Enfeitada

Mesmo tremendo diante do olhar da loira, Sara respondeu sem hesitar:

— Tenho. Quero toda verdade.

— Ótimo! É exatamente o que vai ter. — Isabel recostou o quadril na mesa de Gabriel. Curtiria de camarote cada mudança na cara de santa de Sara. — Seu casamento é uma farsa. É recheado de mentiras e traições bem antes desse anel adornar seu delicado dedinho — começou com ironia, saboreando o veneno que saia em forma de palavras. — Você me chamou de vagabunda quando surtou e me atacou do nada. Mas a verdadeira vagabunda é você, que armou contra o noivado do Rodrigo e recolheu o que sobrou pra levar ao altar.

— Como fiz isso? — Sara questionou vacilante.

Isabel riu.

— Da forma mais fácil para uma pessoa mau-caráter: Ofereceu o próprio corpo para que o irmão dele fizesse Rodrigo romper com a noiva. Manipulou um irmão contra o outro. — Sorriu maldosa ao ver Sara empalidecer. — Você não é melhor que a Karen, ao contrário, não passa de uma vagabunda de quinta, histérica...

— Cale-se! — Sara gri
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