Gostou desse livro? Conheça mais obras da autora Luciy Moon com muito romance, drama e cenas apaixonantes: "A Governanta do CEO" (COMPLETA); “O filho secreto do CEO”. Aceito opiniões e críticas construtivas. Big beijos e boa leitura estrelas da minha vida! ☪
Sentada ao lado de Rodrigo, segurando a mão dele entre as suas, Sara permitiu a entrada de Tatiana no quarto. — Vá para casa descansar — Tatiana aconselhou, preocupada com o bem estar da afilhada. — Quero ficar um pouco mais — Sara disse acariciando o dorso da mão do marido. — Pelo menos até acabar o horário de visita. Decidindo mudar de assunto, por notar que a afilhada resistiria em sair de perto do marido, puxou uma cadeira para perto de Sara. — Me disseram que você depôs contra a Karen? Sara balançou a cabeça em sinal afirmativo. — Sabe o que é pior? Enquanto respondia as mil perguntas, me dei conta que podia ser eu atrás daquele volante — comentou sentindo um bolor se formar em sua garganta. — Antes da amnésia, eu seria capaz disso. — Realmente — Tatiana soltou, recebendo um olhar surpreso e ofendido da afilhada. Mesmo que o pensamento tivesse partido dela, Sara tivera esperança que Tatiana não concordasse. — Não me olhe assim! As atitudes que teve antes da amnésia foram
Mesmo não querendo se afastar do marido, Sara retornou ao apartamento de Tatiana para comer, tomar banho e dormir. Tatiana foi a maior incentivadora, forçando-a a isso ao argumentar que o dia estressante prejudicaria sua saúde. Pediu para Tatiana e para os enfermeiros responsáveis pelo quarto de Rodrigo que entrassem em contato se necessitassem de algo, ou houvesse alguma mudança no estado dele. Ninguém interrompeu seu sono e quando acordou, no dia seguinte, já passava das dez da tarde. Tomou um banho, trocou de roupa e foi para o hospital ansiosa em rever o marido. Entrou no quarto e encontrou Rodrigo adormecido, sendo informada que ele despertou pela manhã, mas devido os medicamentos voltou a dormir. Aproximou-se do leito e segurou sua mão, uma sensação boa percorrendo seu corpo quando um sorriso miúdo adornou os lábios ressequidos. — Como se sente? — Muito melhor... por você estar... do meu lado — ele respondeu devagar, incomodado pelas dores no corpo e pela máscara abafar sua
Izaque a seguiu para o mesmo banco que dividiu com Isabel. Sara esperava resolver a situação deles da mesma forma que resolveu com a amiga. Sentaram lado a lado no comecinho do longo banco, de forma que pudessem observar Rodrigo. — Desculpe-me! — pediu fitando-o. — Pelo quê? — Por ter estragado sua relação com Rodrigo. A boca de Izaque se inclinou em um sorriso sem graça. — Decidi engana-lo por contra própria — ele retrucou. — Embora nunca imaginei que tudo terminaria assim, que ele cederia aos seus encantos como eu. Sara olhou para Rodrigo, dormindo por causa da medicação. — Minha obsessão causou danos para o Rodrigo. Karen queria me atropelar, não ele — comentou entristecida. — Era para ele estar casado com ela, com vários filhos e falando com você. — Teria uma vida miserável nesse cenário — Izaque complementou caustico. — Ele a amava. Izaque riu zombeteiro. — Rodrigo me viu em uma posição comprometedora com a noiva que “amava” e não fez absolutamente nada. Anos depois, e
Após quase dois meses internado, Rodrigo recebeu alta e foi levado por Sara ao apartamento, enquanto não se mudavam, para continuar o tratamento em casa. Só uma semana depois recebeu autorização para conhecer a nova residência. — Olha, não é lindo? — Sara perguntou empolgada, apontando os canteiros no caminho para a porta principal. Percorreu as flores multicoloridas, plantadas de cada lado do caminho que levava a casa, com uma olhada entediada. — Plantaram miosótis nos vasinhos das janelas e das varandas também. O que acha? Forçou um sorriso para a esposa, que apontava pontos azuis por toda a fachada da casa. Não entendia essa fixação em relação às flores, uma vez que ela sempre preferiu rosas, mas não estragaria a euforia dela comentando que pouco se importava com plantas. — Naquela árvore planejo um balanço, próximo dela um escorregador e um banco onde poderemos observar nosso filho brincar. Mirou com desconfiança a árvore encurvada. Não havia a menor possibilidade de deixar s
Após horas de negociações, Rodrigo retornou a ligação de sua esposa.— Chegarei em meia hora no máximo — informou entrando em seu carro.Desligou o celular, prendeu o cinto de segurança e deu a partida, manobrando o carro pelas ruas, ansioso em chegar a casa.Ao parar no sinal vermelho, observou distraído à movimentação na calçada, surpreendendo-se ao ver Karen arrumando a vitrine de uma pequena loja de roupas.Não a via desde o julgamento, em que Karen fora condenada a sete anos de prisão. Ela obtivera a liberdade condicional três anos depois. Na época Izaque e ele, a pedido de Sara — que achava que todos mereciam uma segunda chance e Karen pagara por seus erros —, entregaram uma quantia considerável para a ela através de um parente, depois decidiram nunca mais tocar no nome dela.Viu uma menina de longo cabelo castanho entrar na loja correndo e envolver a perna de Karen, seguida por um homem com cabelo da mesma cor. Ele falou algo que pareceu irritar Karen, porém ela não se afastou d
— Tenho férias em duas semanas e, embora não goste de se afastar por muito tempo do trabalho, Gabriel prometeu que vai passar pelo menos uma semana comigo e Kimberley ai — dizia Isabel, alegrando Sara. — Como está a Estela?— Ótima. Ela persistiu tanto que conseguiu namorar o Carlos. — Sorriu. — Descobriu que o único motivo para ele se esquivar era medo da reação do Rodrigo, que de fato não foi, e ainda não, é boa.— Imagino. Kin está tendo o mesmo problema com o Gabriel. Ele ficou furioso quando mencionei que aos quinze anos eu era bem pior que a nossa filha no quesito "ficantes".— Creio que se eu contar o que fazia na idade da Estela, Rodrigo vai trancafia-la, jogar a chave fora e montar guarda em frente ao quarto dela.Riram, as lembranças das festas e namoricos preenchendo suas mentes.— Ah, estão me chamando. Não se esqueça de sintonizar no meu programa e me dizer o que achou. Bye, bye! — Isabel pediu antes de encerrar a ligação.Sara saiu do escritório com um sorriso nos lábios.
Em seus vinte e sete anos, Sara cometeu muitos erros, a maioria por amor. Rastejou e escavou tão fundo por amor que se tornou impossível enxergar uma saída, uma forma de reverter os atos impulsivos e perversos que cometeu. Arrependia-se? Normalmente a resposta seria um alegre e confiante “Não”, mas naquele dia o “Sim” dilacerava seu coração, da mesma forma que Rodrigo Montenegro, seu amado e idolatrado marido, acabara de fazer.Apertando sua bolsa preta junto ao corpo magro coberto por um vestido vermelho, saiu do elevador a passos largos, o salto fino ecoando pelo estacionamento da empresa do marido. Próxima ao seu Corvette Vermelho, estacionado em uma vaga privilegiada perto dos elevadores, apertou o botão para destravar o veículo e desarmar o alarme. Eram uma das poucas vantagens obtidas após casar com o insensível Montenegro, algo que trocaria sem pensar duas vezes por uma vaga no coração dele.Entrou no carro, batendo a porta com força excessiva, e, após lançar sua bolsa no banco
O corredor a sua frente era longo, o piso, as paredes e o teto eram brancos cobertos por douradas inscrições pequeninas. Sara tentou ler o que diziam, mas não conseguia, pareciam desbotar a cada esforço que fazia para compreendê-las.O local era bem iluminado e havia enormes livros de cada lado, todos com números enormes no meio e o seu nome, Sara Almeida, em brilhantes letras de ouro. Sentindo-se minúscula perto dos grandes encadernados, Sara caminhou devagar.Ao parar na frente de um livro, ele se abria. Folhas viravam lentamente, letras formavam palavras, frases e se mesclavam até que, como mágica, Sara era transportada para alguma cena referente ao número do livro.No volume sete, viu-se pequena olhando para sua mãe falando no telefone. Sua mini versão admirou a roupa imaculadamente branca - uniforme de trabalho no hospital geral de Cezário -, assim como o cabelo castanho claro preso em um coque.O rosto de Minerva Almeida estava vermelho, os olhos furiosos e a voz irritadiça aume