Perdão

Isabel revisava um artigo quando o telefone de sua mesa tocou. Sem desviar os olhos da tela do computador, atendeu e disse seu nome de forma automática, endereçando para a ligação somente uma parcela de sua atenção.

Qualquer resquício de concentração em seu trabalho sumiu de imediato quando compreendeu a informação passada. A surpresa tomou sua face, se evidenciando em seus olhos arregalados e queixo caído.

— Tem certeza? — Isabel questionou olhando para o fone como se pudesse ver a pessoa do outro lado da linha.

Ao receber a confirmação, titubeou por um minuto e respirou longamente.

— Pode permitir — disse com a voz estranhamente trêmula.

Assim que encerrou a ligação se arrependeu.

E se fosse envolvida em outro escândalo?

Sua imagem permanecia arranhada e uma nova cena representaria seu fim na empresa. Ansiosa retirou o fone do gancho, levou o dedo indicador até o botão que chamava a recepção... E não conseguiu apertá-lo.

Era sua chance de revidar, de fazer e dizer o que não
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