Últimos capítulos!!! E postei um novo O.O Quem curtiu esse livro e "Ensina-me", esteja convidado a ler outra trama repleta de drama, segredos e cenas apaixonantes: "O filho secreto tá do CEO" tá on!!!
E Sara não pensou. Largou o trabalho sem dizer a ninguém aonde iria, sem nem sequer se importar com as consequências, e correu ao encontro de Rodrigo. Durante os minutos que demorou até encontrá-lo, sentado em uma cadeira junto ao balcão de atendimento, com um copo ainda cheio a sua frente, evitou pensar no motivo para Rodrigo estar naquele local. Embora, no fundo de sua mente, uma resposta perigosa ecoasse em sua mente. Um alerta que aumentou ao notar ele olhando fixamente para a aliança de compromisso que, no lugar de adornar seu dedo, repousada na bancada. — Rodrigo! — Sara o chamou ao se aproximar, tocando de leve o ombro dele para que notasse sua presença. Ele ergueu o olhar em sua direção. Não pareceu surpreso em vê-la, nem ao menos parecia enxerga-la. Os segundos de silêncio, com ele fitando-a com tristeza, como se visse através dela, foram opressores. Sara abriu os lábios para quebrar a tensão que os envolvia, mas, de repente, para seu espanto, Rodrigo levantou, segurou se
Deveria ter corrido para longe dos Montenegro, mas foi dominada por um amor insano, sem limite, que afastou sua razão e a arrastou para uma relação cheia de incertezas, desconfianças e segredos.Foi egoísta e insensata, uma pessoa que a cada dia se afundava nas próprias mentiras, que inventava novas quando convinha, um efeito dominó sem fim para impedir que a verdade viesse à tona.Levou todos a pensar que o marido não queria que trabalhasse, quando, na verdade, desistiu do cargo por medo que sua madrinha percebesse, e contasse a Rodrigo, que tomava remédios para não engravidar. Embora Tatiana nunca passasse mais de um segundo perto de Rodrigo. Não pensou com clareza, achou melhor se afastar para garantir que não seria descoberta. Evitava o hospital e, automaticamente, Tatiana.Ficar em casa, no entanto, se mostrou uma péssima ideia. Tinha tempo de imaginar que outras mulheres, que cruzassem com o olhar de Rodrigo, o desejavam e seriam capazes de trapacear para consegui-lo, como ela t
— Quero o divórcio — Sara soltou, olhando para um ponto qualquer da sala por não conseguir olhar para Rodrigo, e por medo de deixar o amor tomar conta de sua razão novamente.Também por causa disso, hesitou por alguns instantes ao ouvir a voz dele, no fim decidindo que não iria e nem queria se esconder.Tatiana olhava de um para o outro sem saber o que fazer, sem entender ao certo o que acontecia entre eles. Rodrigo parecia claramente perplexo com o pedido.— O quê?!— Cometi um erro ao aceitar me casar com você.Rodrigo trincou os dentes diante da justificativa absurda.— Seja lá o que Isabel te contou, podemos resolver — propôs, imaginando que esse fosse o motivo por trás da ideia do inesperado pedido.— Ela não tem nada a ver com a minha decisão — Sara disse, ainda sem olhar na cara dele.— Quer que eu acredite que, do nada, decidiu que se arrepende do nosso casamento? — Rodrigo elevou a voz, zangado com o fato de Sara nem sequer encara-lo após cuspir aquela decisão precipitada. —
Mesmo após despertar com batidas na porta, Sara não levantou. Fitando o teto branco do quarto, ouviu sua madrinha, do outro lado da porta, informar que o café da manhã estava pronto e que Jerson, seu marido, estaria no apartamento.— Deixei uma muda de roupa no banheiro, toalha e escova de dente nova para que use. — Após alguns instantes em silêncio, Sara imaginou que Tatiana partiu, porém, logo a ouviu perguntar com receio: — Querida, ainda quer que busque suas coisas?Apertou os lábios, analisando a resposta.Após uma noite insone, se deu conta que durante anos deixou as decisões difíceis nas mãos de outras pessoas: Sua mãe, Robson, Izaque, Rodrigo e agora Tatiana.Nunca assumiu seus erros, preferindo apontar os dos outros, se desviando de suas responsabilidades e forçando situações quando não conseguia o que desejava.Por tempo demais repetiu o padrão de sua mãe, culpar o exterior em vez de olhar para dentro de si. Algo que na juventude prometeu não fazer.— Não precisa — respondeu
Desceu do táxi e fitou o prédio como se o visse pela primeira vez. De fato, era a primeira vez como ex-noiva e ex-secretária de um dos sócios. Passou pela segurança sem grandes dificuldades, ainda possuía o prestígio de seus status anteriores. Não que isso servisse de algum consolo. Somente reaver Rodrigo devolveria sua antiga vida e felicidade. Ao chegar no andar da diretoria, não esperou a nova secretária de Rodrigo anuncia-la, sequer dedicou uma segunda olhada para a criatura, simplesmente entrou a passos rápidos na sala dele. E encontrou o lugar vazio. — Senhora... — Onde está o Rodrigo? — Karen questionou interrompendo a nova secretária. — Ainda não chegou. — A mulher respondeu. Indicando a antessala pediu: — Acompanhe-me... — Esperarei aqui — informou. Sentou em frente à mesa do Montenegro e lançou a sua substituta um olhar petulante. Só sairia dali depois de falar com Rodrigo. ~*~ Desviando de duas senhoras saindo do restaurante, Isabel percorreu com seus límpidos ol
Cansado e decepcionado por não encontrar Sara como planejou ao sair de casa, Rodrigo entrou em seu escritório e analisou friamente a ex-noiva. Seguindo a sugestão do casal de amigos, procurou Sara na casa de Tatiana, determinado a fazê-la escuta-lo, porém, não a encontrou. Com humor desnecessário, Jerson, o marido de Tatiana, disse para ficar feliz por Sara sair para passear, que caminhadas fariam bem a saúde dela e ajudavam a pensar. Gostaria de ter tamanha certeza que uma caminhada colocaria na cabeça de Sara que deviam ficar juntos. Pensou em ir ao hospital, mas Jerson garantiu que Sara não estaria lá, que pediu o dia de folga. Saia do apartamento da médica quando recebeu um telefonema da empresa, informado que Karen se apossou de seu escritório. Entre retornar para o apartamento e amargurar a solidão que se instalou, ou confrontar e expulsar Karen de sua sala, decidiu-se pela segunda opção. — Não passe nenhuma ligação e nem deixe ninguém entrar na minha sala — pediu para Mirn
Sara retornou ao apartamento de sua madrinha, sendo recepcionada por Jerson. Ele estava no sofá da sala, com o notebook no colo, mas levantou para ajudá-la a carregar a enorme mala até o quarto. — Seu marido te procurou — ele contou. — Pediu que telefonasse para ele e avisou que voltará mais tarde. Sara sentou na beira da cama sem dizer nada. Não telefonaria e preferia só voltar a ver o marido quando assinassem o divórcio. — Tati se preocupou por você ter saído sem comer. Exigiu que se alimente corretamente. — Estou bem — mentiu. — E não tenho fome. — “Não sinto nada”, queria acrescentar, mas se limitou a olhar para as mãos fechadas sobre as coxas. — Deveria comer mesmo sem fome, no seu estado... — Jerson se calou ao notar as lágrimas descendo velozes pela face pálida. Ficou sem ação. Não sabia o que fazer ou dizer. — Vocês irão se acertar — garantiu para animá-la. O resultado foi Sara tremer e entregar-se de vez ao choro. ~*~ Tatiana comunicou às enfermeiras que Sara ficaria
Após dois dias inteiros sofrendo e evitando falar sobre o que a deixou naquele estado, Sara sentia-se cansada e a beira da depressão. A companhia de Tatiana e Jerson a distraia, pois, ambos respeitavam seu silêncio, oferecendo mais que um teto provisório. Tatiana prometeu que quando quisesse desabafar estaria disponível. Jerson era galante e bem humorado, sempre tentando fazê-la rir e às vezes conseguia. Sara percebia que ele se esforçava ao máximo para não vê-la chorar novamente. Quando Rodrigo ligava, ou aparecia no prédio, eles atendiam com os olhos grudados em sua face, bastava um sinal e informavam que ela não queria falar. Tanta atenção e carinho deixavam Sara envergonhada. Não podia passar a vida toda se escondendo, obrigando Tatiana e Jerson a convencer Rodrigo a lhe dar mais tempo. Por isso, e por querer rever os rostinhos de suas crianças, decidiu voltar ao trabalho. Embora não se sentisse preparada para correr o risco de encontrar Rodrigo - duvidava que algum dia estaria