica na casa e encontra-se vazio, onde aquele imbecil se meteu? Com Joseph e Levi ele não está, onde pode ter se enfiado.Pego o celular e disco seu número. — Mia zia (minha tia), em que posso ajudá-la.— Quero falar com você agora. Não importa onde esteja e nem o que está fazendo. Estou lhe esperando na vinícola central. Você tem dez minutos — desligo e saio.Estou impaciente, tem mais de cinco minutos que espero aquele incompetente chegar. Ando de um lado para o outro, repassando o plano em minha mente. Ouço um barulho e ele entra todo sorridente.— Sono qui (estou aqui), o que deseja de mim.— Demorou demais — reclamo. — Agora ouça.Começo a contar tudo o que tenho em mente e como quero