Castelos de cartas

Mesmo após despertar com batidas na porta, Sara não levantou. Fitando o teto branco do quarto, ouviu sua madrinha, do outro lado da porta, informar que o café da manhã estava pronto e que Jerson, seu marido, estaria no apartamento.

— Deixei uma muda de roupa no banheiro, toalha e escova de dente nova para que use. — Após alguns instantes em silêncio, Sara imaginou que Tatiana partiu, porém, logo a ouviu perguntar com receio: — Querida, ainda quer que busque suas coisas?

Apertou os lábios, analisando a resposta.

Após uma noite insone, se deu conta que durante anos deixou as decisões difíceis nas mãos de outras pessoas: Sua mãe, Robson, Izaque, Rodrigo e agora Tatiana.

Nunca assumiu seus erros, preferindo apontar os dos outros, se desviando de suas responsabilidades e forçando situações quando não conseguia o que desejava.

Por tempo demais repetiu o padrão de sua mãe, culpar o exterior em vez de olhar para dentro de si. Algo que na juventude prometeu não fazer.

— Não precisa — respondeu
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