Gostou desse livro? Conheça mais obras da autora Luciy Moon com muito romance, drama e cenas apaixonantes: "A Governanta do CEO" (COMPLETA); “O filho secreto do CEO”. Aceito opiniões e críticas construtivas. Big beijos e boa leitura estrelas da minha vida! ☪
Tatiana moveu o olhar das costas do Montenegro para fixa-lo no rosto pálido da afilhada. — Foi impressão ou o Montenegro estava chorando? Sara saiu do banheiro esfregava as mãos nos braços, esperando aquecer-se, colocar fim a angústia que a envolvia. — Foi tudo tão confuso... — Sara, essa situação está fora de controle — Tatiana declarou, acrescentando com autoridade: — Se ama seu marido, e ele claramente te ama, não existe razão para que continuem brigados e separados. — É complicado... — murmurou angustiada. — Não quero destruir a vida dele mais do que já fiz. — Destruirá a vida dos dois se persistir em ignorar a oportunidade bem na sua frente — Tatiana alertou. — Volte para sua casa e para seu marido. Logo terão um bebê para mimar e esquecer, de vez e de forma correta, o início conturbado que tiveram. — Acha mesmo? — Claro, querida! Não importa o que ambos fizeram, é passado, no presente, entre erros e acertos vocês se amam e formarão uma família em breve. — Sorrindo, pousou
A vida costuma dar rasteiras em seres que se julgam superiores, para que aprendam a se erguer e lembrar, mesmo que só um pouco, que podem cair várias vezes se assim ela desejar. Rodrigo sofreu muitas quedas em seus vinte e sete anos de vida, mas três foram as mais cruéis e difíceis de levantar. A primeira grande rasteira ocorreu na adolescência. Tinha sido um jovem mimado, não por Sérgio Montenegro, seu pai, que passava mais tempo com Izaque, o primogênito, mas por sua mãe e pelo irmão, quando esse tinha tempo para gastar com o caçula três anos mais novo. Foi por causa do tratamento diferenciado do pai para com ele e Izaque que seu instinto de desafio iniciou. Se Izaque era bom em algo, ele se esforçava para ser melhor. A rivalidade unilateral, aliada a ânsia de agradar o pai, o motivou a namorar Karen, filha do melhor amigo de Sérgio. Decisão infantil, mas não uma “tarefa” difícil, até por costume essa tinha sido a escolha óbvia. Cresceram juntos, ela se derretia só em olha-la e,
Sara foi lançada de lado, sem a força destrutiva e dor que imaginou. Fora a sensação de pequenos espetos na pele, a queda foi suave, quase como cair em um colchão de folhas. Confusa e com o coração acelerado pelo medo, abriu os olhos e deu-se conta que foi exatamente nesse lugar que caiu, em folhas e flores azuis. Ao longe se ouvia o som alto e cortante de uma freada. Ergueu-se desajeitadamente do canteiro de miosótis da fachada e, alerta a confusão ao seu redor, afastou com as mãos a sujeira, folhas e pétalas grudadas em seu uniforme. Funcionários do hospital e alguns pedestres se amontoavam em dois lugares, um grupo cercava o veículo que quase a atropelou, outro estava em volta de algo a poucos metros de onde o carro parou. Vozes exaltadas se erguiam do segundo ponto, entre elas uma pedindo uma maca e alguém gritando que havia um ferido necessitando de socorro urgente. — Está bem Senhora Montenegro? — Natali, enfermeira da ala de cirurgia, perguntou ao aproximar-se dela. — Machu
Sara só desejava encontrar Rodrigo, porém naquele dia bizarro tudo e todos pareciam afasta-la desse objetivo. Depois dos exames, que felizmente mostraram que ela e seu bebê estavam bem, teve de ir à delegacia testemunhar sobre o atropelamento de Rodrigo. Passou horas contando o que aconteceu antes e na hora do incidente, além de responder diversas perguntas, algumas incomodas, sobre sua relação e a do marido com Karen. Quando enfim foi liberada, já anoitecia e não teve permissão para visitar o marido. Nem mesmo quando apelou para seu cargo e o de sua madrinha como argumento para deixarem. Foi com ansiedade que entrou no quarto dele no dia seguinte. Rodrigo continuava adormecido, o rosto extremamente pálido, com hematomas e escoriações, escondido por uma máscara, repleto de fios no tronco enfaixado e nos braços. Parou ao lado dele e acariciou o cabelo escuro devagar com a mão direita, a outra manteve repousava em seu ventre, ainda sem mostrar que abrigava um pequeno ser com os gene
Sentada ao lado de Rodrigo, segurando a mão dele entre as suas, Sara permitiu a entrada de Tatiana no quarto. — Vá para casa descansar — Tatiana aconselhou, preocupada com o bem estar da afilhada. — Quero ficar um pouco mais — Sara disse acariciando o dorso da mão do marido. — Pelo menos até acabar o horário de visita. Decidindo mudar de assunto, por notar que a afilhada resistiria em sair de perto do marido, puxou uma cadeira para perto de Sara. — Me disseram que você depôs contra a Karen? Sara balançou a cabeça em sinal afirmativo. — Sabe o que é pior? Enquanto respondia as mil perguntas, me dei conta que podia ser eu atrás daquele volante — comentou sentindo um bolor se formar em sua garganta. — Antes da amnésia, eu seria capaz disso. — Realmente — Tatiana soltou, recebendo um olhar surpreso e ofendido da afilhada. Mesmo que o pensamento tivesse partido dela, Sara tivera esperança que Tatiana não concordasse. — Não me olhe assim! As atitudes que teve antes da amnésia foram
Mesmo não querendo se afastar do marido, Sara retornou ao apartamento de Tatiana para comer, tomar banho e dormir. Tatiana foi a maior incentivadora, forçando-a a isso ao argumentar que o dia estressante prejudicaria sua saúde. Pediu para Tatiana e para os enfermeiros responsáveis pelo quarto de Rodrigo que entrassem em contato se necessitassem de algo, ou houvesse alguma mudança no estado dele. Ninguém interrompeu seu sono e quando acordou, no dia seguinte, já passava das dez da tarde. Tomou um banho, trocou de roupa e foi para o hospital ansiosa em rever o marido. Entrou no quarto e encontrou Rodrigo adormecido, sendo informada que ele despertou pela manhã, mas devido os medicamentos voltou a dormir. Aproximou-se do leito e segurou sua mão, uma sensação boa percorrendo seu corpo quando um sorriso miúdo adornou os lábios ressequidos. — Como se sente? — Muito melhor... por você estar... do meu lado — ele respondeu devagar, incomodado pelas dores no corpo e pela máscara abafar sua
Izaque a seguiu para o mesmo banco que dividiu com Isabel. Sara esperava resolver a situação deles da mesma forma que resolveu com a amiga. Sentaram lado a lado no comecinho do longo banco, de forma que pudessem observar Rodrigo. — Desculpe-me! — pediu fitando-o. — Pelo quê? — Por ter estragado sua relação com Rodrigo. A boca de Izaque se inclinou em um sorriso sem graça. — Decidi engana-lo por contra própria — ele retrucou. — Embora nunca imaginei que tudo terminaria assim, que ele cederia aos seus encantos como eu. Sara olhou para Rodrigo, dormindo por causa da medicação. — Minha obsessão causou danos para o Rodrigo. Karen queria me atropelar, não ele — comentou entristecida. — Era para ele estar casado com ela, com vários filhos e falando com você. — Teria uma vida miserável nesse cenário — Izaque complementou caustico. — Ele a amava. Izaque riu zombeteiro. — Rodrigo me viu em uma posição comprometedora com a noiva que “amava” e não fez absolutamente nada. Anos depois, e
Após quase dois meses internado, Rodrigo recebeu alta e foi levado por Sara ao apartamento, enquanto não se mudavam, para continuar o tratamento em casa. Só uma semana depois recebeu autorização para conhecer a nova residência. — Olha, não é lindo? — Sara perguntou empolgada, apontando os canteiros no caminho para a porta principal. Percorreu as flores multicoloridas, plantadas de cada lado do caminho que levava a casa, com uma olhada entediada. — Plantaram miosótis nos vasinhos das janelas e das varandas também. O que acha? Forçou um sorriso para a esposa, que apontava pontos azuis por toda a fachada da casa. Não entendia essa fixação em relação às flores, uma vez que ela sempre preferiu rosas, mas não estragaria a euforia dela comentando que pouco se importava com plantas. — Naquela árvore planejo um balanço, próximo dela um escorregador e um banco onde poderemos observar nosso filho brincar. Mirou com desconfiança a árvore encurvada. Não havia a menor possibilidade de deixar s